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Comunidades podem fortalecer turismo em Unidades de Conservação

Participantes e apoiadores do turismo comunitário podem dispor de uma publicação que trata destes projetos em unidades de conservação federais.

O Litoral do Paraná possui três Ucs federais, os parques nacionais Saint-Hilaire/Lange, Guaricana e Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais. Em Guaratuba, um projeto de turismo de base comunitária é realizado na baía de Guaratuba, uma iniciativa que surgiu na UFPR e ganhou apoio de comunidades tradicionais da região.

A publicação “Turismo de Base Comunitária em UCs federais: princípios e diretrizes” foi lançada em 2017 e divulgada nesta sexta-feira (4) no site do projeto Parcerias Ambientais Público-Privadas” (PAPP). O trabalho é resultado de parceria do ICMBio, IBAM (unidade executora do PAPP), e IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas).

O objetivo é estabelecer um marco referencial para o Turismo de Base Comunitária (TBC) nas Unidades de Conservação (UC) federais de acordo com princípios e diretrizes compatíveis com a conservação da biodiversidade, a salvaguarda da história e cultura das comunidades locais e o protagonismo comunitário.

Direcionado, principalmente, para gestores de unidades, o documento contribui para o alcance dos objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).

Segundo a servidora do ICMBio, Marília Falconi Guerra, a prática foi um desdobramento do I Seminário de Ecoturismo de Base Comunitária em Reservas Extrativistas, realizado em 2011, em São Luís (MA), e foi motivada em virtude da crescente demanda das comunidades residentes no interior ou entorno das UCs federais por desenvolver atividades de turismo ou inserir-se efetivamente nas ações de visitação realizadas ou previstas para essas áreas protegidas:

Muitos gestores do ICMBio passaram a visualizar o envolvimento desses atores como um importante caminho para fortalecer os programas de visitação, diversificar as atividades desenvolvidas e agregar valor à experiência dos visitantes, bem como incrementar a renda desses moradores e aproximá-los positivamente da gestão das UCs, aumentando, assim, o apoio local a estas áreas protegidas. Foi nessa perspectiva que, em 2011, o ICMBio organizou o seminário, de onde surgiu a indicação da criação de um Grupo de Trabalho (GT) para estabelecer as diretrizes institucionais para o Turismo de Base Comunitária (TBC) nas unidades. Em 2016, o GT-TBC – com nova composição – deu continuidade ao trabalho e concluiu a elaboração do documento, lançado no ano passado, explica.

A prática é extensa e possui várias etapas, sendo as próximas a produção do caderno de experiências e organização de novo seminário de Turismo de Base Comunitária, onde serão apresentados os dois cadernos e demais produtos do GT:

Todos estes eventos proporcionaram a ampliação do conhecimento sobre a importância da cultura e a integração das comunidades tradicionais residentes em UCs com as questões ambientais, sobretudo sobre a valorização e divulgação dessa cultura. O TBC poderá ser uma alternativa de renda aos comunitários e uma forma de integrar os jovens ao modo de vida local, conclui a servidora.

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