14 são condenados por desvio de indenizações de pescadores
Um total de pessoas foram condenados no processo que investiga desvios de indenizações pagas pela Petrobras a pescadores de Paranaguá
O advogado do caso, C.D.J. foi condenado a 11 anos, um mês e 23 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de multa de R$ 14.238,00, mas pode recorrer da decisão em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. A sentença foi proferida nesta sexta-feira (5) pelo juiz Leonardo Marcelo Mounic Lago, da 1ª Vara Criminal da cidade litorânea.
Os demais condenados tiveram penas que variam de 4 anos, 1 mês e 23 dias de detenção a 22 anos, 11 meses e 14 dias de prisão. Todos podem recorrer em liberdade.
Segundo as investigações, o juiz aposentado Hélio Tsutomu Arabori, o cartorário Ciro Antônio Taques, o servidor público Arival Tramontin Ferreira Júnior e o advogado M.G.A teriam se apropriado de indenizações pagas pela Petrobras a pescadores após dois desastres ambientais, em 2001.
Alguns pescadores sequer chegaram a receber algum valor que lhe era devido e foi desviado pelos condenados.
Segundo, o Ministério Público do Paraná, o advogado C.D.J. “passou a representar os interesses do grupo e tinha conhecimento dos esquemas milionários de corrupção”, por isso foi incluído no processo.
Acidentes ambientais – As indenizações aos pescadores tiveram origem em dois acidentes ocorridos no ano de 2001: o vazamento de óleo do Poliduto Olapa, em fevereiro, e a nafta derramada pelo navio Norma, em outubro. Os incidentes obrigaram os pescadores a deixar de trabalhar por longos períodos, o que levou a Justiça a determinar o pagamento de indenizações aos prejudicados.
Atualização – Na terça-feira (9), o desembargador substituto Benjamim Acácio de Moura e Costa, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), retirou a medida contra C. D. que o obrigava a usar tornozeleira eletrônica.
Leia também: Promotoria denuncia juiz e mais 18 por desvio de indenizações de pescadores