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Policial aposentado é encontrado morto dentro de casa em Guaratuba

Imagem divulgada nas redes sociais

O policial militar aposentado Marques Alves de Souza, de 56 anos, foi encontrado morto, na tarde desta sexta-feira (26), em sua casa, no balneário Eliane, em Guaratuba. Ele morreu com 1 ou 3 tiros, segundo duas fontes.

Um vizinho contou que ouviu tiro e que viu um homem pulando o muro e fugindo da casa e teria fugido em direção à avenida Paraná. Ele descreveu as roupas usadas pelo suspeito: calça azul, moletom vermelho e touca cor cinza.

Souza foi baleado no rosto e morreu na cama. De acordo com a cena do crime, apesar do horário, ele poderia estar dormindo quando foi morto ou quando o assassino entrou no quarto. Segundo uma fonte policial, ele teria levado 3 tiros “na parte frontal”.

O comandante da PM de Guaratuba, capitão Anderson Aparecido, diz que foi apenas um tiro (leia abaixo). Na página do Facebook do Correio, o delegado da Polícia Civil Leandro Stabile, que esteve no local, também afirmou que foi um único tiro.

O subtenente da reserva remunerada da PM morava na rua Guarujá e era simpático e bem relacionado na vizinhança: “Era gente boa e não tinha inimigos no bairro”, disse uma fonte que pediu para não ser identificada.

A médico do Instituto Médico Legal esteve no local recolheu o corpo para a sede do õrgão, em Paranaguá, onde será periciado. No primeiro boletim da PM, o caso foi tratado como “roubo com resultado de morte”. O delegado Leandro Stabile disse que “a investigação permanece sob sigilo“.

O capitão Aparecido informou (e depois apagou a mensagem) que foram 6 homicídios registrados neste ano em Guaratuba – o Correio, com base na imprensa de Paranaguá havia publicado inicialmente que eram 14. A informação do capitão está errada. O Correio vai divulgar, nesta segunda-feira (28) o número exato e cada homicídio ocorrido neste ano no Município.

Apuração conjunta com o Jornal de Guaratuba

Matéria gera ofensas de capitão e sargento da Polícia Militar

 

Em virtude da reportagem acima, o comandante da 3ª Companhia da PM, de Guaratuba, capitão Anderson Luis Aparecido, e o sargento Ricardo Marchesi, seu subordinado, ofenderam o jornalista do Correio do Litoral, Gustavo Aquino.

Os dois questionaram o número de homicídios no Município neste ano divulgado pelo Correio, de 14, e os 3 tiros que teriam sido dados na vítima.

O Correio se baseou – e pode ter errado – na imprensa de Paranaguá, que costuma fazer essa contabilidade a respeito de todos os municípios do Litoral. Segundo o capitão, foram 6 homicídios. Sobre os três tiros, o Correio tem uma gravação com essa informação, mas não assegura que tenha acontecido.

“Primeiramente o jornalista está mal informado, foi apenas um tiro, e segundo, não sabe fazer conta, pois inventou o número de homicídios da cidade, ou é Nostradamus para prever até o final do ano”, escreveu o capitão Aparecido.

“Esse mesmo jornalista na ansia (sic) de publicar por primeiro a noticia o faz com desleixo, promovendo noticias (sic) falsas! Por isso deixa de ter o nosso respeito. Acorde! Seja profissional…”, postou Marchesi.

Gustavo Aquino respondeu ambos no grupo e em privado, reclamando das ofensas, pedindo as informações para eventualmente corrigir e informando que iria encaminhar uma reclamação. A conversa com o capitão na imagem abaixo. Ele apagou o que disse ao repórter. Veja:

 

O ataque ao jornalista do Litoral repercutiu até o outro extremo do Estado do Paraná, no site “Cabeza News”, de Foz do Iguaçu, na região Oeste:

Portal divulga homicídio de policial aposentado e editor vira alvo de ofensas da PM em Guaratuba

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