UFPR litoral tem novas regras para ingresso de alunos
A forma de ingresso nos cursos de graduação ofertados pelo Setor Litoral da UFPR foi modificada.
A partir de 2015, 30% das vagas serão preenchidas via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e as outras 70% serão preenchidas via o vestibular realizado pelo Núcleo de Concurso da UFPR, cujas provas serão realizadas nos meses de novembro e dezembro de 2014.
Os candidatos que pretendem prestar vestibular pela UFPR devem ficar atentos às informações divulgadas pelo site do Núcleo de Concursos (www.nc.ufpr.br) e da UFPR Litoral (www.litoral.ufpr.br).
As provas acontecerão em 2 de novembro (primeira fase) e 30 de novembro e 01 dezembro (segunda fase). As obras literárias e as referências para as provas de sociologia e filosofia estão disponíveis no site do NC. Os candidatos aprovados iniciarão suas atividades no primeiro semestre de 2015.
Cursos e vagas
No processo seletivo 2014/2015 do Setor Litoral serão ofertadas vagas em 11 cursos de graduação, com algumas mudanças em relação aos que foram ofertados no último ano. A principal novidade é que será ofertada a licenciatura em Educação Física, curso que substitui o de Gestão Desportiva e do Lazer. Para 2015, não serão ofertadas vagas para os cursos de Gestão Imobiliária, Orientação Comunitária e Informática e Cidadania.
Confira os cursos que serão ofertados no Setor Litoral:
– Licenciaturas: Artes; Ciências; Linguagem e Comunicação; Educação Física (50 vagas cada, duração: 4 anos).
– Bacharelados: Gestão Ambiental; Gestão e Empreendedorismo; Gestão Pública; Serviço Social; Saúde Coletiva (50 vagas cada – com exceção do de Gestão Ambiental que ofertará 45 vagas; todos com duração: 4 anos).
– Tecnólogos: Agroecologia; Gestão em Turismo (50 vagas cada, duração: 3 anos).
Nova regra também para cotas
Em cumprimento à nova Lei de Cotas para o Ensino Superior, sancionada em 2012, a UFPR altera no vestibular 2014/2015 o porcentual de vagas destinado a candidatos oriundos de escolas públicas e que se declarem pretos, pardos e índios.
A Lei de Cotas garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno a alunos oriundos integralmente do ensino médio público. O ensino fundamental é desconsiderado e a cota racial é estabelecida dentro dessa reserva.
Como há um prazo de quatro anos para que as universidades federais adotem a nova política, a UFPR optou por implantá-la de forma gradual. No ano passado, foram destinadas 25% das vagas do vestibular para essa reserva. Neste ano, serão 40% das vagas.
No caso das vagas ofertadas pelo Sisu, o Ministério da Educação já aplica a reserva de 50% das vagas para estudantes fizerem o ensino médio integralmente em escola pública.
Para 2015, das 6.755 vagas que serão ofertadas pela UFPR, 1.925 (30%) serão disponibilizadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e as 4.830 (70%) restantes, pelo vestibular próprio da universidade.
Como era
Até o ano passado, 25% das vagas do vestibular eram destinadas à aplicação da Lei de Cotas. Outras 15% eram distribuídas conforme as ações de política afirmativa da instituição, sendo 7,5% de inclusão racial e 7,5% de inclusão social, que contemplavam estudantes que realizaram o ensino fundamental e médio exclusivamente em escola pública no Brasil. Os 60% restantes eram disputadas pela concorrência geral.
Como fica
A política afirmativa da própria UFPR deixa de vigorar no vestibular, e os 40% das vagas reservadas para inclusão social e racial, ou seja, 1.978, passam a atender à Lei das Cotas. Metade dessas vagas ficará disponível para cotistas com renda familiar igual ou inferior a um salário-mínimo e meio por pessoa, enquanto as outras 50%, para quem vem de escola pública mas que tem renda superior.
Em cada um desses dois grupos, 28,51% das vagas serão destinadas àqueles que se declararem pretos, pardos e indígenas. O porcentual corresponde à proporção desses grupos étnicos no Paraná no último censo demográfico do Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número absoluto de vagas pode diferir entre os grupos em razão do arredondamento por curso e por turno, que deve privilegiar pretos, pardos e indígenas e cotistas com menor renda.
Assim, 60% das vagas do vestibular continuarão sendo disputadas por candidatos que não se enquadrem em qualquer dos critérios estabelecidos para cotas.