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20% dos carros segurados tem mais de 5 anos de fabricação

A idade dos carros não só pode influenciar na maior probabilidade de ocorrência de acidentes e no incremento de custos, mas também é um fator a ser levado em conta no momento de segurar o veículo. Para os carros mais antigos contratar algum tipo de cobertura pode ser mais difícil.

Atualmente cerca de 80% da frota de veículos no país têm até cinco anos de fabricação e emplacamento. Para os mais velhos a contratação de apólice pode até mesmo ser recusada por diversas circunstâncias. Quanto maior for o tempo de fabricação do carro maior é a dificuldade para determinar o preço de mercado e conseguir peças de reposição.

A questão sobre quão velhos são os carros não só interessa às seguradoras, mas também é um assunto a ser analisado pelo setor público. Atualmente a idade média dos carros é de 9 anos e 8 meses e a dos caminhões de 11 anos e 7 meses. Isto indica que, segundo a edição 2020 do Relatório de Frota Circulante, o conjunto de veículos no Brasil vem envelhecendo faz mais de 6 anos. Conforme o relatório publicado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a média na idade aumentou um ano e 4 meses a mais desde 2012, época em que o mercado automotivo registrou vendas recorde de 3,8 milhões de veículos 0km.

Como explicou o diretor do Sindipeças, Elias Mufarej, a juventude da frota está ligada à proporção de veículos novos que entram no mercado; se a venda de zero quilômetro cai, a idade média aumenta. O fato de que a idade dos veículos ultrapasse uma década torna-se de interesse público desde o momento em que quanto mais velhos forem os carros mais poluentes e mais perigosos serão.

Em termos do meio ambiente é importante destacar que veículos com mais de cinco anos (ou seja 72% da frota do Brasil) podem emitir até 2,5 mais CO2 do que os carros atuais. O prejuízo à saúde pública aumenta se considerarmos que os carros mais antigos incrementam o número de acidentes e mortes exigindo maiores gastos por parte do governo nas áreas de infraestrutura e saúde. Trata-se de uma questão ainda mais perigosa nesta época de pandemia na qual vários sistemas de saúde parecem estar por colapsar.

O cenário piora ainda mais se analisado o mercado de seguro de carros no país. Hoje em dia 70% da frota nacional de veículos não tem nenhum tipo de seguro: ou seja, cerca de 12 milhões de carros, motos, caminhões, etc. circulam em todo o Brasil sem proteção alguma para eles mesmos como para terceiros. A chegada do Covid-19 só veio acentuar a situação já que muitos proprietários de carro decidiram evitar custear uma apólice desde que o veículo passava a maior parte do tempo na garagem. Mesmo que o seguro possa parecer caro para muitos motoristas, ainda mais custoso será fazer frente às despesas a enfrentar em caso de um eventual acidente. Por tanto o conselho é aproveitar as diversas ofertas que surgiram nesta época e comparar os seguros de carro disponíveis no mercado, ficando protegido sem ter que pagar a mais.

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