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Governos definem translado de corpos e transporte dos sobreviventes para o Pará

Reunião aconteceu nesta terça-feira (26), em Curitiba

A preparação e translado dos 19 corpos das vítimas do acidente ocorrido segunda-feira (25) na BR-376, em Guaratuba, foram discutidos por representantes dos governos do Paraná e do Pará, nesta terça-feira (26), em Curitiba. Também foi tratada do transporte de 20 passageiros que tiveram ferimentos leves.

Translado será em um avião fretado, que sairá do Aeroporto Internacional Afonso Pena para Belém do Pará, em voo que está previsto para ocorrer nesta quarta-feira (27).

Sobreviventes – Dos sobreviventes que estão no estado de Santa Catarina, apenas uma mulher, de 35 anos, será trazida para Curitiba, pelo Corpo de Bombeiros do Paraná, e seguirá viagem ao Pará, por meio do voo fretado. Junto com ela, em Garuva, em um abrigo, estavam outras quatro pessoas que decidiram não voltar ao Estado do Pará e ficarão em Santa Catarina. Em Joinville, dos oito que estavam hospitalizados, apenas dois continuam internados, os outros seis já foram liberados e também optaram por ficar na cidade.

Cooperação – O encontro reuniu o secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares; o diretor-geral da Polícia Científica, Luiz Rodrigo Grochocki, e o coordenador executivo da Defesa Civil do Paraná, coronel Adriano Mello, e representantes da comitiva da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Pará.

Participaram da reunião pelo estado do Pará, o major Marco Rogério Scienza, representando a Secretaria da Segurança Pública do Pará; o major Bruno Pinto Freitas da Defesa Civil e a papiloscopista Rosilene de Oliveira Pereira. Eles também são responsáveis por fazer o contato e as tratativas com a empresa responsável pelo ônibus de turismo, além da seguradora, e também cuidarão do processo para o translado às famílias das vítimas.

No encontro foi analisada a logística para o translado, horários possíveis para o embarque. Como o embarque estava condicionado à oitiva de algumas pessoas, o delegado responsável agilizou os processos enviando investigadores e escrivães em alguns locais para ouvir pessoas envolvidas e que precisariam viajar. Assim, será dada continuidade ao processo e a consequente conclusão do inquérito, em andamento na Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran).

“Vamos buscar tudo aquilo que compete à seguradora e à própria empresa no suporte aos familiares, óbitos e possíveis danos que venham a ocorrer para, de maneira mais rápida e eficiente, dar uma retaguarda aos envolvidos no acidente, para que a participação, tanto do poder público como do setor privado ofereça uma melhor resposta às vítimas”, explicou o assessor militar da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Pará, “Já estamos verificando as questões junto à seguradora quanto aos trâmites funerários e preparação funerária. Então, a partir do momento que a Polícia Científica deliberar que a vítima pode ser preparada, de imediato as funerárias entrarão em ação com o transporte e a retaguarda da funerária, para depois fazermos o transporte dos corpos e vítimas para o Pará”, disse o oficial.

17 dos 19 mortos já foram identificados

A Polícia Científica e a Polícia Civil do Paraná atuam de maneira integrada e já identificaram 17 corpos, dos 19 que estão no Instituto Médico Legal (IML). Os papiloscopistas da Polícia Civil fizeram a identificação das vítimas através de exames necropapiloscópicos, processo pelo qual coletam as impressões digitais e realizam o confronto com padrões enviados pela Polícia Civil do Pará.

Outros dois corpos, de menores de idade, estão sendo identificados pela Polícia Científica por um processo mais complexo, o exame de DNA. Este processo de DNA, segundo o diretor da Polícia Científica, foi necessário porque as vítimas não possuíam prontuário odontológico ou registro de identidade cadastrado. “Como parentes dessas crianças também foram vítimas do acidente, coletamos o DNA para verificar a identificação”, explicou diretor do Instituto Médico Legal (IML), André Ribeiro Langowiski.

Investigação – A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está investigando o tombamento do ônibus de turismo. Um Inquérito Policial foi aberto para apurar o caso e está sob a responsabilidade da Delegacia de Delitos de Trânsito. As investigações continuam e em depoimento, um dos motoristas afirmou que os freios do ônibus teriam falhado em uma das curvas e que ele não teria conseguido parar na área de contenção.

Até o momento o outro motorista não foi localizado. Testemunhas, familiares das vítimas e envolvidos no acidente estão sendo ouvidos. A Polícia Civil segue realizando diligências e aguarda exames periciais para estabelecer as dinâmicas do acidente.

Fotos: Sesp

Fonte: Sesp / AEN

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