Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Andorinha-de-bando acabou de chegar

Assunto 1.

A primavera está surgindo! Já chegaram aqui, no litoral norte do Paraná, os primeiros indivíduos das seguintes espécies de ‘aves de verão’: andorinha-do-campo (Progne tapera, agosto 29), maçarico-de-perna-amarela (Tringa flavipes, 29 de agosto), andorinha-serradora (Stelgidopteryx ruficollis, setembro 2), bem-te-vi-pirata (Legatus leucophaius, setembro 3), maçarico-grande-de-perna-amarela (Tringa melanoleuca, 6 de setembro), maçarico-solitário (Tringa solitaria, 7 de setembro), bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus, setembro 17), saí-andorinha (Tersina viridis, setembro 17), juruviara (Vireo olivaceus, setembro 17), andorinhão-do-temporal (Chaetura meridionalis, 18 de setembro), suiriri (Tyrannus melancholicus, 19 de setembro), tesourinha (Tyrannus savana, 19 de setembro) e andorinha-de-bando (Hirundo rustica, 20 de setembro).

Ainda não chegaram: anambé-branco-de-bochecha-parda, batuiruçu, beija-flor-de-rabo-branco, beija-flor-de-veste-preta, bigodinho, gavião-tesoura, maçarico-de-colete, maçarico-de-sobre-branco, peitica, tuju e coleirinho. A última espécie não costuma ser considerado migratória, mas ela sempre se ausente do litoral norte durante dois meses inteiros, incluindo o mês de agosto todo. No período de 2005 a 2013, a data média da volta do coleirinho tem sido 24 de setembro.
A mãe-da-lua (Nyctibius griseus) ainda não voltou a cantar.

Assunto 2.

De 27 de setembro a 5 de outubro acontecerá no Paraná o IPAVE 2014. Será a terceira edição de um evento anual, criado e idealizado pelo Fernando Straube e colaboradores e no qual todos podem participar. Para informações veja a página de Hori Consultoria Ambiental: <http://www.hori.bio.br>. Os resultados do IPAVE 2013 estão disponíveis naquele mesmo endereço.

Assunto 3.

Em 9 de setembro distribuí a mensagem “O terror do Sub”, que terminou com a seguinte frase: “O uso, ou melhor, a posse do subwoofer teria de ser proibido por lei. Qual político vai levantar essa bandeira?!”.

Recebi tantas reações de aprovação que acredito o seguinte: o candidato político que concentra o seu discurso no combate à poluição sonora será eleito!

Segue uma seleção das reações recebidas, com a data e os iniciais e a cidade de residência do seu autor.

– “Apoiado. Voto em quem levantar esta bandeira!” (9 de setembro; M E G, Curitiba);

– “Concordo! Se souber de algum que ligue para os ouvidos do povo me avise!” (9 de setembro; E M, Paranaguá);

– “A lei para coibir esse absurdo, essa falta de educação e civilidade existe, mas quem a faz cumprir? Trabalho no bairro (…), em Curitiba, e todos os dias vejo carros estacionados sobre a calçada, ouço esses (…) com seus sons no último volume, mas os agentes da lei passam e nada fazem ou nada podem fazer, não sei. Dizem que falta o decibelímetro nos veículos policiais para provar perante a lei a infração.” (9 de setembro; A B, Curitiba);

– “Som alto é proibido pelo artigo não sei qual da Lei das Contravenções Penais (é só procurar no Google, entrar na lei, aí mandar localizar ‘címbalos’, por exemplo, ou ‘alto-falantes’ ou ‘bombardas’, e aparecerá o artigo da lei.
Não é preciso legislação para coibir isso, é preciso a famosa vontade política e fiscalização. É muito difícil, pois a PM se acovarda. Ela vai atender um chamado para coibir som alto, chega lá, os caras baixam o som, a PM vai embora, eles aumentam o som… E se o infrator estiver de gravata ou for casa de rico, aí a PM resolve deixar pra lá…
E, no entanto, o som alto responde por 70% (setenta por cento) das queixas em plantões da PM nas noites de sexta-feira e sábado principalmente…
De vez em quando surge um secretário municipal do Meio Ambiente que prende carros e retira a aparelhagem de som, que fica confiscada, mas é muito rato, e logo desistem…
É uma afronta séria à cidadania.
Recomendo ir conversar com o infrator, junto com outros moradores, gravando a conversa, e levar a promotor do Meio Ambiente, com abaixo-assinado. Dá um trabalhão danado, mas pode resolver. Se não resolver (…).” (9 de setembro; D P, Londrina);

– “O problema não é o Sub… o problema são as pessoas. Meu carro tem um desses, mas a mais de 2 ou 3 metros do carro já não da para ouvir nada. Mas isso se tiver com o volume bem alto. É que nesses barulhentos as caixas de som possuem um furo, que direciona o som para fora do carro, mas dentro do carro não da para escutar nada. Sem contar, que esse geralmente também tem cornetas, que só servem para jogar o som para fora do carro. Enfim, esses barulhentos gastam uma fortuna com som que joga o som pra fora do carro, mas dentro do carro não da pra ouvir nada!” (9 de setembro; E L, Curitiba);

– “Além do aparelho de som aqui em Curitiba temos os alarmes das casas que disparam e às vezes ficam dias soando até que o proprietário volte de viagem para desligar. Igualmente deveria ser proibido.” (10 de setembro; L R, Curitiba);

– “Muita poluição sonora. Também acho que deveriam proibir a veiculação de propaganda eleitoral através de som automotivo.” (11 de setembro; J M, Florianópolis);

– “Pois é, esse tum tum tum está presente em todos os lugares. Quando aparece próximo a escola em que trabalho fica muito difícil continuar com a aula sem aguardar que a pessoa inconveniente saia do local.” (14 de setembro; S P S, Curitiba).

Uma primavera de paz e para todos!
Um grande abraço,
André

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