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Morte de assaltante desperta violência em Guaratuba. Família o reconheceu pelas redes sociais.

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A morte de um assaltante, nesta 6ª feira (7), em Guaratuba, gerou debate nas redes sociais. Muitos comemoraram a morte do ladrão. Outros reagiram à promoção da violência e à banalização da morte.

Poucos aplaudiram a ação dos socorristas do município e do Corpo de Bombeiros que tentaram ressuscitar o ladrão – houve quem condenasse a tentativa. Muitos divulgaram a expressão violenta “bandido bom, é bandido morto” e chegaram a defender que o corpo do morto fosse exibido como troféu. Foi grande o movimento de pessoas que se dirigiram ao local para ver a cena violenta.

De acordo com testemunhas, o policial agiu com profissionalismo e atirou para proteger sua vida e das pessoas que estavam em volta. No entanto, a reação de muitos transformou a ação correta em “homicídio consentido”.

A tentativa de assalto aconteceu por volta do meio-dia em uma casa lotérica na rua mais movimentada da cidade, a avenida 29 de Abril.

O assaltante invadiu a lotérica armado e levou o dinheiro dos caixas. Na saída, um policial militar que estava de folga esperou para ver se não havia outra pessoa e ainda que o assaltante subisse em uma moto que havia sido roubada na noite anterior. Com arma em punho deu voz de prisão e pediu para o assaltante largar a arma. Segundo testemunhas, o ladrão tentou reagir e foi morto com um tiro no tórax e outro na cabeça.

Um rapaz assutou-se com o tiro e correu. Pessoas acharam que se tratava de um outro ladrão. Policiais percorreram as ruas próximas em busca do suspeito. Horas depois, imagens das câmeras de segurança e testemunhas confirmaram que o assaltante agira sozinho.

O policial que matou o ladrão não foi ferido. O dinheiro roubado foi todo recuperado.

 

Família o reconheceu pelas redes sociais

Na noite de sexta-feira, uma jovem que mora em Brusque (SC), entrou em contato com o CorreiodoLitoral.com para saber se já havia sido identificado o assaltante morto. Ela viu a foto do rosto dele exposto à exaustão nas redes sociais e suspeitou que seria seu irmão, Daniel Barbosa.

Na manhã de sábado, ela conversou com a reportagem pela internet e disse que não sabia como contar para sua mãe. “Não sei como dizer isso pra minha mãe, desde ontem estou dizendo pra ela que não era ele, mas agora não dá mais pra esconder”, escreveu.

A jovem também pediu informações para poder reconhecer o corpo. Em contato com o investigador Edilson Ribeiro, soubemos o local, o telefone e o nome de uma pessoa para ela entrar em contato, no Instituto Médico Legal, em Paranaguá. A família dirigiu-se a Paranaguá e fez o reconhecimento oficial. Daniel foi sepultado no domingo.

 

Monitoramento

Em outubro, a Câmara de Vereadores aprovou autorização para a Prefeitura contratar financiamento de R$ 3 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o sistema de monitoramento por câmaras.

Os recursos serão destinados à integração informatizada e segurança do setor público e também para câmeras em via públicas. Também servirá para integrar câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais e residências. A autorização foi aprovada com o voto contrário de três vereadores; Maurício Lense, Artur Santos e Ana Maria Correia.

Foto: Tavinho Akawan
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