Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Rio São João continua interditado 2 meses depois de acidente

Pessoas usam rio bem no ponto sinalizado – Foto: IAT/Sedest

O rio São João, em Guaratuba, continua interditado pelo Instituto Água e Terra (IAT) para lazer, recreação e pesca, quase dois meses depois do derramamento de produto tóxico na BR-376. Obviamente, também está interditado para o consumo.

No dia 13 de fevereiro, um caminhão carregado com a substância química Tanalith 60% CCA-C (inseticida e fungicida), tombou na lateral da rodovia na altura do km 679 e derramou parte do produto transportado. Ele escorreu pela canaleta das águas pluviais até atingir um córrego, afluente do rio São João. Além de Guaratuba, o rio chega ao município de Garuva (SC).

A empresa responsável pelo acidente ainda trabalha na eliminação total da substância para garantir a qualidade da água e segurança da fauna local. “As atividades de lazer e de pesca no local não devem ser realizadas porque os trabalhos de saneamento do Rio e de seus afluentes, afetados pelo acidente ambiental, levam tempo para serem concluídos. Com isso, existem riscos à saúde humana e animal”, afirma o técnico responsável pela Coordenação Estadual de Acidentes Ambientais do IAT, José Adailton Caetano.

A determinação também está decretada na Portaria IAT nº 61/2021, que proíbe o uso e consumo da água do Rio São João para recreação, pesca, saciar a sede de animais, irrigação e atividades correlatas à pandemia do Covid-19.

“A orientação é que as pessoas respeitem as regras sanitárias impostas pelas autoridades de saúde e evitem aglomeração no local. E respeitem também o trabalho do IAT, que atua na melhoria da qualidade do rio junto à empresa responsável pelo acidente”, afirma Caetano.

De acordo com a gerente da Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual de Guaratuba, Celia Rocha, existem relatos e imagens que mostram pessoas frequentando o local, mesmo com placa indicativa de proibição.

“Tivemos informações que pessoas têm frequentado o rio São João para pesca, o que é inadmissível, pois coloca em risco a saúde de todos que consomem os peixes”, afirma. “Na composição do Tanalith 60% CCA-C, existem elementos químicos como Arsênio, Cromo e Cobre, que são altamente tóxicos e acumulativos na cadeia trófica”.

Foto: IAT/Sedest
Foto: IAT/Sedest

Fonte: IAT / Sedest (Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo)

Leia também