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Ibama exonera chefe que fiscalizou 100% da madeira que passou no Porto de Paranaguá

O Ibama do Paraná exonerou Antonio Fabricio Vieira da chefia da unidade técnica do órgão no Porto de Paranaguá, que fiscalizou 100% das cargas a serem exportadas pelo porto, em um total de 35.822 m3 de madeira nativa, comum valor de R$301,2 milhões.

A informação é da jornalista Ana Carolina Amaral, publicada nesta terça-feira(20), no blog Ambiência, do jornal Folha de S. Paulo. “A operação, segundo o blog apurou, deve gerar 30 autos de infração, por falta de documentação válida para todo o período de transporte da carga. A exportação de madeira nativa exige o Documento de Origem Florestal”.

“O blog teve acesso ao formulário da exoneração – que ainda não foi publicada no Diário Oficial. Ela foi assinada no último dia 19 pelo superintendente do Ibama no Paraná, Luiz Antonio Corrêa Lucchesi.

“O documento justifica a decisão como ‘necessidade de readequação da estrutura’. Fontes ligadas ao governo atribuem a ação a um pedido direto do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), que teria telefonado ao superintendente do estado. O ministro nega relação com a providência. ‘Nunca falei com o SUPES-PR sobre nenhum assunto’, respondeu Salles ao blog.”

“De acordo com ordens de fiscalização acessadas pelo blog, a unidade do Ibama no Porto de Paranaguá é parte de duas operações estratégicas do órgão: a fiscalização da madeira exportada e também o combate à pesca ilegal, por conta do período do defeso do camarão.”

“Ainda no relatório concluído em fevereiro, o então chefe da unidade informava contar com somente três servidores em atividade. Ele pediu a admissão de mais cinco analistas para lidar com a demanda do porto e a reestruturação do prédio da unidade.”

“’Informamos que a sede e único prédio da administração da Unidade Técnica (em melhores condições de habitabilidade) encontra-se interditada pela Defesa Civil de Paranaguá, devido à má conservação da mesma e risco aos transeuntes, carecendo de reforma imediata’, diz o relatório.”

Fonte: Ana Carolina Amaral / Ambiência / Folha de S. Paulo

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