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PCPR prende homem apontado como serial killer de homossexuais

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu, na manhã deste sábado (29),  José Tiago Correia Soroka, apontado como serial killer que teria cometido três latrocínios contra homossexuais.

Os crimes ocorreram entre os dias 16 de abril e 4 de maio deste ano, em Curitiba e em Abelardo Luz (SC). A captura aconteceu em uma pensão no bairro Capão Raso, em Curitiba. Segundo o delegado Thiago Nóbrega, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (​DHPP), ele não resistiu à prisão, confessou e deu detalhes de alguns crimes. 

Ele é apontado como responsável pelas mortes de David Júnior Alves Levisio, ocorrida no dia 27 de abril e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, morto no dia 4 de maio, ambas na capital paranaense. Ele também é suspeito do latrocínio de Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo da Luz (SC). 

Ainda no dia 11 de maio, o homem tentou matar mais um homossexual, no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens subtraídos.

delegado Thiago Nóbrega

Conforme o Correio já informou, José Tiago, de 33 anos, chegou a ser preso no Litoral, há pouco mais de cinco anos. Na madrugada do dia 5 de outubro de 2015, José Tiago e mais dois homens roubaram um Fiat Uno no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, e fugiram para o Litoral. O caso foi noticiado no jornal online Cidadão em Ação. Pela manhã eles capotaram o veículo na PR-508, no sentido Matinhos, fugiram, mas foram localizados por policiais rodoviários do posto de Alexandra-Matinhos.

Crimes – As três vítimas eram homossexuais e moravam sozinhas. Os três homens foram encontrados mortos na cama de suas residências com sinais de asfixia e tiveram pertencentes subtraídos. 

De acordo com as investigações, o suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e posteriormente se deslocava até a residência, ao chegar no o local as estrangulava. Após o sufocamento as cobria com cobertas.

Homofobia –  Inicialmente os casos foram tratados como homicídio, porém foram identificados pertences subtraídos dos locais. Além do latrocínio, roubo e homicídio, não se descarta crime de ódio (homofobia).

De acordo com a delegada Camila Cecconello, também da DHPP, ele afirmou hoje que a intenção do crime era roubar as vítimas, “embora alguns elementos do interrogatório demonstrem que poderia existir um componente de ódio nas ações dele”. 

Delegada Camila Cecconello

Fonte: PCPR

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