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Chuva supera 150 mm e provoca alagamentos e deslizamentos em Antonina

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Pluviômetros automáticos e de propriedade do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) computaram no período, precipitação acumulada de 154,6 milímetros na Rua Professora Otilia Ferrarine, 115 milímetros no bairro Jardim Maria Luiza, 105 milímetros no bairro Batel e 89 milímetros no Centro da cidade.

A Defesa Civil também contabilizou deslizamentos de terra e ameaças de desabamentos em razão do solo bastante encharcado. Na tarde de segunda, nove pessoas de uma área de risco de deslizamento na comunidade Graciosa de Cima foram removidas.

O capitão PM Romeu Yagui, da Defesa Civil Estadual, explicou que o órgão atuou de forma preventiva para evitar maiores problemas. “Os moradores foram levados a um abrigo no município. O evento acabou não ocorrendo, mas a Defesa Civil continua atenta para qualquer possibilidade de desastres”, ressaltou. “Agora vamos avaliar se as famílias já podem retornar a suas casas”, disse.

Chuvas isoladas – O meteorologista Tarcísio da Costa, do Instituto Meteorológico Simepar, afirma que a previsão para os próximos dias é de chuvas isoladas em todo o litoral paranaense, e que a situação ainda merece atenção. “A instabilidade deve ocorrer durante toda a semana, mas não é possível prever o volume de chuvas para a região. É importante estar atento, porque na madrugada de domingo para segunda-feira choveu mais de 100 milímetros em Antonina, o que gerou o alerta”, disse.

Ele explicou que o grande volume de chuvas é típico do verão, que alia as temperaturas elevadas à alta umidade do ar. “Nesta semana, a média da temperatura no Litoral deve ficar em 32ºC, o que contribui com a instabilidade”, destacou. “E a previsão de chuvas, principalmente pela tarde, estende-se a todo o Paraná, em especial nas regiões Norte, Oeste, Noroeste e no Litoral, que são as mais quentes”, ressaltou.

 

Cabeça d’água provoca morte na Serra do Mar

O mau tempo provocou a morte de um menino de 14 anos, na segunda-feira (5), em Morretes. Ele estava nadando no rio Iporanga, na localidade de América de Cima, com um tio e um primo quando uma cabeça d’água – que ocorre quando a correnteza do rio aumenta de forma repentina – arrastou os três.

O tio e o primo da vítima conseguiram sair para as laterais do rio, segundo os Bombeiros, mas o adolescente foi levado por 800 metros e prendeu uma das pernas nas pedras do rio, se afogou e morreu no local.

O Corpo de Bombeiros alertam para o perigo da formação do fenômeno, conhecido como “cabeça d’água”, nos rios da região. Quando o banhista perceber a mudança brusca do tempo e a chuva no alto da Serra do Mar, deve sair imediatamente da água e procurar abrigo.

Fontes: De Olho No Tempo Meteorologia, ANPR e Jornalismo da Ilha
Fotos: Fala Antonina
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