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Quando Mato Grosso do Sul voltará a normalidade

Já passamos de um ano de pandemia de COVID-19 no Brasil e, infelizmente, estamos longe de vencermos esta guerra. A situação do Mato Grosso do Sul se destaca, pelos motivos errados, trata-se de um Estado com os números mais alarmantes. Não chega a ser o recordista em número de mortes ou número de casos, mas quando fazemos a proporção, é possível enxergar que muito precisa ser feito.  

Vamos fazer uma recapitulação do cenário do Mato Grosso do Sul e vamos mostrar o que os especialistas apontam como caminho mais viável para superar este momento tão terrível. Se você é um estudante, este artigo pode te ajudar com os seus trabalhos acadêmicos

Um dos piores casos do Brasil 

Em 14 de abril de 2021, a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, divulgou um boletim extraordinário onde apontava o Mato Grosso do Sul como a unidade da federação com a maior taxa de ocupação de leitos de UTIs. O Estado chegou a 100% de ocupação dos leitos entre o dia 4 e 10 de abril. O relatório também aponta que a tendência de alta transmissão de COVID-19 no país não mudou.  

Ainda de acordo com o relatório da Fiocruz, 17 Estados brasileiros e o Distrito Federal estão com mais de 90% de taxa de ocupação dos leitos de UTIs. Sendo que o Mato Grosso é um desses, mas o único a ter chegado ao 100% de ocupação dos leitos. Enquanto isso, outros seis Estados apresentam uma taxa de ocupação de leitos de UTIs acima de 80%, três Estados estão com taxas entre 70% e 80%, e o Estado da Roraima segue com apenas 44% de taxa de ocupação. 

A conclusão do relatório é que a flexibilização das medidas restritivas, que vem acontecendo em vários Estados, é o que pode aumentar o ritmo acelerado de transmissão de COVID-19. Acredita-se que alguns prefeitos e governadores estão se precipitando. No Estado da Bahia, apesar da taxa de ocupação de leitos estar acima dos 80%, cidades como Salvador já permitiram a abertura do comércio com pequenas restrições de horários. 

Até o dia 14 de abril de 2021, o Mato Grosso do Sul contava com cerca de 238 mil casos de COVID-19 e mais de 5000 óbitos desde março de 2020. Por incrível que pareça, apesar de moradores da região já terem sido vacinados, este é o pior momento da pandemia para o Estado do Mato Grosso do Sul. 

Especialistas apontam uma solução 

Especialistas apontam que o Mato Grosso do Sul precisa de pelo menos 60% da população vacinada para voltar ao normal. Entretanto, o número pode variar de acordo com a eficácia da vacina em questão.

A população precisa cooperar 

É uma questão bastante simples. Quanto mais pessoas estiverem vacinadas, melhor para a população em geral. O problema é que a própria população não está se mostrando muito preocupada com isso. No Mato Grosso do Sul, mais de 24 mil pessoas não foram tomar a 2ª dose da vacina. Só em Campo Grande, o número de pessoas que não foram tomar a segunda dose chega a 1273. Portanto, a atitude da população em geral precisa mudar para superarmos a COVID-19.

Considerações finais 

Apesar de termos doses da vacina circulando pelo Brasil, não há dúvidas de que elas demoraram demais para chegar. Estamos no pior momento da pandemia e o mais assustador é que há especialistas acreditando que as coisas podem piorar. O isolamento social e as medidas restritivas, que, depois da distribuição das vacinas, são a nossa melhor arma, já estão sendo deixados de lado, apesar de tudo. 

Autora – Elícia Marta

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