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Federações dizem que foram surpreendidas por mídia na mudança da poligonal

Proposta de novo traçado foi divulgada pelo CorreidoLitoral.com no dia 22 de dezembro
Proposta de novo traçado foi divulgada pelo CorreidoLitoral.com no dia 22 de dezembro

 

Três entidades nacionais ligadas aos trabalhadores reagiram às mudanças na poligonal do Porto de Paranaguá e pediram audiência urgente com a Casa Civil e a Secretaria Especial de Portos (SEP).

A mudança está em consulta pública desde o dia 19 de dezembro e fica disponível no site da SEP para receber sugestões e críticas até o dia 5 de fevereiro.

A mudança e o novo traçado foram divulgados pelo CorreiodoLitoral no dia 22 de dezembro. Leia: Poligonais dos portos liberam terminais de Pontal e Embocuí. Antes, no dia 10 de outubro e no dia 19 de novembro informou que um grupo de trabalho formado pelo Governo do Paraná, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e entidades empresariais vinha gestando a mudança. Leia Revisão da Poligonal do Porto pode favorecer portos privados e Governo estadual e Appa avançam na revisão da Poligonal do Porto

Republicamos aqui as propostas encaminhadas à SEP.

Nesta semana, segundo o “Blog da Luciane” e o “Jornal dos Bairros”, ambos de Paranaguá, o presidente da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib “Avulsos”), Mário Teixeira, da Federação Nacional dos Estivadores, Wilton Ferreira Barreto e o presidente da Federação Nacional dos Portuários, Eduardo Guterra declararam que foram “surpreendidos com a proposta da poligonal do Estado do Paraná onde consta que estão excluídas áreas do porto organizado como mais de 50% do porto público de Antonina, toda a região do Embocuí em Paranaguá e toda a área portuária do Porto de Pontal do Sul”.

“Pelo que se depreende das divulgações da mídia, salvo melhor juízo, há aparentemente um interesse voraz, inclusive por parte da Appa e do Governo do Estado do Paraná, em prejuízo dos portuários e para privilegiar terminais de usos privativos (TUPs), em detrimento à política de arrendamentos, mesmo diante da assimetria concorrencial que já existe entre TUPs e terminais arrendados”, diz o documento encaminhado à SEP e Casa Civil.

Para os dirigentes sindicais, a SEP e a APPA estão insensíveis quanto ao impacto negativo no mercado de trabalho dos portuários dos OGMOs dos portos de Paranaguá e Antonina.

O grupo de trabalhadores reclama que não houve contato prévio, principalmente por parte da SEP, com as federações para discutir ou mesmo dar-lhes conhecimento da referida proposta “drástica de redução da área do porto organizado”.

“Cabe enfatizar que, no processo negocial sobre a nova lei portuária, ficou firmado compromisso com o Governo no sentido de que qualquer redução de área de porto organizado, que tivesse impacto na mão-de-obra dos trabalhadores do OGMO, haveria entendimento prévio com as federações laborais”, lembram os presidentes. Porém, não houve nenhuma comunicação ou conversa sobre o assunto.

Os presidentes lembram que estão sendo cobrados pelos sindicatos paranaenses, assim como pedem providências em âmbito nacional.

Paranaguá – http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/gestao/poligonais/paranagua/paranagua

Antonina – http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/gestao/poligonais/antonina/antonina

Com informações do Blog da Luciane e Jornal dos Bairros
Imagens: SEP editadas pelo CorreidoLitoral.com
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