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Setembro teve 729 encalhes de animais sem vida nas praias do Paraná

As equipes do Projeto de Monitoramento de Praias registraram, no mês de setembro, um total de 739 encalhes de animais no Litoral do Paraná. Destes, apenas 10 estavam vivos.

As espécies mais comuns foram os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), tartarugas-cabeçuda (Caretta caretta), tartarugas-verde (Chelonia mydas) e Puffinus (Puffinus puffinus) com maior ocorrência nos municípios de Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná.

Segundo a bióloga e coordenadora do projeto no estado, Camila Domit, nesta época do ano é comum encontrarmos em nosso litoral espécies migratórias como, por exemplo, os pinguins-de-magalhães e as espécies de tartarugas citadas. No caso dos pinguins, estes migram da Patagônia ou das Ilhas Malvinas até nossa costa em busca de alimento e águas mais quentes, no entanto, muitas vezes, ao longo da migração, sentem-se exaustos e acabam morrendo após a longa viagem até a região sul e sudeste do Brasil.

“O aumento da ocorrência desses animais na zona costeira resulta em maior risco de interações com as atividades humanas, o que acaba influenciando na mortalidade dos animais em nosso litoral”, ressalta Camila.

Os animais resgatados sem vida pouco decompostos são encaminhados para necropsia e somente após análises biológicas os pesquisadores conseguem apurar o que pode ter ocasionado as mortes. Foram realizadas no período 53 necropsias. Muitos exames e discussões técnicas são realizadas para que possamos avaliar os impactos que atingem estes animais marinhos.

Os animais que chegam debilitados nas praias, são encaminhados ao Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise da Saúde da Fauna Marinha (CRED), localizando no Centro de Estudos do Mar, em Pontal do Paraná, e após o período de estabilização e reabilitação são reintegrados à natureza.

Precisamos cuidar da fauna marinha! Caso você encontre animais marinhos debilitados ou mortos:

Ligue 0800 642 3341 e acione a equipe de resgate.

Eles também atendem aos chamados via whatsapp, pelo telefone (41) 99213-8746.

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