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Digital influencer é presa em operação contra quadrilha milionária

Camila e Ricardo Marodin – Redes sociais / RIC Mais

Um homem foi morto e 14 pessoas foram presas pela Polícia Militar nesta sexta-feira (12) na “Operação Ostentação”, realizada no Litoral e na Região Metropolitana.

Entre as prisões, a mais importante é de uma digital influence, Camila Marodin, que seria a responsável pela parte financeira da organização. Ela é esposa de Ricardo Marodin, apontado como líder da organização, e teria herdado a posição. Camila foi presa quando voltava de Matinhos.

“Ele foi morto há uma semana em uma rixa pelo controle do tráfico de drogas. Outros homicídios ocorridos nos últimos tempos na região estão sendo analisados pela PM para verificar se têm conexão ou não com a morte daquele homem”, disse o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira.

Além das prisões, a Operação Ostentação cumpriu 41 mandados de busca e apreensão na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral.

Segundo a Polícia Militar, a organização criminosa coordenava o tráfico de drogas e usava “laranjas” para mascarar o patrimônio de veículos de luxo e propriedades, avaliados em cerca de R$ 4 milhões. Também era de R$ 4 milhões a movimentação financeira relacionada aos crimes que foi constatata. “Durante a operação, um suspeito reagiu à abordagem e morreu no confronto”, informou a PM. A morte foi em Piraquara.

O balanço da operação é de 35 armas de fogo, R$ 120 mil em dinheiro, cinco automóveis, uma moto e dezenas de munições apreendidos. Os mandados judiciais foram cumpridos em Pinhais, Piraquara (região de maior atuação do grupo) e Litoral. Os presos foram encaminhados à Polícia Civil.

A operação foi coordenada pelo Centro de Inteligência da PM e pela Agência Local de Inteligência Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), que descobriram como o grupo atuava. Houve apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotams) dos batalhões da PM da RMC e Litoral.

Segundo o coronel Hudson Leôncio Teixeira, as equipes de inteligência checaram a atividade criminosa e como os envolvidos agiam para evitar serem descobertos pela polícia. “Ficou evidente durante o trabalho que havia lavagem de dinheiro, e inclusive na conta bancária de um dos integrantes havia um montante de aproximadamente R$ 1,5 milhão, mesmo assim ele recebia auxílio emergencial do governo federal”, disse.

A investigação começou em agosto do ano passado, quando a PM apreendeu 30 quilos de maconha em Piraquara. Informações sobre a atividade criminosa levaram os policiais militares do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) a monitorarem a rotina dos envolvidos. Ao longo da investigação, com apoio do Poder Judiciário, foi determinado o bloqueio de 15 contas bancárias, 13 imóveis e 10 veículos.

Descobriu-se que os integrantes desta organização se relacionavam com outros grupos, com o intuito de comprar, vender, e compartilhar armas, drogas e carros. Os policiais acompanharam a rotina dos suspeitos e constataram que tinham uma vida de luxo e ostentavam bens materiais, como joias, dinheiro, roupas, e viagens.

Com apoio do Ministério Público de Piraquara, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário dos integrantes do grupo, o que auxiliou os agentes de inteligência da Polícia Militar a verificar uma intensa atividade financeira.

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