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Carnaval confirma que demora no ferry boat continua sem solução

Fotos: Correio do Litoral

Nesta Quarta-feira de Cinzas, a travessia do ferry boat na saída de Guaratuba chegou a demorar 90 minutos, contando a partir da compra do bilhete, conforme o canal oficial do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) no Twitter. 

A estimativa não leva em conta o tempo para chegar até o guichê e comprar o bilhete. No meio da tarde, as duas filas começavam na subida dos Bombeiros (PR-412) e na metade da rua Marechal Hermes (PR-807). 

O tempo de espera levou até 5 horas no início deste feriado de Carnaval, que teve um movimento muito abaixo da média para o período e muito menos ainda do que no último Ano Novo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 mil pessoas visitaram as praias e cidades históricas do Litoral entre sexta-feira (25) e hoje (quarta, 2), contra 2 milhões no Ano Novo, a maior parte concentrada em Guaratuba e Matinhos, que realizaram festas de Revéillon.

No dia 2 de janeiro, as estradas estavam tão cheias, que não havia um gargalo no ferry boat, pois a lentidão que começava nas ruas de Guaratuba, seguia na travessia da baía, ia do desembarque até o Centro de Matinhos, depois até a BR-277 e continuava na subida da Serra do Mar até Curitiba. Na saída por Garuva (SC) e BR-376 a situação era parecida.

A comparação entre o Ano Novo e o Carnaval confirma o que os usuários do dia a dia já sabem: a demora no ferry boat continua sem solução depois da troca de administração. 

Até as cenas de embarcações com dificuldades para atracar ou cruzar as correntezas se repetiram, desta vez sem chamar muito a atenção das mídias, principalmente das redes sociais.

Nova empresa ainda não melhorou a situação

Balsa ancorada no flutuante do embarcadouro nº 1

Desde o dia 10 de fevereiro, a travessia tem sido feita pela empresa INC Internacional Marítima, do Maranhão, contratada emergencialmente pelo DER ao romper o contrato com a concessionária BR Travessias. 

Neste período, o transporte tem sido feito por três ferry boats do DER e por uma balsa pequena alugada da BR Travessias, a Rainha de Valadares. Começou com dois dos quatro embarcadouros interditados. Num deles – em Caieiras – o flutuante desabou poucas horas depois de a BR Travessias interditar o outro – na Prainha – para trocar as madeiras e a estrutura que estavam comprometidas. 

Os problemas simultâneos levaram o Governo a acionar a Justiça, que deu prazo de 20 dias para os consertos serem feitos. Isso no dia 3 de fevereiro. Seis dias depois, no dia 9, o Governo do Estado declarou a caducidade do contrato de concessão que tinha validade até 2031.

A nova empresa assumiu no dia seguinte com um contrato de seis meses até a realização de licitação. Depois de 18 dias da nova administração e 25 dias da determinação judicial, mesmo com o estado das madeiras da ponte precisando ser trocadas, o flutuante de Caieiras voltou a operar, nesta segunda-feira (28), mas a ponte na Prainha ainda não, como exigia a liminar do Judiciário. 

Balsa ancorada e embarcadouro desativado

Na tarde de hoje, apesar das longas filas, o embarcadouro nº 1 voltou a ser interditado por uma razão intrigante: a balsa Rainha dos Valadares foi tirada do serviço para um reparo de emergência e estava ancorada ali. Além de poder diminuir o tempo de espera dos turistas, a balsa e o porto aliviariam o tráfego de caminhões que foi liberador pelo DER às 14h.

O Correio do Litoral procurou a empresa INC Internacional Marítima para falar sobre esta situação, as obras nos embarcadouros e outras providências, mas a empresa não respondeu até a publicação desta notícia.

O Correio também procurou a BR Travessias, que repassou uma série de informações sobre o período em que esteve à frente da concessão e os problemas que teve de superar. O conteúdo será assunto de uma nova reportagem.

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