Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Manu Aguiar, presidente de Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, se forma na UFPR Litoral

A matinhense Emanuele Aguiar Araújo, de 29 anos, é a primeira estudante com paralisia cerebral a se graduar pela UFPR Litoral, informa a universidade. Ingressa da primeira turma de Licenciatura em Geografia (2017), acaba de apresentar seu TCC com sucesso.

Devido a uma paralisia cerebral na hora do parto, Emanuele teve sua motricidade afetada, limitando sua locomoção e a habilidade para executar certos tipos de atividades. 

Sempre estudando em escolas públicas, hoje ela trabalha no Sesc Caiobá; é tutora de cursos de extensão na área da Educação Especial do grupo Inclusive da Unipampa/campus Bagé; profere palestras sobre o lugar, corpo e sexualidade da mulher com deficiência e, no mês de maio, assumiu a presidência do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede), vinculado à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Estado do Paraná.

Manu, como é conhecida entre colegas e já por um grande público, conta que já no segundo dia como caloura, enfrentou seu primeiro grande desafio quando o elevador dos blocos didáticos não funcionou e a solução encontrada foi realocar a sala de aula até o conserto. 

Segundo ela, sempre teve o apoio de todos os docentes do curso e dos muitos amigos que fez, ressaltando o suporte pedagógico fornecido pela professora Francéli Brizola e pela técnica Juliana Ferrari como fundamental para a sua permanência na universidade. Ambas atuavam na Sepol (Seção de Políticas Afirmativas, Assuntos Estudantis e Comunitários da UFPR Litoral).

Apaixonada pela educação, antes de ingressar na UFPR Litoral, Manu teve a oportunidade de concluir o curso de tecnóloga em Recursos Humanos, mas afirma que a universidade fez com que sua paixão pela educação só aumentasse e com a compreensão de que a Geografia está presente em todas as partes da sua vida, como ela mesma explica:

“Se falamos da pessoa com deficiência é possível aplicar os elementos da geografia ao tema, se tratamos de moradores de rua, outros critérios e elementos também são aplicáveis. É possível a abordagem de inúmeros aspectos do cotidiano mediante a compreensão do lugar, do território. E estabelecer diálogo com a população, com os movimentos sociais e políticos, aos quais eu pertenço hoje, só foi possível por meio dessa compreensão que a universidade me proporcionou”.

Hoje a Sepol dá suporte a seis estudantes com deficiência na UFPR Litoral: três estudantes surdos, um estudante com síndrome de Down, um estudante autista e uma estudante do curso de Linguagem e Comunicação, também com paralisia cerebral.

Na posse e eleição como presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede)
Leia também

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More