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Dois em cada três brasileiros se preocupam com o uso de dados on-line, afirma pesquisa

Imagem: Canva

A tecnologia transforma constantemente a forma como fazemos quase tudo. Estamos cada vez mais digitais e, com isso, vem a preocupação com os golpes e crimes on-line, como roubo de dados e informações importantes.

Uma pesquisa realizada pelo Cetic, Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, mostrou que 77% dos usuários de internet no Brasil já desinstalaram algum aplicativo por medo de serem vítimas de golpes ou de terem seus dados roubados.

A verdade é que o universo digital está suscetível ao ataque de hackers e outros cibercrimes. Qualquer site ou app que contenha informações pode ser alvo de criminosos on-line, como redes sociais, aplicativos de bancos, de compras, e-mails e até mesmo apps de troca de mensagens, como SMS ou WhatsApp.

Os dados vazados são a munição que os hackers precisam para aplicar os golpes. Os cibercriminosos podem tentar se passar por alguém ou por alguma instituição, seja por e-mail, mensagem ou ligação, e até mesmo fazer saques indevidos diretamente nos aplicativos.

O que as empresas estão fazendo para promover a segurança digital do usuário?

Imagem: Canva

Para minimizar os riscos e proteger os usuários, diversas empresas têm buscado programas e ferramentas que ajudem a deixar os sites mais seguros e protejam os dados e as informações pessoais dos visitantes.

A Apple, por exemplo, mudou totalmente a estratégia de mercado, passando a focar mais na segurança das informações dos usuários. O iOS 14 foi lançado com o recurso “Tracking Transparency”, que ajuda as pessoas a controlarem melhor os dados e envia notificações se determinados apps ou sites estiverem coletando informações pessoais.

Empresas que nasceram no digital, como os e-commerces e as plataformas de trading, também têm implementado medidas para garantir que os usuários estejam em segurança. Esses sites possuem políticas de privacidade e certificam os visitantes de que o uso de dados será feito de maneira justa e legal, para fins limitados e especificamente declarados, além de estarem de acordo com as normas LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

A Amazon, um dos maiores e-commerces do planeta, tem desenvolvido ferramentas para manter o internauta protegido dos hackers. O sistema de Segurança e Privacidade do site informa que a empresa desenvolve todos os sistemas e dispositivos com a privacidade do usuário em mente, além de investir pesado para garantir a segurança dos seus dados.

Essa é uma realidade cada vez mais presente no ramo dos negócios que possuem canais on-line. De acordo com um relatório da Auditoria PWC, 57% das empresas devem aumentar ainda mais os investimentos na segurança digital, para que todos os protocolos da LGPD sejam seguidos e os usuários possam utilizar a internet sem medo e com total segurança em relação aos seus dados pessoais.

Segurança além dos aplicativos

O levantamento feito pelo Cetic mostrou, ainda, que os entrevistados não estão de olho somente nos aplicativos. Quase 70% dos usuários afirmaram deixar de visitar uma página por medo de que não fosse confiável ou de que contivesse vírus.

Além disso, 56% também alegaram já ter deixado de utilizar algum serviço ou plataforma na web pelo mesmo motivo, ao passo que 70% disseram que verificam a segurança das páginas antes de continuar a navegação.

Os participantes da pesquisa afirmam que, por questões de segurança on-line, tomam algumas medidas – 64% limitam o acesso às redes sociais, 62% restringem os pedidos de localização geográfica e quase 70% não aceitam a permissão de uso de dados pessoais para publicidade.

A segurança é uma questão importante no universo digital. Desse modo, as organizações precisam se adequar às novas normas e desenvolver ferramentas e atualizações que tragam segurança aos usuários. Afinal, prevenir é sempre melhor do que remediar.

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