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Novo bloqueio antidemocrático reforça gargalos nos acessos do Litoral do Paraná

Cena de vídeo enviada por uma leitora do Correio do Litoral, mostra fila, que já estava perto do limite com Morretes

Manifestantes que não aceitaram o resultado das eleições e pedem golpe militar voltaram a bloquear o Km 6 da BR-277 na entrada de Paranaguá na madrugada desta segunda-feira (21). Veículos de passeio podem passar, mas são obrigados a usar o acostamento.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) orientou os motoristas de veículos de passeio a desviarem para a PR-407 e avenida Bento Munhoz para evitar o bloqueio

Segundo a PRF e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), é o único bloqueio por protesto em rodovia do estado. Pela madrugada foi liberado um bloqueio bolsonarista que havia no km 109 da BR-376, em Paranavaí.

O bloqueio antidemocrático e o transtorno que causou aos usuários da rodovia foram noticiados no início da segunda-feira no programa Microfone Aberto, da Rádio Massa FM Litoral, às 7h, quando a fila no sentido Paranaguá já tinha aproximadamente 10 quilômetros.

O programa já tinha preparado um balanço sobre dois gargalos no Litoral: o trecho da Serra do Mar, da mesma BR-277, em Morretes, e o ferry boat, em Guaratuba.

Queda de barreira já causou prejuízo de mais de R$ 35 milhões

Na BR-277, que está há quase 40 dias com apenas uma das pistas liberadas na altura do km 42, por causa do risco de novos desmoronamentos, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informou que deve assinar hoje, segunda-feira (21), um contrato de emergência para fazer a obra necessária. A obra vai custar aproximadamente R$ 1,7 milhão. É um serviço tão emergencial quanto a contratação, não uma solução definitiva. Será colocada uma tela metálica com grampos e serão instaladas barras de metal na rocha, para evitar que novos deslizamentos de pedras terminem na rodovia. 

A má notícia é que a data anunciada inicialmente para a liberação total da rodovia foi transferida. Em vez da metade de dezembro, como o DNIT informou anteriormente, a previsão agora  é que a obra fique pronta e a rodovia liberada, um pouco antes do feriado de Natal. Um estudo feito pela Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná) aponta que a interdição, que aconteceu durante quase 3 dias, e a demora em cruzar o trecho da causou um prejuízo de quase R$ 35 milhões, no primeiro mês, levando em conta o tempo de deslocamento dos caminhões que seguem para o Porto de Paranaguá.

Com a nova data anunciada da solução, teremos aproximadamente 70 dias de prejuízo na BR-277. O desmoronamento de uma pedra na BR 277 aconteceu no dia 14 de outubro, quase um ano depois do fim do contrato do pedágio, quando a manutenção da rodovia voltou para a responsabilidade do governo federal. A pedra demorou para ser removida, mas o risco de novo desmoronamento continuou.

A equipe do Microfone Aberto lembrou que, enquanto o transtorno faz já tem gente tenha saudade de pagar um dos pedágios mais caros do Brasil, a movimentação é grande para que o novo governo Lula realize uma licitação que garanta segurança na estrada e pedágio barato.

Ferry boat, que já era lento, tem apenas 2 atracadouros funcionando

Imagem: Internacional Marítima (17/11)

No caso do ferry boat, que está sob os cuidados de uma empresa contratada sem licitação, o programa já havia informado que um dos atracadouros, do lado de Caieiras, foi interditado para obras na última quinta-feira (dia 17). Nesta edição, informou que, a partir de hoje (segunda-feira, 21) mais atracadouro ficará interditado, desta vez na margem próxima de Matinhos, do lado da base Náutica dos Corpo de Bombeiros. 

A previsão da empresa Internacional Marítima é de entregar as duas estruturas reformadas até o dia 7 de dezembro. Até lá, a travessia será feita em apenas dois atracadouros. 

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