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3ª Festa da Reforma Agrária Popular

Cultivando a Cultura Camponesa e Caiçara no nosso litoral paranaense

Texto e fotos: Maria Wanda de Alencar

Para os/as apaixonados/as e todos/as aqueles/as que têm suas vidas asseguradas pela agricultura, a 3ª Festa da Reforma Agrária Popular: Cultivando a Cultura Camponesa e Caiçara, consolida-se como um Grande momento intercultural do litoral paranaense.

 Na aliança campo e cidade, reunindo agroecologia, cultura e muita gente comprometida com os povos do litoral, a resistência do Assentamento José Lutzemberger, no município de Antonina, é um convite a sonhar com bons tempos vindouros e novos horizontes. 

Um respiro de esperança na Mata Atlântica com suas inúmeras belezas e riquezas, o assentamento, vinculado ao MST, está inserido na Unidade de Conservação – APA de Guaraqueçaba. Onde as famílias que lá vivem desenvolvem uma perspectiva de longo prazo com os recursos naturais, por meio dos Sistemas Agroflorestais – SAFs, com respeito ao ambiente natural e a busca por um modelo sustentável e coletivizado de exploração agrícola. Transformaram uma área antes degradada, por meio de um trabalho contínuo de recuperação ambiental, plantando espécies nativas, reconstituindo a mata ciliar, incentivando à busca de soluções endógenas para os problemas e utilizando recursos autóctones no processo de produção, de maneira a garantir a soberania alimentar das famílias. 

Agora colhem farturas de alimentos, vida e esperanças, tornando-se referência e entrando para o Calendário de Eventos Turísticos do Paraná. É mais uma conquista das famílias e de todos/as que participam e contribuem para a produção de alimentos agroecológicos e a soberania alimentar. 

O dia foi inspirador em meio a crianças, jovens e adultos, toda gente comprometida com as causas socioambientais e culturais dos povos.

Escutar as falas da abertura, acompanhar a Procissão da Bandeira do Divino, ouvir as mulheres do Roda das Manas e demais atrações culturais, tomar banho no rio pequeno com suas águas calmas e suntuosas foi um presente da mãe natureza, para robustecer o corpo e a mente de energia para retomarmos a vida cotidiana com mais vivacidade e alegria.

Conhecer as experiências do cultivo da comunidade nos aproxima da nossa ancestralidade, das nossas raízes para ousar lutar pelo porvir do novo homem e da nova mulher em um mundo justo e solidário.

Desde já aguardamos a 4ª edição da FESTA.

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