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Novo mapa permitirá acompanhar desmatamento e invasões de áreas verdes

Mapa etá na fase de testes e ainda não mostram mudanças de um ano para outro no Litoral do Paraná
Mapa etá na fase de testes e ainda não mostram mudanças de um ano para outro no Litoral do Paraná

Imagens de satélite dos últimos 30 anos permitirão acompanhar o processo de degradação do meio ambiente e também desmatamentos e invasões de áreas verdes, problema crônico no Litoral do Paraná.

O MapBioma é uma plataforma desenvolvida pelo Observatório do Clima, rede de ONGs que atuam na agenda climática do Brasil, em parceria com o Google. O mapa já pode ser visualizado na versão beta (de teste), ainda sem os detalhes prometidos. A intenção é permitir acompanhar as mudanças de uso do solo e suas implicações em emissões e reduções de Gás de Efeito Estufa (GEEs) em seis biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.

Na primeira etapa, a ser executada ainda esse ano, serão analisadas imagens captadas entre 2008 e 2015. No próximo ano, o período a ser analisado será de 1985 a 2015. No momento o detalhamento é de apenas alguns municípios da Amazônia. Em 2017, serão analisadas as imagens até 2016, com detalhamento. Essas imagens serão disponibilizadas na plataforma podendo ser visualizadas em até quatro níveis de zoom – o mais próximo a apenas 30 metros do solo.

No mapa das cidades do Litoral do Paraná, por exemplo, as imagens de 2008 a 2015 ainda não são muito aproximadas e, principalmente, não apresentam mudanças, apesar de os municípios vivenciarem invasões e queimadas de áreas verdes para ocupação e verdadeiros loteamentos clandestinos.

O projeto
O MapBiomas terá quatro produtos principais dirigidos ao público geral. São eles: mosaico de imagens para cada ano analisado com resolução mínima de 30 metros; mapas de cobertura de uso do solo com quatro níveis de aproximação (detalhamento); Relatório anual de transições de cobertura de uso do solo no Brasil; e Plataforma web de consulta pública (MapServer) com imagens, mapas e possibilidade de gerar estatísticas.

Para especialistas, o MapBiomas oferecerá plataforma web de trabalho (MapBiomas Workspace) para montagem do mapeamento e multiplicável para outros países e contextos; uma coleção de scripts no Earth Engine (do Google) aplicável em outros contextos; e, por último, notas metodológicas que vão explicar como foi feito o trabalho e as decisões tomadas no processo.

A ferramenta permitirá ainda que o usuário possa consultar imagens de anos anteriores para fazer análises que indiquem, entre outros dados, a quantidade de carbono que foi emitida ou captada pela vegetação em um determinado local do território nacional durante o período analisado.

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