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Justiça julga novo recurso no caso Evandro nesta quinta-feira

Beatriz Abagge explica recurso de seu advogado e ressalta que denunciou tortura no primeiro depoimento à Justiça

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) voltará a tratar, nesta quinta-feira (16), do caso Evandro. O Tribunal deverá decidir em qual das câmaras o processo correrá (1ª ou 2ª) e depois julgar o pedido de revisão criminal.

O caso do desaparecimento e possível morte do menino Evandro Ramos Caatano, em 1992, em Guaratuba, teve grande repercussão desde a época, e voltou a ganhar holofotes em 2021, a partir do trabalho do pesquisador Ivan Mizanzuk. Ele revelou uma gravação que comprovaria que os suspeitos do assassinato do menino foram torturados para confessar o crime.

Após a divulgação do material em uma série no Globoplay, o advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, que defende Beatriz Abagge, condenada como mandante do assassinato, tenta anular as condenações. As investigações polêmicas concluíram que Beatriz e sua mãe, Celina Abagge, encomendaram a morte do menino em um suposto ritual de magia negra praticado por três pais de santo, que também foram condenados.

O caso teve cinco julgamentos. Beatriz foi absolvida em 1998 e condenada a 21 anos de prisão em 2011. Sua mãe Celina foi absolvida e não passou pelo último julgamento porque tinha mais de 70 anos, e o crime havia prescrevido. Osvaldo Marcineiro, Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula foram condenados a 20 anos de prisão. As penas de Osvaldo e Davi se extinguiram pelo cumprimento e Vicente de Paula morreu de câncer em 2011 no presídio.

Retificações – Em conversa com o Correio, Beatriz Abbage retificou uma informação divulgada sobre o recurso do advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto.

“Ele não apresentou recurso para tentar mudar o foro”. Ela explica: “Eu estava na 2ª Câmara Criminal, juntamente com os homens acusados. Em um julgamento anterior, no TJ, desembargadores substitutos mandaram os homens para a 1ª Câmara. O que o Dr. Figueiredo está pontuando é que não tem cabimento sermos julgados separadamente. Então ele requer que meu julgamento vá para a 1ª Câmara ou, caso não seja esse entendimento, que julguem procedente a revisão. O foro é o mesmo: TJPR (Tribunal de Justiça do Paraná)”.

Ela também ressalta outros pontos divulgados: “Eu não confessei crime nenhum! Desde o primeiro depoimento já contei da tortura”, lembrou. “Minha mãe foi julgada e absolvida assim como eu, em 1998. Ela não foi a novo julgamento, então tem status de inocente”, completou, em conversa com a reportagem por Whatsapp, na noite desta quarta-feira (15).

Reportagem do Correio a partir de informações da Veja

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