Correio do Litoral
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TCP bate recorde mensal em contêineres refrigerados

Em 28 dias, mais de 20 mil TEUs de carne congelada foram movimentadas no litoral do Paraná

Até o final de 2023, a TCP passará a ter 5.126 tomadas, o maior número entre terminais brasileiros

Em fevereiro, a TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) bateu o recorde mensal de movimentação de contêineres refrigerados (reefer). Ao todo, foram movimentados 20.810 TEUs (unidade de medida para um contêiner de 20 pés de comprimento) em 28 dias. O recorde anterior foi registrado em agosto de 2021 (20.709 TEUs). 

Estes números representam a movimentação de mais de 268 mil toneladas de carne. Do total, dois tipos de proteína lideram a demanda: frango (76%) e boi (17%).  Em comparação aos meses de janeiro e fevereiro de 2022, a carne bovina foi a que apresentou o maior crescimento: 280%. Em janeiro, os destinos foram China (20%) e Emirados Árabes (5%), principalmente.

O estado brasileiro que mais se destacou na produção de carne de boi para exportação pelo Porto de Paranaguá foi o Mato Grosso. Segundo o gerente comercial e de atendimento ao cliente da TCP, Giovanni Guidolim, “a flexibilidade de entrada antecipada das cargas feita pela TCP em 2022 aumentou em 5 vezes a movimentação de carne bovina do Mato Grosso em comparação a 2021. Esta flexibilidade permanece em 2023, favorecendo a demanda. O MT é líder na produção para exportação de proteína de boi pelo Paraná, representando 25% do total”. 

Já o estado que mais produziu carne de frango para exportação, passando pela TCP, foi o Paraná. De acordo com dados do IBGE, em 2021 o Paraná foi o estado que mais abateu as aves no país.  Guidolim aponta um fator externo que influenciou na conquista do recorde de exportação: “a gripe aviária registrada em diversos países, menos no Brasil, é um fator que aumentou a demanda mundial por frango do Brasil. No entanto, este aumento de escoamento de carga só foi possível graças aos investimentos em infraestrutura no terminal”.  

Entre os investimentos realizados está a ampliação em 43% do pátio reefer. “Até o final de 2023, a TCP passará de 3.572 tomadas para 5.126, o maior número entre terminais brasileiros, e a construção de uma subestação de energia própria para sustentar a expansão. Tudo para suprir a demanda do agronegócio e ampliar o portfólio mundial”, explica Guidolim. Outros investimentos são a ampliação do gate (portões de entrada e saída de veículos) e a aquisição de 11 novos guindastes do tipo RTG (Rubber Tyred Gantry), com entrega até o final de 2023. 

O modal ferroviário é outro diferencial logístico do terminal, sendo o único do sul do país com acesso direto a zona alfandegada. A ferrovia é responsável por transportar um em cada cinco contêineres de exportação até a TCP e atende a diversas demandas, entre elas 25% da exportação de carne congelada. 

“Atualmente, a empresa é líder mundial no serviço de exportação de carne de frango e a flexibilidade logística foi uma aposta certeira para atender o mercado. O número elevado de serviços marítimos regulares, somado à ampla gama de modais logísticos como armazéns próprios e conexões com a ferrovia, permitiu que a TCP elaborasse fluxos logísticos sob medida para os clientes”, destaca. 

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