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UFPR mostra resultados do Festival de Inverno

A UFPR apresentou um balanço das atividades do Festival de Inverno, realizado em Antonina, entre 16 e 23 de julho. Confira.

Literatura africana

Apesar de compartilharmos raízes culturais e o idioma, a literatura africana de países que falam português é ainda pouco conhecida no Brasil. A oficina de Arte-Educação “Introdução às literaturas africanas de língua portuguesa: estratégias e ferramentas para sala de aula” ajudou a divulgar o contexto social e autores de países como Moçambique, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Na sexta-feira (22/07) o grupo trouxe para a Praça Coronel Macedo um pouco do conteúdo trabalhado durante a semana por meio de um sarau de poesias. O tema principal foi a questão do preconceito e da posição subalterna reservada aos negros pelos países europeus que em favor da dominação colonial criou uma ideologia de desprestígio aos africanos e seus descendentes. Os textos mostraram como, infelizmente, este pensamento ‘colonizador’ ainda sobrevive em sociedades como a brasileira mas também que o combate ao racismo está cada vez mais organizado.

Aprimoramento

27914646033_799023cef6_kVoltada para profissionais, a categoria de aprimoramento trouxe para o festival cinco oficinas, duas delas especialmente reservadas para atividades com a Orquestra Filarmônica de Antonina (saiba mais), além delas, tivemos a oficina “Ritmos da música de raiz”, que trabalhou ritmos tradicionais presentes no Paraná, “Dança-Teatro”, que explorou a expressividade da dança e dramaturgia e “Caixa Misteriosa”, sobre o teatro lambe-lambe.

O músico João Triska apresentou para os participantes da oficina “Ritmos da música de raiz” os principais gêneros musicais presentes na cultura popular do Paraná. Nas atividades, tanto teóricas quanto práticas, trouxe as características, repertórios e configurações estéticas de estilos como Fandango Caiçara, Chamamé, Guarânia, Milonga, Vaneira, entre outros.

Na sexta-feira (22/07) foi o dia de apresentar os resultados das atividades. O grupo se uniu aos participantes da oficina “Cantar e Batucar” para um cortejo que saiu da Praça Coronel Macedo até o pátio do Colégio Brasílio Machado, executando músicas dos gêneros trabalhados. Entre uma canção e outra, Triska falou um pouco da história de cada estilo e como estão distribuídos no estado.

Dança e dramaturgia

A apresentação da oficina “Dança-Teatro”, ministrada pela professora Cleide Piasecki, foi de tirar o fôlego. Durante a semana os estudantes prepararam uma coreografia seguindo as orientações da ministrante. A confecção de uma partitura de movimentos trabalhados a partir da criação de personagens permitiram que o grupo pudesse explorar várias possibilidades artísticas e criativas.

Piasecki conta que toda a apresentação foi elaborada pelos estudantes. A coreografia trabalhou temas existenciais em um ensaio crítico que abordava aspectos da vida contemporânea. Com clima sombrio, figurino de roupas escuras e maquiagem pesada, o grupo compôs cenas surpreendentes sobre a condição humana e dificuldades na vida que nem sempre vem à tona.

Caixa-teatro

A oficina de teatro lambe-lambe “Caixa-misteriosa” trouxe detalhes de todas as fases de produção desta tradicional modalidade de teatro que por meio de objetos em uma caixa-palco pode proporcionar ótimas histórias . Tatyane Ravedutti, participante da oficina, contou que foi enriquecedor conhecer esta modalidade de expressão teatral, especialmente devido à possibilidade de montar peças com uma produção mais acessível. Durante a oficina ela elaborou uma montagem baseada no cotidiano de seus sete sobrinhos.

Maturidade

No Patronato do Idoso de Antonina, o ator Marcelo Felczak elaborou uma série de atividades durante a semana para estimular corpo e mente de quem já está com mais de 60. A proposta é trabalhar o ritmo e a expressão corporal estimulando os participantes a saírem um pouco de seu cotidiano.

O professor explica que “há medida que vamos envelhecendo vamos perdendo algumas aptidões, por isso é importante estimular a memória e os movimentos, buscando ampliar a diversidade de atividades com o que não estamos acostumados a fazer, pois isso ajuda a diminuir essa perda, proporcionando a melhora das capacidades e uma melhor qualidade de vida.”

Oficinas adulto

As oficinas da categoria adulto oferecem a oportunidade dos estudantes terem um primeiro contato com o tema trabalhado. Este ano foram sete temas que envolveram dança, circo, música, confecção de adereços e fotografia.

Circo

27913884664_5252501520_k-768x512O ministrante Bruno Tucunduva explicou que as aulas demonstraram também como se pode explorar as atividades relacionadas ao circo para manter o preparo físico.

Percussão

A oficina “Cantar e batucar”, ministrada por Thayana Barbosa, ensinou aos estudantes ritmos populares do Brasil como coco, cacuriá e a congada, entre outros. Thayana conta que os participantes nos primeiros dias já são capazes de tocar os instrumentos de percussão e diferenciar os gêneros. No sábado o grupo fez uma demonstração no Theatro Municipal do que aprendeu, trazendo inclusive músicas compostas coletivamente durante a oficina.

Ao fim da apresentação chamaram o público para uma roda em frente ao teatro e fizeram um cortejo até o Palco Principal do festival.

Exposições

O salão paroquial que funcionou como “QG” da organização do festival recebeu exposições de 3 oficinas no sábado. “Introdução à fotografia de arquitetura: documentçaão fotográfica do patrimônio arquitetônico de Antonina”, “Máscaras e adereços cênicos e carnavalescos” e “Experimentação em quadrinhos e narrativas gráficas curtas”.

Durante a semana os participantes da oficina “Introdução à fotografia de arquitetura: documetnação fotográfica e patrimônio arquitetônico de Antonina” foram guiados pelos ministrantes Felipe Gomes, Rodolfo Scuiciato e Edison Massei por vários pontos históricos de Antonina. Além de ser instruídos sobre o básico de técnicas fotográficas, os alunos puderam conhecer a histórias de alguns dos principais prédios históricos da cidade.

A oficina “Experimentações em quadrinhos e narrativas” ensinou o básico sobre a linguagem das histórias em quadrinhos (HQ’s). Durante a semana os estudantes puderam aplicar o que aprederam na confecção de pequenas narrativas que ficaram expostas em frente ao salão paroquial. O sociólogo Herbert José de Sousa, o Betinho, foi homenageado pelos estudantes que criaram algumas HQ’s baseadas em sua trajetória.

Na oficina de “Máscaras e adereços cênicos e carnavalescos” ensinou as fases de produção e técnicas para este tipo de confecação. A aluna Mayla Mendonça, de Pontal do Paraná, conta que o curso foi produtivo, ela se interessou pela atividade porque trabalha com confecção de cartolas e chapéus. “Com certeza vou aproveitar as técnicas ensinadas para enriquecer meu trabalho”.

 

Fonte e fotos: UFPR – Assessoria de Comunicação Social sob orientação de Rodrigo Choinski

 

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