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Professores protestam e são aplaudidos em Guaratuba

Cerca de cem professores e estudantes, mais um punhado de apoiadores, vestidos de preto, saíram em passeata pela avenida 29 de Abril, em Guaratuba, neste sábado (2), em mais um protesto contra a violência promovida pelo Governo do Paraná na quarta-feira (29).

O percurso de 1,3 quilômetro entre a praça Coronel Alexandre Mafra e a Praia Central foi acompanhado de longe pela Polícia Militar. Na volta, da praia à praça, os policiais fizeram escolta, fechando o tráfego nos cruzamentos.

As palavras de ordem foram as mesmas que vêm ecoando em todo o Paraná desde a greve em fevereiro e ganharam novo significado com a violência do aparato do estado: “Fora Beto Richa”, “o professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “eu tô na luta”.

Durou pouco mais de uma hora a manifestação que arrancou aplausos, apupos e buzinadas de apoio. Nenhum motorista manifestou contrariedade pelo atrapalho no trânsito.

Da parte dos manifestantes, não houve grandes comoções, diante da derrota na aprovação das mudanças na previdência dos servidores públicos estaduais promovida pelo governador e pela violência da Polícia Militar registrada em Curitiba.

A emoção ficou por conta da aluna do 2º ano do curso de Magistério do Colégio Estadual Gratulino de Freitas, Ana Freitas, que diante de um círculo formado no calçadão da praia, falou em nome dos estudantes, para dizer que a presença deles era “um abraço nos professores para mostrar que eles não estão sozinhos nesta luta”.

O professor Wesley do Prado agradeceu o apoio que a categoria vem recebendo dos alunos e da comunidade “neste momento difícil para a educaçãoe para a democracia”. Wesley disse que o dia 29 de abril ficará marcado na memória dos professores, pois naquela data, poucas horas depois de as escolas estaduais participarem do desfile cívico de aniversário da cidade, a violência em Curitiba “mostrou que o governador e o secretário de segurança (Fernando Francischini) não têm a mínima sensibilidade social”.

Na próxima terça-feira (5) os professores organizam mais uma caravana com destino à Curitiba, onde haverá um protesto no Centro Cívico e uma assembleia para definir os rumos da greve. O encontro foi marcada para às 7h30, em frente ao Colégio Estadual Joaquim Mafra.

Morte da democracia – Em Matinhos, um pequeno grupo de professores e estudantes saiu, na sexta-feira, dia 1º de maio, em passeata pelas ruas centrais e pelo calçadão da avenida Atlântica. Eles portaram cartazes contra o governo e a violência e carregaram um caixão simbolizando a morte da democracia no Paraná.

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