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Moradores do Coroados, Câmara e Prefeitura buscam solução para alagamentos

Imagens e arte de Mauro Alexandre Júnior

Moradores do Coroados, Prefeitura e Câmara vão buscar, juntos, uma solução definitiva para os alagamentos no bairro. Eles têm apoio dos técnicos do IAP e do Instituto Águas Paraná e agora buscam respaldo do Ministério Público.

Na semana passada, o presidente da Câmara, Oliveira conversou com moradores e percorreu o bairro ao lado do secretário de Obras, Viação e Serviços, Roberto Hishida.

Na conversa com Hishida, Oliveira soube que o problema maior decorre da falata de drenagem do solo por causa do assoreamento de rios e canais. Desde março, a prefeitura aguarda um licenciamento do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) para dragar parte do rio da Praia. Também precisa de autorização do órgão para desassorear parte de um canal de drenagem que desemboca no rio Bacamarte e que atravessa uma área de mangue. O Bacamarte já foi dragado pela prefeitura, mas as obstruções nos outros pontos impedem a água de escoar.

A situação dramática de muitas ruas foi mostrada na sessão da Câmara da última segunda-feira (1º). “Têm casas em que a água chegava a 60 centímetros e ruas com um metro de água”, relatou Oliveira perante um público de dezenas de moradores do bairro que ele havia convidado. O presidente convidou os demais vereadores a irem junto com os moradores conversarem com os técnicos do IAP.

Causas e soluções – Na terça-feira (2), Oliveira, Almir Troyner, Maria Batista, Mauricio Lense o secretário Hishida e moradores foram dialogar com técnicos do IAP e do Instituto das Águas do Paraná. Os técnicos dos dois órgãos estaduais reconheceram a necessidade de desassorear rios e canais, mas argumentaram que existem entraves legais no licenciamento por serem em áreas de proteção.

A comunidade reconhece que a ocupação desordenada do bairro é a grande causadora das enchentes. Um pouco pela impermeabilização do solo das construções; mais pela ocupação de margens dos rios e aterros. Obras da ampliação da rede de esgoto da Sanepar também são apontadas como fator de agravamento do problema.

Na conversa, diversos moradores demonstraram conhecimento das possíveis soluções: dragagem de trechos de rios e canais de drenagem existentes e reabertura de canais desativados. O jovem Mauro Alexandre Júnior apresentou desenhos feitos sobre imagens aéreas que mostram os canais e as soluções propostas pela comunidade – veja as imagens nesta página.

Ministério Público – Em comum acordo, todos decidiram apresentar as propostas de solução ao Ministério Público de forma a garantir uma autorização para as obras que não esbarre na Justiça. Uma reunião já havia sido agendada por Oliveira e Hishida para o próximo dia 10.

O secretário também comprometeu-se com os moradores a realizar serviços pontuais de limpeza de galerias e valas, mas argumentou que patrolamentos e colocação de material nas ruas não serão viáveis enquanto não se resolver o problema da drenagem. “Sem demagogia e com participação da comunidade, a Prefeitura e os órgãos estaduais terão respaldo para realizarem as obras que são necessárias”, disse Oliveira. Nós estaremos apoiando quem puder resolver o problema e as cobranças da população”, completou.

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