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Resgate de animais no Litoral terá protocolo integrado

No Litoral, o atendimento e resgate de animais, especialmente os marinhos com ferimentos ou em situação de risco, como encalhes, terão protocolo integrado entre instituições públicas estaduais e federais, universidades e Organizações não Governamentais.

O assunto foi tratado nesta sexta-feira (18), na Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em Curitiba, com representantes do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná, que fica em Pontal do Paraná.

O protocolo integrado definirá com clareza as atribuições de cada instituição, de acordo com as competências e capacidade de cada uma. O trabalho tem acompanhamento do Ministério Público e deverá ser validado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

“A integração garantirá que os animais cheguem rapidamente aos cuidados de biólogos e veterinários e também vai significar transparência para a sociedade”, explica a coordenadora do projeto Monitoramento de Praia do Centro de Estudos do Mar, Camila Domit.

Hoje o atendimento da fauna silvestre é feito de maneira isolada por vários órgãos. A ideia é melhor organizar o trabalho que envolve, além do Centro de Estudos do Mar e da Secretaria do Meio Ambiente, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Instituto Ambiental do Paraná, Ibama, prefeituras do Litoral, Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Marinha do Brasil, Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR), Mar Brasil e Ministério Público.

“Cada um tem um grau de responsabilidade direta ou indireta com o assunto e queremos que os procedimentos sejam detalhados e definidos para melhorar o atendimento”, disse a coordenadora de Biodiversidade da secretaria, Sueli Ota.

Na próxima terça-feira (22), técnicos do Centro de Estudos do Mar e do Centro de Triagem para Animais Selvagens (Cetas) da PUC-PR, farão uma capacitação sobre fauna litorânea.

Monitoramento – Este ano, o Centro de Estudos do Mar começou a desenvolver no Litoral o projeto Monitoramento de Praia, que no Paraná foi a única condicionante imposta à Petrobras para a exploração das áreas de pré-sal.

O monitoramento começou em agosto e é feito diariamente em todas as praias de Guaratuba, Matinhos e Ponta do Paraná, com o apoio das prefeituras e das secretarias municipais de Meio Ambiente. As praias das ilhas do Mel, das Peças e de Superagüi são monitoradas por triciclo. Mais de 43 pessoas participam do projeto e algumas são da comunidade, contratadas para o monitoramento.

De agosto a novembro foram resgatados mais de 400 animais encalhados nesses trechos de praias, entre eles tartarugas marinhas e aves. Segundo Camila o número é resultado da ação do fenômeno El Niño, que trouxe mais chuvas para o Estado.

Fonte: Sema
Foto: Lobo-marinho na Praia Central de Guaratuba – CorreiodoLitoral nov/2012

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