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Pescadores de São Paulo: se capturarem tartarugas com aparelho avisem!

Percurso aproximado das tartarugas-verdes nesta terça-feira (31 de maio) – Imagem: LEC
Percurso aproximado das tartarugas-verdes nesta terça-feira (31 de maio) – Imagem: LEC

Pesquisadores do Paraná fazem um alerta aos pescadores do Litoral de São Paulo sobre as tartarugas-verdes que estão sendo monitoradas. Se alguém encontrar ou capturar por engano um espécime com um aparelho colado na carapaça deve entrar em contato como o LEC (Laboratório de Ecologia e Conservação), do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, no telefone (41) 9854-3710, ou com a equipe da Associação Mar Brasil – (41) 3455-1419.

Os animais estão sendo monitorados por pesquisadores. Desde o dia 18 de maio estão sendo capturados, analisados e soltos no Litoral do Paraná. As tartarugas agora sobem para o Litoral de São Paulo e algumas já devem estar alcançando o município de Santos.

O projeto tem por objetivo avaliar a saúde das tartarugas-verde juvenis que utilizam a região, assim como analisar a forma que os animais utilizam áreas do estuários e zona costeira adjacente e obter informações quanto ao comportamento e padrões de deslocamento da espécie nesta fase de desenvolvimento.

Para alcançar este último objetivo, além da coleta de amostras biológicas dos animais capturados, antes da soltura um transmissor para rastreamento por satélite foi inserido (TAG) inicialmente em cinco animais, os quais nos permitem acompanhar o deslocamento destes. Este procedimento trará uma contribuição ao conhecimento mundial sobre a biologia e ecologia das tartarugas-verde.

De acordo com os técnicos do projeto, a parceria com pescadores artesanais da Ilha do Mel tem sido essencial para a realização do estudo, pois as capturas estão ocorrendo na Ilha do Mel e Cobras. A identificação das áreas de maior uso pelas tartarugas poderá auxiliar na elaboração de propostas de zoneamento ambiental para a pesca e desenvolvimento de atividades antrópicas de forma a reduzir impactos aos animais.

Esta etapa de campo conta com parcerias nacionais como a Universidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual de Ponta Grossa, IFPR e o Projeto TAMAR, e internacionais como a ONG Karumbé, a Florida State University, Duke University, Gettysburg College, Chicago Zoological Society, empresa Van Oord. Alem disso, conta com o financiamento da Petrobras Ambiental, Fundação Araucária, Fundação Grupo Boticário e Van Oord.

Segue uma imagem da tartaruga taggeada e o mapa atual de distribuição dos animais (acima)– dados sem filtro de qualidade de dados, apenas para ilustrar os resultados iniciais.

 

 

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