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Em Paranaguá, Gaeco denuncia 29 pessoas de organização criminosa do Litoral

Coletiva da operação Alcântara. Curitiba 10/12/2021. (foto: Soldado Adilson Voinaski Afonso)

O Ministério Público do Paraná denunciou por organização criminosa e lavagem de dinheiro 29 pessoas investigadas a partir da Operação Alcântara. A facção criminosa articulava crimes em diversas regiões do estado, tendo como foco a região litorânea.

As investigações do MPPR, que contaram com o auxílio da Polícia Militar e do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná, identificaram os principais líderes do grupo, em Paranaguá e outras cidades litorâneas, de onde enviavam ordens para os demais participantes da organização criminosa, presos e em liberdade, para o cometimento de diversos crimes. 

Apurou-se ainda a existência de um esquema de recebimento e lavagem de dinheiro, mediante depósitos em contas bancárias de diversas pessoas ligadas ao grupo.

A maioria das prisões aconteceram no dia 10 de dezembro de 2021. Na ocasião, a Polícia Militar cumpriu 26 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em vários municípios. O foco maior das ações foi o Litoral, nas cidades de Paranaguá, Matinhos e Pontal do Paraná. Dos 56 mandados expedidos, 12 foram cumpridos em estabelecimentos penais da Região Metropolitana de Curitiba e de Londrina contra pessoas que já estavam presas e respondiam por crimes.

Manifestações – As investigações identificaram ainda que a organização criminosa teria fornecido auxílio financeiro para as manifestações pela melhoria das condições dos estabelecimentos prisionais e das regras para visitas aos presos, ocorridas em diversas regiões do Estado no início de 2021. 

Segundo o Ministério Público, o grupo teria financiado transporte e alimentação dos participantes. Um dos atos ocorreu em Curitiba, diante do Palácio Iguaçu, no final de fevereiro do ano passado, com ampla divulgação na mídia – os manifestantes montaram um acampamento no qual permaneceram por vários dias em negociações com o governo, com diversas despesas custeadas pelo grupo criminoso, como a compra de tendas e a locação de dois banheiros químicos. O acampamento era para protestar por melhores condições aos presos do sistema penitenciário,

“Líderes da organização teriam mantido contato diário com integrantes que estavam no acampamento, sendo atualizados sobre gastos, número de participantes e andamento das negociações com o governo estadual. O acampamento teria sido gerenciado segundo as regras do grupo criminoso.”

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