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Ferry boat fica à deriva e precisa de dois rebocadores para atracar

Por volta das 11h desta segunda-feira (7), o ferry boat Nhundiaquara teve problemas mecânicos e ficou à deriva na baía de Guaratuba com diversos passageiros e veículos embarcados. Além do susto, os usuários tiveram de enfrentar a fila que já era grande na saída de Guaratuba após o final de semana e ficou ainda maior.

Segundo o Correio do Litoral apurou, houve um problema na bomba hidráulica de um dos motores da embarcação, que teve de ser desligado. 

Foram necessários dois rebocadores, que são usados nas balsas, para conseguir que o ferry atracasse. O rebocador Bigu foi ao socorro, mas enquanto tentava puxar o ferry, o cabo rompeu-se. Foi preciso a ajuda do rebocador San Blas para conseguir concluir a tarefa e fazer a atracagem. 

O Correio também apurou com fontes que um outro ferry boat teria sido interditado neste domingo (6) pela Marinha, pois estava com “rasgos” no costado. A Marinha explicou que houve uma avaria, mas que foi consertada na hora e não houve interdição.

Fim da trégua

Depois de uma trégua de quase um mês para a empresa que assumiu o serviço, os usuários voltaram a reclamar nas redes sociais. Muitos deles moradores de Guaratuba ou profissionais de outras cidades que fazem a travessia diariamente. 

DER – O Correio do Litoral tentou contato com a empresa contratada pelo DER para operar a travessia, a Internacional Marítima, mas não obteve sucesso. Em uma das tentativas de contato, nos orientaram a buscar informações com a assessoria do DER. No início da tarde, enviamos ao órgão estadual as dúvidas sobre este e outros incidentes recentes no ferry boat e perguntamos se a empresa contratada emergencialmente foi notificada ou autuada por algum problema na operação.

À noite, chegou a resposta do órgão responsável pela fiscalização do serviço:
“O DER/PR informa que uma das embarcações tipo ferry boat saiu da rota de navegação devido a um problema mecânico, tendo sido necessárias outras duas embarcações para dar apoio. Em poucas horas ela foi consertada, já voltando para operação.”

Na tarde desta terça-feira (8), o DER completou a resposta e informou que “até o momento não foi lavrado auto de infração à nova empresa”.

Marinha – A Capitania dos Portos do Paraná, divisão da Marinha, informou que instaurou um inquérito administrativo a fim de apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsáveis pelo incidente desta segunda-feira. “Assim que concluído e cumpridas as formalidades legais, o inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, dando vista à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei n°2.180/54”.

“Informamos também que o rebocador Bigu é uma embarcação de apoio emergencial, tendo atendido a situação inicialmente, apenas para controlar a posição do ferry boat, enquanto o rebocador San Belo era acionado para realizar o apoio de reboque até o local de atracação”, explica.

Sobre o ferry boat com rasgos no costado, a Capitania explica que “durante as atividades de inspeção naval foi verificada uma avaria no casco do ferry boat Guaraguaçu’ e que “a empresa prontamente providenciou o reparo, permitindo a continuidade da operação”.

Também negou que o flutuante que afundou tivesse sido novamente interditado, conforme informação que o Correio repercutiu equivocadamente. “O flutuante número 1 foi liberado no dia 28 de fevereiro e após isso não houve nenhuma avaria que motivasse sua interdição, continuando sua operação normal”.

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