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Polícia encontra materiais genéticos de Leandro Bossi, desaparecido há 30 anos

Foto de Leandro divulgada na época para tentar ajudar a encontrá-lo


A Polícia Civil e a Polícia Científica do Paraná identificaram fragmentos genéticos de Leandro Bossi, que desapareceu em Guaratuba, em 1992, com 7 anos de idade. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (10) em coletiva de imprensa convocada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

A identificação aconteceu após a coleta das amostras de fragmentos de ossos armazenados na Polícia Científica e o confronto com o DNA de familiares do menino. Não foi informado a origem da ossada, nem se trata daquela encontrada em 1993, e que logo a policia informou pertencer a uma menina.

Essa resolução é fruto do trabalho do banco genético do Estado, que integra a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Pessoas Vivas Sem Identificação, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

LINHA DO TEMPO – Leandro Bossi desapareceu durante um show realizado na praia, em Guaratuba, no dia 15 de fevereiro de 1992. Naquele mesmo ano, no dia 6 de abril, outro menino, Evandro Caetano, de 6 anos de idade, também desapareceu na cidade.

No ano passado, o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), da Polícia Civil, fez coletas de materiais genéticos dos familiares de Leandro. Através de um teste de DNA Mitocondrial, com recursos diferentes dos tradicionais, foi constatada a identidade da amostra da mãe do menino, na comparação com os fragmentos encaminhados pela Polícia Científica.

Para o perito responsável pelo caso, Marcelo Malaghini, coordenador do Laboratório de Genética Molecular Forense da Polícia Científica, o trabalho do Banco Genético foi de extrema importância para chegar a esse resultado depois de tanto tempo.

“O exame genético hoje traz uma segurança muito maior, comparada há 30 anos, quando foram feitas as primeiras análises. Naquela época não havia laboratórios de polícia no Brasil, hoje temos um potencial em análises genéticas, principalmente com esta possibilidade”, afirma.

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