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Apartamentos compactos e luxuosos são tendência do mercado imobiliário goianiense

Novidade agrada tanto locatários quanto quem foca na rentabilidade do aluguel 

Foto: Katemangostar/Freepik

Combinando sofisticação, tecnologia, praticidade e design, apartamentos compactos de alto padrão são tendência no mercado de imóveis em Goiânia. De acordo com especialistas, a novidade vem agradando tanto aqueles que buscam unidades para morar quanto quem deseja investir e focar na rentabilidade do aluguel. 

Localizados em áreas nobres da cidade, com acesso estratégico a diversos pontos e opções de lazer, os compactos têm características específicas e vantagens que atraem principalmente adultos e jovens solteiros, que preferem passar mais tempo fora de casa. Além de moradia, portanto, o aluguel de apartamentos em Goiânia passa a ser uma opção de investimento.

Nesse contexto, arquitetos e designers de interiores se debruçam sobre a ideia de criar espaços menores, mas sem deixar de lado a decoração de luxo e o conforto. 

Dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) mostram que a venda de apartamentos compactos de alto padrão está em alta.  Em 2020, foram comercializadas cerca de 1,6 mil unidades de um quarto, número que representa um aumento de quase cinco vezes quando comparado a 2019, em que foram vendidas 347 unidades.

De acordo com pesquisa do Índice FipeZap, que monitora 50 cidades do Brasil, Goiânia é a capital com maior valorização imobiliária em 2022. Medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA/IBGE), a alta ficou acima da inflação no período de janeiro a abril.

O que explica a tendência?

Diversos são os aspectos que esclarecem a crescente busca pelos compactos de luxo. Em entrevista à imprensa, o diretor de Marketing, Comunicação e Eventos da Ademi-GO Marcelo Moreira explica que a razão principal é a mudança no comportamento das sociedades e nas configurações familiares. 

O menor número de filhos é um exemplo que permite a moradia em residências compactas. Além disso, o profissional observa que mais pessoas estão morando sozinhas, à procura de seu próprio espaço. Com isso, enxergam nos pequenos apartamentos uma opção para viver ou investir.

Outro fator que contribui para o aumento das vendas é o menor valor do metro quadrado na capital goiana. A medida em outras capitais ou grandes cidades é cada vez mais cara, principalmente nos bairros próximos a parques ambientais ou ao centro. Em Goiânia, a FipeZap indica que o preço médio do metro quadrado, em abril, era de R$ 5.550, ficando atrás somente de Campo Grande (R$ 4.870), João Pessoa (R$ 5.136) e Salvador (R$5.478).

Conforme Moreira, a oportunidade de investimentos lucrativos a partir da encomenda de imóveis com até 45 metros quadrados de área útil, por exemplo, é especialmente atraente para quem usa o imóvel para locação mensal ou temporada. As unidades têm alta procura e ficam pouco tempo desocupadas. Além disso, um apartamento menor tem custo de manutenção mais baixo em limpeza, condomínio e outros aspectos.

Características dos compactos de alto padrão

Alguns pontos precisam ser considerados no momento de escolher entre um imóvel compacto e um convencional. 

Em relação ao tamanho da área útil, é preciso saber que, nas unidades de até 45 metros quadrados, os cômodos serão reduzidos, o que não significa, necessariamente, falta de espaço ou ambiente apertado. Isso porque cada vez mais arquitetos e designers de interiores se especializam em criar soluções para o aproveitamento de toda metragem disponível.

Outra característica preponderante desse tipo de imóvel é a integração de ambientes. Como são menores, compactos têm poucas paredes. A ideia é de contar com um espaço básico e prático para conciliar as atividades do cotidiano, como dormir, tomar banho e trocar de roupa. A cozinha, em alguns casos, também é reduzida, mobiliada apenas micro-ondas e minigeladeira. 

Pode não haver área de serviço ou, no caso de alguns condomínios, a lavanderia é comunitária. Assim, como ressalta Marcelo, esses prédios contam com espaços colaborativos, como o escritório coworking.

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