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Enio Verri coloca PT no tabuleiro de 2024 e 2026 no Paraná

Enio Verri no lançamento do programa “Itaipu Mais que Energia” | foto: Rafa Kondlatsch / Itaipu Binacional

O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, com uma verba de R$ 1 bilhão por ano, coloca o PT como protagonista nas eleições de 2024 e 2026 no Paraná. De quebra, o partido deve polarizar ainda este ano a eleição suplementar ao Senado em caso da provável cassação de Sérgio Moro (União Brasil). A proposta petista é avançar no eleitorado do sul, considerado conversador, pelo Paraná.

“É muito mais do que vencer o bolsonarismo e sim as forças conservadoras que o bolsonarismo representa”, diz um militante histórico do PT, pré-candidato à Câmara de Vereadores em Curitiba.

O R$ 1 bilhão, anunciado por Verri na presença de prefeitos, vereadores e deputados, será destinado para projetos ambientais, sociais e obras de infraestrutura de 434 municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul, dos quais 399 são paranaenses. A média será de R$ 2,3 milhões por cidade e as obras de infraestrutura não têm esse teto.

R$ 4 bilhões

Essa média é considerável para 84% dos municípios paranaenses com menos de 30 mil habitantes. E o R$ 1 bilhão pode ser multiplicado por quatro, o que vai se tornar uma moeda política forte para 2026. Para se ter uma ideia do tamanho do valor, o Estado promete investir R$ 500 milhões para asfaltar a malha urbana de 160 cidades pequenas.

Enio Verri e sua equipe da Itaipu Binacional, além de ampliar a área de influência da usina para todo o Paraná e parte do Mato Grosso do Sul – 35 dos 141 municípios do estado –, já fez cinco reuniões com as associações de municípios paranaenses. “Com esse grandioso programa, Itaipu oferece uma grande contribuição ao desenvolvimento dos municípios que integram sua área de abrangência, beneficiando todo o Estado”, disse o presidente da AMP, Edimar Santos (PSD), prefeito de Santa Cecília do Pavão, cidade com menos de cinco mil moradores.

Além dos R$ 4 bilhões da Itaipu, as cidades vão receber R$ 107,2 bilhões do novo PAC, investimento maior do que o Rio Grande do Sul (R$ 75,6 bilhões) e Santa Catarina (R$ 48,3 bilhões). Na escala, será o sexto maior investimento entre os estados e o maior entre as regiões sul, centro-oeste e norte. 

Novo PAC

Pelo PAC, o Paraná vai receber 671 conjuntos do Minha Casa, Minha Vida, mais 115 obras de educação e ciência, 44 de transporte (obras rodoviárias), 16 de segurança energética (PHCs, estações), 11 de inclusão digital, sete de águas (ETEs e ETAs), seis de saúde e uma de infraestrutura social. O estado também está nos novos planos de concessões rodoviárias e ferroviária com a Ferroeste.

Na cidade-sede da usina, Foz do Iguaçu, os investimentos também serão amplos. A retomada das obras da sede da Unila deve demandar até R$ 500 milhões, Enio Verri e o presidente Lula anunciaram a construção de mais de 200 casas e ainda se prevê um grande investimento na área de saúde, no Hospital Municipal Padre Germano Lauck. Nesta lista não está a conclusão das obras como a Perimetral Leste, as complementares da segunda ponte e a duplicação da Rodovia das Cataratas.

“Queremos uma Itaipu no modelo preconizado pelo governo Federal, de união e reconstrução, com respeito às diferenças e às opiniões. Vamos contar com o apoio de todos os prefeitos e prefeitas, e também da Caixa, que colabora com décadas de experiência e transparência, para fazer um país, um Paraná e um Mato Grosso do Sul cada vez mais prósperos e justos”, disse Enio Verri no lançamento do programa “Itaipu Mais que Energia”.

Eleições

Com esse capital político, o PT vai polarizar as eleições já em 2024. Atualmente, o partido tem oito prefeitos, oito vice-prefeitos e 111 vereadores. Evidente que o partido quer potencializar esses números e ainda polarizar a disputa das cidades grandes como Curitiba, Londrina, Ponta Grossa, Maringá, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Colombo, Araucária, Guarapuava, Toledo, Fazenda Rio Grande e Paranaguá.

Entre os partidos, o PT vai manter a aliança com o PV e PCdoB, que fazem parta da Federação Brasil da Esperança, e ampliar esse campo para o PSol, PSB, PDT, MDB e PSDB. “Cada cidade será tratada no âmbito da direção municipal do partido e claro com a atenção maior para os grandes colégios eleitorais”, disse um dirigente do partido.  

Já no caso da eleição suplementar ao Senado, o PT tem três pré-candidatos: a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional da sigla; o deputado federal Zeca Dirceu, líder do partido na Câmara; e o ex-senador Roberto Requião. O julgamento das ações contra Moro no TRE e no TSE devem ocorrer ainda neste semestre.

Para 2026, o PT pretende dobrar suas bancadas estadual (sete deputados) e federal (cinco deputados) e polarizar, pela primeira vez, a disputa ao Palácio do Iguaçu. O nome do diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, é mais apontado pelo petismo para essa tarefa.

Fonte: Correio do Paraná

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