Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Estratégia financeira para empresas na área de saúde e estética

Imagem: Divulgação

Você sente que o seu negócio na área da saúde ou estética tem potencial, mas as contas parecem nunca fechar no fim do mês? 

A sensação de estar sempre correndo atrás do prejuízo, mesmo com uma agenda cheia de pacientes e clientes satisfeitos, é mais comum do que parece. 

Muitos empreendedores desses setores enfrentam dificuldades para manter uma gestão financeira saudável, seja por falta de tempo, conhecimento técnico ou orientação especializada.

A boa notícia é que, com estratégia e planejamento, é possível sair do modo de sobrevivência que muitos vivem para passar a construir um negócio financeiramente sustentável, lucrativo e pronto para crescer. 

É o seu sonho?

Neste texto, vamos apresentar os principais pilares de uma boa estratégia financeira para clínicas, consultórios e negócios de estética: da formalização à gestão de custos, passando por precificação, controle de fluxo de caixa e reinvestimento inteligente.

  1. Formalização: o primeiro passo estratégico

Um erro comum (e menosprezado) é começar a atuar de forma informal, na maioria das vezes é só uma ideia ou tentativa de  “testar o mercado” para ver no que vai dar. 

Porém, começar com as coisas dessa forma pode limitar o crescimento do seu negócio no futuro e comprometer o controle financeiro.

Claro, há realidades em que começar com negócios no fundo do terreno de casa, ou atender pessoas despretensiosamente parece a saída mais fácil, mas faz seu processo começar com pé esquerdo.

 Ao abrir empresa com o enquadramento correto, o profissional da saúde ou da estética garante benefícios como emissão de notas fiscais, acesso a linhas de crédito empresariais e uma gestão contábil mais organizada.

Além disso, formalizar o negócio ajuda a separar bem o dinheiro pessoal do dinheiro da empresa. Isso é muito importante para entender quanto a empresa realmente ganha. 

  1. Precificação: valor justo e rentabilidade

Você sabe exatamente quanto custa para realizar cada procedimento ou atendimento? 

Muitos profissionais da estética e da saúde definem seus preços com base na concorrência ou no que “o mercado cobra”. 

O problema é que essa lógica não considera os seus custos fixos e variáveis, nem a margem de lucro ideal para o seu negócio.

Uma estratégia financeira eficaz demanda um estudo detalhado de todos os custos envolvidos:

  • Aluguel;
  • Produtos;
  • Equipamentos,
  • Mão de obra;
  • Impostos, entre outros.

Lembre-se: cobrar barato demais pode funcionar por uma ótica, que é atrair mais clientes no curto prazo, mas é importante lembrar que isso pode comprometer sua saúde financeira e desvalorizar o seu serviço no longo prazo.

  1. Controle financeiro diário: o coração da estratégia

A ausência de controle diário de receitas e despesas é uma das maiores causas de desespero em negócios pelo desequilíbrio financeiro em empresas de pequeno e médio porte. 

Você sabe o motivo?

Na prática, ter clareza sobre quanto entra e quanto sai do caixa permite fazer ajustes em tempo real

Anotando, você evita surpresas desagradáveis, como inadimplência ou falta de capital para pagar fornecedores. 

Para isso, vale a pena investir em sistemas simples de gestão ou até planilhas adaptadas à rotina do negócio. 

O importante é registrar todas as movimentações — inclusive aquelas “pequenas”, como um lanche para a equipe ou a compra emergencial de um insumo — que, ao longo do mês, impactam o resultado.

  1. Estoque e uso de insumos: desperdício é prejuízo

Empresas de estética e saúde lidam com uma variedade de insumos, muitos com prazo de validade curto. 

Produtos vencidos, desperdício por má conservação ou compra em excesso são problemas que afetam diretamente o lucro. 

Por isso, um bom controle de estoque, com acompanhamento das datas de vencimento e giro de produtos, ajuda a reduzir perdas e otimizar o uso dos materiais.

E aqui entra também o cuidado com a automedicação e o uso consciente de medicamentos por parte dos pacientes. 

Muitas clínicas, ao orientar corretamente sobre os riscos e benefícios de cada substância, não apenas garantem um tratamento mais seguro, como fortalecem a credibilidade do negócio. 

Produtos como o Bisalax, por exemplo, devem ser indicados com responsabilidade e dentro de um plano terapêutico bem estruturado.

  1. Planejamento tributário: menos impostos, mais lucro

Outro ponto essencial para a saúde financeira é o planejamento tributário. 

Muitos negócios da área de saúde e estética pagam mais impostos do que deveriam por estarem enquadrados no regime tributário errado ou por não aproveitarem deduções permitidas em lei. 

Como melhorar isso? 

Contar com o apoio de um contador especializado pode reduzir significativamente a carga tributária e liberar recursos para reinvestimento.

Formalize corretamente, precifique com inteligência, controle o caixa, reinvista com foco e mantenha-se atualizado. 

  1. Reinvestimento com foco em diferenciação

Você quer atrair mais pacientes? Fidelizar clientes? Aumentar o valor percebido do seu serviço? Então é preciso investir, mas de forma estratégica. 

Não adianta comprar o equipamento mais caro do mercado se ele não traz retorno. 

O reinvestimento deve estar alinhado aos objetivos do negócio e à demanda real do público.

Uma boa estratégia é aplicar parte dos lucros em capacitação técnica (como cursos, congressos e especializações) e em procedimentos inovadores que valorizam seu portfólio. 

O deep plane facelift, por exemplo, é uma técnica que tem se destacado na cirurgia plástica por oferecer resultados mais naturais e duradouros, sendo uma excelente forma de se posicionar como referência em rejuvenescimento facial.