Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Corpo de Luan dos Santos é encontrado boiando na Barra do Saí

Um pescador de Itapoá (SC) encontrou no início desta tarde desta terça-feira (11) um corpo do jovem que desapareceu no mar dois dias antes em Guaratuba. Ele estava próximo a divisa dos dois estados, na Barra do Saí. A notícia foi divulgada primeiramente pela Rádio Litorânea. Luan Thiago dos Santos, de 22 anos, morador de Fazenda Rio Grande, entrou no mar próximo às pedras aos pés do Morro do Cristo, na praia de Brejatuba, na tarde de domingo (9), e acabou sendo levado pela correnteza. Amigos do rapaz procuraram ajuda do Corpo de Bombeiros, que realizaram buscas com apoio do helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar. O corpo já havia sido avistado por pescadores nas mesmas proximidades no final da manhã desta terça-feira. O helicóptero e os barcos foram até o local, mas não o encontraram. Avisado pelo pescador catarinense, os Bombeiros de Guaratuba voltaram e fizeram o resgate. O corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal, em Paranaguá, onde foi feito o reconhecimento oficial. Segundo os bombeiros, a vítima estava com um calção com caraterísticas que coincidem com as informadas pelos amigos de Luan dos Santos. A família reconheceu o corpo de Luan. (Texto atualizado) Foto: Redes sociais / Rádio Litorânea

Aumento do pedágio vale a partir de quinta-feira, 13

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) informa que o reajuste das tarifas de pedágio de cinco das seis concessionárias do Anel de Integração entrará em vigor a partir da 0h (zero hora) desta quinta-feira, dia 13. Após receber as resoluções homologatórias da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar), o DER-PR encaminhou nesta terça-feira (11) à Imprensa Oficial as portarias números 424 a 428/18, que autorizam as empresas Ecovia, Caminhos do Paraná, Ecocataratas, Rodonorte e Viapar a cobrar as novas tarifas em 24 praças de pedágio. Nas portarias, que deverão ser publicadas no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (12), constam as tabelas com os valores homologados pela Agepar para cada categoria de veículo. Confira aqui todas as tarifas do Anel de Integração Fonte: DER

TCE suspende licitação do lixo em Paranaguá

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) apontou mais de 70 indícios de irregularidades e suspendeu a licitação do lixo realizada pela Prefeitura de Paranaguá. O objetivo da concorrência é a contratação de empresa de engenharia para a execução de serviços de limpeza pública, coleta de lixo e varrição de vias e áreas verdes públicas, com fornecimento de materiais, mão de obra e equipamentos. A cautelar foi concedida pelo conselheiro Ivan Bonilha em 28 de novembro e homologada na sessão do Tribunal Pleno realizada na quarta-feira (5 de dezembro). O TCE-PR acatou Representação da Lei nº 8.666/93 (Lei Geral de Licitações e Contratos) formulada pela empresa Paviservice Engenharia e Serviços Ltda. em face do Concorrência nº 22/2018 da Prefeitura de Paranaguá, na qual foram apontadas as mais de 70 falhas no edital da licitação. O conselheiro do TCE-PR afirmou que há várias contradições no instrumento convocatório, especialmente em relação à possibilidade de subcontratação, aos gastos com combustível e aos prazos para assinatura do contrato. E que há muitos pontos omissos no edital, como normas de segurança do trabalho, custos com equipamentos de proteção individual, detalhes sobre o local de armazenamento de veículos e horário de funcionamento da coleta. Bonilha concluiu que o município provavelmente utilizou um modelo como referência para a elaboração do edital, mas não efetuou qualquer revisão antes de publicá-lo, o que resultou em falhas ao longo de todo o instrumento convocatório e deixou os licitantes sem resposta quanto a aspectos essenciais ao oferecimento de propostas e participação na competição. O relator lembrou que a veiculação de edital mal elaborado induz os licitantes a erros; e permite a ocorrência de fraudes e direcionamentos, o que afasta as propostas economicamente mais vantajosas à administração. Bonilha ressaltou, também, que há possível violação à Lei Municipal nº 556/2018, que dispõe sobre a obrigatoriedade da implantação de coletores de chorume em caminhões de coleta de lixo do município; e à Lei Municipal nº 3049/2009, que trata do programa de gerenciamento de óleos e gorduras residuais de origem animal ou vegetal, com coleta seletiva e destinação final. Isso porque não há qualquer menção sobre esses tópicos no edital. Finalmente, o conselheiro destacou que o Município de Paranaguá nem mesmo comprovou ter um plano de gestão integrada de resíduos sólidos, instrumento essencial para coordenar e fomentar ações voltadas à busca de soluções para o lixo municipal; e que o valor máximo estimado para contratação pelo período de 12 meses, de R$ 28.097.417,52, é mais do que o dobro do que é pago pelo município à atual prestadora dos mesmos serviços – a empresa representante –, que recebe R$ 13.586.825,68. O TCE-PR determinou a intimação do Município de Paranaguá, para que comprove o imediato cumprimento medida cautelar; e a sua citação e de Sheila da Rosa Maria, presidente da Comissão Permanente de Licitação, para que apresentem defesa, juntem cópia integral do processo de licitação e justifiquem o preço máximo estimado da contratação no prazo de 15 dias.

Guaratuba homenageia 40 atletas amadores

A Prefeitura de Guaratuba premiou 40 atletas amadores de diversas modalidades. A cerimônia aconteceu na Câmara de Vereadores, na noite de sexta-feira (7). O prêmio foi instituído por lei de iniciativa do vereador licenciado Alex Antun, atualmente secretário de Esporte e Lazer e também da Saúde. Além do autor do projeto e diversos secretário municipais, participaram do evento o presidente da Câmara, Mordecai de Oliveira, e os vereadores Donizete Pinheiro, Nei Stoqueiro, Paulo Araújo e Professora Paulina. Confira relação dos atletas por modalidade:Ana Paula Macedo – Categoria CiclismoAnelcir Moura – Categoria CiclismoCarlos Eduardo Nascimento – Categoria SurfMarcelo Saporki – Categoria SurfJaqueline Sadzinski – Categoria Beach TennisJoão Vitor Marques Moro – Categoria Beach TennisEduarda Mariano Alberton – Categoria BalletAmanda Carolina Nervis da Silva – Categoria BalletAdriano José Maoski – Categoria Jiu-JitsuNátali da Costa Linhares – Categoria Jiu-JitsuJoão Victor da Silva Dias – Categoria Jiu-Jitsu Pedro K. Angulski – Categoria KaratêFrancisco Wrobel do Prado – Categoria KaratêIsabela Schwab – Categoria Muay Thai e KickboxingLuan Silva - Categoria Muay Thai e KickboxingManoel Neto – Categoria Muay Thai e KickboxingEdison Henrique – Categoria Boxe e KickboxingJoão Vitor da Silva Pitanga – Categoria BasqueteLuis Felipe Parreira Maron – Categoria HandebolCamila Carvalho – Categoria HandebolAnna Beatriz Lobo – Categoria VoleibolJéssica Massanik – Categoria VoleibolRenne Arcega – Categoria VoleibolLucas Fernando Carneiro da Veiga – Categoria FutsalNatália Vitória – Categoria FutsalLeonardo de Paula Martins – Categoria Futebol de CampoDoniel Felipe Alves dos Santos – Categoria Futebol de CampoAlisson Felipe Nascimento de Campos – Categoria Futebol de CampoFátima Voss – Categoria Esportes Adaptados para 3º idadeMárcio Voss – Categoria Esportes Adaptados para 3º idadeJoão Carlos Kulik – Categoria Esportes Adaptados para 3º idadeTerezinha de Lurdes Barella – Categoria Esportes Adaptados para 3º idadeSamuel Messias Machado – Categoria PowerliftingSandra Regina Fontana Machado – Categoria PowerliftingAndré Boeira – Categoria TriatlhonEder Henrique Nichio – Categoria SkateJocilei Macedo – Categoria CorridaAriane Silva Machado – Categoria TriatlhonCleonice Bonfim – Categoria CorridaDébora Rachel Bittencourt Costa Gervasio – Categoria Corrida Outros premiadosEquipe do Cohapar – Categoria Campeão Futebol de CampoEquipe do Mirim – Categoria Vice-Campeão Futebol de CampoAssociação de Árbitros de Guaratuba – ArbitragemArion Luís – Categoria Melhor ÁrbitroMarcos Patrick – Categoria Melhor ÁrbitroRick Celestino do Minuto do Esporte – Imprensa Destaque EsportivoJoelcio Andrada da Rádio Litorânea – Imprensa Destaque Esportivo

Governo anuncia 2,2 mil profissionais para Operação Verão

Equipes do Governo do Estado definem preparativos para a Operação Verão 2018/2019 - Curitiba, 10/12/2018 - Foto: José Fernando Ogura/ANPr Com início em 21 de dezembro e término em 10 de março, a Operação Verão 2018/2019 será uma das mais longas dos últimos anos, com duração de 80 dias – 24 dias a mais que a última edição. O Governo do Estado planeja destacar 2,2 mil profissionais para reforçar o atendimento no Litoral e na Costa Oeste, dos quais 1,4 mil são agentes da segurança pública. Haverá profissionais das áreas da saúde, saneamento, limpeza das praias, Detran, Meio Ambiente, Copel. Nesta segunda-feira (10), o Governo do Estado reuniu, no Palácio Iguaçu, em Curitiba, profissionais das secretarias, órgãos e empresas públicas envolvidos na Operação Verão 2018/2019 para definir os últimos ajustes antes do início da temporada. Os prefeitos dos sete municípios do Litoral também participaram da reunião. Segurança – Segundo o chefe da Casa Militar e coordenador-geral da Operação Verão, coronel Maurício Tortato, as forças de segurança vão atuar de forma preventiva para evitar a incidência de crimes durante a temporada de verão. A área da segurança contará com reforço da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica e agentes de trânsito. “Teremos um aparato policial reforçado para atuar no Litoral e na Costa Oeste. Trabalharemos de forma integrada com o Ministério Público e o Judiciário para que as ações planejadas surtam efeito e garantam a segurança, o bem-estar e o lazer do cidadão que vai aproveitar o verão”, disse. Guarda-vidas – Serão instalados 89 postos de guarda-vidas na costa litorânea, incluindo dois novos postos na Ilha do Mel. A partir do dia 21, os guarda-vidas atenderão diariamente, das 8h30 às 19h30. Com o fim do horário de verão, na segunda semana de fevereiro, o período de atendimento muda, para 9 horas até as 18 horas. Também serão disponibilizados postos móveis para atender os municípios de Morretes e Antonina. Para saber a localização dos postos guarda-vidas, os veranistas podem baixar gratuitamente o aplicativo para dispositivos móveis do Corpo de Bombeiros do Paraná. A ferramenta vai também emitir alertas de raios, chuvas, vendavais e cabeças d’água (para os rios). O usuário recebe os avisos até 1h30 antes de uma ocorrência no local onde ele está. O major Gerson Gross, comandante do 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros no Litoral e comandante operacional da Operação Verão, afirmou que este é primeiro aplicativo com um sistema de alerta georreferenciado. “O celular de quem fizer o cadastro será localizado e qualquer situação de risco na área em que a pessoa estiver será avisada”, explicou. Foto: José Fernando Ogura/ANPr Saúde – A Secretaria de Estado da Saúde vai reforçar a estrutura no Litoral para atender a população durante a temporada. Já foi feito o repasse de R$ 4,9 milhões às prefeituras para o pagamento de cerca de 7 mil plantões de profissionais que atuarão no período nos hospitais e unidades de pronto atendimento dos sete municípios. O Samu do Litoral também receberá um reforço na frota, com mais três UTIs móveis em Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. As equipes de resgate também contarão com o helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas, que atuará em parceria com a Saúde. Em casos de atendimentos graves, a Secretaria utilizará o helicóptero e o avião que ficam baseados em Curitiba para fazer o transporte dos pacientes. Limpeza e duchas – O Instituto das Águas do Paraná repassou R$ 7,5 milhões aos municípios do Litoral para reforçar a coleta de lixo durante a Operação Verão. Já a limpeza da areia das praias ficará a cargo, mais uma vez, da Sanepar. Oito equipes farão a coleta manual de resíduos sólidos durante o dia, enquanto a limpeza mecanizada, com as máquinas saneadoras, acontecerá à noite. Na última temporada, a Sanepar retirou 760 toneladas de resíduos das areias. A companhia também vai instalar as duchas ecológicas em dez pontos do Litoral e outras duas duchas móveis que percorrerão as praias. Em parceria com a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, a Sanepar vai disponibilizar, ainda, nove cadeiras anfíbias para o banho de mar de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Educação ambiental – Os projetos de educação ambiental são outro destaque da Operação Verão. Um deles é o Ecoexpresso da Sanepar, que mostra a importância da preservação ambiental e dos cuidados com a água. A companhia também vai instalar três postos de recreação nas praias. As equipes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos também farão ações de educação ambiental no Litoral. Uma tenda com atividades lúdicas e educativas vai circular pelos municípios com mensagens relacionadas à preservação ambiental. Também serão distribuídos materiais para alertar sobre o tráfico de animais silvestres e sobre maus tratos aos animais. Internet – A Copel Telecom vai disponibilizar 118 pontos de internet móvel (Wi-fi) em todos os municípios do Litoral. A companhia também vai instalar em Matinhos e Guaratuba a Estação Copel, que contará com totens de autoatendimento, além de outras atividades, como a bicicleta e o patinete elétricos e demonstrações do uso de placas fotovoltaicas para a geração de energia.

Pedágio na BR-277 sobe para R$ 20,90

A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) homologou, nesta segunda-feira (10) a correção das tarifas de pedágio do Anel de Integração. Um carro de passeio passará a pagar R$ 20,90 na praça de pedágio da Ecovia, entre Curitiba e o Litoral, o valor mais alto da categoria em todo o Estado. O reajuste médio anual vai variar de 6,66% a 8,40%. O valor é maior do que a inflação do período devido ao fato de, na forma paramétrica, que é utilizada para cálculo do reajuste, serem utilizados além do IPC outros índices que acabaram elevando o percentual. Entre as cinco concessionárias que apresentaram pedido, a Rodonorte é a que terá o menor percentual, 6,66%. O maior será concedido a Viapar, 17,60%, que resulta, além do reajuste anual de 7.79%, de um acréscimo oriundo do degrau tarifário aprovado em janeiro deste ano e não aplicado. Diferente dos outros anos, a Agepar, além de homologar as novas tarifas decidiu apresentar também os valores finais que serão aplicadas em todas as praças de pedágio. Os novos preços passam a valer a partir da publicação específica do DER. O reajuste médio, de acordo com cada concessionária, é o seguinte:Rodonorte 6,66%Ecovia – 7,91% Ecocataratas – 7,66% Viapar – 17,60% Caminhos do Paraná – 8,40%Econorte – Não apresentou pedido de reajuste Confira aqui todas as tabelas

Entrevista com a presidente do Cordrap

A agricultura, pesca e artesanato são atividades presentes no litoral paranaense e muito importantes para a economia local. Porém, muitas vezes esses trabalhos não têm o reconhecimento devido na sociedade e, em alguns casos, entre os próprios representantes que, ao mesmo tempo em que buscam o crescimento profissional e financeiro, desconhecem informações que ajudariam nessa conquista, como, por exemplo, o associativismo. Acompanhe a entrevista realizada com Jucelma Esser, presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural, Pesqueiro e do Artesanato do Litoral Paranaense (Cordrap), e conheça um pouco mais sobre a realidade dos trabalhadores desses segmentos. Como a pesca, a agricultura e o artesanato podem contribuir para o desenvolvimento sustentável da região? Qualquer ação dentro das áreas citadas pode contribuir. A pesca marítima faz parte da história do Paraná. A agricultura é importante, pois é um trabalho local. Caso não existissem agricultores na região, dependeríamos da logística da Região Metropolitana de Curitiba, o que deixaria o produto mais caro. Em relação ao artesanato, vejo que é importante em todas as regiões do país, mas aqui no litoral ele é muito peculiar, por exemplo, as artes feitas com as folhas da bananeira e o couro do peixe. No entanto, para potencializar esses três segmentos, a organização é o ponto-chave para o crescimento dos trabalhadores que atuam nessas áreas. Há ameaças ou situações que causem insegurança para o exercício da pesca e agricultura familiar no litoral? Para a pesca a legislação é bem restrita, já na área da agricultura temos tantas reservas e restrições ambientais que também geram um pouco de dificuldade, mas vejo com bons olhos o fato de existirem muitas situações que podem ser trabalhadas para o desenvolvimento dessas duas áreas. Porém, é preciso informação e base para que se possa trabalhar de forma correta. Qual o principal desafio para o crescimento profissional dos trabalhadores representados pelo Cordrap? Informação do que pode e do que não pode ser feito. As pessoas pensam que só porque há muitos anos os trabalhos eram realizados de alguma forma específica, que podem continuar executando assim, porém muitos pontos, como as legislações, mudaram e é fundamental que os trabalhadores tenham conhecimento. A agricultura familiar ainda é forte para as novas gerações ou os jovens buscam outros serviços em diferentes áreas? A questão dos jovens já foi muito pior. Nós estamos passando por uma situação melhor atualmente. A área rural já está ficando mais interessante para essa parcela da população, uma vez que pode gerar renda em uma pequena propriedade, por exemplo. O uso da tecnologia poderá ser favorável. As pessoas estão pesando outros fatores e vendo as possibilidades que poderão ter na agricultura, principalmente pelo fato que as grandes cidades deixaram de oferecer oportunidades de emprego e renda, por exemplo. Vê-se hoje que muitas vezes o jovem que sai da agricultura não consegue se estabilizar em centros urbanos. O mesmo acontece com os pescadores e artesãos? Creio que sim, mas na área pesqueira pode ser mais difícil, já que é necessário mais investimento público do que na área rural para fazer algum tipo de produção diferenciada. Já a grande questão para os artesãos é a qualificação e profissionalização. A partir desse momento, o jovem terá mais interesse, pois para muitos é visto como um hobby. Trabalhamos muito essa questão na associação das mulheres que trabalham com o couro. Temos a matéria-prima, mas não temos qualidade no produto final. Hoje fazemos uma peça feita de couro ou na fibra de bananeira, mas sem um bom acabamento, o que acaba não agregando valor à peça. Em lojas e butiques uma bolsa de couro de peixe custa R$ 1mil. Qual a diferença daquela bolsa para a feita aqui no litoral? Por isso é fundamental buscar a qualificação dentro do artesanato e as parcerias com o governo e instituições que possam dar esta qualificação são importantes. Durante as escutas realizadas para a elaboração do PDS, temos ouvido sobre a dificuldade dos pescadores, agricultores e artesãos em trabalhar associativamente. Em sua opinião, qual o motivo da falta de cooperação? Acho que é uma questão cultural que existe na região. Acredito que o associativismo é difícil em qualquer local, pois são ideias e intuitos diferentes. Essa questão no litoral paranaense é mais intensa. É difícil convencer as pessoas a trabalhar em grupo e ter a consciência de que se o grupo ganhar, todos ganharão também. Quais as suas expectativas em relação aos resultados do PDS_Litoral? Desde o começo vi a importância do PDS_Litoral, pois não se constrói nada se você não entender a causa do problema. Tudo se resolve a partir do momento em que se entende o que está acontecendo. Por isso é fundamental o Plano que está sendo construído. Se houver uma leitura e todos consigam entender, as soluções irão aparecer. Muitas vezes as pessoas ficam focadas no seu próprio mundo, mas a partir do momento que se vê o todo, começam a ter outro olhar. Por isso, quando o PDS_Litoral começou eu vi a importância eu sabia que precisaríamos ajudar. Acompanho a preocupação que a equipe tem de trazer a situação real do nosso litoral. Fonte: PDS_Litoral

Pai e filho são presos por embriaguez ao volante na BR-277

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu pai e filho por embriaguez ao volante em duas abordagens consecutivas na noite deste domingo (9) na BR-277 em Morretes. Por volta das 22h, a equipe da PRF de plantão na Unidade Operacional Alexandra, em Paranaguá, recebeu a informação de que o motorista de um automóvel Volkswagen Gol estaria bêbado. O carro havia acabado de passar em frente ao posto policial, na pista sentido Curitiba. Cerca de 15 quilômetros à frente, já em Morretes, a equipe da PRF conseguiu abordar o suspeito, de 24 anos de idade, que apresentava hálito etílico, olhos vermelhos e andar cambaleante. O resultado do bafômetro apontou 0,70 miligrama de álcool por litro de ar expelido, mais que o dobro do nível que, além da multa e da suspensão da carteira de motorista, também caracteriza crime de trânsito. Meia hora depois, o pai do motorista se apresentou no local da abordagem, dirigindo outro carro. Desconfiada das condições do pai, a equipe da PRF também resolveu convidá-lo a fazer o exame o bafômetro, cujo resultado foi de 0,56 miligrama de álcool por litro de ar. Ambos, pai e filho, foram presos em flagrante pelo crime de conduzir veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool. Eles estavam a caminho de Antonina, onde moram. A pena é de detenção de seis meses a três anos. Além disso, os dois pagarão uma multa de R$ 2.934,70 e terão a carteira de habilitação suspensa por um ano. A PRF encaminhou os dois para a Delegacia da Polícia Civil em Morretes. Fonte e fotos: Agência PRF

PM desmancha laboratório de drogas em Morretes

A Polícia Militar encontrou um laboratório para fabricação de drogas sintéticas em uma chácara na área rural de Morretes, na manhã desta sexta-feira (7). Seguindo informações do serviço reservado do 9º Batalhão da PM, os policiais foram até a localidade do Rodeio, na Estrada de Anhaia, verificar a existência do laboratório clandestino em uma chácara nas imediações do Parque Estadual do Pau Oco. Ao se aproximarem da propriedade, eles visualizaram no interior de uma construção, um homem utilizando equipamentos de proteção. Ele estava trajando máscara de filtro químico e luvas de borracha. O homem, de 31 anos, tentou fugir, mas foi detido. Em seguida, saíram do interior da casa principal, mais dois suspeitos que correram em direção à estrada e também foram detidos; um homem de 27 anos e um rapaz de 17. No interior da casa havia um homem de 55 anos, que afirmou ser o caseiro da propriedade. Nas buscas no interior da residência, os policiais localizaram uma pistola calibre 9mm, escondida dentro de um forno a lenha. Foram encontradas buchas de maconha e uma trouxinha com material de cor marrom, aparentando ser droga sintética. Na edificação anexa, os militares encontraram vários objetos e substâncias químicas comuns à fabricação de drogas sintéticas, que acabaram apreendidas. Durante a abordagem, um dos suspeitos afirmou que as substâncias estavam sendo usadas para a fabricação de ecstasy, demonstrando inclusive os procedimentos de preparação do entorpecente. Em seguida, foram acionadas as equipes da Delegacia de Polícia Civil de Morretes e da Delegacia da Polícia Federal de Paranaguá, que enviou peritos para coleta e análise do material apreendido, sendo confirmado, após análise laboratorial, se tratar de metanfetamina. Foram apreendidos de 3,5 quilos do produto. De acordo com a Polícia Militar, cada grama da droga seria vendido por R$ 50,00, dando um total de R$ 175 mil. Com informações do 9º BPM / JB Litoral / Agora Litoral

PDS Litoral entrevista presidente do Ipardes

A heterogeneidade e os desafios do Litoral do Paraná Há quatro anos à frente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – Ipardes, o diretor-presidente Julio Takeshi Suzuki Júnior cita como o grande desafio do PDS_Litoral a identificação dos caminhos do desenvolvimento e a incorporação do Plano nas políticas públicas de cada município e do Estado. Fala ainda sobre a heterogeneidade da região, composta pelos municípios de Antonina, Guaratuba, Guaraqueçaba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, e sobre governança. Acompanhe, a seguir, os principais tópicos da entrevista. Foto: ANPr Julio Takeshi Suzuki Júnior é graduado em Administração pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e atual diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – IPARDES, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento. Como você enxerga o desenvolvimento no litoral do Paraná? O litoral do Paraná apresenta muitas particularidades: uma das principais é o fato de possuir o maior ativo ambiental do Estado, que deve ser respeitado, de modo que o desenvolvimento tenha que conciliar avanço econômico com a preservação desses ativos. Deve-se reconhecer que desenvolvimento econômico e preservação não se eliminam conjuntamente. Por outro lado, o não desenvolvimento ou o baixo crescimento econômico (estagnação) não representa necessariamente a preservação dos ativos ambientais. Também é importante considerar, além da questão ambiental, as questões sociais, as características da população local, inclusive as defasagens em termos sociais e econômicos. Então, pode-se dizer que o grande desafio é promover o desenvolvimento da região respondendo às demandas da população, mas com o mínimo prejuízo ambiental. Hoje se observa no Brasil casos bem-sucedidos de desenvolvimento econômico aliado à preservação ambiental: regiões com grandes extensões de mata preservada, mas que praticam atividade industrial, de serviço ou agropecuária. Temos bons exemplos no país que podem ser referência para o Plano de Desenvolvimento Sustentável do Litoral do Paraná – o PDS_Litoral. O grande desafio do Plano é a identificação de caminhos para o desenvolvimento sustentável e a incorporação do Plano nas políticas públicas de cada município e da região como um todo. Você pode citar um exemplo desses casos bem-sucedidos de desenvolvimento? Guaraqueçaba tem um PIB per capita dos mais baixos do Estado. Do outro lado da fronteira com o Estado de São Paulo, temos Cananeia, com um PIB per capita muito mais elevado. As condições ambientais e a preservação nesse outro município é muito presente. Quem sabe os estudos que estão sendo feitos pelos consultores do Plano possam se utilizar desse exemplo como benchmarking, tomando como referência de boas práticas. Vemos que o turismo ecológico de Cananeia é mais desenvolvido do que o de Guaraqueçaba, talvez por uma melhor condição de infraestrutura, que não agride o meio ambiente. Esse dado se baseia no indicador de preservação da Mata Atlântica. A comparação é inevitável, por isso essa referência é fundamental para o PDS_Litoral, pode ser inovador e fundamental neste sentido. Ativos ambientais podem ser considerados ativos econômicos? Ativos ambientais são ativos econômicos desde que bem explorados. É preciso saber identificar as atividades que mantenham os ativos ambientais e que gerem ativos econômicos. É um desafio muito grande. Podemos tomar como exemplo o turismo, que é uma atividade de entretenimento. Nesse sentido, a cobrança de taxas para usufruir de espaços de lazer é uma oportunidade para financiar políticas públicas, inclusive de manutenção desses espaços e preservação ambiental. Nada mais justo economicamente do que a geração de receitas para os municípios a partir de atividades que tenham relação com ativos ambientais, que podem ser revertidas em benefícios para a população. Essa é uma forma de se conciliar crescimento econômico com preservação ambiental? Sim, mas há várias visões de desenvolvimento, não existe uma receita única. E esse também é um dos desafios da parte prospectiva do PDS_Litoral. Muitas regiões se desenvolveram, por exemplo, com investimentos industriais com grande aporte de capital, o que levou a uma expansão produtiva significativa, mas da forma como foi feito, houve grandes perdas ambientais. Há vários casos, inclusive de empreendimentos estatais, com procedimentos poluentes ou, por exemplo, geração de energia que resulta em uma perda ambiental grande, mas que mesmo assim resulta em desenvolvimento. Na outra ponta, temos a possibilidade de desenvolvimento com base em empreendimentos familiares, que são menos agressivos ao meio ambiente. Mas vale ressaltar que os pequenos empreendimentos e empreendimentos familiares também podem ser agressivos ao meio ambiente. O PDS_Litoral é uma oportunidade para buscar formas de se conciliar elementos desses vários modelos de desenvolvimento, considerando o que é mais adequado aos municípios do litoral do Estado. Quais os desafios para o desenvolvimento do litoral paranaense? Conciliar opiniões de grupos é desafiador. Eventualmente, um grupo quer 8 e o outro 80. Há situações em que determinados grupos lutam por seus interesses e, de outro lado, há uma articulação de outros grupos com maior força política, que leva a uma decisão contrária; mas não há diálogo entre eles para conciliar os interesses. Também vemos que a dificuldade de organização dos grupos oficiais ou não, dentro ou fora de governo, são obstáculos para o desenvolvimento do litoral. A sociedade brasileira não tem a prática de consenso, mas isso não é necessariamente ruim, uma vez que o conflito pode trazer novas ideias e dar origem a boas soluções. No caso do litoral, temos em pontas opostas os que vão na linha do crescimento econômico e na outra os defensores do meio ambiente, numa equação de 8 ou 80, sem sair do lugar. Por isso é preciso buscar um consenso