Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Pescadores anunciam que governo adiou novo Registro da Pesca

Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) informa que governo federal adiou em um mês a vigência dos novos critérios do Registro Geral da Atividade Pesqueira. Segundo o MPP, Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e Secretaria-Geral da Presidência também firmaram compromisso em dialogar com pescadores sobre alterações no Decreto 8.425. Segundo o MPP, a decisão aconteceu depois de mais de 24 horas ocupados nas sedes do INSS e das superintendências do MPA em diversos estados do Brasil. O movimento vem se manifestando contra o decreto e na segunda-feira (15) saíram em manifestações onde conseguiram dialogo com o ministro da Pesca, Helder Barabalho, “que se comprometeu, junto com a Secretaria-Geral da Presidência, em debater as reivindicações dos pescadores e das pescadoras para alterações no decreto”, informa a entidade dos pescadores. Restrições atingem principalmente as mulheres O Decreto 8.425 foi publicado no dia 1º de abril e entraria em vigor a partir desta segunda (15 de junho). Ele estabelece três categorias de pescador profissional: exclusiva, principal e subsidiária. Apenas a categoria exclusiva (pescador que tem a pesca como atividade profissional única) passa a ter direito ao seguro-defeso. A aplicação da norma ocorreria no decorrer de um ano, a partir de agora, na renovação do Registro Geral da Atividade Pesqueira, na data de aniversário do pescador. As entidades que representam os pescadores artesanais argumentam que a restrição vai prejudicar sobretudo as mulheres, que fazem o beneficiamento de pescado e a confecção dos apetrechos da pesca. É o caso da “salgueiras”, muito presentes em Guaratuba e no restante do Litoral do Paraná. Além disso, o decreto diz que só entra no conceito de pescador artesanal aquele que depende exclusivamente da pescaria. “Esse ponto desconsidera pescadores/as artesanais que exercem outras atividades tradicionais, como a agricultura e o artesanato, e que essas fazem parte de um modo de ser específico e que fortalecem a atividade da pesca”, argumenta o MPP em nota divulgada no início deste mês.

Paranaguá registra primeiro caso autóctone de dengue no Litoral

Confirmado o primeiro caso de dengue autóctone (contraído no município) em Paranaguá. Até a divulgação do último boletim da dengue da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a cidade contava com quatro casos importados da doença. O boletim mais recente disponível no site da secretaria estadual é do dia 10 de junho, com dados até 3 de junho. De acordo com a Sesa, em todo o Litoral do Paraná houve 53 notificações mas apenas seis casos confirmados, todos eles importados: 1 em Antonina, 1 em Pontal e os 4 de Paranaguá. Em Guaratuba (5) e Morretes (1) houve apenas notificações, nenhuma conformação. Matinhos e Guaraqueçaba não tiveram nem notificações. A responsável pelo setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Paranaguá, Isabele Antoniacomi, confirmou que recentemente o resultado de um paciente foi confirmado como positivo pelo Laboratório Central (Lacen). “Tivemos até o momento a confirmação oficial de um caso de dengue no município. O paciente já fez o tratamento e está bem”, informou. Outros resultados são aguardados devido à suspeita da doença. Um novo boletim deveria ter sido divulgado pela Sesa nesta quarta-feira (17), mas não foi. Com informações do jornal Folha do Litoral News / Rádio Ilha do Mel FM / Sesa

Pescadores e pescadoras lutam para não desaparecer

O documentário “Vento Forte”, da diretora Patrícia Antunes e da produtora Arte em Movimento começou a ser feito em maio de 2014 em Shangrilá, Pontal do Sul e Comunidade Maciel, em Pontal do Paraná, e na Ilha de Superagui. Pescadores de todo o Brasil denunciam loteamento das águas para as grandes corporações.Do Paraná a equipe seguiu para Santa Catarina onde gravaram em Laguna a Pesca da Tainha com a ajuda dos botos e também em Laguna nas comunidades de Barra do Camacho e Farol de Santa Marta. Leia reportagem de Léa Maria Aarão Reis sobre o filme, publicado no site Carta Maior. Vento Forte: uma ventania tenta varrer a pesca artesanal no Brasil Colônias à beira do mar, ribeirinhas, de lagunas e mangues, algumas existentes há várias gerações, são protagonistas do filme Vento Forte. Léa Maria Aarão Reis Um litoral privilegiado em um país aquífero, uma extensão de costa oceânica com cerca de nove mil quilômetros, e mesmo assim o peixe, que deveria ser alimento de baixo custo para o bolso da população, é caro e não se encontra na mesa do brasileiro com a frequência nutricional desejada. Vinte e duas comunidades, algumas ancestrais, de mulheres e homens dedicados à pesca artesanal, no país, denunciam o que ocorre com o loteamento das nossas águas para as grandes corporações e pedem socorro. Elas correm o sério risco de desaparecer de vez e perderem a sua luta de David contra o modelo escolhido pelo governo, o do Golias das aquiculturas internacionalizadas. Colônias à beira do mar, ribeirinhas, de lagunas e mangues, algumas existentes há várias gerações, e que fazem parte da nossa cultura, são protagonistas do filme Vento Forte assim como as lideranças do MPP, Movimento de Pescadores e Pescadoras. A situação precária desses pescadores que “apenas querem trabalhar e sobreviver”, como dizem, é mostrada no modesto, mas muito bem costurado documentário de Patrícia Antunes, já exibido, embora rapidamente, em cinemas de Brasília, Manaus, Belém, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Em julho próximo, estará disponibilizado na íntegra pela internet, no youtube. A produção foi realizada com esforço pelo Conselho Pastoral dos Pescadores e pela produtora Arte em Movimento e está sendo apresentado em diversos festivais que discutem o meio ambiente. Os pescadores e pescadoras entrevistados são as baianas Nega e Elionice. O cearense João, o Tita, e Martilene. Em Pernambuco, Lailson. No Pará, Josana e José Carlos. Em Minas, Josemar; e no Espírito Santo, Manuel Bueno. No Rio, Alexandre e em Santa Catarina, Mancha. Alguns, originários do Pontal do Paraná, outros da Lagoa de Queimados, ou de Laguna ou de Tatajeba, no Ceará. Todos denunciam a violação de seus direitos humanos, sociais, políticos e ambientais e de outros pescadores que vivem nas colônias próximas de Camaçari, por exemplo, ou do Porto de Aratu. Sua luta atual se faz através da Campanha Nacional em Defesa e Regularização dos Territórios das Comunidades Tradicionais Pesqueiras que começa a repercutir em outros países e no exterior. “As barragens, a criação de camarão em cativeiro, a especulação imobiliária contribuem para a proibição da pesca sem ao menos garantir um direito de consulta às comunidades tradicionais como pregam a convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da qual o Brasil é signatário, e o Decreto 6040/2007 que trata dos povos e comunidades tradicionais", diz Maria José Pacheco, secretária executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores. Os conflitos e ameaça ao território aumentam todos os dias por parte das novas aquiculturas determinadas para áreas onde os pescadores tradicionalmente atuam. “Este ano, o Ministro Helder Barbalho tem visitado os governadores para facilitar o processo de licenciamento dessas aquiculturas,” diz Maria José. O aumento do número de grandes portos, hidrelétricas previstas para o rio Tapajós e a mineração no mar são algumas das ameaças que esmagam essas pequenas colônias e deprimem os direitos dos pescadores. No litoral sul, a pesca industrial explora pescadores e pescadoras – alguns vivendo situação de trabalho precário e análoga a trabalho escravo. São inúmeros os conflitos no Iguape, na Jureia, no entorno de Cananeia e na divisa com as comunidades do Paraná. “Aqueles que procuram defender o meio ambiente são perseguidos porque onde há comunidades pesqueiras são mantidos recursos naturais, manguezais e matas ciliares.” Denuncia-se também a crescente dificuldade de acesso ao RGP - Registro Geral da Pesca-, a chamada ‘ carteira de pescador’, permissão para pescar que comprova a atividade e garante o acesso a direitos previdenciários e trabalhistas, previsto na lei previdenciária. “Somos talvez figuras indesejáveis para este modelo de desenvolvimento baseado na concentração, na destruição violenta da natureza e das comunidades que vivem em torno delas. A TAUS (Termo de Autorização de Uso Sustentável) tem conferido alguma segurança às comunidades, nas áreas que são da união, mas ocupadas tradicionalmente pelos pescadores artesanais. No entanto, são poucos os avanços diante das ameaças.” %u228%u228 Enquanto pouco se fala sobre a morte da pesca artesanal no Brasil e os grandes cargueiros alemães, da Thyssen e da Krupp trabalham, na nossa costa, em atividades aquíferas vigiadas por seguranças portando armas (como mostra o filme) e afastando os frágeis barcos da pesca artesanal; enquanto pescadores artesanais perdem todos os seus bens, e o cheiro de amônia, em certas noites (como também mostra Vento forte) envenena o ar que respiram crianças, velhos e adultos nas comunidades vizinhas das grandes empresas multinacionais; enquanto isto, há dias atrás, em Belém, o titular do Ministério da Pesca e Aquicultura empenhou a palavra do governo federal em relação ao seguro-defeso que garante a proteção do verdadeiro pescador: “Aqueles que dependem do benefício são a prioridade do governo; não vamos admitir fraudes”, garantiu. Mas de quem é a fraude? Publicado em Carta Maior:

Jogos da 3º idade terminam com festa e críticas à secretaria de Estado

Os Jogos da Integração da Melhor Idade terminaram neste sábado (13), em Guaratuba, com um baile animado e um desabafo do secretário municipal do Esporte e Lazer. No encerramento, Gabriel Gonçalves agradeceu a participação dos nove municípios visitantes e contou que o evento foi realizado sem o apoio prometido pela Secretaria do Estado do Esporte e do Turismo. De acordo com o secretário municipal, a secretaria estadual havia se comprometido em apoiar o evento, mas voltou atrás. Mesmo assim, segundo ele, as equipes da Prefeitura de Guaratuba deram conta de atender os cerca de 500 visitantes e realizar tudo o que fora programado. Boicote? – O CorreidoLitoral.com inicialmente apurou que o apoio solicitado se tratava de meras 300 medalhas. O evento reuniu cerca de 800 pessoas e todos foram agraciados com um troféu, medalha ou lembrança. Os jogos já haviam começado quando a secretaria estadual informou, por telefone, que não atenderia o singelo pedido. Segundo fonte, eles alegaram que tinham “outras prioridades”. Nesta quarta-feira (17), o secretário municipal informou ao Jornal de Guaratuba, que circula nesta sexta-feira, que as conversações com a secretaria estadual começaram há mais de um ano. A Prefeitura solicitou apoio em material esportivo, arbitragem, alimentação e premiação. A negativa foi dada na véspera. No início do ano, circularam rumores de que o secretário de Esporte e Turismo, Douglas Fabrício, teria sido convencido por aliados seus em Guaratuba de mudar a data da realização dos tradicionais Jogos da Integração para o final do ano, mais próximo da temporada de verão. A secretaria municipal argumentou que a data tradicional, no final do outono, faz parte há anos da programação dos grupos da 3º idade que participam do evento. Além disto, é um período de baixa temporada e qualquer atividade que atraia visitantes é bem vinda para a economia do município, argumentou o secretário municipal. Na sessão da Câmara desta segunda-feira (15), sem se referir a nenhuma situação específica, o vereador Laudi Santi “Tato” fez uma dura crítica ao secretário estadual. Comentando as ações do município relacionadas ao turismo, disse que gostaria que Douglas Fabrício viesse “conhecer Guaratuba” e ajudar a cidade. “É o tipo de candidato ou secretário paraquedista que só aparece aqui para pedir voto e depois não aparece para ajudar o município”, disse Tato no final da sessão. Douglas Fabrício foi eleito deputado estadual pelo PPS e obteve 221 votos em Guaratuba, ficando em 11º colocado na cidade, com 1,25% dos votos válidos. Jogos – Os XI Jogos da Integração da Melhor Idade reuniram 11 equipes de 10 cidades – Guaratuba disputou com uma equipe do Ginásio José Richa, do Cohapar, e uma do Ginásio Celso Biss, do bairro Coroados. A equipe do município vizinho de São José dos Pinhais sagrou-se campeã, com Guaratuba em segundo e Rancho Alegre em terceiro. A equipe estreante do Coroados ficou em décimo, empatado com Clevelândia. A diferença de pontos entre as equipes mostra que a disputa foi bastante acirrada em todas as posições. Veja a colocação: 1º São José dos Pinhais – 128 pontos 2º Guaratuba (Cohapar) – 126 pontos 3º Rancho Alegre – 125 pontos 4º União da Vitória – 100 pontos 5º Araucária – 78 pontos 6º Goioerê e Cornélio Procópio – 77 pontos 8º Palmas – 56 pontos 9º Cruz Machado – 48 pontos 10º Clevelândia e Guaratuba (Coroados) – 42 pontos Galeria de fotos cedidas por Rubens Schane

A raposa e o bode

O momento remete a uma fábula de Esopo, escritor e poeta grego, nascido no ano de 620 a.C. Conta a história da raposa que caiu num poço. Por mais que tentasse não conseguia sair do buraco. Foi então que apareceu um bode, morto de sede, a procura de água para beber. Ao ver a raposa dentro do poço, perguntou-lhe se a água era de boa qualidade. A raposa esperta e percebendo que o bode estava com muita sede, passou a elogiar a qualidade da água, dizendo ser limpa, saborosa e refrescante. A argumentação seduziu o bode a descer ao poço, pensando apenas na sede que sentia. Saciada a necessidade, era preciso voltar à superfície e, então, perguntou a raposa como poderiam fazer isso. – Tenho uma ideia, disse a raposa, - que depende mais de você do que de mim. – Põe as patas dianteiras contra a parede e erga a cabeça o máximo que puder; subo nas tuas costas, dou um pulo e uma vez lá fora, puxo você pelos chifres. O bode fez o que ela disse. Com a ajuda das pernas, das costas e dos chifres a raposa conseguiu voltar à boca do poço. Mas, ao invés de tirar o bode como prometera, simplesmente foi embora, dizendo-lhe: – Ah! Meu caro bode se tivesse tanta inteligência quanto às barbas do focinho, não teria descido sem antes saber como voltar. Moral: a prudência recomenda antever um final para tudo o que se faz. Na fábula, a raposa aparece como símbolo de esperteza, persuasão e de individualismo. O bode, enganado, simboliza aqueles que se aventuram por caminhos, sem muita certeza para onde se está indo. O bode, cego pela sede, acreditou na conversa da raposa, interessada somente em resolver o seu problema: sair do poço em que caíra. Nem sempre estamos aptos a antever ou prever as consequências das nossas escolhas e decisões. Por mais comedido que possamos ser não há como evitar todas as consequências. Na história, o bode não refletiu sequer por um momento, em como sairia do poço, obcecado que estava em saciar a sua sede. As pessoas em momentos de desespero, descrédito ou até indiferença, passam por situações semelhantes e, às vezes, ignoram aquilo que é o óbvio. Com um olhar mais atento, o bode talvez percebesse o imbróglio em que se meteu e não teria simplesmente, descido incontinente ao fundo do poço. Muito menos dado ouvido à conversa da raposa. Mas, também não teria matado a sede! Podemos dizer que ele pagou um preço muito alto pela água que bebeu. Sair do poço passou a ser novo problema, cuja causa foi acreditar piamente, na proposta da raposa. Portanto, há que se estar muito atento às modernas raposas e bodes dos mais diversos matizes, que prometem solução e ajuda para todas as demandas, depois... é outra história... os bodes que se virem. Itapoá (outono), 2015.

Gaeco faz buscas na casa do presidente do IAP por causa de licenças no Litoral

Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram, nesta segunda-feira (15), mandado de apreensão na casa do presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto, e de outros diretores do órgão. O grupo está sendo investigado por suposta participação num esquema ilegal de concessão de licenças ambientais no litoral. Também foram feitas buscas e apreensões em residências e escritórios do diretor jurídico do órgão, do chefe do Departamento de Recursos Ambientais, do ex-diretor regional do escritório de Paranaguá, além de um engenheiro florestal do IAP. Na ação, coordenada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Paranaguá e pela Coordenação Regional da Bacia Litorânea, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), foram apreendidos computadores, celulares e documentos diversos em Curitiba, Paranaguá e Jacarezinho (Norte do Estado). Na casa de um dos investigados, foram apreendidos ainda R$ 649 mil (em dinheiro). O nome do funcionário não foi divulgado. A Justiça também determinou o afastamento dos investigados das funções públicas que exercem junto ao IAP. Porém, na última sexta-feira (12), o diretor-presidente do Instituto conseguiu liminar cassando seu afastamento. Os demais continuam afastados. Todos os investigados já respondem ação penal perante o Juízo da 1ª Vara Criminal de Paranaguá. A ação levou o nome de “Operação Superagüi” e foi desencadeada por causa de uma licença ambiental concedida à empresa Green Logística para um pátio de caminhões,na BR-277, para a derrubada de 10 hectares de vegetação. A obra foi embargada, em fevereiro, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio). À tarde, o IAP e o Governo do Paraná divulgaram nota criticando a ação. Leia na íntegra. Nota do IAP e Governo do Paraná O Governo do Estado e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) informam que a ação de apreensão de documentos, realizada na manhã desta segunda-feira (15) no órgão e em casa de alguns servidores, é motivada por investigação provocada pelo Ministério Público do Paraná em Paranaguá envolvendo processo de licenciamento ambiental no litoral do Estado. A busca foi feita, inclusive, na presença da promotora da Comarca de Paranaguá, Priscila da Mata Cavalcante, que move a ação contra os servidores públicos. O diretor presidente do IAP, Tarcísio Mossato Pinto, já tinha obtido na última sexta-feira (12) decisão favorável em Habeas Corpus impetrado contra solicitação anterior do mesmo Ministério Público, que buscava afastá-lo do cargo. Nessa ação, o desembargador José Cichocki Neto afirmou: “Atribuir ao agente conduta ilegal no exercício de sua função por tais motivos, quando tanto o agente ministerial quanto o próprio juízo poderiam requisitar os documentos pretendidos para a formação de seus respectivos convencimentos, eis que dotados de poderes e instrumentos processuais para tanto e, subseqüentemente, impor-lhe restrições ao exercício de sua função – constitui, no mínimo -, uma inversão despropositada da compreensão da atividade jurisdicional desenvolvida através do processo”. Na mesma decisão, o desembargador Cichocki Neto também destaca que “o que mais irrita a decisão impugnada neste instrumento de garantia é a evidência da desnecessidade das medidas impostas ao paciente e demais denunciados, pela ausência de razões de urgência daqueles provimentos. Não há imputação ao paciente de qualquer conduta reprovável que comprometa a instrução processual, observável initios litis para suportar o decisum atacado. Neste, não há afirmação que possa se erigir como fundamento e, assim, indicar uma situação concreta praticada pelo paciente, que evidencie a necessidade de salvaguardar o rito procedimental instrutório da ação penal proposta. Nada. Absolutamente nada”. O IAP e o Governo do Estado reiteram que todos os documentos buscados pelos promotores do Ministério Público do Paraná sempre estiveram disponíveis neste ou em qualquer um dos cerca de 40 mil procedimentos administrativos anuais instaurados e relativos aos pedidos de licenciamento ambiental. Assim, resta evidente que as medidas adotadas são descabidas, desnecessárias e desproporcionais. Por fim, o IAP e o Governo do Estado ainda não obtiveram acesso ao inteiro teor desta nova decisão que originou as ações realizadas nesta segunda-feira, pois o processo tramita em segredo de justiça. Curitiba, 15 de junho de 2015 Instituto Ambiental do Paraná-IAP Governo do Estado do Paraná

Guaratuba conscientiza sobre Cardiopatia Congênita com vídeo

Em Guaratuba, pais, avós e profissionais de Saúde lembram nesta segunda-feira (15), o Dia de Conscientização sobre a Cardiopatia Congênita, comemorado dia 12 de junho. São programadas algumas apresentações do vídeo institucional da organização “Pequenos Corações” em alguns locais públicos. A Associação de Assistência à Criança Cardiopata Pequenos Corações é uma entidade sem fins lucrativos, com sede em São Paulo e que atua em todo o território nacional, prestando assistência às crianças acometidas por cardiopatia congênita e aos familiares. O Hospital de Guaratuba já vem realizando o teste que detecta problemas cardíacos congênitos nas crianças que nascem na sua maternidade. Todos os anos, os profissionais lembram o dia nacional.

Guaratuba institui fundos e aumenta participação social nos direitos humanos

Guaratuba realiza na próxima semana sua 1ª Conferência Municipal Conjunta de Direitos Humanos, reunindo os conselhos do idoso, da pessoa com deficiência e das crianças e adolescentes. Serão três dias de debates que vão formular as políticas do município para estes segmentos e a participação deles na execução destas políticas. Guaratuba é a única do Litoral do Paraná que tem os três conselhos funcionando e atuantes e foi a primeira a instituir o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. É a única a ter um Conselho da Pessoa com Deficiência funcionando. Na noite desta segunda-feira (15), a secretária-executiva dos conselhos pela Secretaria do Bem Estar e Promoção Social, Shyrleide Lima, vai anunciar na Câmara de Vereadores a regulamentação dos fundos dos direitos Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência perante a Receita federal, também uma conquista inédita na região. Desta forma, os contribuintes podem fazer doações e deduzir do Imposto de Renda. A criação e regulamentação dos fundos amplia a autonomia e fortalece a participação social nas decisões relacionadas aos segmentos. No dia da abertura da conferência conjunta, a professora Rosi Mariana Kaminski vai falar justamente sobre a prática da Democracia, dos anos 1960 até os dias de hoje. Veja a programação dos eventos 24/06/2015 (das 8h às 11h30) I Conferência Municipal Conjunta de Direitos Humanos 08h - 09h: Credenciamento 09h - 9h30: Abertura Solene com a Presença das Autoridades; 9h30 - 9h45: Apresentação Cultural 9h45 - 10h: Intervalo 10h -10h30: Palestra Magna “Democracia, se aprende ou se vive? Um paralelo entre a década de 60 até os dias atuais”, ministrada por Rosi Mariana Kaminski 10h30 - 1h: Painel “Conferências Temáticas” 11h - 11h30: Debate 11h30: Encerramento 24/06/2015 (das 13h às 17h) IV Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência Tema: “O desafio na implementação das Políticas da Pessoa com Deficiência: A transversalidade como a radicalidade dos direitos humanos” Eixos: I - Identidade de gênero e raça, Diversidade sexual e geracional; II - Órgãos gestores e de instâncias de participação social; III - Interação entre os poderes federados. 25/06/2015 (das 8h às 11h30) VIII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente Tema: Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes – fortalecendo os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente Eixos: I - Direito à Vida e a Saúde; II - Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade; III - Direito à Convivência Familiar e Comunitária; IV - Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer; V - Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho; VI - Fortalecimento das Estruturas do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente; VII - Reforma Política dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente. 25/06/2015 (das 13h às 17h) II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa Tema:"O Protagonismo e o Empoderamento da Pessoa Idosa: Por um Brasil de todas as Idades” Eixos: I - Gestão de Programas, Projetos, Ações e Serviços II - Financiamento – Fundos da Pessoa Idosa; III - Financiamento – Orçamento Público; IV - Participação – Política e Controle Social; V - Sistema de Garantia dos Direitos Humanos; VI - Implantação e Fortalecimento dos Conselhos Municipais da Pessoa Idosa VII - A prioridade do atendimento e o reconhecimento da pessoa idosa na atuação das políticas setoriais. 26/06/2015 (das 9h às 11h) 9h - 11h: Painel - Apresentação dos encaminhamentos das conferências; 11h: Encerramento. Mais informações e inscrições: (41) 3472-8713/9838-7357 [email protected]

Temperatura despenca e chuva dá uma trégua no Litoral

Durante a segunda-feira há o afastamento da frente fria em direção a São Paulo e o ingresso de um ar polar no Sul do Brasil. No Paraná ainda chove no litoral, RMC, Campos Gerais e no norte entre a madrugada e o período da manhã. À tarde o tempo fica estável em todas as regiões do Estado, pois predomina um ar mais seco e frio. A partir da noite esfria bastante, com previsão de geadas para a manhã de terça-feira em algumas regiões paranaenses. A previsão para os últimos dias de outono é do Instituto Simepar, órgão do governo estadual. Especificamente para o Litoral, os meteorologistas preveem que a chuva que ocorre nesta manhã de segunda-feira (15) dá uma trégua a partir desta tarde até a tarde de quinta-feira (18). Na Serra do Mar e na sede do município de Morretes, as chuvas foram intensas durante a noite, tendo registrado 52,6mm entre 7h de domingo e 7h de segunda-feira. Também choveu fortemente em Tijucas do Sul (PR) e Garuva (SC), cidades limítrofes à Guaratuba. Em Guaratuba, a temperatura mínima para esta segunda, de 16 ºC, despenca na terça para 10 ºC – com máxima de 20 ºC. Na quarta, volta a subir para mínima de 15 ºC e máxima de 24 ºC. O inverno começa no domingo, dia 21 de junho, exatamente às 13h38min. Neste dia, o sol nasce às 7h e se põe às 17h31, marcando o início de dias mais curtos.

O litoral do Paraná nos investimentos em logística: boas notícias!

O Governo Federal lançou neste mês de junho o maior programa de investimentos em infraestrutura logística da história do país. É forte e vigoroso em todas as áreas: rodovias, ferrovias, aerovias, hidrovias e portos. Algo como R$ 198 bilhões é o montante previsto para tudo o que está no programa. É um número impressionante até para países de primeiro mundo, pois US$ 64 bilhões é de fazer inveja a qualquer um. As coisas começarão acontecer já em 2015. O jogo dos grandes players do setor já começou com o anúncio do megapacote, que entrará em 2016 já de forma acelerada, gerando oportunidades para bons empregos, renda de salários e para os empreendedores que se beneficiarão com serviços que vão desde a construção civil de novos terminais, alugueis de máquinas, manutenção, engenharias especializadas e o comércio regional. Mas vamos falar do que nos interessa mais de perto: Portos. Quase 20% do valor do pacote de investimentos logísticos é estimado para novos terminais portuários, atuais instalações arrendadas que receberão mais investimentos e novas áreas e instalações que serão ofertadas para arrendamentos. O que chama a atenção positivamente, são os 63 novos terminais de uso privativos (TUP) prometidos por investidores privados, dispostos a um aporte de R$ 14,7 bilhões em 16 estados brasileiros. No Paraná, a surpresa vem de Pontal do Paraná. O projeto da multinacional SubSea7 é ressuscitado e aprovado, o que trará um investimento de R$ 107 milhões e empregos qualificados. A empresa, enfim, terá a outorga para construir sua base de apoio marítimo às plataformas offshore que exploram petróleo dos campos do Pré-Sal. Tem como desafio superar a questão ambiental local, mas já é uma notícia importante para os empreendedores e profissionais do litoral do Paraná. No Bloco 2 para 2016, os atuais portos de Paranaguá, Itaqui, Santana, Manaus, São Sebastião, Suape, Aratu, São Francisco do Sul, Rio de Janeiro e também Santos, oferecerão 21 terminais para novos arrendamentos. No caso específico de Paranaguá, a Antaq junto com a Appa (Administração dos Portos), abrirão seis áreas para licitação para terminais de várias atividades e produtos: grãos, celulose, açúcar, fertilizantes e veículos. Assim, a soma de investimentos em terminais portuários em Pontal do Sul e Paranaguá ultrapassará R$ 1 bilhão, o que impulsionará uma nova fase logística regional. Este ano 2015 deve estar sendo de muito trabalho pra SEP – Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e sua coligada Antaq – Agência Nacional de Transporte Aquaviário. Cabe a eles a análise dos estudos e projetos técnicos, elaborarem os editais de licitação, e realizarem as concorrências públicas em si. Isto fará que entremos em 2016 com muitas licitações sendo disputadas, homologadas e contratadas. E os vencedores? Deverão fazer esta máquina entrar em operação depois dessa fase administrativa e legal. Serão decisivos os para escolha das propostas vencedoras menor tarifa ao usuário, melhor proposta técnica, maior movimentação de carga (tonelagem ou TEUs), maior investimento financeiro e maior valor proposto pela outorga. Mas o que importa é que o jogo está posto, o desenho de novos terminais, sua distribuição geográfica nacional que integrando-se aos demais modais, mudará a cara da logística do Brasil: Seria exagero dizer que: É agora ou nunca?! É a Minha Opinião.