Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Câmara de Guaratuba vota financiamento para segurança

A Câmara Municipal aprovou nesta segunda-feira (20), em primeira votação, Projeto de Lei 1.365, que traz recursos para a segurança pública. O projeto terá de passar por mais uma votação. O PL 1.365 atualiza autorização para o município realizar operação crédito de R$ 3 milhões na Agência de Fomento do Paraná para o programa de monitoramento de câmeras de segurança e de interligação de órgãos públicos “Guaratuba Digital”. A Comissão de Justiça e Redação considerou que o projeto é “legal, jurídico e constitucional”. O parecer foi aprovado por 8 votos a favor e 4 contra – Artur Santos, Mauricio Lense, Juarez Temóteo e Ana Maria Correia. Em seguida à aprovação do parecer, o plenário também aprovou pedido do vereador Sergio Braga para incluir o projeto na Ordem do Dia da sessão. Na votação do projeto foram 8 votos a favor e 4 votos contra dos mesmos vereadores que votaram contra o parecer . A Câmara já havia aprovado em junho a autorização para o município fazer empréstimo no mesmo valor para o sistema de segurança através do monitoramento de câmeras. De acordo com a administração municipal, a Agência de Fomento do Paraná solicitou que nova autorização fosse aprovada incluindo mais detalhes do sistema. Ao defender a votação do projeto nesta segunda-feira, Sergio Braga, pediu que a administração envie mais detalhes também para a Câmara. O presidente Mordecai Magalhães de Oliveira, determinou o envio de ofício solicitando os documentos. Guaraprev No início da sessão, o diretor administrativo do Guaraprev (regime próprio de previdência), Ilson Rhoden, ocupou a Tribuna para fazer um resumo da situação da autarquia gestora do fundo dos servidores municipais. A explanação foi solicitada pela Câmara para explicar o Projeto de Lei 1.364, que altera redação sobre a contribuição patronal de 15% para o fundo de previdência, separando a parte que vai para o fundo – 13% – dos 2% da taxa de administração. Representando a opinião de diversos vereadores, Sergio Braga, solicitou mudanças na redação do projeto e a exclusão de um artigo que permite alterações na contribuição patronal por decreto. Oliveira explicou que a administração poderá encaminhar um substitutivo. A intenção dos vereadores é votar o novo projeto em primeiro turno ainda nesta semana em sessão extraordinária e votar pela segunda vez na sessão ordinária da próxima segunda-feira (27). Tribuna – O único vereador a ocupar a Tribuna Livre foi Almir Troyner. Ele falou da necessidade de aumentos dos efetivos das polícias Civil e Militar. Também pediu que o presidente Oliveira encaminhasse pedido à Secretaria de Estado de Segurança Pública o pedido para antecipar o reforço no policiamento que só acontece durante a Operação Verão. Durante a sessão foram aprovadas pedidos dos vereadores de obras e serviços. Audiência Pública – A pedido do presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Itamar Junior, Oliveira marcou audiência pública sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015 para o próximo dia 28 (terça-feira), às 16h.

Mordomias

As mordomias e o deslumbramento das elites de servidores públicos. Os magistrados ganharam a bolsa moradia liminarmente conforme decisão monocrática do ministro Fux, já conhecido pelas manifestações polêmicas e histórico de sua toga. Mais uma vez a opinião pública está traumatizada. Perplexo e indignado o povo assiste a mais outra violência à sua passividade e boa fé. O Conselho Nacional de Justiça, cuja finalidade é fiscalizar a administração do Poder Judiciário, acionado, decepcionou e aprovou a decisão. Num azougue de celeridade, estabeleceu limites: a bolsa não atinge os casados cujo cônjuge já recebe ajuda semelhante, os aposentados e os que estão afastados das funções respondendo processos. Determinou que a ajuda limita-se a R$ 4.300,00 por mês. Decorre então que o magistrado da Comarca isolada nos confins do Amapá ou provido no centro urbano de Santa Catarina perceberá a mesma ajuda, em condições imaginárias como se fossem iguais os valores de alugueres e obrigações pertinentes. Inclusive quem reside em imóvel próprio. Pasmem: Do outro lado da sociedade, patrícios lutam para sobreviverem com minguados salários irrisórios; outros em busca de solo para plantarem enfrentam jagunços, passam fome e frio sem reforma agrária; homens, mulheres e crianças com a esmola de bolsa família e outras ajudas fantasiam suas ilusões; pescadores profissionais se valem do defeso, e perdidos há multidões de entorpecidos pela desesperança, que cruzam, sobem e descem em círculos intermináveis, iguais a zumbis sem eira e nem beira, que se quer podem se curar de vícios e explorações de traficantes. Castas diferenciadas de servidores públicos, sem olhar ao lado, no entanto, ignoram a realidade de multidões. É a elite que não conhece o povo e o país. Personalidades das altas-rodas da República que ao longo de quinhentos anos de despudorada exploração, fazem ouvidos de moucos, fecham seus olhos e indiferentes, aproveitam licenças prêmios e artifícios legais para divertirem-se no hemisfério norte à custa do erário e da miséria de contribuintes. Até quando? Vale a reflexão: Até quando? Antes os militares com suas baionetas e sadismo maluco torturavam e matavam indiscriminadamente, agora, com canetas, tráfico de influência e artifícios legais, é a alta estirpe de servidores públicos, fechada na sociedade de nababos, elitizada em casta indecente que, oficialmente permanece explorando, matando e torturando inocentes desvalidos que imploram justiça. Servidor público é servus. Não é o senhor da sociedade a quem deve servir. As autoridades públicas fingem desconhecer a realidade das massas anônimas que constroem a nação. Servidor público deve respeito ao povo e ao povo deve prestar contas. A farra dos privilégios das altas esferas políticas está traumatizando o povo cansado que busca justiça e paz social. A tradição das elites brasileiras é a dominação sem limites, ética ou vergonha. A história tem que mudar. Enquanto jorra dinheiro pelo ladrão beneficiando as altas esferas da elite de funcionários públicos dos três poderes, no litoral do Paraná é manchete repetida que, ora não haverá atendimento na saúde pública; ora que a ponte caiu na última tempestade; ora que não tem lixão adequado; ora isso, ora aquilo, cuja desculpa sempre é a falta de verba para implementar-se o que o povo clama. Vale gritar: Chega! O litoral precisa de justiça social, não de mordomias privilegiando elite deslumbrada apadrinhada. Chega! Roberto J. Pugliese é sócio do Instituto dos Advogados de Santa Catarina [email protected]

Faça uma ponte para uma criança sorrir

A Fatel Contabilidade, realizou no dia 12 de outubro, junto com a Paróquia Menino Deus e a Comunidade Savana, a “II Festa Da Criança – Faça uma ponte para uma criança sorrir”. Graças a um esforço conjunto entre a Fatel Contabilidade, clientes, amigos e voluntários, nosso evento foi um sucesso. Conheça um pouco desse lado social, na nossa página do Facebook. Página no Face: https://www.facebook.com/pages/FATEL-Contabilidade/153676888120928 Grupo no Face: https://www.facebook.com/groups/fatelcontabilidade/ www.fatelcontabilidade.com.br [email protected]  @fatelcontabilid “II Festa Da Criança – Faça uma ponte para uma criança sorrir” O evento foi realizado na cidade de Curitiba na Rua Arlindo Araujo Sobrinho, 316, Guabirotuba, no horário das 10:00 as 17:00 junto a Paroquia Menino Deus. O nosso evento contou com os seguintes apoio. 1) Sindicato dos Trabalhadores nas Ind. De Alimentação Paranaguá e litoral 2) DJR Manutenção de Portas de Aço 3) Escola de dança Ballet Coppelia 4) Restaurante Pai e Filho 5) Capricho Modas

Servidores da UFPR Litoral divulgam apoio à Dilma

Servidores da UFPR Litoral divulgaram, neste sábado (18) um manifesto de apoio à reeleição da presidente Dilma Roussef. “Estamos em um momento crucial em que se debatem dois projetos”, afirma o texto que contém 76 assinaturas, entre elas, a do diretor, Valdo Cavalet. Sem citar o nome do candidato Aécio Neves, eles criticam a defesa insistente que o candidato tem feito da “meritocracia” e a opção neoliberal pelas chamadas “leis do mercado”. “Um (modelo, que propõe mudanças que visam ao Capital, apoiando-se na ideia de transformar a Universidade pública em meritocracia simplista, em que a pesquisa deve dar respostas imediatas ao mercado e em que cursos que não dão resultados estatísticos devem ser fechados”. Sobre a presidente, a avaliação é mais é mais detalhada, com destaque ao aumento do acesso ao ensino superior para as pessoas mais pobres : “O outro projeto, o projeto de Dilma, propõe mudanças que se balizam na construção de ações que ampliam a Democracia por meio da defesa dos interesses nacionais, da garantia de que possamos continuar construindo projetos de emancipação, do incentivo à pesquisa que tenha por objetivo maior atender à nação, ao povo brasileiro; um projeto que garante que todos e todas possam ingressar na universidade e continuar seus estudos por meio de políticas afirmativas, que incentiva a descentralização do saber, como é o caso do nosso Setor Litoral e tantas outras unidades que foram se interiorizando para garantir o acesso a estudantes que não teriam essa oportunidade caso o outro projeto vencesse”. O manifesto termina com uma cobrança: “Vamos apoiar e cobrar da Dilma eleita que ela continue priorizando a educação pública, que avance na construção da Universidade Popular, que amplie as bolsas para nossos pesquisadores e estudantes, que melhore nossos laboratórios e bibliotecas. E o fundamental: que verbas públicas sejam somente para universidades públicas. Leia a íntegra do manifesto. Arquivo no formato PDF: carta de apoio à Dilma

Novos cursos são os mais procurados na UFPR

Educação Física, em Matinhos, e Engenharia Civil, em Pontal do Paraná, são os cursos mais concorridos no vestibular da Universidade Federal do Paraná no Litoral. Os dois cursos oferecem 35 vagas. São 12,94 candidatos para cada vaga Educação Física (noturno) oferecida no Setor Litoral. Já para Engenharia Civil (tarde), no Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, são 9,51 candidatos por vaga. Dos 16 cursos – 11 na UFPR Litoral e 5 no CEM – quatro atraíram menso candidatos do que as vagas oferecidas: Licenciatura em Ciências (0,91 por vaga), Liicenciatura em Linguagem e Comunicação (0,83), Saúde Coletiva (0,83) e Licenciatura em Ciências Exatas (0,31). As próximas etapas do Processo Seletivo 2014/2015: Dia 2/11/2014: Prova objetiva para os candidatos de todos os cursos. Serão 80 questões de conhecimentos gerais, com 5h de duração. Dia 30/11/2014: Prova de compreensão e produção de textos, com 4h30 de duração. Dia 01/12/2014 : Haverá até duas provas específicas, com 2h30 cada uma. Mais informações podem ser obtidas no Guia do Candidato, disponível na página do Núcleo de Concursos da UFPR (www.nc.ufpr.br).

Agricultores apontam potencialidades do entorno da PR 508

Agricultores elaboram mapa que destaca as potencialidades e dificuldades do entorno da rodovia PR 508 (Alexandra - Matinhos) No dia 25 de setembro, a equipe do Projeto SAL (Sistema Agroalimentar Localizado), da cooperativa Motirõ, reuniu-se com os agricultores e pequenos empreendedores do entorno da PR 508 para o II Café Paranaguara. O encontro foi no Restaurante e Lanchonete Andrioli, localizado a margem da PR-508 do casal de beneficiários Gabriel e Josefa Petriv. Esse encontro teve como objetivo a confecção coletiva do mapa social da região das colônias, área rural do município de Paranaguá, partindo para a elaboração da perspectiva, de como os moradores veem a região onde moram. Cada agricultor já havia recebido nas semanas anteriores ao Café uma visita onde a equipe técnica explicou a proposta da confecção do mapa e entregou a cada família um modelo em menor escala idêntico ao do mapa oficial, com apenas os pontos fixos para auxiliar na localização, como estradas e rios. Isso deu ao agricultor tempo de pensar sobre a região onde vive e se preparar para a discussão e confecção no dia do encontro. Como acordado com os participantes, o II Café Parnanguara contou com uma mesa repleta de alimentos produzidos pelos mesmos. Antes de iniciar a ceia os presentes realizaram uma oração de agradecimento e logo após a alimentação deram sequência as atividades. A equipe do projeto SAL iniciou apresentando a programação da noite e incitou a discussão sobre as potencialidades da ferramenta de Mapeamento Social. Ressaltando a importância da metodologia proposta que é muito utilizada em comunidades que tenham por finalidade evidenciar conflitos, problemas coletivos, mas também é utilizada para representar as potencialidades e perspectivas futuras dos moradores da região. Os presentes relataram o interesse em utilizar a metodologia visando contribuir para a elaboração do plano de desenvolvimento do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Paranaguá – CMDR. Dando sequência a atividade os participantes puderam visualizar o território rural de Paranaguá, e outras regiões do mundo através da ferramenta Google Earth. A equipe técnica e o grupo de beneficiários dialogaram a respeito de construir junto com a comunidade um evento capaz de trazer visitantes de diversos lugares do Brasil, a fim de realizar uma caminhada na região, conhecendo as belezas locais e adquirindo produtos da agricultura local. O Evento teria como ferramenta a inserção no calendário das “Caminhadas na Natureza”. Esta oportunidade foi avaliada de forma positiva pela comunidade e a discussão será aprofundada em reunião específica, agendada em parceria com o Instituto EMATER para o dia 20 de Outubro. Posteriormente cada beneficiário foi convidado a apresentar o que conseguiu registrar em conjunto com sua família e inseriram estas informações em um grande mapa, confeccionado anteriormente pela equipe do projeto. A atividade proporcionou aos presentes debater sobre as potencialidades locais e sobre a importância da cooperação entre os moradores para o desenvolvimento do território. O evento encerrou com uma avaliação sobre a atividade e os acordos parar dar sequência a mesma. O III Café Parnanguara será realizado na propriedade Recanto dos Coqueiros, residência do casal Dona Marta e sr. Zequinha, como são conhecidos pela região no dia 30 de outubro, quinta-feira. Texto e foto: Caroline Mendonça – http://www.motiro.org/noticias-projeto-sal/agricultores-elaboram-mapa-que-destaca-as-potencialidade-e-dificuldade-do-entorno-da-pr-508-alexandra-matinhos.html

A protetora das corujas-buraqueiras

Numa segunda-feira desse inverno sem frio, fui surpreendido por um telefonema. De início meio estranho, depois inesperado e, por último, inusitado. Uma senhora – recomendada por uma amiga comum – queria saber como poderia proceder diante de um fato que considerava criminoso. Referia-se a danos que seriam causados a um casal de corujas-buraqueiras, ave bastante comum na orla de Itapoá. Primeiro esclareci que não sou especialista em corujas, muito menos biólogo ou advogado, apenas um apreciador das aves. Depois, atentamente, ouvi sua estória. Contou-me que é nova na cidade e no bairro onde mora, uma cena a deixou revoltada. Próximo à igreja, estavam construindo uma calçada, justamente onde havia uma toca com um ninho de corujas-buraqueiras. O ninho seria soterrado, apesar do veemente protesto do casal de corujas, que já vivia no lugar muito antes da calçada. Considerava uma agressão e queria impedir a destruição do ninho. Abandonar cães nas ruas, dizia, é crime punido por lei, o que será então destruir o habitat e os ninhos das aves silvestres. Fiquei em dúvida sobre o que dizer frente a uma situação que me pareceu no mínimo ambígua. Calçadas são importantes. Servem para a mobilidade da espécie humana, predominantemente urbana nos dias de hoje. Mas, e as corujas? Elas também vivem em cidades. Além do que, são frequentes as manifestações das pessoas sobre os direitos dos animais. Elas não teriam o direito de permanecer no local? Sem discutir o mérito da questão, informei que poderia procurar a autoridade ambiental do município, relatar a ocorrência e solicitar providências. Como alternativa, a Polícia Ambiental que trata da repressão aos crimes contra o meio ambiente. Poderia, também, recorrer à autoridade ambiental do Estado, no caso a FATMA ou, ainda o IBAMA, a autoridade federal. Ou o Ministério Público, formalizando denúncia sobre suposto crime ambiental. No entanto, antes de envolver os órgãos de proteção as espécies silvestres, ponderei que, talvez fosse interessante pesquisar sobre a ecologia das corujas-buraqueiras. As corujas mesmo forçadas a deixar o ninho certamente fariam outro na próxima temporada de reprodução. Precisam nidificar para propagar a espécie. Portanto, não havendo indícios de postura, ovos ou filhotes no ninho existente, suprimi-lo não traria maior impacto ou prejuízo para a continuidade da espécie, se essa fosse a sua preocupação. Assim, o ninho poderia ser ‘fechado’ e a calçada construída. Caso constatassem os indícios citados, a solução seria aguardar o nascimento e a saída das corujinhas, para somente após construir a calçada. No entanto, o episódio das corujas-buraqueiras e sua protetora serviu para uma reflexão: Num primeiro olhar, de visão positivista em relação ao ‘desenvolvimento’, poderia parecer ‘exagero’, ‘intransigência’ ou ‘radicalismo’ da senhora protetora das corujas-buraqueiras, tentar impedir a construção da calçada. Em outro olhar, de visão holística e sistêmica, a preocupação da senhora protetora das corujas-buraqueiras com o ninho conduz ao crescente interesse das pessoas quanto à conservação da biodiversidade e o respeito aos demais seres vivos do planeta. Remete a Fritjof Kapra e a “A Teia da Vida” referindo-se à ligação e a interdependência entre as espécies, como condição para a manutenção da vida. A advertência de que “o homem não tece a teia da vida, ele é apenas um fio; tudo o que faz à teia, ele faz a si mesmo…”. Considero uma rara oportunidade e um privilégio poder conversar com a senhora protetora das corujas-buraqueiras de Itapoá, sobre um tema que traduz sentimentos tão complexos e contraditórios. Levou a refletir sobre o papel da humanidade neste mundo.

Testando um controlador de mutucas

Caros amigos, Segue uma carta sobre as mutucas da parte continental do litoral norte do Paraná (fascículo 154 da série “Cartas da Mata Atlântica”). Nela apresento o resultado do meu levantamento deste grupo para o litoral paranaense, baseado na literatura e num esforço pessoal de coleta. O trabalho ficou tão volumoso que resolvi dividi-lo em duas partes. Hoje estou lhes encaminhando somente a primeira parte, de 15 páginas, contendo o texto, todas as oito tabelas e Apêndice 1. A segunda parte, de 49 páginas, contém os outros sete apêndices (Apêndices 2 a 8) e duas fotografias coloridas e será enviada somente às pessoas que me avisem de estar interessada em recebê-la.(a) Encontrei 27 espécies de mutucas no litoral norte do Paraná, num total de 234 dias de coleta, distribuídos em um período de 19 meses. Foram capturados mais de três mil exemplares de mutucas, numa amostra total de mais de doze mil insetos. Três espécies contam como primeiros registros para o Paraná e outras duas são primeiros registros para o litoral do estado. O total corresponde à metade das espécies de mutucas registradas para todo litoral paranaense (são 53) e à quase um terço das espécies conhecidas do Paraná inteiro (são 78). Esta primeira parte contém uma chave de identificação para as espécies de mutucas pessoalmente encontradas no litoral norte; espero que esta ferramenta possa ser útil a aqueles que residem na região, ou que visitem o litoral na estação quente e, principalmente, que seja utilizada também em aulas de ciências nas escolas do litoral. Aproveitem este material na nova estação das mutucas, que está começando! André Guaraqueçaba, 18 de setembro de 2014 (a) As pessoas que me ajudaram nesta pesquisa e os especialistas brasileiros em mutucas (também alguns estrangeiros) estão automaticamente recebendo a segunda parte desta carta. Carta 154. Testando um controlador de mutucas Quando, em 11 de dezembro de 2009, emiti a circular “Os olhos divinos da Luzia”, vários leitores reagiram me contando do seu sofrimento pessoal com as mutucas do litoral paranaense. Julgando-me especialista, solicitaram uma orientação sobre como enfrentar estas „pestinhas‟ aladas. Respondi que a melhor coisa a fazer seria evitar o litoral do início de novembro à metade de dezembro, ou, para quem ali resida usar naquele período um chapéu de aba larga e roupas brancas. Contra Chrysops varians, aquela mutuca pequena que ataca o alto da cabeça e tanto incomoda na área rural, é possível se proteger andando abaixo de uma sombrinha branca, pois essa espécie não gosta de perder o contato visual com o céu: quando vai abaixo da sombrinha e percebe que perdeu a possibilidade de fugir em direção ao sol, logo procura escapar lateralmente. Em comparação com a sombrinha branca, um guarda-chuva de lona preta terá a desvantagem de atrair mutucas pela cor e pelo calor emitido, já que uma superfície negra esquenta no sol.(a) É claro que este método de proteção somente é aplicável pelo andarilho, pois um agricultor não tem como andar de sombrinha, pois precisa manter as mãos livres para trabalhar. Além disso, o método serve apenas para Chrysops. Para as outras mutucas só lhe resta rezar que a primavera passe rápido. Como sabem, são somente as mutucas fêmeas que sugam o sangue de mamíferos como nós. Essa alimentação é usada para o desenvolvimento dos ovos, mas aparentemente não é necessária para o primeiro lote de ovos. Os machos se alimentam de néctar e outros líquidos. A circular supracitada teve uma consequência positiva para mim: o jornalista Gustavo Aquino, de Guaratuba, PR, publicou a carta no seu jornal eletrônico “correiodolitoral.com” e a partir daí ele começou a publicar naquele jornal também as minhas cartas posteriores. Inicialmente, tive a impressão de que o número dos meus leitores não aumentava pela publicação no Correio do Litoral, pois as pessoas dando retorno às cartas já integravam a minha própria lista de destinatários. Mas, em 26 de setembro de 2011 um desconhecido, Manuel, residente de um lugar remoto (Holanda), comunicou-me de que tinha conseguido o meu endereço eletrônico pelo Correio do Litoral. Ele me explicou que dominava razoavelmente bem o português por ter vivido toda a sua adolescência no Brasil e o pai espanhol, que levou a família embora do país em 1964. Manuel me contou que era revendedor de uma armadilha para mutucas, fabricada na Holanda e exportada com sucesso para muitos países no norte da Europa e da Ásia. Buscando expandir o mercado para o território brasileiro, ele tinha feito uma busca eletrônica usando a palavra, “mutuca‟ e assim encontrado a minha circular. Manuel acabou me enviando pelo correio um exemplar desta armadilha, para testar e avaliar no clima subtropical-tropical. Na carta de hoje apresento o resultado da minha experiência com o aparelho. A armadilha consiste de uma bola preta de borracha pendurada abaixo de um funil de plástico transparente verde. Com tempo ensolarado, a bola esquenta e com algum vento o conjunto balança levemente. A combinação de calor e movimento atrai mutucas fêmeas, que, ao descobrir que na bola não há sangue, levantam voo, assim entrando no funil. A saída no topo do funil é coberta por um recipiente transparente de ABS,(b) cilíndrico, de 15 cm de diâmetro e 20 cm de altura. A foto anexa a esta carta mostra o aparelho montado na margem da pastagem próximo a minha casa. A bola preta tem 60 cm de largura e o funil verde tem diâmetro de 100 cm na base. Enfatizo que este tipo de armadilha não é nenhuma novidade: o modelo é conhecido como „canopy‟ e foi desenvolvido por um entomólogo há quase meio século (Catts 1970). Testei o aparelho em dois lugares, sendo as minhas respectivas moradias, ambas situadas no litoral norte do Paraná. Terreno A = minha residência anterior, em Lageado, município de Antonina: Fica na altura do km 9,5 da rodovia PR-405. Trata-se de um terreno semiaberto dentro de uma floresta nativa no

Guaratuba faz audiência pública sobre orçamento de 2015

A Prefeitura de Guaratuba promove na próxima quarta-feira (22) audiência pública sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015. A reunião está marcada para as 17h30, no Auditório da Prefeitura, na rua Dr. João Cândido, 380, no Centro. De acordo com a convocação assinada pela prefeita Evani Justus, a audiência pública cumpre dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000, Artigo 48) e servirá para debater e apreciar a proposta municipal para elaboração da LOA. Em agosto, a Prefeitura realizou duas audiências públicas para debater a proposta da administração para Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que serve de base para a LOA. O projeto de LDO foi encaminhada para a Câmara de Vereadores e ainda não foi votada. Na segunda-feira (13), o plenário aprovou por unanimidade prorrogação de 15 dias de prazo para a Comissão de Finanças e Orçamento elaborar parecer junto com as emendas apresentadas pelos vereadores. A proposta de LDO prevê um Orçamento Fiscal de 2015 na ordem de R$ 108 milhões. Deste total, a Prefeitura pretende continuar gastando mais do que os 15% exigidos pela Constituição Federal na Saúde. O Programa Guaratuba Saúde prevê gastos de R$ 21.551.000,00, praticamente 20%. Outros programas Além dos R$ 108 milhões para o Orçamento Fiscal, estão sendo destinados R$ 7,2 milhões ao Programa de Previdência do Servidor, totalizando R$ 115,2 milhões. A Educação vai receber R$ 28.869.000,00 ou 26,7% do Orçamento Fiscal. As obras e serviços viários do “Programa Circulação” vão gastar R$ 17.005.000,00. A Gestão Administrativa terá R$ 13.420.000,00. O Meio Ambiente, que inclui a gestão de resíduos sólidos, terá R$ 7,5 milhões. Os “Encargos Especiais”, incluindo R$ 2,5 milhões para pagamento de dívidas e R$ 900 mil para precatórios, terá R$ 4,4 milhões. A área Social receberá R$ 4.045.000,00. A Câmara de Vereadores tem um orçamento de R$ 4 milhões. A Segurança vai receber R$ 1.650.000,00. Planejamento e Gestão Urbana têm R$ 1.562.000,00. Para “Reserva de Contigência” há R$ 1,1 milhão. O programa Esporte e Lazer tem R$ 980 mil. O Programa de Incentivo ao Turismo receberá R$ 880 mil. Incentivo à Pesca tem R$ 568 mil. Cultura, R$ 410 mil. Agricultura, R$ 60 mil. Entenda a tramitação A LOA terá de ser encaminhada à Câmara até o dia 30 de outubro. A Câmara pode fazer modificações na LOA, desde que sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. As eventuais mudanças têm de ser acompanhadas de indicação dos recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa. Não podem ser anuladas despesas referentes a gastos com pessoal, serviço de dívida e transferência para autarquias e fundações municipais. Audiência Pública sobre a Lei Orçamentária Anual de 2015 Data da realização: 22 de outubro de 2014 (quarta-feira) Horário de abertura: 17:30 horas Local da reunião: Auditório da Prefeitura Municipal de Guaratuba Endereço: Rua Dr. João Cândido, 380 – Centro.

Moradora do Piçarras morre em acidente de trânsito

Risomar Leite, de 60 anos, morreu em acidente de trânsito na madrugada desta quinta-feira (16), na avenida Damião Botelho de Souza, no bairro Piçarras, em Guaratuba. De acordo com Marcello Fuja Loko / Rádio Litorânea e Adilson Martins / Setor Policial, o acidente aconteceu por volta das 2h. Rosemar dirigia um veículo Golf e teria perdido o controle em uma curva. O carro atravessou o passeio e bateu na parede externa do açougue “Cabiceira Carnes”. Rosemar morava na rua Curitiba, também no Piçarras. Ela morreu no local e seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Paranaguá. Fontes e foto: Marcello Fuja Loko / Rádio Litorânea – Adilson Martins / Setor Policial