Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Polícia do RS prende líder de quadrilha gaúcha em Guaratuba

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta segunda-feira (24), em Guaratuba, o suposto líder da quadrilha que roubava lanchas, motos aquáticas e carros de luxo. A informação foi divulgada pela própria polícia gaúcha. O suspeito, identificado apenas como “Gordo”, foi preso pouco antes das 21. Ele atuava em Porto Alegre e no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A prisão foi facilitada porque ele ostentava o que roubava nas redes sociais. Ele também cantava em boates de Curitiba. De acordo com a polícia, ele é considerado o líder do grupo que teria sido desarticulado na última quinta-feira (20) na operação Nômades, da 14ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão nas cidades de Porto Alegre, Tramandaí, Imbé e Viamão. Na ação sete pessoas foram presas, sendo apreendidos veículos, celulares, documentos, lanchas e jet skis. Segundo o delegado Tiago Baldin, a operação foi batizada de Nômades pelo fato dos integrantes da quadrilha não atuarem em apenas uma região, se instalando temporariamente em locais distintos para dificultar sua identificação e localização. A Polícia Civil do RS informou que “Gordo” mudou-se para Curitiba há alguns meses depois de receber ameaças de outras quadrilhas do Rio Grande do Sul e de aplicar golpes nos próprios comparsas. No Paraná, ele aplicou golpe na pousada em que ficava no Centro Histórico de Curitiba e teria comprado um carro sem pagar. A investigação da polícia durou seis meses. O grupo chegou a alugar um escritório em um prédio de luxo, que fica em um shopping na Zona Sul de Porto Alegre. Eles aproveitavam a localização do escritório de fachada às margens do Guaíba para observar a movimentação de lanchas e motos aquáticas, que depois eram furtadas. A quadrilha também falsificava documentos em uma gráfica da capital gaúcha para legalizar a venda de carros e para aplicar golpes em instituições financeiras. Os criminosos teriam movimentado cerca de R$ 3 milhões com os veículos roubados. Fontes: G1 e Polícia Civil do RS Foto: Polícia Civil do RS

UFPR Litoral mostra projetos comunitários nesta 4ª

As atividades desenvolvidas por estudantes, professores e comunidade local serão apresentadas em estandes e no palco da tenda principal da UFPR Litoral. O VIII Festival das Interações Culturais e Humanísticas (FICH) será realizado dia 26/11, nos períodos da manhã (8h30) e da noite (19h). O evento conta com o apoio financeiro da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). Serão apresentados os resultados das oficinas (ICHs) promovidas e frequentadas pelos estudantes durante o segundo semestre de 2014. Cultura Guarani, agroecologia, teatro de bonecos, alimentação saudável, maracatu e capoeira são temas trabalhados por alguns dos grupos. Inseridas no Projeto Político Pedagógico do Setor Litoral, as Interações Culturais e Humanísticas são um dos eixos curriculares cursados por todos os estudantes de graduação do Setor. Elas são equivalentes a um módulo (disciplina) obrigatório, que visa promover a integração entre os estudantes de diferentes cursos e períodos, e deles com a comunidade. :: VIII Festival das Interações Culturais e Humanísticas (FICH) Data: 26/11/2014 (quarta-feira) Local: UFPR Litoral (R. Jaguaraíva, 512 - Caiobá) - Tenda Principal Horários: 8h30/12h e 19h/22h30 Fonte: UFPR Litoral

Agricultores reivindicam melhorais nas estradas de Paranaguá

Equipe do Projeto SAL e agricultores realizam encontro na Secretaria de Agricultura de Paranaguá, para debater sobre a melhoria nas estradas das colônias. Nesta terça-feira (25) agricultores representantes do grupo de envolvidos no Projeto SAL (Sistema Agroalimentar Localizado), em conjunto com membros da equipe da Motirõ, foram até a sede da Secretaria de Agricultura, Pesca e Abastecimento de Paranaguá (Semapa), apresentar uma das principais reivindicações dos moradores das colônias do município, a questão das péssimas condições das estradas. Através da apresentação de um mapa os presentes debateram sobre as possibilidades de melhoria nas estradas, principalmente o trecho que vai da Colônia Maria Luiza até o alto da Cachoeira Quintilha e o trecho que sai da PR 508 até a Casa do Mel, na Colônia Santa Cruz. O representante nomeado pela Secretaria ouviu os agricultores e afirmou que a prefeitura está disposta a contribuir no que for possível para melhoria das estradas. Ele mencionou, entretanto, que a prefeitura não pode elaborar o projeto necessário para a realização das obras, documento fundamental para efetuar a intervenção, e que este deverá ser elaborado pela Emater, que possui capacidade técnica para elaboração da proposta. O grupo decidiu então buscar o apoio deste órgão e buscará em um momento oportuno agendar uma nova reunião sobre o tema. Para compreender as motivações e a importância desta ação, vale comentar o processo que resultou neste encontro. Durante todo o ano de 2014, a equipe técnica do SAL, esteve focada na elaboração de um diagnóstico, que permitisse identificar as principais potencialidades das colônias de Paranaguá, região do entorno da PR 508, e as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelos moradores. Para realizar tal análise foram utilizados diversos instrumentos, com destaque para as entrevistas junto a 15 famílias, e o Mapa construído coletivamente pelos envolvidos no projeto. Os resultados deste diagnóstico foram debatidos pelo grupo durante a realização de vários encontros, que aconteceram durante os meses de agosto a novembro, na própria comunidade. A partir destes encontros, chamados de “Café Parnaguara”, foram elencados diversos problemas para serem trabalhados pelo grupo, sendo os três prioritários: Falta de união na comunidade; Má condições das estradas; Falta de mão de obra. Chegar até este resultado, o consenso de quais eram os problemas prioritários na comunidade, era um dos principais objetivos do Projeto SAL. A equipe do projeto considera que, após dois anos, foram alcançados os objetivos. Conheça mais o Projeto SAL – http://www.motiro.org/areas-de-atuacao/projeto-sal.html Fonte e foto: Projeto SAL / Osni Arturo Francisco Junior – http://www.motiro.org/noticias-projeto-sal/equipe-do-projeto-sal-e-agricultores-realizam-encontro-na-secretaria-de-agricultura-de-paranagua-para-debater-sobre-a-melhoria-nas-estradas-das-colonias.html

População continua ignorando debates sobre Orçamento de Guaratuba

Apenas dois cidadãos compareceram à mais uma audiência pública sobre o Orçamento de Guaratuba, nesta segunda-feira (24):  Silvia Buchalla, moradora do Nereidas, e Antônio Mucelin, do Coroados. A reunião foi realizada na Câmara de Vereadores de Guaratuba e foi promovida pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO). Na pauta, o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015 – PL 1.367. Além dos membros da CFO, compareceu o vereador Mauricio Lense. Foi a sexta reunião realizada neste ano para debater o Orçamento de 2015. A administração realizou duas audiências sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e duas sobre a LOA. A Câmara uma para cada projeto. Nenhuma reuniu mais do que cinco cidadãos. O Orçamento de Guaratuba para 2015 prevê receitas e despesas na ordem de R$ 112 milhões mais R$ 7,2 milhões para Seguridade Social. Os maiores recursos são para Educação (30 milhões), Saúde (R$ 23 milhões) e Obras (R$ 15 milhões). Silvia Buchalla, que tem participado de praticamente todas as audiências públicas sobre orçamento desde 2009, apresentou a sugestão de incluir a construção de uma praça no bairro Nereidas. O presidente da CFO, Itamar Junior, comprometeu-se a estudar a proposta. A CFO, composta também pelos vereadores Maria “do Neno” Batista e Artur Santos, deverá concluir o parecer sobre o projeto até a próxima sexta-feira (28). Se tudo correr conforme o previsto, o parecer poderá ser votado na sessão de segunda-feira, dia 1º. Ainda serão necessárias duas votações do projeto antes de ser submetido à sanção da prefeita Evani Justus.

Projeto obriga bancos em Guaratuba a instalarem câmeras do lado de fora

O projeto de lei que obriga os bancos e correspondentes a instalarem câmeras para monitorar a entrada e saída de pessoas foi aprovado, em primeira votação, nesta segunda-feira (24). O PL 577, do vereador Sergio Braga, deverá ser votado novamente nesta quarta-feira (26), em sessão extraordinária marcada para as 9h30. Outro projeto na pauta da sessão extraordinária é o PL 1.368, que autoriza incluir no Orçamento do Município de 2014, os recursos do financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a segurança e interligação dos órgãos públicos. O projeto também foi aprovado em primeira votação. Outros dois projetos aprovados em primeiro turno foram encaminhados às comissões e poderão entrar na Ordem do Dia da próxima segunda-feira, dia 1º. São duas declarações de utilidade pública para entidades empresariais propostas pelo vereador Laudi “Tato”: Associação dos Produtores Rurais do Limeira – Aproli (PL 578); e Associação da Indústria de Transformação do Pescado – Assointra (PL 579). Ainda foram aprovadas 15 proposições de obras e serviços para a Prefeitura e dois requerimentos sobre comércio no Morro do Cristo (Maurício Lense) e para a instalação de um UTI no Hospital Municipal (Almir Troyner). Todas as votações foram por unanimidade. Tribuna – O vereador Almir Troyner ocupou a Tribuna para homenagear a funcionária da Polícia Civil Ana Marques, falecida na última sexta-feira (22). O pronunciamento foi acompanhado por funcionários da Polícia e por familiares – o marido César Nascimento e os filhos Willian e Bruna. Almir destacou na trajetória de Ana Marques a participação social e a solidariedade. Sérgio Braga fez seu pronunciamento para tratar de dois assuntos: a vinda de pessoas em situação de rua durante as temporadas de verão e um projeto para construção de um prédio próprio para o Hospital Municipal de Guaratuba. De acordo com Braga e com os vereadores que pediram apartes, pelo menos 50 pessoas de rua já chegaram na cidade nas últimas semanas. Segundo Braga, muitos são deixados por ônibus vindo de outros municípios e largados na entrada de Guaratuba. A preocupação demonstrada pelos vereadores é com o risco de aumento da violência, embriaguez, drogadição e com acampamentos na orla. No final da sessão, Braga informou que a prefeita Evani Justus já providenciou uma ação da Secretaria de Bem Estar e Promoção Social junto com a Polícia Civil para abordar estas pessoas. Sergio Braga também falou do projeto para construção do Hospital Municipal e informou que o deputado Nelson Justus está trabalhando para conseguir os recursos necessários. Segurança – Braga e o presidente da Câmara, Mordecai Magalhães de Oliveira, também comentaram a vitória da administração em conseguir aprovar um financiamento junto ao BNDES, que começará a ser utilizado na segurança das escolas municipais.

TRF4 autoriza permanência de guaranis na Reserva Bom Jesus

Pedido da Funai conseguiu cassar decisão provisória que determinou retirada de indígenas sem sequer ouvir a comunidade O Tribunal Regional Federal da 4ª Região cassou a decisão liminar da Justiça Federal em Paranaguá que determinava a retirada de uma comunidade indígena Guarani da reserva Biológica Bom Jesus. A liminar foi concedida em janeiro de 2014 atendendo a pedido do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Ação Civil Pública. Com a decisão do TRF4 de suspender os efeitos da liminar, atendendo a pedido da Funai através de um Agravo de Instrumento, a ACP será analisada sem a necessidade de despejo da comunidade. Após a decisão liminar da Justiça Federal em Paranaguá determinando a retirada da comunidade indígena da reserva em um prazo de 60 dias, o Ministério Público Federal recebeu os indígenas e a Funai para tratar sobre o tema. Após consulta a especialistas e análise da ação judicial, o MPF entendeu ser possível garantir, ao mesmo tempo, a proteção ambiental da reserva e o respeito aos direitos da comunidade indígena. Desta forma, o MPF requereu à Justiça Federal a reconsideração da decisão liminar e a realização de uma audiência de conciliação entre a Funai, o ICMBio e os indígenas. Na audiência, realizada em outubro, o ICMBio negou uma conciliação sobre o caso. A Justiça Federal não reconsiderou a decisão liminar e apenas ampliou o prazo para a saída dos indígenas, até que a Funai providenciasse um local alternativo para a comunidade. Com o objetivo de suspender a decisão liminar, a Funai ingressou com Agravo de Instrumento no TRF4. O MPF, convencido sobre a legitimidade da decisão da comunidade indígena em permanecer na reserva biológica, o que se fundamenta no autorreconhecimento protegido pela Convenção 169 da OIT, atuou em favor do recurso ajuizado pela Funai. Após manifestação da Procuradoria Regional da República da 4º Região, o TRF4 julgou procedente o Agravo de Instrumento e cassou a liminar da Justiça Federal em Paranaguá que determinava a retirada dos indígenas. A controvérsia será agora analisada no transcorrer da ACP, onde caberá ampla dilação probatória sobre a questão, e com a efetivação do devido processo legal. Leia os documentos do processo: Ação Civil Pública n. 5000189-75.2014.404.7008 Agravo de Instrumento (parecer da PRR4) Agravo de Instrumento (relatório e voto) Acórdão TRF4 Fonte: Procuradoria da República no Estado do Paraná Reserva foi criada em 2012 A Reserva Biológica do Bom Jesus foi criada no dia 5 de junho de 2012 . O decreto foi publicado no DOU de 06/06/12. Com cerca de 34 mil ha, a REBIO Bom Jesus abrange parte dos municípios de Guaraqueçaba, Antonina e Paranaguá. Ela inclui a área da Fazenda Bom Jesus, mais algumas áreas particulares. No processo de criação da reserva, o ICMbio destacou que “nenhuma comunidade encontra-se dentro da área da REBIO, que abrange somente áreas de vegetação sem atividades produtivas ou moradias”. De acordo com o Sistema Nacional de Unidades Conservação (SNUC), a REBIO tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. É uma categoria restritiva de UC, cuja visitação é proibida e a gestão deve ser voltada para a proteção, a pesquisa científica e a educação ambiental. Fonte: Blog da APA de Guaraqueçaba (https://apaguara2.wordpress.com/2012/06/13/foi-criada-a-reserva-biologica-do-bom-jesus/)

Promotoria pede prevenção de incêndio em escolas de Antonina

A 1ª Promotoria de Justiça de Antonina expediu recomendação administrativa à Prefeitura para que apresente providencie projeto de prevenção de incêndio em duas escolas municipais. A Prefeitura tem 15 dias para encaminhar os projetos ao Corpo de Bombeiros. Conforme o documento, os Bombeiros terão que fazer, em 30 dias, novas vistorias nas escolas para verificar se houve melhorias. O Ministério Público na comarca esclarece que, em caso de reprovação nas vistorias, pode ser solicitada a interdição dos locais, bem como o ajuizamento das ações cabíveis. A Recomendação foi expedida após o Corpo de Bombeiros informar à Promotoria de Justiça que as escolas municipais Otávio Secundino e Doutor Miranda Couto foram reprovadas nas vistorias por não possuírem projetos de prevenção de incêndio. A promotora de Justiça Kelly Vicentini Neves Caldeiras informa que desde agosto o poder público não tomou providência alguma para sanar a situação, o que coloca os estudantes em risco. Fonte: MP-PR Ruínas do Armazém Macedo são cedidas para o Município No último dia 18, através da assinatura de um contrato de cessão de uso, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o antigo Armazém Macedo foi cedido ao município pelos próximos 20 anos. O que restou da construção centenária, que no passado foi residência da família Macedo e depósito de erva-mate, é propriedade da União. Segundo o prefeito João Domero mais do que uma formalidade, o contrato de cessão de uso, assinado com a união, é uma exigência feita pelo Iphan para a revitalização do espaço e de seu anexo. As ruínas do Armazém Macedo e anexo estão entre as construções antigas contempladas pelo PAC das Cidades Históricas. De acordo com a arquiteta Cássica Fonseca, a revitalização do armazém Macedo e seu anexo passarão por duas etapas. “Na primeira fase, faremos a consolidação da estrutura, que prepara o local para receber a revitalização e, na segunda fase, iniciaremos a revitalização propriamente dita. A preparação da estrutura é necessária por se tratar de construção centenária”, informou. Segundo Cássia Fonseca, ainda, serão destinados quase R$ 3 milhões para a revitalização do armazém Macedo e seu anexo. A partir da revitalização, além de ponto turístico, o espaço que deverá ser fechado, poderá ser utilizado para diversas outras finalidades que beneficiem a cultura, educação e turismo local. “Poderá ser dada destinação ainda a ser definida pelo prefeito que beneficie os munícipes”, comentou a arquiteta. As obras no armazém Macedo e anexo devem iniciar no segundo semestre de 2015. Fonte e Foto: Prefeitura de Antonina

As pessoas não são importantes!

Você deve ter achado o título impactante e resolveu ler a coluna pelo choque que ele lhe causou, não é? Então vamos lá. Vou falar de “Planejamento Urbano” nas cidades, em especial nas do litoral do Paraná.... ou melhor: da falta de planejamento urbano! Pense comigo: que tipo de obras se vê prefeitos inaugurando ou trombeteando por aí? Asfaltamento de ruas, a compra de carros novos, uma nova creche acolá, um posto de saúde perdido em algum lugar por aqui ou até um show de um artista meia-boca cujo empresário prometeu uma comissão pra alguém.... e assim vai. Mas vem a pergunta do título: as pessoas são importantes? Parece-me que não. Explico porque: É quase impossível passear-se a pé por qualquer cidade do nosso litoral, seja Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba ou Matinhos, pela simples razão: não existem calçadas na maioria das ruas, são mal conservadas, com buracos, ou com tapumes de obras, com mato ou invadidas por uma obra irregular do dono da casa, que acha que a calçada é extensão do terreno dele, coisa que não é. Morretes é a mais arrumadinha, na minha modesta opinião. Guaratuba na sua orla marítima é show, mas saindo dali a coisa complica. Como as calçadas são irregulares, então os pedestres andam pelas ruas, disputando o espaço com automóveis e pondo a vida em risco. Todo planejamento urbano que deveria pensar nas pessoas em primeiro lugar, mas simplesmente ignora o homem como individuo que sai de casa para trabalhar, seja a pé, de bicicleta ou de ônibus coletivo. A prioridade é a classe social dos que estão no comando da cidade: o cidadão que possui um automóvel! É pra ele que o município trabalha. O trânsito, os semáforos, os locais para estacionar seus belos carrinhos, a sinalização com caras placas refletivas, um asfalto novo que a empreiteira de São Paulo costuma empurrar nas prefeituras do brasilzão afora, em troca de uma gorda propina... e assim vai. Esse são os usos e costumes que há décadas se pratica por aí. Então o que chamamos de “planejamento urbano” é uma ficção nas cidades e municípios do litoral do Paraná (pra não ir mais longe...). São os vendedores de semáforos, asfalto e placas que convencem os secretários, vereadores e os prefeitos em comprar seus produtos. São todas obras e gastos para dar conforto a quem tem carro. Mas o pedestre continua sem calçadas e praças limpas, bem conservadas. Ciclovias então, é um sonho: quando existem em alguns trechos, estão cheias de lama e poças d’água ou com um monte de lixo do sujeito da casa da frente ou entulhos de obras. Fiscalização municipal? Nenhuma ou rara. Estive com a família e amigos em algumas praças e monumentos públicos em Paranaguá e a situação é triste e até criminosa: a Praça do Japão, com chafarizes, lago artificial para carpas e um fonte, se transformaram em berçário para mosquitos da dengue e lixo. O mais lamentável é que os recursos para a construção da praça foram doados pela colônia japonesa e mostra como nossa cultura está muito abaixo a do povo que doou à comunidade aquele belo equipamento urbano jogado às traças e abandonado à apenas alguns metros da Câmara de Vereadores. Claro que nenhum vereador vai lá ou senta no banco daquela praça, pois não se arriscaria no meio do lixo que prolifera por ali. Me pergunto: as pessoas são realmente importantes para a administração pública? Não, pois se fosse, o prefeito e seus assessores, se sentariam nos bancos das praças, subiriam nos coretos, andariam a pé como faço e até se arriscariam com suas bicicletas? Não farão isso porque “não são loucos”.... é o que certamente pensariam. Melhor ir de carro oficial passear e com o ar-condicionado ligado para não sentir seus odores. Fui me atrever caminhar à beira do rio Itiberê numa dessas tardes aproveitando o horário de verão: Desisti, pois o mau cheiro de esgoto in natura que é lançado no cartão-postal da cidade é insuportável. As calçadas quebradas e interrompidas, lixo, mendigos e falta de aproveitamento daquela região à beira do rio para lazer da comunidade e de turistas no entorno do aquário recém-inaugurado, nos afasta de um maior convívio com o chão da cidade. A Praça do Guincho, onde começou o antigo porto, hoje é um tapete de lixos de todas espécies, ajudado com o boteco ao lado.... garrafas e copos de plástico por todos os lados, que qualquer vento ou chuva que bata leva tudo pro rio, mar e entope nossa linda baía com esses detritos. Olha que não falo de grandes obras, milionárias e de valor vultuoso. Falo de limpeza, capricho, carinho com as coisas, paisagismo, coleta de lixo, tratamento de esgoto, uma pintura e conservação, lixeiras em locais públicos (e esvaziá-las, né?!), calçadas e roçada de matos e capim alto. Entenderam agora a razão do título do tema de hoje da coluna? Andando pelas nossas cidades só chego a uma conclusão: As pessoas não são importantes para os administradores municipais. Falta carinho pra com o espaço público. É a Minha Opinião!

Matinhos anuncia acordo sobre Centro Cultural da UFPR

A prefeitura de Matinhos anunciou acordo com a Universidade Federal do Paraná sobre o Centro Cultural e para novas parcerias. Há semanas, a comunidade acadêmica vem se mobilizando contra a retomada pela prefeitura do antigo Centro de Convenções, que vem sediando o Centro Cultural da UFPR, com curso e eventos também voltados à comunidade. Na sexta-feira (22), a prefeitura divulgou o acordo para a utilização do local em parceria, a doação de um terreno, por parte do município, para a construção da Casa do Estudante e realização de novo concurso público. De acordo com a Assessoria de Comunicação de Matinhos, na quarta-feira (19), o prefeito Eduardo Dalmora recebeu o reitor Zaki Akel Sobrinho para tratar destes assuntos. Outra questão levantada foi com relação ao Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. “Foi cogitada a possibilidade dos estudantes de medicina, da UFPR, realizarem residência e estágio no hospital”, afirma a assessoria. Centro de Convenções – Com a nova parceria estabelecida entre UFPR e Município serão realizados projetos culturais “que beneficiarão ambas as partes”, informa a prefeitura. Os ônibus, que hoje estão parados no local, serão retirados e o Centro de Convenções será acessível a toda população com a elaboração de projetos culturais. Concurso Público – Nesta reunião foi assinado o novo convênio com a UFPR para a realização de mais um concurso público, que acontecerá em abril de 2015. Serão ofertadas novas vagas. “Ainda temos vagas remanesceste do concurso que está em vigência ate o final do ano que vem. Estas vagas não serão ofertadas neste concurso, apenas aquelas que foram preenchidas e esgotadas”, explica a Secretária de Administração. Fonte: Prefeitura de Matinhos / Assessoria de Comunicação Foto: Blog Douglas Gerassom

Juquiá no Dia Mundial da Água

As autoridades de Juquiá recentemente comemoraram o dia da água, navegando pelo rio Juquiá, tradicional e histórico leito de comunicação. A cidade situada no Vale do Ribeira, no litoral sul paulista, é voltada para o aludido rio, assim como Miracatu, Registro, Sete Barras e as demais da mesma região. O bom observador notará que as igrejas situadas nas principais praças dessas cidades estão sempre voltadas para os rios tributários do Ribeira. Assim ocorre em Jacupiranga, Iporanga e Cajati entre outras. Eldorado é a única exceção. O passeio aconteceu no último dia 15 de novembro comandado pelo Departamento de Meio Ambiente, onde também foi promovido comemoração pela preservação do rio Juquiá. O porto de Areias Vieira foi o ponto de partida na qual a embarcação saiu dorRio Juquiá rumo a barra onde se encontram os rios Assungui e São Lourenço, responsáveis pela formação do rio Juquiá. Foi um evento educativo com lições de ecologia e história local destinada aos passageiros, na maioria alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental. É preciso lembrar e deixar a população ciente que a escassez de água potável nas regiões metropolitanas paulistana e curitibana estão aguçando interesses em reverter o leito desses cursos hídricos e desviar o rio Ribeira para abastecer essas cidades superpopulosas. A sociedade do Vale do Ribeira e as autoridades locais têm que estar atentas pois o dano ecológico será inimaginável. Roberto J. Pugliese é autor de “Terrenos de Marinha e seus Acrescidos” [email protected]