Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Corredor Bioceânico Valparaiso / Paranaguá

Brasil é um país grande por natureza, más apesar das suas dimensões continentais ele não possui saída para o Pacifico, se observarmos as condições geográficas dos Estados Unidos e do México podemos constatar que são dois países privilegiados por ter portos tanto no Oceano Pacifico como no Atlântico, meu sonho sempre foi o de propor um corredor bioceânico ligando os portos de Paranaguá e Valparaíso no Chile.Sabemos que o BNDES desde 2005 vem financiando milionários estudos para desvendar qual a melhor rota para definir o corredor, o tipo de modal e os entraves jurídicos da questão principalmente no que faz referência ao tema aduaneiro. A rota que está sendo estudada pelo governo brasileiro é a traves da Bolívia (Eixo de Capricórnio) num percurso aproximado de 4 mil quilômetros, entretanto este percurso seria ferroviário e os investimentos para por ele em funcionamento são bilionários e em muitos casos nossos países vizinhos não teriam condições de arcar com os investimentos. Para piorar a questão o projeto contempla portos no Chile de menor importância logística visto que nesse país a maior atividade comercial se concentra na zona central mil quilômetros ao sul da rota prevista pelo governo brasileiro. Nossa ideia é infinitamente mais simples, porque consideramos a ligação rodoviária entre Paranaguá e Valparaíso, principal porto do Chile. Nesse trecho todas as estradas estão construídas e o projeto que pretendemos levar a Brasília é o mapeamento da rota promovendo os tratados necessários para que tanto no Brasil, Argentina e Chile o percurso seja indicado a traves de placas de transito, feito isto recomendar um planejamento viário visando a duplicação da rota definida. Eixo Mercosul: Na Argentina o corredor bioceânico (Eje Mercosul) já vem sendo incrementado há mais de dez anos fundamentado principalmente na importância comercial da região cortada pela rota. A diferença com nosso projeto é que eles entram ao Brasil pela cidade gaúcha de Uruguaiana ao passo que nós consideramos Foz do Iguaçu como porta de entrada. Para os argentinos a importância comercial radica na inclusão de Porto Alegres e a extensão até São Paulo pela BR 101. O Eixo Mercosul começando em Valparaíso e terminando em Santos mais suas ramificações em Paraguai e Uruguai concentra aproximadamente 70 % da riqueza do continente. A Argentina vem fazendo a lição de casa e a duplicação desta rota está incluída nos projetos do ministério dos transportes desse país mesma coisa no Chile onde a estrada está em constante aprimoramento principalmente no setor de cordilheira. Descrição do Corredor Bioceânico: Consideramos o porto de Valparaíso como ponto de partida por ser o principal desse lado do Pacifico, fica a 125 km de Santiago e a 200 km da fronteira com Argentina. Faz parceria com o Porto de San Antonio que fica a 88 km ao sul de Valparaíso. Em conjunto atendem comercialmente a toda a região central do Chile mais as províncias de Mendoza, Córdoba, Buenos Aires, Entre Rios e San Luis. O corredor bioceanico entre Buenos Aires e Valparaíso já vem funcionado há décadas somando a isso todo o fluxo turístico das praias chilenas em na temporada de verão e das estações de esqui durante o inverno. A distância entre Valparaíso e Mendoza é de 411 km e de Mendoza até Buenos Aires é de 1.166 km esta condição geográfica tem transformado o litoral chileno em destino turístico das províncias argentinas que fazem fronteira com o Chile. A beleza da travessia da cordilheira faz a própria viagem se transformar num atrativo turístico mesmo por passar ao lado do Aconcágua e de muitos outros atrativos de estonteante beleza. Do lado Argentino encontramos a Ruta Nacional Nº7 catalogada pelas autoridades argentinas como fazendo parte do corredor bioceânico por ser o principal passo fronteiriço e captar todo o transito do comercio internacional de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. Esta Rota está em perfeitas condições e em constante processo de ampliação e duplicação. Mesma coisa acontece entre Mendoza, San Luis e Villa Mercedes trecho onde nos deparamos com as melhores estradas do continente, tudo duplicado com amplos acostamentos, tudo iluminado e plano. São 356 km. Em Villa Mercedes existem duas possibilidades ou continua em direção a Buenos Aires ou começa a subir para o norte em direção a Brasil passando pela cidade de San Francisco num percurso de 454 km. Estrada em boas condições e em fase de duplicação em muitos trechos. De San Francisco seguimos para o leste em direção à cidade do Paraná passando pelo túnel sub-fluvial sob o rio Paraná. São 168 km Já no lado leste do Rio Paraná podemos cortar caminho pegando a rota 12 e posteriormente a rota 127 em direção a Paso de Los Libres numa distância de 426 km. Este trecho apresenta estradas em mal estado de conservação até o cruzamento com a rota 14 que em definitiva é a que nos leva até a cidade de Paso de los Libres que faz fronteira com o Brasil com a cidade de Uruguaiana. A cidade de Paso de los Livres é um ponto crucial da viagem, por que nós damos a possibilidade de entrar ao Brasil em direção a Porto Alegre ou seguir rumo ao norte até a cidade de Puerto Iguazú onde a Argentina faz fronteira com o Brasil na cidade de Foz do Iguaçu. A Corredor Bioceânico proposto, têm um cunho turístico e nosso objetivo são as “Cataratas del Iguazú” segundo destino turístico do Brasil, foi a porta de entrada dos argentinos e chilenos durante o mundial de 2014 cálculos preliminares estimaram em 80 mil turistas entrando por Foz do Iguaçú nesse período e um fluxo aproximado de 10 mil veículos particulares. A outra cidade de entrada como já tinha sido mencionado foi Uruguaiana porem foi devido a que a Argentina jogou em Porto Alegre, e essa rota é a mais conhecida e divulgada entre as empresas de transporte terrestre. Por isso a importância de definir o Corredor por Foz e desviar o fluxo em direção ao Estado do Paraná estabelecendo um roteiro turístico no eixo Foz / Vila Velha / Litoral. Paraná perde o fluxo

Projetos colocam Guaratuba de novo de frente para a baía

São Luís de Guaratuba da Marinha nasceu e desenvolveu-se às margens da baía. Quando o governador da Província de São Paulo Dom Luís Antônio de Souza Botelho Mourão acatou o lugar escolhido por seu sobrinho e ajudante de ordens Afonso Botelho de San Payo e Souza para erigir a Vila, ao sul da baía em uma enseada já denominada Guaratuba pelos indígenas, escreveu-lhe, em 14 de abril de 1767: “Assim tornará Vmce. a ir ver aquela paragem e examinará fundamentalmente o sítio para se fundar a povoação porquanto me parece muito melhor esse da parte do sul, por muitas vantagens: a 1ª pelo sítio que Vmce aponta ser capaz de conter uma cidade, a 2ª pelo seu porto sossegado e abrigado dos ventos para facilitar o comércio, a 3ª pelo fundo dela (baía de Guaratuba) ser capaz de conter grandes navios e permitir o desembarque junto à praia, a 4ª por ficar virada para o sol”. (Joaquim da Silva Mafra, 1952) Se reduzirmos os 243 anos do município fundado em 1771 a um único dia para mensurar quanto a baía faz parte da sua história, não faz nem 4 horas que a cidade voltou-se para o mar dos turistas – os banhos de mar começaram na década de 1920, mas só nos anos 70 é que o turismo se tornou uma atividade econômica importante. É um pouco mais recente o fenômeno de interiorização da cidade, com a criação de bairros e o deslocamento de moradores do centro e a expulsão de boa parte dos pescadores da orla marítima – coisa de 2 horas. Nos últimos três ou quatro anos, ou 20 minutos, várias iniciativas da Prefeitura visam inserir a baía no espaço urbano. Nos últimos dois meses (1 minuto atrás) terminais e trapiches foram assuntos frequentes na Câmara de Vereadores da cidade. Um novo projeto foi conhecido nesta semana, um trapiche no final da da avenida Sete de Setembro. O que separa também une Guaratuba nunca ficou totalmente de costas para sua baía. É por ela que trafegam boa parte dos visitantes e moradores por meio do ferryboat. A baía margeia dois bairros populosos e populares – Piçarras e Mirim – e divide outros dois – Prainha e Cabaraquara – do centro da cidade. Também é fonte de renda e via de acesso para mais de um milhar de pescadores e uns poucos barqueiros. Dependendo da situação, separa ou une comunidades agrícolas e extrativistas afastadas. Também é um atrativo turístico o ano inteiro para os pescadores amadores. Na vida urbana, a tragédia do desabamento de um trecho de sua margem em 1968 marcou a decadência da baía como centro da cidade. Entre as casas e prédios públicos que ruíram ou foram condenados, ficava a sede da Prefeitura. Ela então mudou-se mais para perto do mar. Urbanização dos bairros Uma nova fase de interiorização foi desencadeada pela administração da prefeita Evani Justus, que desde 2011 para cá vem asfaltando de dezenas de quilômetros de ruas e, neste ano, termina a construção de uma unidade básica de saúde e até uma supercreche, ambas do governo federal, “mais para dentro”. É justamente esta administração que faz as ligações internas que desenvolve três importantes projetos para reinserir a baía na vida urbana. Simultaneamente, estão em andamento os projetos de uma carreira pública de barcos para os pescadores no bairro Piçarras, um Terminal Turístico e Pesqueiro na Praça dos Namorados e uma Base Náutica. Carreira de Barcos – A carreira fica em um terreno que era usado pela extinta Cooperativa dos Pescadores Artesanais do Litoral do Paraná (Coopescar) e que estava em nome de uma imobiliária. A prefeitura acabou retomando o uso público através de uma concessão dada pela Superintendência do Patrimônio da União no Paraná, órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A empresa ocupante ainda tenta reverter a situação na justiça mas a administração garante que o caso está resolvido. De acordo com a prefeita, as obras da carreira devem começar ainda em 2014. Base Náutica – Outro importante projeto é a construção de uma base náutica turística no lugar do histórico Mercado Municipal, onde moradores das comunidades rurais traziam pela baía seus produtos para comercializar e onde a cidade tinha um importante ponto de encontro. A base foi anunciada em dezembro de 2012 pela então ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann e faz parte de um programa do Ministério do Turismo que inclui Paranaguá e Pontal do Paraná. Os recursos para o projeto e a obra são de R$ 892.000,00 sendo R$ 802.800,00 de repasse do governo federal e R$ 89.200,00 de contrapartida do município. A supervisão do projeto ficou a cargo do Governo do Paraná por meio da Secretaria de Estado do Turismo, hoje um departamento da Secretaria do Esporte e do Turismo. O dinheiro já foi depositado em uma conta específica na Caixa Econômica Federal. A obra está em trâmite na EcoParaná, órgãos do governo estadual. Terminal Turístico Pesqueiro – O terceiro projeto em andamento é o Terminal Turístico Pesqueiro na praça dos Namorados. A obra é fruto de uma emenda do deputado federal Angelo Vanhoni (PT) ao Orçamento do Ministério do Turismo. São R$ 895.408,16, sendo R$ 877.500,00 do governo federal e R$ 17.908,16 de contrapartida da Prefeitura. O repasse também já está depositado em uma conta específica. A licitação para a obra deverá acontecer em dezembro deste ano. De acordo com a justificativa do projeto feito em conjunto pelas secretarias municipais de Turismo e Cultura, Meio Ambiente e pelo de Cartografia e Geoprocessamento da atual Secretaria de Governo, Urbanismo e Administração, o terminal terá sanitários, praça de alimentação e vai fornecer informações, serviços de guias e até mesmo serviços de venda de iscas aos turistas que praticam a pesca esportiva. Servirá de apoio a guias de pesca e embarcações de aluguéis. Dentro do terminal haverá um espaço para fomentar o artesanato local. Trapiches – O mais recente projeto de acesso público à baía foi tornado público na sessão da Câmara desta segunda-feira (18). Um projeto para construção de um trapiche no enrocamento instalado na baía de

Assinada ordem de serviço para duplicação da PR 407

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) assinou nesta quarta-feira (20) a ordem de serviço para a duplicação de trecho da PR 407 (Rodovia Eng. Argus Thá Heyn ou Rodovia das Praias). Serão duplicados apenas 3,5 quilômetros do (km0 ao km3,5), dentro do município de Paranaguá, onde, serão construídas marginais, um viaduto, pontes e passarelas. A obra era esperada há muitos anos e chegou a ser anunciada em 2013, com a promessa de ser concluída em 2014. A previsão atual é de terminar a obra em 2016. O valor previsto é de R$ 54 milhões, que serão pagos pela concessionária Ecovia. OBRAS – Além da pista dupla, a obra contempla novas marginais e construção de um viaduto na interseção da PR 407 com a avenida Bento Munhoz da Rocha. Serão alargados o viaduto da BR 277 com a PR 407 e a ponte sobre ponte rio da Vila. Sobre o mesmo rio, serão construídas duas pontes – lado direito e esquerdo. Também serão construídas três passarelas (km2, km2,6, km3,38) e uma alça de acesso na BR 277, sentido PR 407.

Promotoria denuncia juiz e mais 18 por desvio de indenizações de pescadores

A 1ª Promotoria de Justiça de Paranaguá ofereceu denúncia contra 19 pessoas acusadas de desvio das indenizações que a Petrobras pagou a pescadores. A relação inclui um juiz aposentado, um escrivão da Vara Cível, um contador e vários advogados, por apropriação indébita de indenizações devidas a pescadores da região, prejudicados por dois acidentes ambientais ocorridos em 2001. A denúncia é desdobramento de uma investigação iniciada em maio pela Promotoria. Dentro da apuração, foi deflagrada, pela 1. Promotoria de Paranaguá e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no último dia 5, a Operação Tarrafa, quando foram cumpridos oito mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão em empresas e residências situadas em Paranaguá, Curitiba, Antonina, Guarapuava e Ponta Grossa. Também foram realizadas 13 conduções coercitivas (pessoas levadas para prestar depoimento, sem que fossem detidas). Foram apreendidos, ainda, documentos, computadores e telefones celulares que contribuíram para o embasamento da denúncia. Acidentes ambientais – As indenizações aos pescadores tiveram origem em dois acidentes ocorridos no ano de 2001: o vazamento de óleo do Poliduto Olapa, em fevereiro, e a nafta derramada pelo navio Norma, em outubro. Os incidentes obrigaram os pescadores a deixar de trabalhar por longos períodos, o que levou a Justiça a determinar o pagamento de indenizações aos prejudicados.

Estudantes de Antonina voltam a monitorar rio Santa Cruz

Alunos do curso técnico em Meio Ambiente do Centro Estadual de Educação Profissional Brasílio Machado, Antonina, fizeram na tarde desta segunda-feira (18) a primeira coleta e análise da qualidade da água do rio Santa Cruz. Os estudantes participam do projeto “Sustentabilidade: da Escola ao Rio”, desenvolvido pela Sanepar, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e Unilivre. O gestor em educação socioambiental da Sanepar Guillherme Zavataro conta que o projeto já havia desenvolvido em 2013 na mesma escola e que foi bem-aceito pelos alunos, professores e pela comunidade beneficiada, por isto está sendo repetido. No primeiro semestre os alunos receberam o conteúdo teórico. Este segundo semestre será dedicado para as atividades práticas e saídas de campo. Ao todo serão três monitoramentos da qualidade da água, um mutirão de plantio de mata ciliar e um mutirão de coleta de resíduos sólidos nas margens do rio. Os alunos também estão aproveitando o projeto para realizarem os estágios s do curso de Técnico em Meio Ambiente. Poluição no afluente – A novidade do projeto de 2014 é que os alunos resolveram em comum acordo aumentar um ponto de monitoramento para alcançar também um pequeno afluente do rio Santa Cruz. Já no primeiro monitoramento foi verificado que nesse pequeno afluente houve aumento da quantidade de amônia, que é um importante indicador de contaminação da qualidade da água, comparando com os demais pontos de monitoramento. Guilherme Zavataro lembrou aos alunos que o rio Santa Cruz foi escolhido em 2013 pois estudos demonstraram que ele é um importante ponto de drenagem urbana da cidade de Morretes e responsável por pontos de inundação no bairro Raia Velha. Outra novidade do projeto de 2014 é a realização de um seminário de socialização das informações, onde os alunos que participam do projeto apresentarão os resultados para toda comunidade escolar.

Veja a programação do Festival de Turismo do Litoral do Paraná

O 4º Festival de Turismo do Litoral do Paraná começa nesta quinta-feira (21) e vai até sábado (23), na Associação Banestado de Praia de Leste, em Pontal do Paraná. O festival é uma realização da Adetur Litoral e prefeituras e patrocínio de Ecovia, Senac, Sebrae, Fecomércio, Fomento Paraná, além do apoio da Secretaria de Estado do Esporte e Turismo, Associação Banestado e Isulpar. Entre as atrações estão a Feira de Imóveis (em que imobiliárias e construtoras farão compra, venda e locação de espaços); a Arena Sabores do Litoral (que vai apresentar seis chefs de cozinha com o melhor da gastronomia local); o Fórum do Turismo Sustentável (com palestras sobre o aproveitamento do turismo náutico e das unidades de conservação); a Mostra Aromas e Olhares (que promove o artesanato regional), o Encontro de Negócios Sebrae (com orientações para investidores em potencial), a entrega do prêmio Ser Caiçara a autoridades e personalidades que trabalham em prol do desenvolvimento do Litoral do Paraná, além de apresentações culturais e artísticas.

Cursos públicos de Portos e de Comércio Exterior começam no Porto de Paranaguá

Alunos dos cursos técnicos de Portos e Comércio Exterior do Colégio Estadual Alberto Gomes da Veiga tiveram, na quarta-feira (20) a primeira aula na sede da Administração dos Portos de Paranaguá a Antonina (Appa). Mais de 80 estudantes participaram da aula magna. Eles foram recebidos pelo diretor comercial da Appa, Lourenço Fregonese. O diretor explicou a recente mudança da Appa de autarquia pea empresa pública que, segundo ele, “trará renovação e modernização”. “Brevemente haverá concurso público e vocês poderão ser os próximos a nos sucederem”, disse. Fregonezi também destacou que com a nova Lei dos Portos, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, todo o setor portuário vai necessitar de pessoas capacitadas: “E vocês estão se preparando para isso”, completou. Na continuidade da aula magana, Leandro Klaus, chefe do departamento empresarial da Appa, ministrou uma palestra onde apresentou a história, a infraestrutura atual e as operações dos Portos de Paranaguá e Antonina. O coordenador dos cursos, professor Welington Frandji, afirmou que faz questão de trazer os alunos para a aula especial na Appa. “Esta parceria favorece a identificação do aluno com a área portuária, bem como garante a prática educacional, eleva a maturidade profissional e o contato direto com profissionais do ramo”, disse o professor. Para o aluno Dejair Eccel, como resultado da aula magna, os estudantes ficaram mais entusiasmados. “É de extrema importância que oportunidades práticas como estas sejam realizadas num curso técnico, garantindo novos conhecimentos que vão além da sala de aula”, afirmou. Com foto e informações da Assessoria de Comunicação da Appa

Festival de Turismo do Litoral mostra preparo de pratos típicos

Os visitantes do 4º Festival de Turismo do Litoral do Paraná poderão conhecer como são feitos alguns dos pratos típicos da região. Na cozinha especialmente montada na Arena Sabores do Litoral, chefs de cuisine darão aulas-shows em que ensinarão os visitantes os segredos de boa comida litorânea com o uso de ingredientes nativos de forma contemporânea e arrojada. O evento será realizado de quinta a sábado, na Associação Banestado de Praia de Leste, em Pontal do Paraná (PR). O espaço reservado á gastronomia será na sexta e no sábado, no período da tarde. Para abrir a série de aulas, a chef Eva (Bar do Victor) apresenta o conceito de gastronomia responsável, na sexta, dia 22, a partir das 13h. Em seguida, será a vez do pão no bafo, da chef Rosane (Restaurante Girassol). Com adaptações regionais, o chef Mario Meirelles (Senac Caiobá), ensinará o preparo da paella paranaense. E fechando o dia, ostras nativas ao molho de gorgonzola e mel, do chef Nereu de Oliveira (Sítio Sambaqui). No dia 23 (sábado), o chef Plínio de Aguiar (Restaurante Burghezia), ensina a partir das 15h, a preparar a cambira, peixe defumado originário de Pontal do Paraná. Outro prato típico da região que será apresentado é o famoso barreado, mas desta vez em outro formato, o de medalhão, pelo chef Mario Meirelles (Bistrô Sambaqui). O instrutor Kaio Trevisan (Senac Caiobá) trará duas deliciosas opções de petisco, o hambúrguer de siri e o bolinho de barreado. Tudo muito paranaense. “Precisamos desenvolver uma identidade gastronômica para nosso Litoral. Pratos como a Cambira, o Barreado , Marisco Lambe Lambe, são deliciosos e merecem ser divulgados no Brasil inteiro. Temos muita história para contar sobre nossa essência gastronômica”, afirma Paula Regina Monteiro Sindeaux, gerente executiva do SENAC Caiobá. Com duração de aproximadamente uma hora, os participantes das aulas, além de tirar todas as suas dúvidas, poderão degustar cada receita. Confira duas receitas que os visitantes poderão encontrar no Festival: CAMBIRA Descrição: tainha defumada. Município: Pontal do Paraná. Chef: Kaio Trevisan. Ingredientes: alho, cebola, tomates, coentro, banana e tainha. Modo de preparo: 1) Dessalgue e cozinhe a tainha; 2) Guarde o caldo do cozimento; 3) Refogue o alho, a cebola e os tomates picados, formando o molho; 4) Adicione a tainha e cozinhe por cinco minutos; 5) Adicione a banana e cozinhe por mais cinco minutos; 6) Sirva o prato com arroz branco 7) Ou ainda retire o peixe e faça do molho um pirão, misturando na farinha. OSTRAS AO GORGONZOLA E MEL Descrição: ostras naturais do Sítio Sambaqui. Município: Guaratuba. Chef: Nereu de Oliveira. Ingredientes: ostras frescas, queijo gorgonzola e mel. Modo de preparo: 1) Abra as ostras deixando-as em meia-concha; 2) Adicione uma pequena quantidade de gorgonzola; e 3) Regue com bastante mel; 4) Leve ao forno por 10 minutos; 5) Sirva em uma cama de sal grosso, para que as ostras permaneçam aquecidas e em pé. 4º Festival de Turismo Sustentável do Litoral do Paraná De 21 a 23 de agosto. Arena Sabores do Litoral (como parte da programação) Dias 22 e 23, sempre no período da tarde. Associação Banestado, na Rua Copacabana, s/n, em Praia de Leste, Pontal do Paraná.

Brics: Uma Aliança que se Consolida

Depois de sediar com eficiência e hospitalidade aquele que já é considerado um dos melhores mundiais de futebol de todos os tempos, o Brasil foi anfitrião de outro importante encontro internacional, a VI Cúpula de Chefes de Estado dos BRICS, realizada em Fortaleza e Brasília de 14 a 16 de julho. O termo BRICS foi cunhado para designar um grupo de países emergentes — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — que tiveram acelerado desenvolvimento a partir da virada do século e se tornaram um dos motores do próprio crescimento global, sobretudo depois de 2008, com a eclosão da crise financeira norte-americana e europeia. Ao lançar o acrônimo BRICS, o economista Jim O’Neill queria chamar a atenção para as oportunidades de negócios abertas aos investidores globais nessas cinco grandes nações. Afinal, elas contam com quase 40% da população mundial, conseguiram criar fortes mercados internos e plataformas exportadoras e em menos de vinte anos, segundo o FMI, saltaram de 5,6% para 21,3% do PIB mundial. Essas oportunidades continuam a existir e se tornaram ainda maiores devido aos inúmeros projetos de modernização e expansão da infraestrutura e do aparato produtivo que os BRICS já estão executando ou vão executar nos próximos anos. (Só no Brasil serão investidos até 2018 mais de 400 bilhões de dólares em usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, refinarias de petróleo, ferrovias, rodovias, gasodutos etc.). Sem falar no potencial de expansão de seus mercados internos, graças à incorporação ao mundo do trabalho e do consumo de milhões de pobres e excluídos. Tudo isso leva os analistas — apesar da recuperação muito lenta dos países desenvolvidos, que tem impacto conjuntural negativo em todas as economias — a ressaltarem a solidez e as perspectivas favoráveis a médio e longo prazo de todos os países que compõem os BRICS. As nações do grupo, no entanto, foram muito além da atração de investimentos. Lembro- me de que nos reunimos pela primeira vez em junho de 2009, na Rússia — os Presidentes Medvedev, Hu Jintao, Singh e eu próprio — e decidimos transformar o que não passava de uma sigla em uma efetiva articulação econômica, geopolítica e estratégica para favorecer o crescimento de nossos países e de seus parceiros regionais e, ao mesmo tempo, impulsionar uma nova agenda de desenvolvimento multilateral e de reforma da governança global. Nossos países já estavam empenhados na integração africana, latino-americana e asiática como pressuposto de um mundo multipolar. Além disso, tiveram papel-chave na criação do G-20, o primeiro foro multilateral relevante a dar o devido peso aos países do sul. E propunham a reforma da velha ordem internacional estabelecida em Breton Woods, em 1944, cuja inadequação às realidades do mundo contemporâneo constitui, na prática, um entrave ao progresso compartilhado do planeta. (Basta dizer que, em 1944, a China estava à beira de uma guerra civil, a Índia nem sequer existia como país independente e quase todo o continente africano era constituído de colônias europeias). Os defensores do status quo internacional, refratários a qualquer iniciativa que busque tornar mais justa a ordem econômica e política mundial, tentaram desqualificar os BRICS alegando que não se tratava de uma aliança crível, dado o seu caráter heterógeno e “artificial “, que seus membros estão geograficamente distantes uns dos outros, além de possuírem interesses nacionais contraditórios, e que, por isso mesmo, nada de concreto e significativo poderia surgir do grupo. A cúpula de Fortaleza e Brasília — que teve como tema o crescimento com inclusão social e sustentabilidade — acaba de desmentir categoricamente tais prognósticos. Ela demonstrou que os países emergentes superaram as posturas meramente reivindicatórias do passado e assumiram de vez um papel proativo no cenário internacional. Nela foram tomadas decisões não apenas concretas, mas claramente inovadoras, que vão desde as facilidades de comércio até o combate aos crimes cibernéticos. Mas as principais medidas foram a criação de um banco de desenvolvimento com capital inicial de 50 bilhões de dólares para financiar projetos de infraestrutura e plantas industriais sustentáveis e um fundo de reservas de 100 bilhões de dólares para ajudar os países membros em eventuais crises de liquidez. Iniciativas que reforçam a já sólida situação financeira dos integrantes do grupo, e facilitam a sua cooperação em outras áreas, como a energética e a cientifico- tecnológica. Essa atitude inovadora estende-se também ao modelo democrático de governança que será adotado pelos dois organismos, nos quais os cinco países terão idêntico peso, com presidências rotativas e deliberações obrigatoriamente por consenso. Assim como a África do Sul havia feito com seus vizinhos na Cúpula de Durban, a Presidente Dilma Rousseff, cuja determinação e capacidade negociadora foram fundamentais para os acordos conseguidos, convidou para o encontro de Fortaleza todos os chefes de Estado Sul-americanos, deixando claro que a atuação do Brasil nos BRICS se dá a partir do compromisso estratégico que o país tem com a integração regional. Além dos dirigentes políticos, o evento contou também com a participação de centenas de lideres empresariais, sociais e intelectuais dos nossos países. Não tenho dúvidas de que as decisões tomadas pelos BRICS, além de úteis aos países membros e seus parceiros, terão uma incidência benéfica na própria governança global. Não são medidas reativas, mas criativas; não são contra ninguém, mas a favor do crescimento global e de uma comunidade internacional cada vez mais inclusiva e equilibrada.

Pescadoras de todo Brasil debatem previdência e saúde em Pontal do Paraná

O Encontro Nacional da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), em Pontal do Paraná, vai debater, na próxima semana, direitos previdenciários e saúde de qualidade para estas trabalhadoras. O evento, acontece entre os dias 26 e 29 de agosto (terça a sexta), no Hotel Village, na av. Atlãntica, Balneário Pontal do Sul, e vai reunir pescadoras de todo Brasil, organizações e representantes dos Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e da Pesca e Aquicultura. De acordo com a ANP, pescadoras e marisqueiras são responsáveis por colocar na mesa dos brasileiros alimentos de qualidade, no entanto, vivem em situações de vulnerabilidade no exercício do trabalho e não possuem o devido reconhecimento do Estado. “A grande exposição aos raios solares, as longas jornadas de trabalho, o contato com águas poluídas, ocasionado principalmente pelas indústrias, são alguns dos motivos que acarretam problemas de saúde nesses grupos”, afirma o texto de divulgação do evento. A ANP vem fazendo um levantamento as doenças e os acidentes que acometem as mulheres pescadoras para, a partir disso, assegurar seus direitos previdenciários e a melhoria da saúde no seu dia a dia. Entram também nessas questões, a relação com Sistema Único de Saúde (SUS) e as barreiras que elas encontram nesse meio. O Encontro Nacional da ANP pretende aprofundar essa temática e traçar estratégias de enfrentamento dessas questões. A Articulação pretende pressionar o Estado para garantir que as inseguranças das pescadoras e marisqueiras sejam superadas, reivindicando o reconhecimento das doenças e dos acidentes de trabalho, a garantia do acesso aos benefícios previdenciários e o atendimento de qualidade no SUS. Além disso, será pensando e solicitado junto ao governo o desenvolvimento de instrumentos e materiais preventivos para um trabalho mais seguro na pesca e na mariscagem. O Encontro abordará ainda a trajetória de luta da ANP ao longo dos últimos nove anos, e sua estruturação enquanto articulação a nível nacional. Esse será um importante momento para discutir o papel da mulher pescadora na sociedade e reconhecer sua importância para o povo brasileiro, mostrando a necessidade urgente de se garantir seus direitos enquanto trabalhadoras e mulheres. Tráfico humano e trabalho escravo entre os debates O Encontro Nacional da ANP desse ano também debaterá as questões do tráfico humano e do trabalho escravo, estreitamente relacionados ao mundo da pesca. Em muitas comunidades pesqueiras, percebe-se o aliciamento de jovens por estrangeiros que os transforma em mercadoria. Além disso, existem diversas denúncias de pescadores escravizados pelo mercado da pesca Industrial. A ANP também luta para que os direitos humanos das comunidades pesqueiras sejam respeitados, por isso, acredita ser essencial debater e enfrentar essas questões.