Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Sem árvores, sem água

O agrônomo e pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), especialista em questões amazônicas, Antônio Donato Nobre, é enfático ao dizer que o desmatamento, inclusive o permitido por lei, deve cessar imediatamente.Atribui a falta d´água e as secas prolongadas à supressão das florestas, especialmente, a amazônica. “A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo a proteção das florestas e plantando árvores em sua propriedade”, afirma. No estudo, “O Futuro Climático da Amazônia”, recentemente divulgado, assegura que a mudança climática não é mais uma previsão científica e sim uma dura realidade. Que “estamos indo para o matadouro”. Em quatro décadas, desmatou-se na Amazônia o equivalente a três estados de São Paulo ou 184 milhões de campos de futebol, na proporção de quase um campo para cada brasileiro. A área desmatada corresponde a uma estrada com 2 km de largura, da Terra até a Lua e isso sem falar na degradação florestal. Foram cortadas, segundo ele, 42 bilhões de árvores, 3 milhões por dia, 2.000 por minuto. Quem percebe nitidamente a falta das árvores é o clima que se transformou em um juiz rigoroso, que conta as árvores derrubadas, que não esquece e nem perdoa. Os céticos fizeram com que os governos não acreditassem no aquecimento global. O resultado foi o aumento das emissões fazendo com que o clima no planeta, conforme fora previsto, entrasse em colapso e bem mais rápido do que se pensava. No arco do desmatamento, o clima já mudou. A duração da estação seca aumenta ano após ano e o volume das chuvas diminui. Os agricultores do Mato Grosso foram obrigados a adiar o plantio de soja porque não choveu. A cada ano, na região leste e sul da Amazônia, isso se verifica. A seca de 2005 foi a maior em cem anos, a de 2010, maior que a de 2005. O efeito sobre a Amazônia é um fato. O fenômeno é mundial e tem a ver com o que se faz no planeta, especialmente com a destruição das florestas. Não é só o CO2 que sai, mas a falta da floresta destrói o sistema de condicionamento climático local. Para Nobre, ela é uma espécie de seguro, um sistema de proteção. Não se sentiu antes os efeitos dos 500 anos de destruição da Mata Atlântica, porque existia a Floresta Amazônica. A sombra úmida da Amazônia não deixava perceber os efeitos da destruição da mata local. Compara a Amazônia a um tapete tecnológico. A floresta é abundante em seres vivos e qualquer um deles supera toda a tecnologia humana somada. O tapete tecnológico da Amazônia é formado pela fantástica somatória dos seres vivos nela existentes e que operam no nível dos átomos e moléculas, regulando o fluxo de energia e controlando o clima. A Amazônia transporta a umidade continente adentro. O oceano é fonte de toda a água. Ao evaporar deixa o sal no oceano. O vento empurra o vapor gerado para dentro do continente. Na América do Sul, atinge 3.000 km na direção dos Andes e carrega umidade graças às árvores que ele chama de ‘gêiseres’ da floresta. Explica que, uma árvore com dez metros de raio de copa libera pela transpiração, mais de mil litros de água por dia. Numa estimativa, da bacia Amazônica, que tem 5,5 milhões de Km², os ‘gêiseres de madeira’ transpiram cerca de 20 bilhões de toneladas de água diariamente. Esse fluxo de vapor é maior que o próprio rio Amazonas. O ar segue continente adentro recebendo o vapor da transpiração das árvores e se mantém úmido, com capacidade de fazer chover. Essa é uma das principais características das florestas. É o que hoje faz falta em São Paulo, porque acabaram com a floresta local, a Mata Atlântica. Na Amazônia chove muito e o ar é limpo tal qual nos oceanos onde chove pouco. As essências das árvores sobem para a atmosfera e com radiação solar e vapor d’água, reagem com o oxigênio precipitando uma poeira finíssima que atrai umidade. É um nucleador de nuvens. Quando chove, a poeira é lavada, mas como tem mais gás, o sistema se mantém. A floresta funciona como um ar-condicionado produzindo um rio amazônico de vapor. A maciça formação de nuvens baixa a pressão atmosférica e puxa o ar que está sobre o oceano para dentro da floresta, como uma espécie de bomba biótica de umidade, uma correia transportadora. Na região as árvores são antigas e têm raízes que buscam água a mais de 20 metros no lençol freático. A floresta está ligada a um oceano de água doce embaixo dela, quando chove, a água se infiltra pela esponja de raízes abastecendo o aquífero. Diz que estamos localizados em um quadrilátero que chama da ‘sorte’. Vai de Cuiabá a Buenos Aires no Sul, de São Paulo aos Andes e concentra 70% do PIB da América do Sul. Na mesma latitude estão os desertos do Atacama, o Kalahari, o deserto da Namíbia e o da Austrália. A região deveria ser um deserto. Mas não é. É irrigada e úmida e isso se deve a Amazônia que exporta umidade. Durante vários meses do ano a umidade chega através de ‘rios aéreos’ transportando o vapor que é a fonte da chuva do quadrilátero. “Onde tem floresta não tem furacão nem tornado”, diz. A floresta promove a regularização do clima, atenua os excessos e impede os eventos destrutivos. Considera que parar o desmate, apesar de fundamental, não resolve mais. A solução agora é fazer um esforço de guerra, zerar o desmatamento, replantar florestas e refazer os ecossistemas. Que paralelo pode ser feito com o futuro em Itapoá? Distante da Amazônia está próxima a São Paulo que, como ressalta Antônio Nobre, presenciou, incredulamente, seus reservatórios secarem e a cidade ser tomada por carros-pipas transportando água para a população. Aqui o problema não é escassez. É de captação em volume suficiente para atender o acréscimo da demanda no verão. A solução apontada está na construção de novas estações e na ampliação da rede de distribuição. Ao contrário de São Paulo, existem remanescentes significativos de florestas de planície costeira, Mata Atlântica em bom estado de conservação. E árvores, muitas

Lixo em Santa Terezinha

Não se aguenta mais o cheiro do lixo acumulado em Santa Terezinha (Pontal do Paraná). Pelo jeito a Operação Verão se atrasou em assumir o serviço, e a Prefeitura se antecipou em abandoná-lo. Por que não acontece o contrário: a Operação Verão se antecipa e a Prefeitura atrasa o abandono dos serviços? Fora isto, a educação dos moradores deixa a desejar, pois acumula o lixo na calçada das esquinas. Sujeito a chuvas e cães… João Donha

Mar paranaense continua com balneabilidade 100%

A balneabilidade da água na orla paranaense se mantém própria para banho na maioria dos locais monitorados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).. Dos 90 quilômetros de faixa de areia, apenas 200 metros em área de baía, na Ponta da Pita, em Antonina, estão impróprios para banho. As informações estão no 4º boletim de balneabilidade da temporada divulgado nessa quarta-feira (24) pelo IAP. O monitoramento da qualidade da água é realizado desde a criação do órgão ambiental e avalia a concentração de bactérias Escherichia coli (E.coli) na água, que possibilita a verificação da contaminação por esgoto sanitário clandestino, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Por isso, o IAP alerta para que ao alugar uma casa para a temporada, o veranista verifique se o imóvel está devidamente ligado à rede de esgoto do município ou se a fossa séptica está devidamente limpa. O boletim com as informações sobre o monitoramento das prainhas artificiais do lago de Itaipu e do terminal turístico do rio Paranapanema, no norte do Estado, será divulgado na sexta-feira (26). No Ano Novo o boletim referente ao Litoral será emitido na quarta-feira (31) e o do interior na sexta-feira (2). Sinalização – No Litoral, os veranistas podem acompanhar a qualidade das águas por intermédio de bandeiras instaladas na orla, em totens eletrônicos e outros serviços do Governo do Paraná. A bandeira de cor vermelha significa que a água está imprópria para banho nos 100 metros à esquerda e à direta da sinalização. A azul indica que a água possui bons índices e pode ser aproveitada pelos banhistas.

Informe da Prefeitura de Guaratuba

A Prefeitura de Guaratuba pede desculpas pelos transtornos temporários causados pelas obras na orla. Também alerta aos usuários para que tomem cuidado com os obstáculos e evitem estacionar em locais proibidos ou onde possam prejudicar a acessibilidade. O projeto original de revitalização da orla previa a conclusão somente em agosto de 2015 e nós exigimos a antecipação. Apesar dos transtornos temporários, as obras estão bem adiantadas e em breve proporcionarão mais conforto e espaços de lazer para todos. Atenciosamente, Evani Justus

Litoral do Paraná livra papagaio-de-cara-roxa da extinção

O trabalho de proteção do papagaio-de-cara-roxa no Litoral do Paraná acaba de retirar a espécie da lista de ameaçadas de extinção. Papagaio-de-cara-roxa | foto: Divulgação SPVS A relação foi divulgada no dia 17 de dezembro pelo Ministério do Meio Ambiente e atualiza a lista feita em 2003. São 170 espécies que saem da lista e 720 que entraram, totalizando 1.173 espécies ameaçadas – o motivo principal é o aumento no número de espécies pesquisada, de 1.137 para 12.256. Foram avaliados 100% das aves, mamíferos, anfíbios e répteis brasileiros. O Ministério do Meio Ambiente conseguiu avaliar 100% dos mamíferos ou das aves brasileiras. A situação é diferente em relação ao invertebrados. Apenas 3% dos invertebrados terrestres e 1% dos invertebrados aquáticos foram avaliados. O papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) esteve sob risco de ser extinto menos devido a sua captura do que à destruição de seus habitat e desmatamento onde ocorre o guanandi (Calophyllum brasiliense), árvore por eles utilizada como dormitório e para fazer seus ninhos. A ave é endêmica da mata atlântica, mas ocorre somente nos estados de São Paulo e Paraná. Mas foi na região de Guaraqueçaba, no Paraná, que ele começou a ser salvo. Em 1998, pesquisadores começaram a monitorar a espécie e em 2003 começaram a colocar ninhos artificiais para facilitar a reprodução segura de filhotes. Ninhos feitos com madeira e PVC. De 872 ninhos, 520 tiveram sucesso. A população atingiu 6.500 indivíduos e ocorre em uma área de quase 50 unidades de conservação decretadas ou reconhecidas, no caso de RPPNs. Apesar da exclusão da lista oficial, alguns cientistas duvidam de que o resultado seja duradouro. De acordo, com a engenheira agrônoma Maria Tereza Jorge Pádua, presidente da Associação O Eco, a recuperação da espécie “nunca teria ocorrido sem o prévio estabelecimento de numerosas unidades de conservação na região, ou seja, nas costas do Paraná e São Paulo, principalmente as insulares, como o Parque Nacional do Superagui, a Ilha do Mel e do Pinheiro, a Estação Ecológica de Guaraqueçaba, o Parque Estadual da Ilha do Cardoso e a APA de Guaraqueçaba”. Segundo a pesquisadora, “isso é mérito do governo federal e em especial do estadual”. “O sucesso se deve assim mesmo ao esforço e sacrifício de muitas pessoas, dentre elas a seriedade e o comprometimento de Guadalupe Vivekananda, diretora do Parque Nacional de Superagüi, para quem a defesa do papagaio é uma parte da sua luta incansável para conservar o Parque. E, como sempre, o êxito também se deve aos guarda parques, aos trabalhadores e à crescente participação e consciência ambiental de muitos – embora ainda não de todos os vizinhos das áreas protegidas onde o papagaio vive”, afirma Maria Tereza. Com informações do Ministério do Meio Ambiente, “O Eco” e Revista Época

Guaratuba é principal alvo de dinheiro falso

Os primeiros dias da temporada a de verão confirma Guaratuba como principal alvo de falsificadores de dinheiro no Litoral, conforme ocorrências registradas nos últimos anos. “É importante que todo o litoral fique atento porque há duas principais chegadas em nossas praias, apesar de os indícios ainda serem em Guaratuba”, afirmou o comandante do 9º Batalhão da PM (9º BPM) e coordenador Operacional da "Operação Verão 2014/2015", major Nivaldo Marcelos da Silva. Até a noite deste domingo (21), a Polícia Militar registrou dois casos envolvendo dinheiro falso, no sábado (20), um numa sorveteria e outro em um posto de gasolina, ambos os estabelecimentos em Guaratuba. No primeiro, um casal em um carro Fiat/Pálio prata parou, por volta das 10h30, num posto de gasolina, em Guaratuba, e repassou uma nota de R$ 100,00. O comerciante percebeu só depois da saída, e acionou a PM, que pegou as características e procura os suspeitos. Mais tarde, por volta das 14h, a mesma mulher tentou efetuar compra com uma nota numa sorveteria. Como não havia troco, ela foi embora. “Geralmente os golpistas procuram os comerciantes com notas altas com o intuito de trocar e obter dinheiro verdadeiro”, explica major Nivaldo. De acordo com o oficial da PM, o comerciante e o cidadão devem ficar atentos a alguns detalhes das notas que o ajudarão a identificar se o dinheiro é falso ou verdadeiro. “Tem as marcas d’água, o papel, os símbolos, os relevos, entre outras características que podem ajudar na hora da dúvida. E se a dúvida permanecer de alguma forma acione a PM por meio do 190 que iremos até o local para fazer os encaminhamentos necessários”, lembra o major. O crime de falsificação de moeda está previsto no Código Penal, art. 289, sendo que a pena pode variar de 3 anos a 12 anos de reclusão. “É importante o acionamento da PM para a coleta de informações junto aos comerciantes ou ao cidadão que foram vítimas do crime e para o devido encaminhamento dos suspeitos à Polícia Federal ou à Polícia Civil, às quais competem as providências nestes casos”, esclarece. Como identificar notas falsas: Informação sobre verificação das cédulas publicadas no site do Banco Central do Brasil: www.bcb.gov.br Notas velhas, de 1994 (foto anexa): 1- Observar a marca d´água; 2- Observar a imagem latente (BC) do lado inferior esquerdo da nota; 3- Símbolo das Armas nos dois lados da cédula; 4- Sentir o papel e a impressão com os dedos. Nas notas novas, de 2010, além dos cuidados acima, devemos verificar (foto anexa): Número escondido; 2- Faixa Holográfica. Moeda Falsa Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.

Poligonais dos portos liberam terminais de Pontal e Embocuí

A Secretaria de Portos do governo federal abriu as consultas a proposta das poligonais dos portos de Antonina e Paranaguá até 5 de fevereiro de 2015, pela Internet. Terminais privados de Pontal do Paraná e Embocuí podem ser beneficiados. Os interessados poderão enviar críticas, contribuições e questionamentos para o email [email protected]. Conforme o CorreidoLitoral.com havia antecipado em outubro, o desenho apresentado pela SEP/PR é o mesmo aprovado pelo grupo de trabalho criado pela Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), constituído majoritariamente por empresários. A proposta exclui o município de Pontal do Paraná e a área do Embocuí, em Paranaguá, que fazem parte da atual poligonal e estão sujeitas às suas normas. Se a nova poligonal de Paranaguá for aprovado como está, diversos investidores privados, terão tratamento diferenciado, como, por exemplo, serem dispensados de contratar trabalhadores sindicalizados – TPAs (Trabalhadores Portuários Avulsos), através do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra). Segundo a Secretaria de Portos, as novas poligonais estabelecem que “os limites devem levar em consideração os acessos marítimos e terrestres, os ganhos de eficiência e competitividade e as instalações portuárias já existentes”. Paranaguá http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/gestao/poligonais/paranagua/paranagua O Porto de Paranaguá é um porto marítimo, localizado na cidade de Paranaguá, litoral do Estado do Paraná. A administração do Porto está sob responsabilidade da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). A construção do porto começou efetivamente em novembro de 1926, com inauguração em 17 de março de 1933. Suas instalações contam com abrigo natural e seguro para as embarcações, contando com um cais público de 3.036 metros acostáveis, além de três píeres. Possui 2,35 km² de infraestrutura destinada à movimentação de contêiner, granel sólido e carga geral, sendo que os principais produtos movimentados pelo porto são: soja, contêineres, fertilizantes, farelo de soja e açúcar. De acordo com dados da ANTAQ, até setembro de 2014 o porto de Paranaguá movimentou um total de 31,9 milhões de toneladas, apresentando um crescimento de 1% em relação a 2013. Possui uma área de influência abrangente, contemplando desde estados do Sudeste, até estados do Centro-Oeste e Norte do país. Antonina http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/gestao/poligonais/antonina/antonina O Porto de Antonina é um porto marítimo, localizado na cidade de Antonina, no Estado do Paraná e administrado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). O porto conta com uma infraestrutura de acostagem de 60m de cais público, acrescidos de 360m de cais na Ponta do Félix. Possui terminais destinados à movimentação de carga geral e granéis sólidos, sendo que, sua principal movimentação atualmente é de fertilizantes. De acordo com dados da ANTAQ, até setembro de 2014 o porto de Paranaguá movimentou um total de 1,2 milhão de toneladas. Sua área de influência abrange os principais estados produtores de granéis agrícolas, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Leia também: Poligonais de Paranaguá e Antonina liberam portos de Pontal e Embocuí

As fotos do livro “Cartas da Mata”

Em resposta à minha pergunta de 29 de junho sobre o melhor título para o futuro livro , 19 pessoas opinaram: 3 leitores preferem “Cartas da Mata”, 14 preferem “Cartas da Mata Atlântica” (um sugeriu acrescentar um subtítulo), e uma pessoa (escritor profissional) sugeriu que seja procurado um título melhor. Mais alguém preferiu que “Mata Atlântica” seja substituída por “Floresta Atlântica”, mas Mata Atlântica continua sendo a designação oficial para este bioma. Considerando tudo isso, o título do livro será, provavelmente: CARTAS DA MATA ATLÂNTICA: UMA HISTÓRIA NATURAL DO LITORAL NORTE DO PARANÁ. O livro está pronto e consiste de dois volumes: o primeiro, de 391 páginas, contém Agradecimentos, Introdução, Referências e as 150 cartas; o segundo, de 416 páginas, consiste dos 65 apêndices. Ainda tenho de encontrar os meios para publicar o livro e no tempo que esta fase vai durar, farei as fotos para ilustrar o conteúdo. Nesta mensagem lhes envio uma amostra das fotos feitas até agora, sempre nos municípios de Antonina e Guaraqueçaba. Aproveito para pedir a sua opinião: se você achar alguma dessas fotos insuficientemente boa para esta publicação, por favor, avise-me sem hesitar. Segue a seleção das fotos. Desde já desejo a todos um feliz Natal e um réveillon sem barulho na vizinhança. Um grande abraço, André Guaraqueçaba, 19/12/2014

Jozias da Negui é eleito presidente da Câmara de Paranaguá

Jozias Ramos (PDT) foi eleito, nesta sexta-feira (19), presidente da Câmara Municipal de Paranaguá. Jozias da Negui, como é conhecido, obteve 11 dos 16 votos computados. Também disputaram a eleição Eduardo Costa “Edu” (PSDB), que obteve quatro votos, e Dr. Adalberto (PSB), com apenas 1 voto. A eleição para cada cargo da Mesa Diretora foi realizada individualmente. Vice-presidente: Arnaldo Maranhão (PSB) com 10 votos, Laryssa Castilho (PRB) com 4 votos, Márcio Costa e Adriano Ramos (PSDB) com 1 voto cada. 1º secretário: Carlinhos da Ilha teve 14 votos, Edu 1 voto e Ivan obteve 1 voto. 2º secretário: Sandra do Dorinho (PP) obteve 11 votos, Adriano Ramos teve 3 votos, Carlinhos da Ilha e Ivan obtiveram 1 voto cada. Suplente de secretário: Nagel (PSD) teve 11 votos, Ivan obteve 3 votos e Jacizinho (PSL) 1 voto. Sessão especial está marcada para o dia 2 de janeiro com a posse da mesa eleita. A nova Mesa Diretora 2015/2016 Presidente: Jozias de Oliveira Ramos (PDT) 1º secretário: Carlinhos da Ilha (PPS) Vice-presidente: Arnaldo Maranhão (PSB) 2º secretário: Sandra do Dorinho (PP) Suplente: Benedito Nagel (PSD) Com informações do Blog da Luciane Foto: Blog Doa a Quem Doer

O que não se fala sobre o Porto de Paranaguá – 2ª Parte

Como já disse no artigo anterior, as assessorias oficiais de comunicação, gostam de dar apenas boas notícias. Afinal, o patrão é um politico que depende votos, e más notícias não faz parte do repertório de poder. Por isso, queremos debater aqui, o futuro dos Portos do Paraná, em especial Paranaguá, dada sua importância para a região do litoral na geração de emprego e renda no comércio. Na primeira parte desta série, dissemos que a produção do agronegócio do Brasil central ganha nova infraestrutura rodoferroviária, que já está induzindo a saída de grãos e outros produtos pelos portos do norte do país, como os do Pará e Maranhão por exemplo. Então fica a questão: E qual o futuro do Porto de Paranaguá? Calma! Não nos alarmemos, mas comecemos a fazer os ajustes necessários. Explico: lembram das aulas de história no banco escolar? Então vamos refrescar a memória: tivemos no sul do país o ciclo da erva-mate que gerou fortunas de famílias que até hoje são nome de ruas, praças por todo o Paraná. Até a famosa “Avenida Batel” em Curitiba conserva até hoje as clássicas mansões dos barões deste ciclo. Antonina chegou a ter treze trapiches privados destas empresas familiares que dominaram a economia, a política e a vida das pessoas nestes tempos entre os séculos 19 e 20. Depois vieram décadas com o ciclo da extração da madeira, onde Antonina e Paranaguá se destacaram, exportavam, geravam intensa utilização de mão de obra e o dinheiro circulava com incrível velocidade pelas mãos das pessoas, pelo comércio e na economia estadual e nacional. O atual Porto de Paranaguá, inaugurado em 1935, pega o final do ciclo da erva-mate, atua por anos com a madeira e abraça fortemente as décadas de outro do café. Até o primeiro edifício comercial da cidade ganha o honroso nome de “Palácio do Café”, em pleno anos 1960. A soja aparece nos anos 1970, e o Corredor de Exportação criado pelo Governo Federal pela velha estatal Portobrás, entra em operação em 1975, e o porto entra em nova fase de ouro com os grãos de soja e depois o milho. A erva-mate já tinha desaparecido e a madeira entrava em lento declínio. Antonina entrava em colapso com o fechamento do Porto Matarazzo e falência de um dos maiores grupos industriais do Brasil. Então o que assistimos lentamente hoje? Para profissionais da área de logística, é clara a intensa mudança dos grandes grupos e ‘tradings’ para outros portos do país, acompanhando as novas fronteiras agrícolas do país: Itacoatiara, Vila do Conde, Itaqui, Pecem, Suape são nomes que devemos nos acostumar. São os novos portos que escoam novas produções pelo norte e nordeste, com as novas ferrovias que passam a cortar o país de norte a sul. O novo Canal do Panamá e da Nicarágua, além de ‘hubports’ no Mar do Caribe com o Porto de Mariel em Cuba, onde as novas rotas marítimas operarão cada vez mais com mais intensidade. De novo.... e Paranaguá? Com a estabilização das exportações de grãos pelos portos do sul, a tendência é que os espaços portuários sejam destinados a ‘agregação de valor’. Considera-se agregar valor às cargas, quando estas possuem maior valor por tonelada e agregam mais conhecimento técnico a toda a cadeia de serviços da retroárea portuária. Mais espaços para contêineres, mais instalações industriais que usem o porto com entrada das matérias-primas que serão processadas. Enfim, a infraestrutura portuária empregará mais pessoas para prestarem outros tipos de serviços ou de produção industrial. A renda gerada com estas atividades serão maiores e melhor distribuídas do que o simples embarque de produtos agrícolas, que têm menor agregação de valor do que a indústria e serviços com produtos industrializados. O porto de Rotterdam, na Holanda é um bom exemplo disso: a imensa diversidade de serviços portuários, logística e indústrias ao lado do porto, o fazem mais do que um simples “cais”. Vai muito além, pois o porto passa a ser parte de algo maior: um pólo logístico-industrial. No Brasil, alguns projetos já possuem essa característica: Pecém, Suape, Açú foram desenhados com esta visão. Em Paranaguá, o projeto Novoporto Embocuí incorpora esta característica: a de possuir lotes industriais com a finalidade de utilizar a proximidade portuária com vantagem competitiva. Além, é claro, a incomparável situação geográfica de sua baía, com águas abrigadas ideais para fundeios de navios e serviços. Nossa gente é especialista em porto, tem expertise e competência, cuja capacitação deve ser acelerada para ganhos de produtividade, eficiência que baixam os custos operacionais. É assim na China, por exemplo. Portanto, estamos vivendo um período de transformação econômica nos portos do sul do país, em especial Paranaguá. Tal como nas épocas de ouro da erva-mate, madeira e café que se foram, o ciclo de grãos exportáveis se estabiliza para que no futuro próximo uma nova era portuária se apresente. Cabe às lideranças locais serem mais comunicativas com a sociedade e celebre um pacto de mudança organizada para os novos tempos que se mostram irreversíveis. É a Minha Opinião!