Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

UFPR litoral tem novas regras para ingresso de alunos

A forma de ingresso nos cursos de graduação ofertados pelo Setor Litoral da UFPR foi modificada. A partir de 2015, 30% das vagas serão preenchidas via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e as outras 70% serão preenchidas via o vestibular realizado pelo Núcleo de Concurso da UFPR, cujas provas serão realizadas nos meses de novembro e dezembro de 2014. Os candidatos que pretendem prestar vestibular pela UFPR devem ficar atentos às informações divulgadas pelo site do Núcleo de Concursos (www.nc.ufpr.br) e da UFPR Litoral (www.litoral.ufpr.br). As provas acontecerão em 2 de novembro (primeira fase) e 30 de novembro e 01 dezembro (segunda fase). As obras literárias e as referências para as provas de sociologia e filosofia estão disponíveis no site do NC. Os candidatos aprovados iniciarão suas atividades no primeiro semestre de 2015. Cursos e vagas No processo seletivo 2014/2015 do Setor Litoral serão ofertadas vagas em 11 cursos de graduação, com algumas mudanças em relação aos que foram ofertados no último ano. A principal novidade é que será ofertada a licenciatura em Educação Física, curso que substitui o de Gestão Desportiva e do Lazer. Para 2015, não serão ofertadas vagas para os cursos de Gestão Imobiliária, Orientação Comunitária e Informática e Cidadania. Confira os cursos que serão ofertados no Setor Litoral: - Licenciaturas: Artes; Ciências; Linguagem e Comunicação; Educação Física (50 vagas cada, duração: 4 anos). - Bacharelados: Gestão Ambiental; Gestão e Empreendedorismo; Gestão Pública; Serviço Social; Saúde Coletiva (50 vagas cada – com exceção do de Gestão Ambiental que ofertará 45 vagas; todos com duração: 4 anos). - Tecnólogos: Agroecologia; Gestão em Turismo (50 vagas cada, duração: 3 anos). Nova regra também para cotas Em cumprimento à nova Lei de Cotas para o Ensino Superior, sancionada em 2012, a UFPR altera no vestibular 2014/2015 o porcentual de vagas destinado a candidatos oriundos de escolas públicas e que se declarem pretos, pardos e índios. A Lei de Cotas garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno a alunos oriundos integralmente do ensino médio público. O ensino fundamental é desconsiderado e a cota racial é estabelecida dentro dessa reserva. Como há um prazo de quatro anos para que as universidades federais adotem a nova política, a UFPR optou por implantá-la de forma gradual. No ano passado, foram destinadas 25% das vagas do vestibular para essa reserva. Neste ano, serão 40% das vagas. No caso das vagas ofertadas pelo Sisu, o Ministério da Educação já aplica a reserva de 50% das vagas para estudantes fizerem o ensino médio integralmente em escola pública. Para 2015, das 6.755 vagas que serão ofertadas pela UFPR, 1.925 (30%) serão disponibilizadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e as 4.830 (70%) restantes, pelo vestibular próprio da universidade. Como era Até o ano passado, 25% das vagas do vestibular eram destinadas à aplicação da Lei de Cotas. Outras 15% eram distribuídas conforme as ações de política afirmativa da instituição, sendo 7,5% de inclusão racial e 7,5% de inclusão social, que contemplavam estudantes que realizaram o ensino fundamental e médio exclusivamente em escola pública no Brasil. Os 60% restantes eram disputadas pela concorrência geral. Como fica A política afirmativa da própria UFPR deixa de vigorar no vestibular, e os 40% das vagas reservadas para inclusão social e racial, ou seja, 1.978, passam a atender à Lei das Cotas. Metade dessas vagas ficará disponível para cotistas com renda familiar igual ou inferior a um salário-mínimo e meio por pessoa, enquanto as outras 50%, para quem vem de escola pública mas que tem renda superior. Em cada um desses dois grupos, 28,51% das vagas serão destinadas àqueles que se declararem pretos, pardos e indígenas. O porcentual corresponde à proporção desses grupos étnicos no Paraná no último censo demográfico do Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número absoluto de vagas pode diferir entre os grupos em razão do arredondamento por curso e por turno, que deve privilegiar pretos, pardos e indígenas e cotistas com menor renda. Assim, 60% das vagas do vestibular continuarão sendo disputadas por candidatos que não se enquadrem em qualquer dos critérios estabelecidos para cotas. Veja no gráfico abaixo como fica a distribuição das vagas (todos os campi da UFPR)

Só bairro Nereidas faz propostas para o Orçamento de Guaratuba

Seis funcionários da prefeitura, um vereador e sua esposa, um jornalista e uma moradora do bairro Nereidas. Este foi o público da primeira reunião sobre as prioridades orçamentárias de Guaratuba para 2015. A Audiência Pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aconteceu na terça-feira (5), na sede da prefeitura. A reunião foi conduzida pelos técnicos da Secretaria de Finanças e Planejamento Osnil Medeiros e Rui Sérgio Jacubovski. Além dos funcionários, compareceram o vereador Maurício Lense, sua esposa Simone, a advogada Silvia Helena Buchalla e o repórter do Correio do Litoral.com. A moradora do Nereidas acabou propondo o que considera prioridades para seu bairro: construção de uma praça pública e de uma creche, implantação de atendimento básico de saúde no Centro de Especialidades do Nereidas – “que fica no bairro Eliane”, conforme destaca a moradora –, colocação de coberturas nos pontos de ônibus, ampliação dos horários da linha que passa na avenida Visconde do Rio Branco, implantação de uma linha de ônibus na avenida Paraná e integração do cadastro dos usuários do SUS entre as unidades de saúde de todo o município. De acordo com a equipe da Prefeitura, as propostas serão analisadas em conformidade com o Plano Plurianual (PPA) 2014-2017 aprovado em 2013, o planejamento e a previsão de orçamento da administração para o próximo ano. O orçamento de 2014 é de R$ 102 milhões e contém os gastos do Executivo e do Legislativo. Outros R$ 6 milhões foram destinados ao regime Próprio de Previdência. Para 2015, a previsão deve girar em torno de R$ 110 milhões mais os gastos da previdência. População terá nova chance no dia 19 A primeira audiência serviu para colher sugestões para o projeto de lei que conterá as metas e prioridades da administração municipal, bem como as despesas de capital. Com base nas sugestões desta primeira audiência e no PPA, a Prefeitura apresentará sua proposta detalhada de LDO em uma segunda audiência pública, que acontecerá no próximo dia 19. A população terá então mais uma oportunidade de discutir as prioridades do município. O resultado do segundo debate será transformado em projeto de lei da LDO que será encaminhado à Câmara de Vereadores. Com base na LDO aprovada e sancionada, até outubro, a Prefeitura deverá fazer mais duas audiências públicas sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) e enviar novo projeto de lei para a Câmara até o dia 30 de outubro. Os vereadores têm até o final do ano para aprová-lo e não poderão entrar em recesso antes de fazê-lo. 2ª Audiência Pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias Dia 19 de agosto 18h Sede da Prefeitura Municipal de Guaratuba Rua Dr João Cândido, 380 – Centro

Benefício Assistencial – Loas

A assistência social é direito do cidadão e dever do Estado, consistindo em uma política de seguridade social que não depende de contribuição e realizada por meio de um conjunto integrado de ações para garantir e assegurar o atendimento às necessidades básicas.Com o objetivo de suprir a carência para garantir a sobrevivência de quem vive em condições mínimas de manter o próprio sustento, conforme consta do artigo 203 da Constituição Federal de 1988, foi recepcionado pela Lei n.º 8.742/1993, a conhecida Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, o Beneficio Assistencial de prestação continuada. Esta prestação pecuniária assistencial conhecida como Beneficio de Prestação Continuada, tecnicamente não e um benéfico uma vez que não exige carência, no entanto é concedido pela Previdência Social para fim de atender aquele que não tem condições de manter sua sobrevivência, conforme podemos verificar o que determina o artigo 3º do Decreto n.º 3.048/1999 em que a assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social. 2 - BENEFICIÁRIOS Para ser beneficiário desta assistência, consideram-se como protegidos aquelas pessoas que não tem renda para seu próprio sustento sem amparo também da família, sendo deficiente ou necessitado (idoso e criança). A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 203 e incisos, entende que esta prestação deverá ser concedida para aqueles que necessitam, tendo como objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice com amparo às crianças e adolescentes carentes, a promoção à integração ao mercado de trabalho, a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência, a promoção de sua integração à vida comunitária, a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei a respeito. Considera-se pessoa com deficiência aquela que possui impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (artigo 20º § 2º da Lei 8.742/1993. 3 - DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL O benefício assistencial será garantido aos idosos e aos deficientes quem comprovarem não possuir meios de prover o próprio sustento, correspondendo à garantia de um salário mínimo devido à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, conforme determina o artigo 20 da Lei n.º 8.742/1993. A concessão deste benefício somente será feita ao brasileiro, ao indígena não amparado por nenhum sistema de previdência social ou ao estrangeiro naturalizado e domiciliado no Brasil, não coberto por sistema de previdência do país de origem. Este benefício poderá ser pago a mais de um membro da família desde que comprovada todas as exigências, para o inválido. Considera-se pessoa idosa para fins de recebimento do benefício, aquela que possui 65 (sessenta e cinco) anos ou mais de idade que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família, sendo esta a previsão do artigo 20º da Lei n.º 8.742/1993. Não basta ser apenas idoso ou deficiente deverá ainda comprovar que a renda familiar “per capita” é inferior a ¼ do salário mínimo. A Lei n.º 12.435/2011 entende como família aquele núcleo composto pelo o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. Considera-se deficiente aquele que comprovar impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, nos termos do artigo 20 § 3º e 6º da Lei n.º 8.742/1993 devendo ainda obter o Parecer do Serviço Social e da Perícia Médica demonstrando tal incapacidade para a vida independente e para o trabalho e ainda não ter renda superior a ¼ do salário-mínimo vigente na data do requerimento e que não estava recebendo nenhum benefício previdenciário. Ainda em atenção ao artigo 20, da Lei n.º 8.742/1993, temos que o idoso para concessão do benefício deverá comprovar idade igual ou superior a 65 anos para o idoso, (artigo 20º da Lei n.º 8.742/1993), com renda mensal da família inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo vigente na data do requerimento (artigo 20, § 3º da Lei 8.742/1993, e ainda não estar recebendo benefício pela Previdência Social ou por outro regime previdenciário (artigo 20, § 4º da Lei 8.742/1993). 4 - DO ACÚMULO COM OUTROS BENEFÍCIOS Não poderá ser o LOAS concedido quando o beneficiário estiver recebendo algum benefício previdenciário, uma vez que a lei proíbe o acúmulo com outros benefícios conforme o artigo 20, § 4º da Lei n.º 8.742/1993, qual seja: “§ 4º: O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória”. 5 - DA RENDA FAMILIAR A renda familiar mensal a precisa ser declarada pelo requerente ou seu representante legal, comprovando que o valor per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. No caso de deficiente que é contratado mediante contrato de aprendizagem, entende a lei que a remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz não será considerada para fins do cálculo. Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja

350 ton de lixo são jogados por ano em um dos acessos ao Litoral

Cerca de 350 toneladas de lixo são despejadas anualmente em um dos dois acessos de Curitiba ao Litoral (BR-277 e as PR-407 e PR-508). Desse total, cerca de 290 toneladas são de lixo não reciclável, 43 toneladas de lixo reciclável e 12,5 toneladas de pneus. O levantamento é da concessionária das rodovias, que está distribuindo 10 mil lixeirinhas para serem colocadas junto ao câmbio do veículo. São despejados todos os tipos de resíduos ao longo das rodovias, que ficam alojados as margens das vias e acostamentos. Entre os mais comuns estão resíduos orgânicos (como cascas e sementes de frutas) e garrafas PET e papel. Entre os mais excêntricos estão fraldas descartáveis e garrafa pet contendo urina. Os resíduos despejados ao longo das rodovias podem causar acidentes e são uma ameaça ao meio ambiente, sobretudo nas rodovias administradas pela Ecovia porque todas elas cortam o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil. Ao longo da BR-277 a concessionária mantém três SAUs (Serviço de Atendimento ao Usuário) onde há lixeiras disponíveis para o descarte correto. O artigo 172 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), diz que “atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias” caracteriza uma infração média, e o motorista responsável leva multa e quatro pontos na carteira.

Cursos do Pronatec são apresentados aos operadores portuários em Pontal

Uma reunião de apresentação do Pronatec – Brasil Maior será realizada nesta quinta-feira (7), em Pontal do Paraná. No encontro, representantes das empresas operadoras portuárias terão a oportunidade de conhecer todos os cursos de educação profissional e tecnológica que oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. A reunião também tem o objetivo levantar as necessidades de capacitação educacional dos profissionais que atuam na região para que as oportunidades sejam ampliadas. O encontro é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com o apoio da Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos. Mais de 40 empresas da região portuária foram convidadas. A proposta é promover a inclusão social e ampliar as possibilidades de qualificação profissional em todo o Estado. Estarão presentes no evento Luiz Fernando da Silva, coordenador técnico da área de Construção Civil do Ministério; Roberto Ney, engenheiro Naval e coordenador técnico da área de Petróleo e Gás Natural do Ministério; Luiz Henrique Tessutti Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina; e o chefe de gabinete da Secretaria, Marcírio Machado Sobrinho. O que é o Pronatec? O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) foi criado pela presidente Dilma Roussef, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. No Pronatec são oferecidos cursos gratuitos nas escolas públicas federais, estaduais e municipais, nas unidades de ensino do Senai, do Senac, do Senar e do Senat, em instituições privadas de ensino superior e de educação profissional técnica de nível médio. São três tipos de curso: Técnico para quem concluiu o ensino médio, com duração mínima de um ano; Técnico para quem está matriculado no ensino médio, com duração mínima de um ano; Formação Inicial e Continuada ou qualificação profissional, para trabalhadores, estudantes de ensino médio e beneficiários de programas federais de transferência de renda, com duração mínima de dois meses. Apresentação do Pronatec aos operadores portuários Data: 7/8 (quinta-feira) Horário: das 9h30 às 12h Local: Rua Tom Jobim, 308 – Bairro Primavera – Pontal do Paraná (em frente ao Balneário Guarapari)

Juiz acusado de desvio de indenizações de pescadores

Um juiz, um cartorário e um diretor de Colônia de pescador estão entre as pessoas presas na Operação Tarrafa, realizada nesta terça-feira (5) no Litoral, Curitiba e Ponta Grossa.A operação foi desencadeada pela 1ª Promotoria de Justiça de Paranaguá, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Os presos são acusados de desvios de indenizações destinadas a pescadores do Litoral do Paraná por causa dos acidentes ambientais da Petrobras em 2001. Até o início desta tarde, foram cumpridos oito mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão em empresas e residências situadas em Paranaguá, Curitiba, Antonina, Guarapuava e Ponta Grossa. Também foram executadas 13 conduções coercitivas (pessoas levadas para prestar depoimento, mas que não estão detidas). Entre o material apreendido durante a operação estão documentos, computadores e telefones celulares. Com três presos ainda foram encontradas armas de fogo, com as autorizações de porte vencidas. A investigação, conduzida pela 1ª Promotoria de Paranaguá, foi iniciada em maio deste ano. Ela apura a existência dos crimes de apropriação indébita de valores de pescadores, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, envolvendo contadores, advogados, administradores de empresa, funcionários públicos e um diretor de associação de pescadores. (Com informações do Ministério Público Estadual) O esquema segundo o Ministério Público – fonte: Gazeta do Povo Os jornalistas da Gazeta do Povo Oswaldo Eustáquio, Felippe Aníbal e Mauri Konig dão os nomes e os detalhes da suposta fraude. Leia: Foram presos preventivamente o juiz aposentado Hélio Tsutomu Arabori, o escrivão Ciro Antônio Taques, o advogado Marcos Gustavo Anderson. Com a prisão preventiva decretada, o serventuário da Justiça Arival Tramontin Ferreira Junior está foragido. Os quatro seriam os cabeças do esquema, liderado por Taques. Outras 12 pessoas acusadas de participar do esquema tiveram prisão temporária decretada ontem. Cinco delas foram detidas e sete estão foragidas. Ao grupo são imputados crimes de quadrilha, apropriação indébita, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Acusada de integrar o grupo, a advogada Cristiane Uliana não está entre as pessoas que tiveram a prisão decretada ontem porque ajudou nas investigações. Ela descreveu o esquema ao MP logo depois de a reportagem da Gazeta do Povo revelar que ela teria se apropriado indevidamente do valor das indenizações de 18 pescadores. Segundo as investigações, ela teria sido convidada a integrar o grupo em novembro de 2004, nas ações contra a empresa Cattalini Terminais Marítimos Ltda no acidente do navio Vicuña. Em 2005, passou a responder também por parte das ações contra a Petrobras. O esquema De acordo com as investigações, o esquema teria sido criado inicialmente para que o núcleo arrecadasse dinheiro a partir do recebimento de custas processuais das ações ingressadas pelos pescadores contra a Petrobras. Os cabeças do grupo teriam cooptado advogados, que visitavam ilhas do litoral e recolhiam assinaturas em procurações de pescadores, estimulando-os a ingressar com ações de indenização. O presidente da Federação de Pescadores do Paraná, Edmir Manoel Ferreira, também teria aderido à quadrilha e convencido outros pescadores a entrar com pedidos de indenização. Ele é um dos suspeitos presos temporariamente. Segundo a 1.ª Promotoria de Justiça Criminal de Paranaguá, três empresas teriam sido criadas para operacionalizar “as vantagens indevidas” e para lavar o dinheiro, obtido a partir do esquema. Por meio delas os valores seriam repassados ao núcleo central. Segundo as investigações, caberia a Cristiane fazer os cálculos da partilha dos valores auferidos com as custas processuais. Taques, o escrivão acusado de ser o líder do grupo, ficava com 32% da arrecadação. Arival, conhecido pelo sobrenome Junior, ficaria com outros 32%. Cristiane e o juiz Hélio Arabori ficariam com 18% cada um. As investigações contam com interceptações telefônicas e de e-mail, com a quebra do sigilo bancário – todos autorizados pela Justiça – e com uma série de depoimentos dos investigados. A Gazeta do Povo tentou manter contato com os acusados presos ontem, mas não conseguiu falar com todos. O jornal está aberto a ouvi-los, ou a seus representantes, para dar sua versão sobre as acusações. Esquema teria iniciado em 2003 Dois acidentes ambientais provocados pela Petrobras, em 2001, e outro envolvendo o navio chileno Vicuña, em 2004, teriam desencadeado as fraudes investigadas na 1.ª Vara Cível de Paranaguá. Para o Ministério Público, o esquema começou em 2003. As investigações traçam uma cronologia dos acontecimentos. Entre 2003 e 2004, o escrivão Ciro Antônio Taques teria mandado o advogado Maximilian Zerek e Arival Tramontin Ferreira Junior (funcionário da Vara Cível e seu cunhado à época) percorressem o litoral do Paraná para colher assinaturas em procurações e contratos advocatícios para viabilizar ações de indenização a pescadores afetados pelos acidentes. Taques teria pago de R$ 8 a R$ 9 para cada procuração assinada. A intenção de Taques seria receber valores decorrentes das custas processuais decorrentes das ações propostas contra a Petrobras, em relação ao vazamento de óleo do Poliduto Olapa. Haveria um acerto com o chefe do Cartório Distribuidor para o direcionamento dessas ações de indenização à 1.ª Vara Cível. A remuneração daqueles que participavam do esquema montado pelo escrivão seria paga com o dinheiro das custas processuais. Após a assinatura de procurações e honorários contratuais, de janeiro a setembro de 2004 foram ajuizadas milhares de ações em relação ao Poliduto Olapa e ao Navio Norma. Pelas investigações, os processos teriam ficado parados no Cartório da 1.ª Vara Cível até o acidente com o Navio Vicuña, em 2004, quando foi colocado a “mão na massa”. Para esse caso teria sido montada a mesma estrutura, com a participação do presidente da Colônia de Pescadores, Edmir Manoel

Estudantes pedalam para elaborar roteiro na PR 405

Nesta quinta (7) e sexta (8), alunos do curso de Oceanografia do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR participam de uma saída de campo à PR 405, que liga Guaraqueçaba a Antonina. A viagem faz parte da optativa “Turismo e Natureza”, ministrada pelo biólogo do CEM José Claro da Fonseca Neto e pelo professor de Biologia Carlos Eduardo Belz. Os alunos farão o percurso de bicicleta, estudando a possibilidade da criação de uma rota de cicloturismo na região. Utilizando o método da Avaliação Turística Rápida, serão analisados diversos aspectos, como o estado de conservação, a existência de pontos de parada para alimentação e pernoite, sinalização, impactos da ação do homem, locais para observação da flora e fauna local e grau de dificuldade do percurso. Ao todo, o trajeto tem cerca de 90 km de estrada de terra. A disciplina surgiu em 1997, como a prática de docência para o doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR de José Claro. O biólogo conta que desenvolveu o projeto devido à falta de informações técnicas de rotas de ecoturismo no litoral do Paraná. “Ao longo destes anos, buscamos explorar a vertente da Serra do Mar voltada para o oceano, a plataforma continental e a planície litorânea”, explica. Entre os trajetos já estudados estão escaladas dos Picos Paraná, da Prata e Marumbi e caminhadas até as cachoeiras de Matinhos e pelo Caminho do Itupava. Muito preparo Com características especiais, são exigidos pré-requisitos bastante específicos para a participação nas aulas. Voltada para estudantes do quinto ano do curso de Oceanografia, os interessados são informados com meses de antecedência sobre os equipamentos e preparo físico necessários. “Antes mesmo de abrir a disciplina, eu já aviso que é difícil”, garante o pesquisador, acrescentando que isso é necessário porque alguns problemas de saúde impedem a realização do trajeto. No caso da visita à Estrada da Banana, único acesso terrestre a Guaraqueçaba, foram exigidas bicicleta em bom estado de conservação, barraca e no mínimo três meses de experiência em pedalada, já que o passeio é feito por caminhos de estrada rural, com cascalho e subidas. “Os pré-requisitos servem justamente para informar as pessoas sobre o que vai acontecer.” O trajeto será dividido entre os dois dias da atividade. Na quinta-feira, dia 7, o grupo, que será composto por 10 alunos, além de professores e uma equipe de apoio, pare de Antonina e percorre os primeiros 70 km, chegando até a Reserva Natural do Salto Morato onde acampam. Na manhã seguinte, saem bem cedo e pedalam por mais 20 km até Guaraqueçaba, onde almoçam. O retorno até Pontal do Sul será feito em um barco ofertado pela Universidade, que também oferece o transporte de ida até Antonina. O resultado Os três dias que antecedem a viagem são compostos por aulas teóricas sobre turismo e natureza. Na semana seguinte, os estudantes se reúnem para compilar os dados e imagens coletadas no trabalho de campo em um relatório técnico, um resumo e um roteiro turístico. Na manhã da sexta-feira, dia 15, este produto será apresentado publicamente em uma sessão com membros da administração da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba. Com texto e fotos da UFPR

Ultra Maratona Morretes-Guaraqueçaba neste sábado (9)

A Ultra Maratona Morretes-Guaraqueçaba, neste sábado (9), terá início na PR 405. No primeiro trecho os atletas vão correr no asfalto, porém a maior parte da rodovia é de chão batido com dificuldade elevada aos maratonistas, com vários trechos encontram-se subidas e descidas. Ultra Maratona Morretes-Guaraqueçaba, é denominado evento autossuficiente, na qual o atleta se responsabiliza por sua orientação de percurso que estará sinalizado com placas, setas, fitas e tinta no asfalto. A largada será às 5h30 de o término previsto para as 23h. O evento contará com provas de distâncias menores como: 80 km, 52 km, 30 km e 15 km com largada em horário e local diferenciado. A organização alerta que os atletas devem ter atenção redobrada no trajeto de asfalto, pois o tráfego de veículos não será bloqueado por completo. Categorias: 1) 105 km – Sendo 27,5 km de asfalto e o restante em estrada de terra (divisa do rio 1º de Fevereiro) 2) 80 km – Sendo 80 km em estrada de terra (divisa rio 1o. de Fevereiro) 3) 52 km – Totalmente em estrada de terra 4) 30 km – Totalmente em estrada de terra 5) 15 km – Totalmente em estrada de terra

Carta 152. Um desterrado em Desterro

Neste mês de julho, graças a convite, carona (ida e volta) e hospitalidade de um casal de amigos de Curitiba, pude novamente me encontrar com a Ilha de Santa Catarina. Tinha visitado a Ilha duas vezes antes, há quase um quarto de um século (ver Tabela 1), no início do verão e por motivos puramente recreativos. Assim, tinha feito pouquíssimas anotações sobre a fauna e flora naquelas ocasiões. Mas nesta última visita, que aconteceu no meio do inverno, esforcei-me em combinar o agradável ao útil, listando as aves, borboletas, conchas marinhas e cogumelos encontrados nas minhas caminhadas. Estou muito ciente de que a Ilha de Santa Catarina tem sido bem explorada para cada um destes quatro grupos, por naturalistas residentes e pelos viajantes do passado que aportaram na ilha. Mesmo assim, decidi apresentar as minhas listinhas de espécies encontradas, para (i) que estes dados possam ser aproveitados e (ii) para estimular outras pessoas a divulgar os seus registros, por mais insignificantes que possam parecer. Vegetação Folheando no belo livro de Gerlach 2010, fiquei impressionado pela beleza das aquarelas de Louis Choris (páginas 126-129), feitas em 1815 e das pinturas de Joseph Brüggeman (páginas 240-241, 305 e 414-415), do período de 1866 a 1868. Estas obras dão uma ideia fiel da fitofisionomia da ilha, mostrando piteiras (Furcraea foetida – Agavaceae), palmeiras, cactos e samambaias. Na época em que Brüggeman produziu essas pinturas, Fritz Müller mencionou numa carta a Darwin (1 de novembro de 1865): “A paisagem em nossa Ilha é muito bonita; até os viajantes que conhecem as ilhas do Oceano Pacífico, Java, etc. me disseram que nossa Ilha é um dos pontos mais bonitos que eles jamais viram. Infelizmente, agora a vegetação perdeu muito da sua primitiva grandiosidade; as matas virgens quase que desapareceram por completo e muitos dos nossos morros são agora cobertos quase que exclusivamente por arbustos baixos de uma insignificante Dodonaea.”(a) (citado em Gerlach 2010, pág. 265). O relato a seguir se refere unicamente à minha última visita à Ilha, em julho de 2014. Aves Não fui a sua busca, mas anotei os nomes daquelas que vieram se apresentar a mim por livre e espontânea vontade. Encontrei umas cinquenta espécies (ver Tabela 2), que represente apenas 14% do total de 352 espécies de aves atualmente conhecida da Ilha de Santa Catarina (Ghizoni-Jr. et al. 2013). Nome: CBRO 2014. Localidade: 1 = Praia do Santinho (13 a 21 de julho); 2 = Morro das Aranhas e Ponta das Aranhas (15 + 16 de julho); 3 = Praia Grande ou Moçambique (15 de julho); 4 = Praia Daniela (17 de julho); 5 = Ratones; 6 = trilha da costa oeste da Lagoa da Conceição (20 de julho); 7 = Praça XV de Novembro (Centro de Florianópolis) (22 de julho). Abundância: + = presente; ab = abundante; ai = alguns indivíduos; 1 = um indivíduo; p = par; B3 = bando de 3 exemplares. Fiquei impressionado com o grande número de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) morto nas praias, jogados ali pelo mar. O maior número de exemplares mortos foi encontrado em 15 de julho, quando percorri toda a Praia Moçambique. Havia animais espalhados pela extensão toda desta praia, com uma notável concentração num trecho de 50 metros, onde havia nada menos que 22 exemplares! Durante a visita à Ilha encontrei deste pinguim apenas um exemplar vivo: estava nadando na Lagoa da Conceição (na qual deve ter entrado pela Barra da Lagoa), próximo à vila de Lagoa, em 19 de julho. Nos meus frequentes deslocamentos de ônibus municipal pela norte da ilha, me chamou atenção a abundância do tapicuru-de-cara-pelada (Phimosus infuscatus): observei a espécie em muitas localidades, sozinha ou em grupos, pousada ou sobrevoando. O primeiro registro desta espécie na Ilha de Santa Catarina foi feito em 2005 e desde então a espécie tem se tornado comum ali (Ghizoni-Jr. et al. 2013). O mesmo fenômeno tem ocorrido no litoral norte do Paraná: na cidade de Antonina, a espécie foi registrada pela primeira vez em julho de 2011 e desde então, a sua presença ali tem sido constante (veja a minha carta “Antes de a lama secar”, de maio de 2014). Outros grupos de vertebrados Vi somente uma espécie de mamífero nativo (20 de julho): um par de macacos-prego (Cebus apella), um deles pedindo esmola (fazenda caretas engraçadas), no ponto do Parque Florestal do Rio Vermelho onde os turistas (após estacionarem os seus carros abaixo de Pinus) embarcam para irem almoçar ao outro lado da Lagoa de Conceição. Encontrei um grupo de três cabritos (21 de julho) em liberdade, no topo do Morro Ponta dos Ingleses (altitude: 190 m). Não vi répteis, nem anfíbios, mas à noite escutei alguns anfíbios cantando nos pequenos brejos entre as dunas da Praia do Santinho. Na tarde de 15 de julho, quando percorri a Praia Moçambique inteira, encontrei em dois pontos da sua extensão a pesca da tainha (Mugil liza) e em quatro pontos a pesca da papa-terra (Menticirrhus americanus). A pesca de tainha era feito por grupos de três homens, com uma rede de cerco: um dos homens andando devagar pela margem da água rasa, segurando a corda e arrastando a rede em direção paralela à praia e os outros dois dentro da água, cada um agarrado a uma boia carregador da rede. Ouvi alguns pescadores comentar que colegas, naquela mesma tarde, haviam pescado ali duzentas tainhas! Para a pesca da papa-terra, em dois pontos foi usado anzol comum com uma ou duas iscas e nos outros dois foi usado espinhel.(b)A isca sempre consistia de pedacinhos de parati (Mugil curema e/ou M. gaimardianus). Na tarde de 21 de julho encontrei pela extensão toda da Praia dos Ingleses muitos exemplares mortos do baiacu-espinhoso (Chilomycterus spinosus). Imagino que se tratou de ‘descarte’ de algum barco pesqueiro. Em 16 de julho subi o Morro das Aranhas e a partir do topo (altitude: 255 m) pude constatar que a pesca no oceano próximo é intensa: às quatro horas daquela tarde havia 16 barcos pesqueiros à vista (de binóculo) em direção noroeste e oeste. Borboletas

Faça uma ponte pra criança sorrir

Começamos os preparativos para o nosso evento “Faça uma ponte pra criança sorrir 2” Diferentemente do ano passado, esse ano queremos inovar, faremos numa praça onde serão montados os seguintes brinquedos: 1 Tobogã 1 Piscina de Bolinhas 1 Touro Mecânico 2 Cama Elástica O custo total será de mais ou menos R$ 4.000,00 distribuído com 10 patrocinadores e doadores voluntários. Na próxima semana encaminharemos ofício junto a Prefeitura Municipal de Guaratuba para obtermos autorização para evento. As empresas que tiver interesse em nos apoiar, entre em contato por e-mail ou por telefone. Teremos a certeza que com a participação de todos, faremos uma grande festa para nossas crianças. Aqueles que puderem e quiser, pode doar qualquer valor ao nosso evento, deverá fazer através de depósito bancário, CEF 0375 - OP. 013 C/P 29.295-4 em nome de Alex Vinicius da Silva Fatel. Todo o valor depositado, será anunciado em nossa página e todo o valor será revertido para o evento, pois se trata de uma conta que deixei exclusivamente para levantar fundo dessa campanha.