Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Encontro mostra realizações da Educação Ambiental no Litoral

Acontece sexta (27) e sábado (28), na UFPR Litoral, em Matinhos, o I Colóquio de Educação Ambiental. Haverá pausa para o jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo. O evento está sendo organizado pelo curso de Especialização em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis. Além dos alunos do curso, professores de educação básica, estudantes de graduação e pós-graduação de toda a região vão apresentar pesquisas e projetos Os certificados de participação serão entregues no sábado das 15h às 16h30. Para acessar o ensalamento e os horários das apresentações dos trabalhos clique aqui. Cronograma Geral Sexta-feira e sábado (Manhã) 8h30 - apresentação 9h - apresentação 9h30 - diálogos 10h15 - intervalo 10h45 - apresentação 11h15 - diálogos Sexta-feira (Tarde) 13h30 - apresentação 13h50 - apresentação 14h15 - diálogos 15h30 - intervalo 16h - apresentação 16h20 - apresentação 16h40 - diálogos Sábado (Tarde) 13:00 as 15:00 - Intervalo Jogo Seleção Brasileira. 15h00 - apresentação 15h20 - apresentação 15h40 - diálogos 16h30 - apresentação 16h50 - apresentação 17h10 - diálogos Fonte: UFPR Litoral

Advogados de pescadores do Litoral são presos em Curitiba

A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira (25), em Curitiba, os advogados Levi de Andrade e Jorge Luiz Mohr. Os dois atuam no caso dos pescadores do Litoral do Paraná que buscam na Justiça indenização no caso do rompimento do Poliditudo Olapa e do acidente com o navio Norma, ambos em ocorridos em 2001. Para vários jornalistas, a assessoria de imprensa da Polícia Civil disse que só confirmaria os nomes dos detidos durante a entrevista coletiva que acontecerá na tarde desta quinta-feira. As imagens em frente ao escritório de Levi Andrade e os mandados de prisão publicado no jornal “Eco Paranaguá & Litoral” não deixam dúvidas. Ao repórter Oswaldo Eustáquio, da Gazeta do Povo, a polícia adiantou que a prisão foi realizada pela delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC). Gazeta do Povo No mês de abril, a Gazeta do Povo publicou uma série de reportagens que revelou que pelo menos 18 pescadores não receberam os valores referentes as suas indenizações. Os valores foram sacados no banco pelos procuradores, mas o dinheiro não chegou as mãos dos pescadores. Após as denúncias, dezenas de pessoas se dirigiram ao Ministério Público (MP), para reclamar que também não receberam suas devidas indenizações. O MP abriu procedimento investigatório contra advogados de dois escritórios de advocacia e foram registrados na delegacia de Polícia Civil de Paranaguá pelo menos 50 novos boletins de ocorrência. Processos Os processos milionários que envolvem este caso causaram uma série de acusações entre os escritórios de advocacia envolvidos, que respondem também a processos disciplinares na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR). Operação Arrastão Nesta quinta-feira (26) a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) falou das prisões e das buscas em escritórios de advocacia realizadas em Paranaguá e Curitiba, que levou o nome Operação Arrastão. O delegado-titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira, confirmou os nomes dos advogados Levi de Andrade, 54 anos, e Jorge Luiz Mohr, 62 anos. A policía acrescentou que Andrade é agente aposentado da Polícia Federal. “Eles utilizavam meios ilegais de captação de clientes de outros escritórios de advocacia, com o intuito de obtenção de vantagem patrimonial ilícita”, afirmou o delegado. Oliveira explicou que os acusados assediavam as vítimas de acidentes ambientais, formados principalmente por pescadores dos municípios de Paranaguá, Antonina, Morretes, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba, através de palestras, cultos evangélicos e reuniões em centros comunitários e vilas de pescadores. “As promessas feitas eram de aumentar o valor das indenizações fixadas pela Justiça e agilização no pagamento. O grupo estava agindo desde meados de 2013. Estima-se, inicialmente, que o golpe está em torno de R$ 2 milhões”, afirmou o delegado, destacando que centenas de procurações foram apreendidas nos escritórios. Com informações de Oswaldo Eustáquio / Gazeta do Povo Foto: Eco Paranaguá & Litoral

Comunidades tradicionais litorâneas lutam para não desaparecer

Comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras que vivem no litoral entre o Rio de Janeiro e São Paulo correm o risco de desaparecer. Elas sofrem com a grilagem de terras na Serra do Mar, com o turismo de escala e com a falta de políticas públicas, como educação e infraestrutura. Para chamar a atenção sobre esses grupos, o Fórum das Comunidades Tradicionais de Angra, Paraty e Ubatuba lança sábado (28) a campanha "Preservar é resistir- Em defesa dos territórios tradicionais". Será em Ubatuba. De acordo com o integrante do fórum Vagner do Nascimento, um dos principais problemas na região é a sobreposição de unidades de conservação nas comunidades. Ele diz que a situação “engessa” a população e desassocia o homem da natureza, fator que garantiu a sobrevivência desses grupos até hoje. Na região, moradores e especialistas querem a recategorização das unidades para parque estadual ou reserva extrativista - modalidade criada pelo ambientalista Chico Mendes. O vice-presidente da Associação de Moradores do Pouso da Cajaíba, na Reserva da Juatinga, Francisco Xavier Sobrinho, explica que, na prática, morar em uma reserva significa ficar impedido de usar a natureza para sobreviver. Não se pode construir casas de barro, prática agroecológica, as tradicionais canoas caiçaras - esculpidas em um único tronco -, plantar e pescar. “ Precisamos resistir para continuar aqui e assegurar o que temos para as novas gerações”, disse. Na divisa dos estados, o fórum destaca que a legislação atual prejudica as comunidades quilombolas Cambury e Fazenda Caixa, dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina e do Parque Estadual da Serra do Mar. Em ambas, as práticas culturais são reprimidas. “Ou seja, a pessoa vive na pobreza em um território rico porque está impossibilitada de viver com dignidade, conforme suas gerações passaram”, observou Vagner. Mais próximo da cidade histórica de Paraty, o fórum denuncia que a sobreposição de unidades não permite a chegada de energia elétrica e a pavimentação de estradas, para não causar impacto ambiental. A situação afeta comunidades caiçaras na costa e indígenas da Aldeia Araponga. Vivendo em uma área apertada, o grupo tem dificuldade de acesso à água, a serviços de saúde, está superlotada e tem problemas com o descarte adequado de lixo. “Os indígenas têm o território, que originalmente é deles, ameaçado pela especulação imobiliária para a abertura de novas áreas para condomínios e pousadas”, acrescentou o integrante do fórum. Outro problema causado pela especulação imobiliária é a restrição imposta por condomínios de luxo a caiçaras de praias como a do Sono, que perderam o acesso ao mar. Agora, precisam passar por dentro do condomínio, em um carro cedido pelos administradores para chegar aos barcos. O turismo na costa e em áreas de berçários de peixes, como o Saco do Mamanguá, também avança e está entre as preocupações, em defesa da pesca artesanal. Para mostrar como vivem, as comunidades fizaram um vídeo de cerca de dez minutos que lançam junto com a campanha “Preservar é resistir”, na festa de São Pedro Pescador, sábado (28). Reportagem: Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil – Edição: Graça Adjuto Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

PT do Litoral conclui curso e prepara campanha de Dilma e Gleisi

Militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) do litoral do Paraná concluíram neste mês o Curso de Formação para Dirigentes. O terceiro e último encontro foi no dia 14, no antigo Clube Nordestino em Paranaguá. A notícia foi publicada no Jornal dos Bairros nesta quarta-feira (25). O evento contou com a participação dos deputados estaduais do partido Péricles de Mello e Tadeu Veneri e do deputado federal Ângelo Vanhoni, além da secretária de Mulheres de Curitiba, Roseli Isidoro e de Vanda Santana, do Coletivo de Formação Política do Diretório Estadual do PT. O vereador antoninense Antonio Yukiyoshi Osaki “Tiba” (DEM), participou do evento, acompanhado da esposa Rozane Osaki, que entregou a Angelo Vanhoni, uma cesta com produtos da Associação de Pequenos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (Aspran). O encontro faz parte de um projeto da Secretaria Estadual de Formação Política do PT do Paraná e tem como foco a organização partidária, depois de definidos os diretórios municipais após o Processo de Eleição Direta (PED) realizado no ano passado em todo país. O curso foi dividido em três etapas. A primeira foi no dia 5 de abril, em Matinhos, com a participação de aproximadamente 80 lideranças. Os palestrantes foram o deputado estadual Péricles Mello e o jornalista Roberto Salomão. A segunda foi no dia 10 de maio, em Pontal do Paraná. Entre os palestrantes, o deputado Tadeu Veneri; a secretária estadual de Organização do PT, Zuleide Maccari, e Mara de Costa, da mesma secretaria; a secretária estadual de Mulheres do PT, Antonia Passos de Araújo “Toninha”; Carlos Augusto de Jesus “Carlinhos”, secretário Estadual de Combate ao Racismo, e Almira Maciel do mesmo setorial; e Carlos Emar Mariucci Junior, secretário estadual da Juventude do PT do Paraná. O curso é promovido pelo Coletivo de Formação Política do Diretório Estadual, que tem dois membros do Litoral: Vanda Santana (Antonina) e Guilherme Zavataro (Guaratuba). Os dois trabalham em conjunto com as comissões executivas municipais e principalmente com as secretarias municipais de formação. Além da qualificação dos dirigentes e militantes, a intenção do encontro é integrar os diretórios municipais e as propostas e lutas na região. Após o encontro as lideranças reuniram-se para decidir a estratégia de campanha da pré-candidata ao governo Gleisi Hoffmann e da presidente Dilma Rousseff. A primeira iniciativa foi a criação de um Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do Litoral, com representantes dos sete municípios. Participação decisiva das mulheres Encerrado o Encontro Regional de Formação para Dirigentes, Roseli Isidora, secretária de Mulheres de Curitiba, reuniu-se com um grupo de formadoras de opinião na sede social do Sindicato dos Consertadores de Paranaguá. Acompanhada de Vanda Santana do Coletivo de Formação Política do Diretório Estadual do PT, militantes do partido de diversas cidades do litoral, a secretária da Mulher falou do objetivo de formar um grupo suprapartidário de mulheres para atuar nas campanhas majoritárias de Gleisi e Dilma. Presente ao encontro, a vereadora petista de Morretes, Flávia Rebello Miranda, aprovou a iniciativa e defendeu a realização de um trabalho mais efetivo e mais próximo do litoral da senadora durante a campanha. Flávia disse que é preciso aproximar os eleitores da região da senadora Gleisi. “Gleisi é a produtora artesanal, é a pescadora do litoral, é a empresária, a produtora rural, a agricultora, a médica, a professora e todas as mulheres representadas no governo”, defendeu a vereadora. A jovem empresária, proprietária do Jornal dos Bairros, Jéssica Ketyscia Fernandes, disse é preciso focar com mais intensidade, na divulgação das ações do Governo Federal nas cidades do litoral, pois entende que muitas pessoas não te conhecimento e acabam acreditando ser ações do Governo do Estado ou prefeituras. Ela citou, como exemplo, as casas aos desabrigados na cidade de Antonina, onde o governador Beto Richa, fez a entrega e sequer citou que os recursos vieram do Ministério das Cidades. Antes do encerramento do encontro, Rozane Osaki, esposa do vereador antoninense Antonio Yukiyoshi Osaki, o Tiba do DEM, entregou para Roseli Isidoro, uma cesta com produtos da Associação de Pequenos Produtores Rurais e Artesanais de Antonina (Aspran). Roseli Isidoro prometeu realizar um novo encontro com as mulheres em Paranaguá, desta vez, com a presença da senadora Gleisi. A reunião com Gleisi Hoffmann aconteceu neste dia 25 de junho. Com informações do Jornal dos Bairros (Paranaguá) Foto: Jornal dos Bairros – www.jornaldosbairroslitoral.com.br

Carta 151. Descalço – resenhas

Há um mês recebi como presente de um amigo os seguintes livros: Van Roosmalen, M.G.M. 2013. Barefoot through the Amazon – On the path of evolution. http://www.amazon.com Print version: 1-498. Paperback https://www.createspace.com/4177494 Van Roosmalen, M.G.M. 2013. A shaman’s apprentice: traditional healing in the Brazilian Amazon.http://www.amazon.com Print version: 1-155. Paperback https://www.createspace.com/4232714 Van Roosmalen, M.G.M. & T. Van Roosmalen . 2013. On the origin of allopatric primate species and the principle of metachromatic bleaching.http://www.amazon.com Print version: 1-145. Paperback https://www.createspace.com/4549738Destes três, os primeiros dois já li. Foram escritos numa linguagem popular-científica e gostei tanto a leitura que resolvi escrever uma resenha do livro mais volumoso: o primeiro. O terceiro livro foi estruturado como artigo científico e merece ser resenhado por algum especialista da área, seja primatólogo ou zoólogo geral. Como pesquisador obrigado pelas circunstâncias a viver de recursos mínimos, eu normalmente não me encontro em condições para viajar pelo país imenso, para participar em congressos na minha área. Mas, procuro aproveitar sempre quando um destes congressos ocorre em Curitiba. Desde a minha chegada ao Paraná em 1979, tanto o Congresso Nacional de Botânico quanto o Congresso Nacional de Zoologia têm ocorrido duas vezes no capital paranaense: o de Botânica em 1985 e 2005 e o de Zoologia em 1988 e 2008, sempre nos meses de janeiro ou fevereiro. Ao visitar estes congressos costumava verificar se havia algum participante da minha terra natal. Assim, em 1985 encontrei em Curitiba os botânicos holandeses Ben ter Welle (especialista em dendrologia) e Pieter Baas, ambos eles cientistas de renome internacional. E no congresso de 1988 encontrei o mastozoólogo(a) e botânico Marc van Roosmalen, que veio convidado para participar na mesa redonda “Interações entre mamíferos e plantas”. Ao nos se conhecermos, logo foi combinado para juntos fazermos uma excursão na Serra do Mar após do encerramento do congresso. Assim, ele poderia conhecer alguns macacos nativos da Mata Atlântica antes da sua volta para Manaus. A ideia inicial era pegar o trem e descer na Estação Marumbi, para ali começarmos a nossa caminhada. Mas houve um imprevisto: os funcionários da rede ferroviária estavam em greve. Assim, optamos por pegar o ônibus que passa pela Estrada de Graciosa, para descer no alto da serra e ali pegar o magnífico ‘Caminho de Graciosa’. Assim teríamos uma boa chance de ver tanto o macaco-prego quanto o bugiu-ruivo, juntos constituindo dois terços de todos os macacos nativos então conhecidos do Sul do Brasil.(b) No dia marcado chegamos a Rodoferroviária quase ao mesmo tempo, por volta das 7:15 h: ainda deu tempo para ir tomar um copo de café antes de o ônibus sair (horário 7:45 h). Acontece que a nossa conversa fluía tanto que nos esquecemos do tempo: vimos o ônibus sair abaixo do nosso nariz! Marc logo se mostrou uma pessoa de iniciativa: correu para um taxista, que ele pediu para rapidamente alcançar o nosso ônibus. Não sei se aquele motorista nos entendeu errado, ou propositalmente errou o caminho. Percebi muito tarde que estávamos indo em direção a Paranaguá, percorrendo a BR-277! Descemos no primeiro posto de gasolina, para ali pedir carona aos motoristas e, paralelamente, aguardar um ônibus. Sendo sábado de verão, todos os carros estavam lotados e, ao mesmo tempo, só passou ônibus “direto” (não para no ponto). Após de duas horas de espera, num calor intenso e no meio do barulho do tráfego, finalmente parou um ônibus “intermediário”. Este nos levou até Paranaguá, pois já tínhamos desistido do plano de ver macacos. Ficamos duas horas na bela cidade histórica e voltamos para Curitiba, pois queria que Marc conhecesse a minha morada: a Reserva Natural Cambuí, no vale do rio Iguaçu, situada ao caminho do aeroporto. No fim da tarde ainda tivemos de correr de bicicleta, da Reserva até o ponto de táxi mais próximo, para Marc não perder o avião para Manaus, pois tinha passagem para o voo das 18:45 h. O que mais me lembro daquele dia (6 de fevereiro de 1988) é que, apesar de muita coisa der errado, Marc nunca perdeu o bom humor. Morri de rir das histórias que ele contou do seu tempo de hippie, quando morava com macacos numa casa-barco em um canal de Amsterdã. No meio das risadas falamos também um pouco do trabalho e descobrimos um ponto de encontro entre a macrofauna dele e os macrofungos meus: Marc tinha visto na Amazônia um jabuti comendo cogumelos. Alguns meses depois da visita de Marc escrevi para ele, fazendo uma brincadeira mórbida, estilo holandês: pedi se ele podia me mandar pelo correio o conteúdo estomacal daquele jabuti. Ele não respondeu (talvez nem recebesse a mensagem; e-mail ainda não existia) e aí se encerrou o nosso contato, por completo. Como a maioria dos holandeses dentro e fora do Brasil, sofri muito com a via-crúcis que Marc teve de percorrer mais tarde e que, em 2007, culminou com a sua prisão em Manaus,(c)sob acusações terríveis. Considerei tendenciosas as notícias na imprensa nacional (houvera exceções), infelizmente até um artigo na revista Veja (“A Lei da Selva”), em que ele foi descrito como um potencial assassino. O Marc que eu conheci em 1988 não faria mal nem a uma mosca! Recentemente li um livro (Betto et al. 2011) em que Frei Betto comenta que, na fase posterior do seu aprisionamento durante a ditadura militar, ele foi colocado numa cela com presos comuns, incluindo assassinos, na provável esperança dos seus algozes de que ele fosse morto por um companheiro de cela. Marc também foi jogado numa cela comum, tendo os mesmos suspeitos que Betto teve a respeito dos seus condenadores (Van Roosmalen 2010). Sendo ambientalista, Marc tinha acusado gente poderosa, principalmente em Manaus. Lendo o capítulo Preserving the Amazon, uma das partes mais importantes do livro Barefoot through the Amazon, fica bastante claro que Marc tinha

Porto de Paranaguá lança edital do terminal turístico

O porto de Paranaguá divulga nesta quarta-feira (25) o edital de chamamento público do novo complexo de turismo. As empresas interessadas devem conhecer o projeto arquitetônico e apresentar os estudos de viabilidade do empreendimento em parceria com o Governo do Estado com a iniciativa privada. “Estamos empenhados em melhorar a estrutura de atendimento aos turistas que chegam pelo Porto de Paranaguá e também oferecer à Paranaguá uma área de convivência para proveito de toda a população”, afirma o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino. Além de um terminal de passageiros e centro de convivência, o complexo prevê novos centros Administrativo e Operacional. Ao todo, no setor Leste do Porto de Paranaguá, são previstas 24 novas áreas, entre essas o novo Centro Administrativo da Appa, dois prédios operacionais, dois outros prédios administrativos de oito andares (que poderão abrigar empresas de todo o complexo portuário), uma marina, um terminal de passageiros, heliporto, hotel, restaurante, estacionamento e, ainda área de lazer com pista de caminhada e ciclovia. Trâmite – O Edital de Chamamento Público 001/2014 ficará disponível no site da Appa. Os interessados devem se manifestar e, a partir daí, o processo segue com a apresentação do projeto elaborado, em audiência pública. Na sequência, são estabelecidos os prazos para as apresentações das propostas. Essa manifestação deve ser formal, demonstrando interesse em desenvolver estudos para ampliação, modernização, convivência e infraestrutura náutica na área delimitada para o novo complexo portuário. Estes deverão observar diretrizes contidas no edital. A audiência pública está marcada para o dia 28 de julho. A partir da data, os requerimentos poderão ser entregues até o dia 15 de agosto. Os projetos deverão estar protocolados até o dia 20 de novembro.

Audiência Pública na Câmara tem nova data

Será no dia 4 de julho, uma sexta-feira, a audiência pública na Câmara de Vereadores de Guaratuba para debater dois projetos de lei. A reunião servirá para a população debater os projetos de lei 568, do vereador Almir Troyner, que institui do Dia Municipal da Consciência Negra, e 569, do vereador Artur Santos, que cria a Semana Municipal do Ciclismo.

Guaratuba recebe 20 cidades nos Jogos da Juventude do Paraná

Representantes das 21 cidades que vão disputar a fase regional dos Jogos da Juventude do Paraná em Guaratuba definiram, na quarta-feira (18), os últimos detalhes da competição. A reunião aconteceu pela manhã, na Câmara Municipal e serviu para sorteios e composições dos grupos nas diversas modalidades esportivas, além de tratar dos locais das disputas e alojamebto de algumas equipes. A etapa será disputada entre os dias 3 e 9 de julho. Irão competir em Guaratuba seis municípios do Litoral e 15 da Região Metropolitana de Curitiba: Antonina, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá, Pontal do Paraná, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Lapa, Piên, Pinhais, Piraquara e Rio Branco do Sul. A modalidade com maior participação será o futebol de campo masculino, com 14 cidades, seguido do futsal masculino (13), voleibol masculino (11), voleibol feminino (10) futsal feminino (9), handebol feminino (5), handebol masculino (5), basquetebol masculino (5), basquetebol feminino (2). Outras 11 cidades do Paraná realizam a fase regional. As equipes vencedoras vão disputar a fase final da Divisão B dos Jojups em Apucarana, entre os dias 29 de agosto e 04 de setembro. A final da Divisão A será em São José dos Pinhais, de 10 a 18 de outubro.

Caiçaras: a sina da estupidez

Vivendo na costa atlântica desde o sul do Rio de Janeiro, por toda a extensão da orla paulista e paranaense, habitando ilhas isoladas, grotões e aldeias perdidas nos contrafortes da Serra do Mar, os caiçaras são constituídos por grupos tradicionais de pessoas que vivem ligados entre si, por um modo diferenciado de comportamento social nessa região. Íntimos do mar e muito próximos da natureza, que ao longo dos quinhentos anos de história, a mantiveram preservada, formam um povo pacífico e que conservam saberes adquiridos por gerações. São encontrados apenas nesse espaço geográfico, não se confundindo com os demais habitantes do extenso litoral brasileiro. Segmento cultural destacado por suas características peculiares, tradicionais e históricas que os distinguem salientemente de outros grupos sociais, dada as condições singulares de seus costumes e modos de suas vidas, os caiçaras lutam para sobreviverem nessas condições e região. Luta sem trégua. Pouco a pouco, a olhos vistos, os caiçaras estão desaparecendo. Lamentavelmente, verdadeiro genocídio social imposto pela sociedade consumista, ávida pela exploração humana e do lucro, gerado pela inversão do capital. Com suas características mansas, calmas e típicas de sociedades rurais isoladas, escondidas nas clareiras de Mata Atlântica, em praias antes desertas, com aptidões para produção artesanal em terra e no mar, não conseguem competir e perdem seus espaços dia a dia. Viviam à beira do mar, dos rios, das praias, das enseadas e nos últimos 50 ou 60 anos foram sendo expulsos de seus domínios e desaparecendo, dando lugar a hotéis, casas de turistas, restaurantes, prédios comerciais e construções das mais variadas, em quase toda a região. São raros os núcleos de autênticos caiçaras que ainda sobrevivem, herdeiros de gerações tradicionais que assentaram e constituíram a cultura regional própria desde tempos coloniais. Tanto faz contar a história do caiçara do Ariri, distrito de Cananéia, ou de Vicente de Carvalho, distrito do Guarujá, pois o drama será idêntico ao do caiçara de Guaraqueçaba ou de Angra dos Reis... mudam os nomes, o lugar e a intensidade, porém a violência é semelhante em todo o litoral. Com a abertura de rodovias, o incentivo ao turismo, a valorização de áreas privilegiadas, o investidor, inclusive estrangeiro, por bagatelas, comprou áreas privilegiadas, fazendo com que o caiçara autêntico, habitante tradicional, se afastasse do mar. Em suma é essa a história que se deu na costa apontada. É a história dos ilhéus da Ilha Grande, da Ilhabela, da Ilha Comprida. É a história da migração desorientada de famílias que foram encher as periferias de Resende, Volta Redonda, Santos, Cubatão, Paranaguá, São José dos Campos, Taubaté, Registro entre tantas outras cidades, provocando a desqualificação social, a violência e outras mazelas dos dias de hoje. Ilhas se transformaram em parques e autoridades públicas expulsaram seus habitantes, através de proibições e limitações esdrúxulas inibindo práticas herdadas de seus antecessores, como se testemunha na Ilha do Cardoso, no Superagüi, nas Peças e outras menores. Salve-se quem puder. Também são notórios os casos de esbulho, falsificações documentais, incêndios criminosos nos cartórios e foros desses lugares então remotos… causando prejuízos superiores a valores financeiros, inclusive a perda de vidas, como é sabido e prolatado. Caiçaras inocentes foram ludibriados por gananciosos que não pouparam meios para expulsá-los de seus sítios tradicionais, muitas vezes, com os olhos fechados de magistrados coniventes ou simplesmente injustos. Vale lembrar que o litoral paranaense na época do governo Lupion, foi partilhado, dividido, repartilhado e subdividido tantas vezes, cujos conflitos fundiários decorrentes são sentidos até hoje, provocando pilhas e pilhas de processos nos foros locais... Enfim: o caiçara sumiu. Pobre, ameaçado, descaracterizado, emigrou, deixando para trás sua história e de seus antepassados. Seguindo perambulando sem destino para lugar nenhum. Agredidos moralmente e fisicamente de todos os modos. Lamentavelmente a triste realidade de um povo desamparado. Roberto J. Pugliese é autor de Terrenos de Marinha e seus Acrescidos, Letras Jurídicas. www.pugliesegomes.com.br

Mulher com corpo desfigurado é encontrada morta na entrada de Guaratuba

O corpo de uma mulher foi encontrado na tarde desta quinta-feira (19/06) próximo a uma pedreira desativa na localidade de Boa Vista, em Guaratuba. O local é uma mata de difícil acesso por uma estrada no lado esquerdo da PR 412 (sentido Guaratuba-Garuva) a cerca de 1 quilômetro do Posto da Polícia Rodoviária Estadual, no bairro de Coroados. As informações foram repassadas pela Polícia Militar ao blog Miro Ferraz News. Ao blog a PM disse que a mulher estava sem cabeça e sem um braço esquerdo. Segundo informações repassadas ao Jornal de Guaratuba, a cabeça e parte dos membros estavam podres. Exame inicial aponta que ela morreu a pelo menos 20 dias. As primeiras investigações também apontam que não há, em Guaratuba, nenhuma informação de pessoas desaparecida com as características da vítima Conforme Miro Ferraz, “a vítima trajava uma calca legin estampada de onça, uma blusa de cor clara, um par de sapatos modelo Anabela e tatuagens de duas borboletas e uma flor nas costas”. O corpo foi recolhido ao Instituto Médico Legal para o reconhecimento, informou o blog. O Correio do Litoral.com reproduz estas forte imagens com a intenção de ajudar a elucidar o caso. Fontes: Miro Ferraz News e Jornal de Guaratuba Fotos: Miro Ferraz News