Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

MPs acompanham indígenas e comunidades tradicionais do Litoral 

No final de 2022, foram realizadas inspeções na região portuária nos municípios de Paranaguá, Guaraqueçaba e Pontal do Paraná Foto da equipe dos MPs e Funai, na Aldeia Pindoty | Imagem: Gaema MPPR Em 2022, os Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Estado do Paraná (MP-PR) realizaram visitas a aldeias indígenas e comunidades tradicionais da região portuária do Paraná a fim de verificar in loco os problemas que as afetam e as diversas situações que são objeto de apuração. As inspeções, que começaram em junho, foram realizadas nos municípios de Paranaguá, Guaraqueçaba e Pontal do Paraná. Os casos continuam sendo acompanhados e tendo repercussão. À frente das inspeções, a Coordenação Ambiental do MPF e o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema Litoral) do MP-PR fiscalizam também a existência de problemas ambientais nas regiões. Rio Verde – Em visita realizada na Comunidade Remanescente Quilombola do Rio Verde, em 21 de junho, o MPF visualizou situação de grande vulnerabilidade social por conta da pressão territorial exercida por uma empresa privada pela tomada da área. Após a vistoria, foram instaurados dois procedimentos administrativos, que estão em tramitação.  A Defensoria Pública do Estado do Paraná também está defendendo a comunidade Rio Verde, em Guaraqueçaba, e, em janeiro, conseguiu evitar o despejo de famílias em um pedido de reintegração de posse pedida pela empresa do setor madeireiro Arvoredo Incorporadora e Administradora Ltda. São Miguel – Na Comunidade Tradicional Pesqueira de São Miguel, em visita em 24 de junho, foram constatados danos ambientais e sociais decorrentes da “Derrocagem Emergencial da Região das Pedras Palanganas”. Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a referida comunidade não está dentro da área de influência direta da dragagem e derrocagem, o que, ao ver do MPF, é um grande equívoco por conta dos relatos da comunidade, e precisa ser corrigido. “Não houve a necessária consulta livre, prévia e informada, nos termos da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os pescadores afirmaram que a Pedra da Palangana é o ponto principal da reprodução dos peixes que são usados de isca para a pesca do siri. Isso não foi considerado pelo órgão licenciador pois, simplesmente, as pessoas não foram devidamente ouvidas”, destacou a procuradora da República Monique Cheker. Na mesma região também foi verificada degradação avançada do cais de atracação, localizado na baía de Paranaguá. Em ambos os casos, o MPF instaurou inquérito civil e toma providências para a verificação de medidas compensatórias e condicionantes dos empreendimentos portuários. Uma das medidas tomadas, no caso do Trapiche, foi a adoção de recomendação imediata pelo MPF, que acarretou uma nova iluminação do local. Comunidade de São Miguel | foto: MPF-PR E setembro, a procuradora da República Monique Cheker esteve em reunião na Prefeitura de Paranaguá, com o prefeito e secretários, para discutir o andamento de outras questões referentes à Comunidade de São Miguel, a exemplo do melhoramento de atendimento do posto de saúde. Vila das Peças – A Comunidade Tradicional Pesqueira da Vila das Peças também recebeu a visita do órgão. Em 22 de agosto, o MPF verificou a existência de grande pressão imobiliária, com cometimento de crimes ambientais, com construção de casas de alto poder aquisitivo. O fato motivou a requisição de vistorias ambientais, com lavratura de autos de infração, bem como a instauração de inquéritos policiais, que embasarão ações demolitórias, tendo sido instaurado inquérito civil. Reuniões com lideranças indígenas – Ao longo dos dias 19 e 20 de setembro, os MPs realizaram reuniões com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com lideranças indígenas das Aldeias Caraguatá Poty e Guaviratã, da Terra Indígena Sambaqui (em Pontal do Paraná), e Pindoty e Takuaty, da Terra Indígena Ilha da Cotinga (em Paranaguá). Foram relatados problemas decorrentes da falta da prestação de serviços básicos às comunidades nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. Na reunião com lideranças da aldeia Caraguatá Poty foram acordados a disponibilização de um professor indígena para a comunidade, bem como a formação de um grupo de trabalho com a Sanepar para buscar uma solução técnica aos problemas identificados na água. Na aldeia Guaviratã, a liderança indígena relatou dificuldade em obter o apoio da prefeitura, problemas com o abastecimento de água e com o fornecimento de energia elétrica, além da necessidade de ampliação da escola. Falta de computador na escola, de energia elétrica para aquecer a merenda escolar e poder funcionar o posto de saúde e de água, quando a nascente seca pela ausência de chuva, foram alguns dos problemas relatados pela liderança indígena da Comunidade Pindoty. A liderança da aldeia Takuaty narrou que, para estudar, as crianças têm que se deslocar, todos os dias, três quilômetros de ida, mais três quilômetros de volta, que não há barco na aldeia e que o encanamento que leva água da nascente às aldeias tem mais de 30 anos e sempre quebra em algum ponto. Contou ainda que a falta de um trapiche dificulta o acesso de equipes de saúde à aldeia. Os MPs comprometeram-se a adotar medidas para reprimir as invasões, para detectar problemas de saneamento na aldeia, bem como solicitar o trapiche e a construção de escola para a comunidade. “Essas pessoas não têm o básico. Não há suficiente sistema de armazenamento de água, quando necessário. Além disso, instauramos um procedimento relativo à apuração dos problemas noticiados em cada aldeia para adoção de providências para melhoria da prestação dos serviços de que necessitam”, disse a procuradora Monique. O MPF informou que programa outras inspeções nas comunidades do Litoral. TI Sambaqui – No início de fevereiro, o Ministério Público Federal expediu recomendação

Polícia Civil atende comunidade na Prefeitura de Pontal neste final de semana

RG para estudantes do 4° e 5° ano estão liberadas sem agendamento A Polícia Civil do Paraná, com apoio da Prefeitura de Pontal do Paraná, estará oferecendo serviços à população neste final de semana (sábado, 25, e domingo, 26), na sede da Prefeitura, na rodovia PR-407, Km 19., Praia de Leste, das 9h às 17h. A iniciativa faz parte do projeto PCPR na Comunidade, que acontece frequentemente com o intuito de integrar a instituição com a sociedade. Durante a ação, a Polícia irá disponibilizar à população serviços, como confecção de BO (Boletins de Ocorrência) e orientações sobre como fazer o registro, realizar denúncias e quais as medidas que podem ser tomadas ao ser vítima de um crime. Os policiais civis ainda realizarão atividades lúdicas com as crianças e serão promovidas apresentações dos materiais do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) e dos cães da Divisão Estadual de Narcóticos da PCPR (Denarc), para que a população conheça mais o trabalho realizado pela instituição e possam tirar fotos com os policiais. PCPR NA COMUNIDADE – O projeto tem o objetivo de levar informações à população, promover atendimento humanizado, aproximar a PCPR da população, auxiliar na identificação de possíveis vítimas e conclusão de investigações. Além de fortalecer a eficiência na prestação do serviço público e representar a instituição PCPR em atividades sociais em prol da sociedade.

Bombeiros realizam campeonato de surf em Guaratuba

O 8º Grupamento de Bombeiros, do Litoral, realiza, neste sábado (25), o 2º Campeonato de Surf Militar - Troféu Subtenente Guidini. O evento terá as modalidades longboard e free (pranchinha), nas categorias feminina e masculina para bombeiros militares, policiais militares e guarda-vidas civis. Além de promover a prática de exercícios físicos, o campeonato é uma forma de interação entre agentes atuantes na Operação Verão. Neste ano, em especial, antes das baterias, haverá uma homenagem ao subtenente Luiz Ricardo Guidini, bombeiro militar bastante querido na corporação, que morreu após acidente de trânsito em dezembro de 2022, em São José dos Pinhais. Guidini dedicou grande parte da carreira para a atividade de salvamento aquático, foi precursor na utilização do pranchão e atuou largamente como piloto de moto aquática. 2º Campeonato de Surf Militar - Troféu Subtenente GuidiniData: 25 de fevereiro de 2023 (sábado)Horário: 7h30 às 18h.

Foz do Iguaçu: sindicatos pedem retirada do projeto da Reforma da Previdência

Os dois sindicatos que representam os funcionários municipais de Foz do Iguaçu consideram que projeto afeta direitos, prejudica carreiras e reivindicam que o município arque com "os prejuízos causados por más gestões passadas". Fotos: Sismufi Servidores de diversos setores da prefeitura de Foz do Iguaçu, líderes sindicais e vereadores compareceram à Assembleia Geral Conjunta convocada pelos dois sindicatos que representam o mais de 6 mil funcionário públicos municipais, Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi) e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi). Foi na noite de quinta-feira (23), no plenário da Câmara Municipal e a discussão eram em torno das mudanças propostas pela administração para a aposentadoria dos servidores do município, que causam perdas de direitos. Graças à mobilização dos servidores, o presidente da Câmara, vereador João Morales, se comprometeu a levar em consideração a deliberação da assembleia conjunta para discutir alguns pontos que foram levantados pelas assessorias jurídicas dos sindicatos. Os trâmites do ofício encaminhado pelo prefeito Chico Brasileiro que propõe alterações ao Projeto de Lei da Reforma da Previdência municipal iniciam nesta sexta-feira (24). DECISÃO DA ASSEMBLEIA Os servidores deliberaram contrários à Reforma da Previdência, conforme está proposta. De acordo com os sindicatos, várias medidas serão adotadas para "sensibilizar o governo municipal e esclarecer a população sobre o projeto em pauta, como forma de pressionar os vereadores para que defendam os trabalhadores". Os servidores propuseram que todos os vereadores peçam vistas do projeto para que a Comissão da Reforma da Previdência, instituída no município, analise detalhadamente as alterações feitas até aqui. Além disso, os sindicatos enviarão novo ofício pedindo que o prefeito retire o projeto nos moldes em que está. Foi sugerida a possibilidade de aprovação de migração de aposentados do “Fundo Financeiro” (fundo de previdência municipal deficitário) para Fundo Previdenciário, possibilitando resolução imediata do quadro atual e mais prazo para estudo da reforma da previdência. Haverá ainda mobilizações em redes sociais em busca da "sensibilização do executivo municipal e do legislativo". De acordo com os sindicatos, se não houver avanços, uma nova assembleia será convocada para deliberar sobre as próximas ações dos servidores e há possibilidade de indicativo de greve no funcionalismo público. Lembrando que os mais de dois mil servidores da educação já estão com indicativo de greve e aguardam o resultado de uma reunião com o prefeito, no início de março, para negociar 4,89% pendentes referentes ao reajuste do Piso Nacional do Magistério de 2022, entre outros assuntos. O Sinprefi reivindica pagamento do piso nacional da categoria para todos os educadores e a prefeitura prevê o pagamento do reajuste como completivo, o que beneficia apenas profissionais em início de carreira e não é incorporado ao salário-base. PONTOS SEM CONSENSO “Não estamos conseguindo chegar a um acordo em pontos que consideramos cruciais”, explica a secretária-geral do Sinprefi, Viviane Fiorentin Dotto. A contraproposta do sindicato é que as mulheres se aposentem com 56 anos, enquanto a prefeitura insiste em 57 anos; que o teto para o desconto previdenciário para os inativos seja acima de cinco salários, a prefeitura inicialmente propôs três e na última alteração insiste em quatro salários; que a contribuição para professores com dois vínculos seja por vínculo e não por CPF, como defende a prefeitura; além do aumento da contribuição patronal, que no projeto da prefeitura está escalonada em 13 anos. A assessora jurídica do Sinprefi, Solange Machado, presente à assembleia, considera que o projeto de lei precisa ser melhor avaliado, porque “há alguns pontos com evidente inconstitucionalidade”. Segundo ela, algumas categorias mais impactadas e não há segurança legal da necessidade de uma reforma tão impactante para os servidores de Foz do Iguaçu, em especial os mais vulneráveis, como a educação e saúde. “O executivo possui meios para reduzir o déficit atuarial, sem passar a cota maior aos servidores”, pontua. “Contamos com o apoio dos vereadores para que façam pedido de vistas para melhor estudo e alterações”. Fonte: Assessoria do Sinprefi

Comunicado da TCP sobre apreensão de drogas

A TCP, empresa que administra o terminal de contêineres de Paranaguá, informa que na madrugada desta sexta-feira (24), durante inspeção de segurança de rotina, um motorista e três ajudantes terceiros foram identificados portando drogas antes de acessar o terminal. Assim que identificado a existência das drogas, as autoridades competentes foram notificadas. A TCP segue colaborando com as investigações realizadas pelas autoridades competentes.