Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Ferry boat continua com filas e demora de até 3 horas

A demora no ferry boat de Guaratuba foi tão grande nesta sexta-feira (18), que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) deixou de informar com precisão o tempo previsto no Tweeter como vinha fazendo durante a temporada.  Em vez de dizer quantos minutos os usuários demorariam, apenas publicou que havia ocorrido um acidente na BR-376 e que devido a isso, o tempo de travessia estava maior por este motivo. Ainda pediu “a compreensão dos usuários”. No domingo passado (13), o DER chegou a informar demora de 60 minutos após a compra do bilhete, três vezes mais do que o limite previsto no contrato. Essa demora não inclui o tempo que as pessoas levam até chegar ao guichê. Segundo usuários, nesta sexta, a travessia chegou a levar 3 horas. Uma longa fila, de 2,3 km se formou na rodovia PR-412 do porto de embarque até o limite com o município de Matinhos, no Hotel Caieiras e reservatório da Sanepar. Assista o vídeo feito pelo advogado Louis Thadeu Otto von Trompczynski, morador de Matinhos que faz a travessia duas vezes por dia para ir e voltar do trabalho em Guaratuba. Ele filma, após desembarcar, da passagem pelo guichê até o limite das duas cidades, antes da “descida do morro para Caiobá”.  Vídeo de Louis von Trompczynski Apesar da justificativa do DER em relação ao acidente na outra rodovia de acesso a Guaratuba, a lentidão na travessia já vinha acontecendo dias antes. Na quinta-feira (17), por exemplo, a demora também chegou a ser de 3 horas. A atual operadora do transporte aquaviário na baía, a empresa Internacional Marítima, não responde a imprensa, mas o motivo não é difícil de entender. Apenas duas embarcações estão operando: um ferry boat de propriedade do DER e uma balsa da antiga concessionária, a BR Travessias. Um segundo ferry esteve encostado durante a tarde desta sexta e um terceiro estaria sendo reformado.

Copa do Mundo de 2022 promete agitar torcedores em Guaratuba por torcida pelo Brasil

Os acontecimentos recentes no Brasil e no mundo fizeram com que o esporte fosse um tema menos discutido em Guaratuba. Entretanto, com a proximidade da Copa do Mundo, que acontece este ano no Catar, o futebol voltou a agitar os canais de notícias e a mente dos torcedores.  A competição começa em novembro, e o Brasil entra mais uma vez como favorito, assim como foi em 2018 e 2014. O sonho dos guaratubanos é que dessa vez o final seja diferente, por isso o apoio na cidade promete ser igual ao que aconteceu nas edições passadas. Apesar de não contar com nenhum clube na Série A do Campeonato Brasil, a região de Guaratuba é influenciada pela popularidade do futebol em todo o estado do Paraná. O Athlético Paranaense e o Coritiba, ambos da capital, por exemplo, possuem mais de 5 milhões de torcedores presentes apenas nas redes sociais, segundo números divulgados pelo Ibope Recupom em fevereiro. Ou seja, o estado respira futebol, e isso faz com que a Seleção Brasileira tenha muito apoio dos paranaenses. Isso significa que Guaratuba, cidade mais conhecida pelos torneios de surf, deve parar no final do ano para acompanhar o Brasil na luta por mais um título da Copa do Mundo. Algo que não seria novidade, pois nas duas edições anteriores, quando a equipe não foi bem, não faltaram pessoas apoiando os jogadores.  Em 2014, quando a capital do estado foi uma das sedes da competição mais popular de futebol, alguns moradores deslocaram-se mais de 130 quilômetros até o estádio Arena da Baixada, em Curitiba, para acompanhar alguns jogos. O curioso é que essa animação com a Copa do Mundo não é apenas esportiva, mas também econômica. A competição costuma ser favorável para o comércio local, seja no interior dos estados ou até mesmo nos grandes centros urbanos. Na disputa de 2018, uma reportagem do iG na época mostrava que o impacto na economia do Brasil podia ultrapassar os R$ 20 bilhões, algo que seria mais que bem-vindo para o país agora. As vendas de alguns produtos, como televisores, costumam aumentar em mais de 50% nos meses anteriores à competição. Esperança de título A popularidade da Seleção Brasileira não é uma grande novidade, porém esse sentimento de orgulho fica ainda maior durante algumas competições oficiais. No ano passado, por exemplo, a usina hidrelétrica de Itaipu precisou operar em regime especial durante a realização da Copa América. Infelizmente, a derrota do país para a Argentina evitou uma festa ainda maior nos estados, algo que não deve se repetir nos próximos meses, pois o Brasil conta com grande favoritismo. Apesar dos resultados ruins em 2014 e 2018, o Brasil chega com moral para ser campeão mundial novamente após 20 anos. Isso pode ser observado nas cotações recentemente fornecidas por casas de apostas esportivas. A Betway, site de apostas esportivas online, por exemplo, mostrava em 7 de março que a equipe comandada por Tite tinha 14,3% de probabilidade de título, ficando à frente de França, Espanha e Inglaterra. Isso significa que a equipe canarinho tem tudo para encerrar o ano com o sonhado hexa. Seria um excelente final de ano não apenas em Guaratuba, mas em todo o país. Toda essa importância do futebol para os brasileiros é algo que já foi discutido por aqui, inclusive em uma coluna publicada ainda em 2015, que discutia futebol e cidadania. A força desse esporte consegue alcançar diferentes regiões do Brasil, sobretudo durante a Copa do Mundo. Cidades sem grandes equipes nacionais, como é o caso de Guaratuba, acabam focando toda a torcida nos jogos da seleção. Isso é algo positivo, pois não falta apoio na região durante os torneios. Recorde de audiência Outra prova dessa paixão dos brasileiros pelo futebol é a audiência da Copa do Mundo no país, que bateu recorde em quase todas as edições. Na disputa de 2018, por exemplo, a transmissão pela Rede Globo alcançou uma média de 23,7 milhões de espectadores por hora. Isso colocou o país como o maior consumidor de partidas do mundo, ficando à frente da cobertura do canal russo Channel One, que atingiu cerca de 14 milhões de espectadores por hora. Ou seja, não importa se o torcedor mora no centro de Curitiba ou no litoral do estado, a torcida pelo Brasil é uma garantia durante a Copa do Mundo. Em 2022, a situação não será diferente, mas os torcedores esperam que o final seja mais positivo, e que a seleção consiga finalmente ficar com o hexa.