Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Temporada tem redução nos afogamentos, mas o dobro de mortes

O Corpo de Bombeiros divulgou nesta quarta-feira (20) o balanço de atividades e ocorrências atendidas nos primeiros 30 dias de verão no Litoral (19 de dezembro a 18 de janeiro). O comparativo com o mesmo período da temporada anterior mostra que os afogamentos tiveram queda de 11% (de 569 foi para 506), e houve o dobro de mortes (de 3 foi para 6). O balanço mostra ainda que as mortes por afogamento ocorreram em áreas não protegidas por guarda-vidas. O 8º Grupamento de Bombeiros coordena as atividades no Litoral pelo Verão Consciente 2020/2021. Com o reforço de profissionais voluntários vindos do interior do Estado, todas as ações preventivas foram ampliadas e ao longo da faixa litorânea foram instalados 91 postos guarda-vidas. Segundo a estatística dos bombeiros, dos 506 afogamentos registrados até agora neste verão, 465 terminaram com as vítimas ilesas, sem dificuldades para sair da água. Já nos outros 47 casos, 32 foram de afogamentos leves, seis moderados, três casos mais graves e seis mortes. “As pessoas acabam entrando em áreas que estão indicadas inclusive com placas de perigo e acabam morrendo”, disse o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes. “Indicamos que procurem sempre as áreas entre as bandeiras vermelha com amarelo, ou de preferência em frente aos postos de guarda-vidas para sua diversão no mar, pois são áreas que foram estudadas, onde o fundo do mar e as correntes são mais suaves e ainda têm a proteção do guarda-vidas”, acrescentou. Demais serviços - Outros serviços de praia caíram no período analisado, como as orientações (-21%), advertências (-25%) e distribuição de pulseirinhas (-76%). Por outro lado, as equipes atenderam mais acidentes de trânsito (de 84 saltou para 93), um aumento de 13%. A prevenção aos afogamentos continua forte nas praias. Nos primeiros 30 dias deste verão, houve 16.073 advertências e 33.989 orientações a banhistas, números inferiores aos do mesmo período do ano passado, quando foram 21.347 advertências e 43.307 orientações, queda de 25% e de 21%, respectivamente. Acompanhando a redução desses quesitos, a entrega de pulseirinhas de identificação foi de 2.991 unidades, uma diferença de 9.306 em comparação com os mesmos 30 dias da temporada passada, quando foram 12.297 pulseiras entregues. Os incidentes com águas-vivas, que geralmente são recorrentes na praia, tiveram uma grande redução. No período analisado, a queda foi de 79%, ou seja, de 3.430 reduziu para 708 casos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o menor número de pessoas na praia e as mudanças naturais do mar influenciaram na redução desses casos. Se nas areias o trabalho dos bombeiros foi intenso, nas áreas urbanas o trabalho das equipes também foi movimentado. Os acidentes de trânsito tiveram um aumento de 13%, de 84 foi para 93, sendo que a maioria dos casos são de colisões (55), seguidos por queda de veículo (22) e atropelamentos (9). “Assim como o Verão Consciente é uma ação voltada à prevenção do coronavírus, entendemos que as pessoas também devem se conscientizar sobre os cuidados com o trânsito e com outras situações que podem ocasionar feridos e óbitos”, afirmou o coronel Prestes. Os atendimentos pré-hospitalares no Litoral mantiveram-se praticamente estáveis, com uma diferença de -6% (de 222 ocorrências caiu para 208) no comparativo de 30 dias deste e do último verão. As buscas e salvamentos (fora afogamentos) tiveram um aumento de 21%, de 81 foi para 98. “Mandamos para o Litoral reforços com socorristas e ambulâncias para atender qualquer intercorrência, seja acidentes de trânsito, acidentes domésticos entre outros, e também mandados reforços de guarnições de combate a incêndio e de outros salvamentos”, explicou o coronel Prestes. Informações e foto: AEN

Monitoramento e gestão das bacias garantem reservatório de Itaipu

A água, matéria-prima para a produção de energia pela usina hidrelétrica de Itaipu, esteve escassa no último ano. Desde 2001, quando começou o monitoramento dos rios nos moldes atuais, a vazão dos rios da região não era tão baixa. O Rio Iguatemi, por exemplo, cuja vazão média anual na seção de medição de sedimentos é de aproximadamente 200 m³/s, registrou meros 89 m³/s em 2020. Mas essa estiagem severa, que, a princípio, poderia parecer um problema para a usina, acabou tendo também seu lado positivo. Foto: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional “Eventos extremos, como cheia e estiagem, são importantes para que possamos ter dados mais precisos para nossos estudos sobre o comportamento dos rios e dos sedimentos que a água leva para dentro do reservatório, especificamente, as areias, os siltes e as argilas”, explica o engenheiro civil e mestre em Sedimentologia Anderson Braga Mendes, da Divisão de Reservatório (MARR.CD) da Itaipu. O trabalho é fundamental para a avaliação da segurança hídrica do reservatório. A Itaipu faz medições em 15 estações, em seções diferentes do rio Paraná e de alguns de seus afluentes. Além dos dados coletados por aparelhos e por parceiros locais, cada estação é visitada em média seis vezes ao ano pela equipe responsável pelo monitoramento de sedimentos da usina, para estudos mais detalhados. É um processo trabalhoso, porém essencial. Os dados coletados são utilizados para a elaboração de gráficos que correlacionam as vazões de cada rio com o transporte de sedimentos. Também permitem fazer estimativas mais precisas do carreamento dos sedimentos nos instantes que a equipe não está em campo medindo, reduzindo drasticamente os custos envolvidos. Dados coletados durante cheias e estiagens são preciosos porque mostram como os sedimentos se comportam em situações hidráulicas extremas e de difícil ocorrência, logo, de rara observação. Segundo Anderson, “durante os meses de cheia os rios transportam grandes volumes de sedimentos, podendo chegar a até 90% de todo o volume do ano, dependendo do rio em questão. Já na estiagem, esse transporte cai muito, porém esse período também precisa ser investigado, por responder por várias semanas do ano. É importante termos esses dois extremos na curva de transporte de sedimentos para podermos fazer estimativas mais precisas e chegar a dados mais corretos, sem precisar apelar para extrapolações matemáticas”. Muitos anos de vida Ao longo dos anos, os sedimentos levados pela água vão se depositando no fundo do reservatório, reduzindo sua capacidade de armazenamento e, consequentemente, a vida útil operacional da usina. Por isso, a Itaipu conta com uma equipe especializada para estudar essa questão e acompanhar os montantes anuais de sedimentos que chegam ao reservatório, bem como sua evolução ao longo do tempo. “O último cálculo que fizemos apontou uma vida útil de 189 anos para o reservatório desde o momento em que foi formado, em 1982. Isso nos coloca numa posição excelente, pois atualmente usinas de grande porte mostram-se economicamente viáveis se possuírem vida útil entre 50 e 100 anos”, afirmou Anderson Mendes. Mas as perdas são constantes. Um estudo da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que o processo de assoreamento na hidrelétrica de Três Irmãos, em São Paulo, foi responsável pela redução de 377 Megawatt-hora (MWh) na média mensal na geração de energia entre 1993 a 2008. Por isso, qualquer alteração significativa nos dados recolhidos durante o monitoramento é analisada. Sabendo-se que a montante de Itaipu existem mais de 150 outros barramentos, tanto para geração hidrelétrica quanto para abastecimento humano, tem-se dado especial atenção a qualquer indício no monitoramento atual que possibilite projetar o fim da vida útil dos empreendimentos de montante, o que poderá implicar na redução da vida útil calculada para Itaipu. A estimativa atual já contempla esse fenômeno de uma forma simplificada, porém apenas com estudos mais detalhados aliados ao monitoramento realizado é que será possível precisar o real impacto futuro do fim operacional dos barramentos de montante, os quais colaboram, hoje, para Itaipu exibir uma vida útil tão favorável. Foto: Itaipu Mitigação De modo a diminuir os reflexos do processo de assoreamento sobre a vida útil do reservatório, a Diretoria de Coordenação da empresa desenvolve uma série de medidas, tais como ações destinadas à correta utilização do solo, a correção de estradas vicinais, manutenção e recuperação de vegetações ciliares e projetos de saneamento rural. “Destinamos, ainda, especial atenção à proteção vegetal das margens do lago, caracterizada pela faixa da Mata Atlântica já recuperada, classificada como Área de Proteção Permanente”, lembra o diretor de Coordenação, general Luiz Felipe Carbonell. “Essa faixa de mais de 1.300 km, totalmente recuperada pela Itaipu, requer controle permanente para evitar seu uso indevido e ações que possam diminuir sua ação de contenção de sedimentos e de erosão, comprometendo a vida útil do nosso lago”, completou. Areia, silte e argila Os sedimentos estudados pela equipe são os inorgânicos: areia, silte e argila. Eles compõem o solo e se diferenciam basicamente pelo seu tamanho. A argila é a mais fina, com até 0,004mm de diâmetro por grão. O silte tem de 0,004 a 0,063 mm de diâmetro. Os grãos de areia exibem diâmetros de 0,063 a 2,00 mm. Acima desse diâmetro encontram-se os cascalhos, os quais são de muito baixa ocorrência no aporte de sedimentos à Itaipu. Além do monitoramento O monitoramento de sedimentos é uma atividade permanente, utiliza as melhores técnicas e tecnologias e reflete a qualidade ambiental de toda a bacia de contribuição. Segundo Irineu Motter, da Divisão de Reservatório, "visando sempre melhorar estes índices, a Itaipu, através da Diretoria de Coordenação, apoia ações que contribuem diretamente na qualidade da água e minimizam o

Caminhão-tanque pega fogo e interdita BR-376

A rodovia BR-376 foi interditada por volta das 7h desta quarta-feira (20) por causa de um acidente com um caminhão-tanque, que aconteceu na altura do km 669, no município de Guaratuba.

Moradora de Paranaguá morre por covid

Uma senhora de 81 anos, residente em Paranaguá, é mais recente vítima confirmada da covid-19 na região. De acordo com o Hospital Regional do Litoral, onde estava em tratamento pela doença, ela faleceu nesta segunda-feira (18).