Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Pescadores são resgatados a 24 milhas no Litoral do Paraná

Quatro pescadores foram resgatados na manhã desta terça-feira (16) a cerca de 24 milhas (aproximadamente 38 quilômetros) da costa, na altura do município de Pontal do Paraná. De acordo com a Capitania dos Portos do Paraná, da Marinha do Brasil, eles estavam no barco de pesca “Dom Manuel C III”, que apresentou problemas durante a madrugada. Uma equipe de Busca e Salvamento da Capitania participou o salvamento com a lancha “Albacora”. O barco “Dom Manuel” foi rebocado por outro barco pesqueiro que levou para a localidade de Bom Abrigo, no Estado de São Paulo. A equipe da Marinha os acompanhou. Um inquérito administrativo na Capitania será aberto com o objetivo de apurar as causas e circunstâncias da ocorrência.

Covid: Litoral sofre com mais uma morte. Paraná e Brasil têm recordes negativos.

Uma mulher de 58 anos que morava no balneário Praia de Leste, em Pontal do Paraná, é a mais recente vítima fatal da covid-19 no Litoral. Ela morreu na quarta-feira da semana passada, dia 10, e teve o resultado do exame confirmado hoje, no mesmo dia em que o Estado do Paraná e o Brasil batem recordes negativos. Nesta terça-feira (16) Pontal teve a confirmação de 6 novos casos, Paranaguá, 15 e Antonina, 1. O Litoral chega hoje a 237 casos confirmados: 129 em Paranaguá, 35 em Morretes, 29 em Guaratuba, 20 em Pontal do Paraná, 12 em Matinhos, 11 em Antonina e 1 em Guaraqueçaba. Houve 8 mortes: 4 em Paranaguá, 2 em Pontal do Paraná, 1 em Guaraqueçaba e 1 em Guaratuba. O Paraná teve o pior dia desde a confirmação do primeiro caso no Estado, no dia 12 de março. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) anunciou 841 novos diagnósticos positivos e 30 mortes decorrentes de complicações da doença. São os maiores registros desde o primeiro informe, há 97 dias. O boletim epidemiológico divulgado pela Sesa indica um total de 10.557 pessoas infectadas no Paraná e 364 óbitos. As 30 mortes ocorreram em 12 municípios: Andirá, Cascavel, Congonhinhas, Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Leópolis, Londrina, Pontal do Paraná, Rancho Alegre, Santa Mariana e Sertaneja. Os falecidos são 11 mulheres e 19 homens, entre 56 e 90 anos. O maior registro é de Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, com nove óbitos, mas decorrente de atraso de envio de informações para o sistema da Secretaria de Estado da Saúde por parte da 18ª Regional de Saúde. As mortes no município foram registradas entre 30 de maio e 15 de junho. As regiões do Estado mais afetadas pelo coronavírus, até o momento, também registraram números expressivos de óbitos. Curitiba e Londrina tiveram 4 novos casos cada e Cascavel, 3. As três regionais são as que registram os maiores números de casos e de óbitos no Paraná. Em Curitiba os óbitos ocorreram entre os dias 12 e 13 de junho, em Londrina entre 14 e 16 de junho e Cascavel de 13 a 15 de junho. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil teve hoje a maior confirmação de casos registrada desde o início da pandemia: 34.918 novas pessoas infectadas. O governo também confirmou mais 1.282 mortes por conta da doença. O País chega a 923.189 casos e 45.241 mortes por coronavírus.

Combate à dengue aproveita casas de veraneio abertas

Desde a última quarta-feira (10), os agentes de controle de endemias que atuam permanentemente no combate à dengue em Guaratuba, estão aproveitando o feriado prolongado para pegar o máximo de casas de veraneio abertas. Com a campanha da Prefeitura contra o coronavírus para as pessoas ficarem em casas os agentes conseguiram visitar 885 imóveis de quarta-feira a domingo (14). Também contou com a maior presença de proprietários de imóveis que moram em outras cidades, mesmo com a barreira sanitária montada para desestimular o turismo neste período de pandemia. Foram feitas inspeções e orientações sobre o combate ao Aedes aegypti que é transmissor de várias doenças, entre elas, a dengue, que nos últimos meses registrou um aumento significativo de casos no litoral e no Paraná. Amostras de larvas foram coletadas e estão sendo analisadas para identificação das espécies de mosquitos. A ação aconteceu em diversos bairros da cidade mas teve maior concentração nos locais onde há mais casas de veraneio. Além de residências, foram visitados comércios e pontos estratégicos, como o barracão da Associação de Catadores de Recicláveis Pôr do Sol.

Tartarugas são achadas mortas nas praias de Guaratuba

Quatro tartarugas mortas foram localizadas nas praias de Guaratuba. Elas foram avistadas por funcionários da Prefeitura que faziam a fiscalização das medidas contra o coronavírus – as praias estão interditadas para desestimular o turismo durante a pandemia. Segundo os funcionários, duas foram encontradas na praia do balneário de Coroados, pela manhã. Eram dois espécimes possivelmente adultos e foram recolhidos pela equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC- CEM/UFPR) que realiza o Programa de Monitoramento das Praias (PMP-BS) no Paraná. Outros dois animais, provavelmente um filhote e um juvenil, ambos bem decompostos, foram encontrados pela tarde, na Praia dos Paraguaios, no balneário Brejatuba, e deverão ser coletados na segunda-feira (15). Segundo uma pessoa que viu as quatro carcaças, elas podem ter sido vítimas de redes de pesca.

Litoral chega a 211 casos de covid: 42% a mais em 1 semana

No final de um feriado prolongado de Corpus Christi em que as prefeituras montaram barreiras para conter visitantes e a proliferação do coronavírus, o Litoral do Paraná chega a 211 pessoas infectadas. São 16 novos casos no boletim da covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), deste domingo (14): 15 em Paranaguá e 1 em Morretes. A soma de casos desde o início da pandemia, que chegou à região no mês de abril, está assim: 111 em Paranaguá, 34 em Morretes, 29 em Guaratuba, 14 em Pontal do Paraná, 12 em Matinhos, 10 em Antonina e 1 em Guaraqueçaba. Houve 7 mortes. De acordo com a Sesa, são 69 pacientes recuperados, mas esta informação está defasada em comparação com as de cada Prefeitura, que informam que são pelo menos 94. Em uma semana, surgiram 62 novos casos no Litoral, um aumento de 42%. Desta forma, a região chega a um índice de coeficiente de incidência de covid-19 de 71 pessoas por cada 100 mil habitantes. É praticamente o índice que o Brasil apresentava no boletim da Sesa no dia 10 de maio (73,8). Hoje todos sabem, o Brasil é o 2º país do mundo com mais casos e mortes e vê o número de infecções e óbitos aumentando a cada dia. Em um mês, o coeficiente do Brasil, que há pouco tempo era o mesmo do Litoral, hoje é de 403 mortes por 100 mil. Barreiras e Alerta Laranja Para tentar conter a invasão de pessoas no feriado Guaratuba e Matinhos montaram barreira sanitárias, com aferição de temperatura e questionário, resultando em imensas filas. Pontal do Paraná, Morretes e Antonina só permitiram a entrada de moradores e pessoas que iriam trabalhar nas cidades. Mesmo com as restrições, houve pessoas que insistiram a ir para as praias – cujo acesso está proibido todos os dias – e praticar pesca esportiva e náutica na baía de Guaratuba – o que só é liberado entre segunda e quinta-feira. Proprietários de imóveis foram multados por desobedecer a proibição de aluguel por curto período. Todas estas medidas têm foco na população flutuante, que, nos feriados chega a ser muitas vezes maior do que a dos moradores. No sábado (13), os turistas de toda as regiões, a maioria de Curitiba e Região Metropolitana, souberam que a evolução dos casos e das mortes levou a Capital a anunciar “Alerta laranja” para a covid e adotar medidas bem mais restritivas a partir de segunda-feira (15), fechando igrejas, bares e academias, entre outras restrições. A Sesa divulgou, neste domingo, 350 novos diagnósticos e 14 óbitos pela infecção causada pelo novo coronavírus no Paraná. O acumulado é de 9.583 casos e 326 mortos em decorrência da doença. Há 419 pacientes com diagnóstico confirmado internados neste domingo, sendo 309 em leitos SUS (141 em UTI e 168 em leitos clínicos/enfermaria) e 110 em leitos da rede particular (40 em UTI e 70 em leitos clínicos/enfermaria). Há outros 760 pacientes em leitos UTI e enfermaria que aguardam resultados de exames. Eles estão nas redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção.

Neto de curandeiro, médico indígena atua na UPA de Matinhos

Há muitas histórias espalhadas pelo caminho que separa uma aldeia indígena do interior do Paraná de uma solenidade de formatura virtual – a primeira da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mas separar talvez não seja o verbo mais adequado para contar como João Paulo Guergolet, indígena da etnia Guarani Nhandewa da aldeia Laranjinha, localizada no município de Santa Amélia (PR), tornou-se médico. Unir é a palavra mais adequada e mais simbólica para explicar como sua identidade é, hoje, parte do seu trabalho e da forma como enxerga a medicina. João Paulo foi um dos 92 médicos que colou grau após Governo Federal autorizar a formatura de estudantes da área da saúde (Medicina, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia) que cumprissem 75% do período de internato médico ou de estágio supervisionado. Hoje, atua numa Unidade de Pronto Atendimento de Matinhos, em plantões que se estendem pelo final de semana e que têm lhe ensinado a exercitar a empatia e o cuidado com o outro. “Atendo muitas pessoas mais carentes. O fato de ter saído do interior e crescido numa aldeia indígena me permite ter mais empatia com essa situação, percebo que muitos ficam confortáveis quando veem que não sou um retrato padrão”, comenta. João Paulo saiu ainda criança da aldeia, mas nunca perdeu o vínculo com sua origem. Ao contrário: as visitas eram tão frequentes que ele consegue sentir ainda hoje o cheiro do mato pelo qual cruzava, na companhia da mãe, para visitar uma tia aos finais de semana. “As pontes feitas a mão, o almoço de forno a lenha e as histórias que meu tio contava são memórias muito presentes”, lembra. Contar histórias também é coisa da mãe de João, Irene Lourenço Guergolet, que só deixou a aldeia para casar, mas sempre preservou a riqueza da sua identidade. No livro “Mundo dos Sonhos”, editado com a ajuda dos filhos, ela, que só concluiu o fundamental, conta as aventuras de um menino índio que sai de sua aldeia para conhecer a cidade e os costumes do homem branco. Qualquer semelhança com a história dos filhos é mera coincidência. João tem um irmão dentista e uma irmã ginecologista, mas demorou um pouco a descobrir sua paixão pela medicina. O gosto pelo cuidado também vem de outras gerações: seu avô era curandeiro e o saber indígena sempre esteve presente na história familiar. A primeira tentativa foi na Fisioterapia antes de descobrir o que queria. “Me apaixonei pela medicina ao longo do processo e hoje não me vejo fazendo outra coisa”. Apesar da certeza quanto à escolha, João teve percalços pelo caminho. A perda de um amigo e, logo em seguida, do avô, trouxe dificuldades. Nestes momentos, em que as disciplinas pareciam cada vez mais difíceis, ele se preocupava com a imagem que podia estar deixando a outras gerações de indígenas que ainda irão ingressar na UFPR. Estudo de erva medicinal e cuidado com o outro Antes de a pandemia do novo coronavírus assolar o mundo, João tinha um plano bem traçado. Ia para o Canadá, fazer um estágio eletivo para estudar povos indígenas e doenças reumáticas. “Minha ideia era voltar para a aldeia e levar esse conhecimento”, comenta. No trabalho de conclusão de curso de Medicina, o olhar atento ao saber dos povos indígenas também lhe ajudou a estudar a Bardana, uma erva popular. Na pesquisa “Avaliação da ação de extratos de Arcticum lappa L. obtidos por extração supercrítica nas vias clássica e das lectinas do sistema complemento”, pode identificar o caráter anti-inflamatório da erva, com resultados obtidos a partir da experimentação em sangue de carneiro. No passado, João já havia tido a oportunidade de estagiar em um posto de saúde em Curitiba em que a medicina natural tinha bastante espaço. Mas não é só neste aspecto que a vivência indígena tem lhe transformado como profissional. “Na aldeia existe muito isso, do cuidado um com o outro, mesmo que esse outro não seja um familiar. O sistema é todo muito coletivo. É claro que há problemas e divergências, mas é sempre um pelo outro”, conta. Hoje, além de trabalhar na UPA, João tem o compromisso de continuar estudando. Pretende, em breve, fazer residência em anestesiologia, para trabalhar com dor crônica. Voltar à aldeia com esse estoque de vivências seria mais uma das suas tantas conquistas: um “mundo dos sonhos”, como no título do livro da mãe, que se tornaram realidade. Reportagem: Amanda Miranda / UFPR

Guaratuba reforça Rede de Proteção às mulheres vítimas de violência

A Prefeitura de Guaratuba, através da Secretaria Municipal do Bem Estar e Promoção Social, atenta ao isolamento social neste período de pandemia, reforça a importância da atuação da Rede de Proteção às mulheres vítimas de violência no município. Dados do governo federal apontam que as denúncias de violência contra mulher no disque denúncia aumentaram 35% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado. Neste período, devido à necessidade de afastamento social, essas mulheres vêm mantendo uma convivência mais próxima e constante com seus agressores e, a falta de privacidade dificulta a busca por auxílio. Neste panorama, muitas mulheres, isoladas em suas casas, vêm vivenciando as mais diferentes formas de violência, seja psicológica, patrimonial, fisíca, sexual ou moral. Mas apesar do isolamento, essas mulheres não estão sozinhas, elas continuam podendo contar em nosso município, com o apoio dos órgãos de proteção especializados, como o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o Setor de Atendimento Especializado à Mulher da Delegacia de Polícia Civil de Guaratuba. São diversos os canais de denúncias, podem ser por telefone, pessoalmente ou, ainda, realizando Boletim de Ocorrência online. No município Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Realiza orientações e acompanhamento às mulheres. Endereço: Avenida Curitiba, nº 890, Centro. Telefones: (41) 3472-8771 ou 3472-8606. Atendimento durante o período da pandemia: Presencial das 8h às 11h30. No período da tarde pelo email: [email protected] Setor de Atendimento Especializado à Mulher da Delegacia de Polícia Civil de Guaratuba: Endereço: Rua Onze de Outubro, s/n (próximo à Copel). Telefone: (41) 3443-6523. Atendimento durante o período da pandemia das 9 às 12h. Disque 190 – Polícia Militar (24 horas) No estado Centro de Referência de Atendimento à Mulher - CRAM - Proporciona orientação psicológica e jurídica para as mulheres. Telefone: (41) 3338-1832 Delegacia de Polícia Civil do Paraná - Realiza Boletim de Ocorrência Online acessando o site: http://www.policiacivil.pr.gov.br No país Disque Denúncia 181 Disque 180 (Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres) Ouvidoria Direitos Humanos - E-mail: ouvidoria.mdh.gov.br A Prefeitura de Guaratuba também separou diversos materiais de apoio para serem lidos e baixados: Cartilha Mulheres na Covid-19 Cartilha Alô, vizinho - Para condomínios Cartilha Enfrentamento à Violência Doméstica