Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Agenda de eventos no Litoral

Guaratuba Campeonato Municipal de Futebol Categoria Livre Estádio Municipal Acir Braga Dia 12/11/2017 Disputa 3º, 4º e Campeão 9h Perdedor jogo 1 x perdedor jogo 2 Final 11h vencedor jogo 1 x vencedor jogo 2 2º Ostra Jaz Guaratuba Local: Deck Pier Período de 10 a 12/11 3º Guaratuba Open de Beach Tennis Local Praia do Cristo Período de 10 a 12/11 a partir das 9:00 horas Feira de produtos e sabores Dia 11/11 Local: Travessa Gratulino de Freitas ao lado da Praça dos Namorados 2º Costelão da Apae Guaratuba Local: APAE Guaratuba rua Joinville, 1605 bairro Piçarras Custo de R$ 30,00 por pessoa Matinhos Mutirão de limpeza da praia brava e pico de Matinhos Dia 11/11 das 14h às 17h Centenário da Greve Geral de 1917 Dia 13/11 das 19h30 às 22h Local: UFPR – Litoral – Sala Multiuso Pontal do Paraná XXI Camacho – festa do camarão e chopp De 9 a 12/11 Dia 10 a partir das 19h Dia 11 a partir das 11h Dia 12 a partir das 10h30 Local Praça Central de Praia de Leste Você pode contribuir com “AGENDA LITORAL” nos encaminhando a programação completa do seu evento para [email protected] a publicação ocorre toda a sexta-feira, lembramos que o evento tem que ser gratuito ou de interesse social.

Paranaguá multa imóveis com criadouros de Aedes aegypti

Uma operação envolvendo cerca de 350 pessoas visita imóveis com criadouros do mosquito Aedes aegypti em Paranaguá. As equipes estão indo em locais já pré-determinados pelos agentes de endemias, que já haviam orientado os moradores ou proprietários, conforme determina a lei 527/2016. As multas variam de R$ 100 a R$ 600, dependendo da quantidade de focos encontrados. Além dos agentes de endemias e de saúde, secretários municipais e demais cargos comissionados, a ação envolveu ainda fiscais das secretarias de Saúde (Vigilância Sanitária), Urbanismo, Meio Ambiente e Segurança (Patrulha Ambiental). A Polícia Militar também deu o apoio necessário para a entrada nos imóveis. A Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) e o Núcleo Regional de Educação (NRE) também deram apoio. Em seu programa de rádio o prefeito Marcelo Roque dedicou todo o horário disponível para falar sobre o trabalho de fiscalização iniciado ainda no período de transição, no ano passado. “Estamos há mais de um ano tomando todas as medidas necessárias para que nossa população fique protegida, mas não estamos encontrando o apoio necessário, porque vemos que a infestação do mosquito Aedes Aegypti está aumentando. Não temos mais o que fazer a não ser multar, para que o cidadão parnanguara sinta no bolso a importância de manter seu quintal longe do mosquito”, destacou o prefeito. O secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira, também acompanhou o prefeito Marcelo Roque no programa e lamentou todos os esforços para que a população fosse vacinada, mas os índices ainda não são os satisfatórios. “Chegamos a levar a vacina de casa em casa, mas teve cidadão que se recusou a tomar. É lamentável que nossa população tenha se esquecido o episódio da epidemia de dengue que tivemos no ano passado, quando foram registradas 29 mortes”, destacou o secretário. VACINA A campanha de vacinação contra a dengue termina neste sábado (11). Nesta sexta-feira as 14 unidades de saúde permanecerão aplicando as doses em horário comercial e 4 delas até 23h (Alexandra, Serraria do Rocha, Vila Garcia e Ilha dos Valadares). No sábado todos os postos abrirão as portas para atender a população.

Baleia minke morre depois de encalhar na Ilha do Mel

Uma baleia Minke-anã morreu encalhada em uma praia da Ilha do Mel, na manhã desta quarta-feira (9) pela equipe que faz o monitoramento diário das praias do Paraná. Ela foi encontrada pela equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (CEM/UFPR) que faz o monitoramento diário das prais do Paraná atrás de animais encalhados, feridos ou mortos. A balei, que media aproximadamente 4,80m, encalhou ainda viva durante a maré alta e com o retrocesso da maré ficou preso na faixa de areia da praia entre o Forte e o Farol, em Nova Brasília, próxima à base de apoio da Capitania dos Portos do Paraná. Veterinários, biólogos, oceanógrafos e demais técnicos e assistentes se deslocaram ao local para o atendimento, mas ao chegarem a baleia já estava morta. A necrópsia feita no local apontou que a morte foi está relacionada a uma infecção generalizada no animal. Após a realização da necropsia, o esqueleto e os órgãos da baleia foram retirados do local. O esqueleto será preparado para futura montagem para coleção científica e os órgãos foram encaminhados para a incineração. A baleia minke (Balaenoptera acutorostrata) é uma das menores espécies de baleia do mundo e geralmente costuma ocorrer em pequenos grupos. São encontradas em águas tropicais, temperadas e frias de todos os oceanos e ocasionalmente podem entrar em baias e estuários. Caso encontre baleias, golfinhos, tartarugas, lobos marinhos, focas, ou aves marinhas encalhados vivos ou mortos entrar em contato pelo 0800 642 3341. O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras no Pré-Sal. Conduzido pelo Ibama, tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e mortos.

Cresce mobilização contra pedreira na Mina Velha

A comunidade da região da Mina Velha, em Garuva (SC), vai aproveitar o adiamento da audiência pública sobre a pedreira que pretende se instalar na localidade para conseguir ainda mais apoio contra o empreendimento. Moradores de Garuva e até de Guaratuba já estão se mobilizando contra o projeto, que, segundo fontes, está na reta final para começar. A audiência pública seria realizada pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente) nesta quinta-feira (9) e foi transferida para o dia 27, no mesmo horário e local: 19h, no Salão Comunitário da Capela Santa Rosa de Lima, Rodovia SC 417, Km 10. Conforme a assessoria da Fatma informou ao Correio do Litoral, o adiamento foi devido a adequações de datas de outras audiências do órgão estadual que faz o licenciamento ambiental. A audiência pública faz parte do processo de licenciamento, como destaca a Fatma. Na reunião, será apresentado o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e a comunidade poderá conhecer e esclarecer dúvidas sobre o projeto de lavra da empresa Rudnick Minérios. De acordo com o pedido de licenciamento e a EIA-Rima, trata-se de ampliação de uma lavra já existente e licenciada em 2010 e a instalação da unidade de beneficiamento. Membros da comunidade contra a pedreira, que pretende extrair minérios com uso de explosivo para construção civil, discordam já a partir deste ponto. Segundo eles, não existe nenhuma lavra em funcionamento a ser ampliada. Moradores contam que na época da construção da rodovia Garuva-Guaratuba, na década de 1970, havia um pequeno projeto de extração de pedras. Há cerca de dez anos, uma mineradora tentou se instalar na região, mas a comunidade rechaçou e o projeto não vingou. A mobilização contra a mineração recomeça e ganha cada vez mais apoio da população de Garuva. Um abaixo-assinado com 300 apoios foi entregue à Fatma para impedir o licenciamento. Segundo a comunidade da Mina Velha, além da perturbação para os moradores e a fauna em uma região de sítios e pequenos produtores e muita mata nativa, a exploração mineral vai acabar com as nascentes do morro, pertencentes à bacia hidrográfica do Saí-Guaçu e que abastecem as casas dos moradores, a escola e produtores rurais. Segundo uma fonte, a pedreira poderá afetar até mesmo a captação de água potável em Guaratuba. Por abranger a região de divisa e, segundo argumentam, até o meio ambiente do Estado do Paraná, a comunidade e seus apoiadores exigem que o projeto seja analisado pelo órgão federal, o Ibama. No dia 27, moradores de Garuva anunciam uma grande mobilização. Em apoio a eles, ciclistas de Guaratuba pretendem fazer um protesto para sensibilizar ainda mais pessoas das duas cidades e de toda a região, além da mídia. Conheça o projeto – Os interessados em conhecer o projeto podem consultar o Rima em Garuva, na Prefeitura Municipal, avenida Celso Ramos, 614; na Câmara Municipal de Vereadores, rua Castro Alves, 44, Centro e na Escola Municipal Iça Mirim, rodovia SC 417, Km 10, Mina Velha. Em Florianópolis, na Biblioteca da Fatma, na rua Felipe Schmidt, 485, Centro, ou no site da Fatma (http://www.fatma.sc.gov.br/conteudo/consulta-eia-rima) Audiência Pública sobre pedreira na Mina Velha 27 de novembro, às 19h Salão Comunitário da Capela Santa Rosa de Lima Rodovia SC 417, Km 10, s/n, Mina Velha, Garuva/SC

Código de defesa dos animais de Guaratuba entra em vigor

Foi publicada nesta quarta-feira (8), a Lei nº 1.719 que cria o Código de defesa, controle de natalidade e proteção dos animais em Guaratuba. O desenvolvimento das ações, promoção de campanhas de informação e orientação para conscientizar a comunidade sobre as disposições da lei, bem como fiscalizar o seu cumprimento, fica a cargo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que também criará um dispositivo para registrar e atender denúncias relacionadas às questões do bem estar animal. A Secretaria tem o prazo de 120 dias para implantação do código, com a formação das equipes, elaboração de documentos e locação de espaço para animais de grande porte. Pela lei, um banco de dados de identificação das populações animais, contendo dados de identificação de seus proprietários, será criado gradativamente. No caso de cães, gatos e equídeos o cadastro se dará por meio de identificador eletrônico, microchip, com os dados do proprietário e do animal. Os proprietários de animais já ‘microchipados’ devem fazer o cadastramento junto a Secretária. Os cadastros deverão ser atualizados anualmente. O código ainda trata dos maus tratos aos animais com estipulação de multas, da campanha de vacinação antirrábica, da autorização e fiscalização de criação, venda e doação de animais, e também da utilização de animais em veículos de tração ou montados. Veja o Código de defesa, controle de natalidade e proteção dos animais na íntegra: http://portal.guaratuba.pr.gov.br/images/oficial2017/462.pdf Ou aqui: Lei 1.719 – Código de defesa, controle de natalidade e proteção dos animais Com informações da Prefeitura de Guaratuba

Guaratuba tem tênis de praia neste fim de semana

Começa nesta sexta-feira (10) o 3º Guaratuba Beach Tennis, que vai até domingo (12), na Praia do Cristo. A organização é da Associação Beach Tennis Guaratuba (ABTG). A disputa terá três categorias principais: feminina, masculina e duplas mistas e suas subdivisões. O resultado valerá ponto para a Copa das Federações 2018. Programação: Sexta: 35+ fem e Masc 45+ Masc Início às 15h Sábado: -Mistas C - 8h -Pró Masc 9:30 -Mistas A e B - 10h -Masc e Fem B e C - 12h -Masc e Fem A - 14h Domingo: -45+ Fem / Semi Mistas C - 8h -Semi Masc C / Semi Mistas A e B - 9h -Final Masc C / Semi Masc e Fem A, B e C - 10h -Finais Mistas A, B e C - 11h -Finais Masc e Fem A, B e C - 12h Confira a lista das 147 duplas inscritas: https://fpt.com.br/Torneio/Inscritos/2017/fpt-beach-series-500-abtg-guaratuba-3477

Revista Guaju anuncia resultado de concurso de fotos

O Conselho Editorial da Revista Guaju, publicação vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável (PPGDTS), da Universidade Federal do Paraná, anuncia os vencedores da segunda edição do concurso fotografias, que teve como tema o litoral do Paraná e suas características naturais, paisagísticas, humanas e culturais. Para selecionar as imagens foram observados os seguintes critérios: originalidade e criatividade na abordagem; sensibilidade e adequação ao tema proposto. O concurso teve 19 participantes. Em primeiro lugar ficou a foto “Puxar a canoa pra cima”, de Diomar Augusto de Quadros. “Revoada de garças”, Marseille Rosa, ficou em segundo. “À espera”, foto do jornalista do Correio do Litoral, Gustavo Aquino, ficou em terceiro lugar, seguido de “Janelas”, de Marcelo Chemin e “Canoa de Valadares”, de Ana Paula Kelm Soares. 1º lugar 2º lugar 3º lugar 4º lugar 5º lugar

Mais poluição em nossos mares

Não bastasse mar e rios poluídos por uma infinidade de produtos, descobre-se agora mais um poluente: os microplásticos, minúsculas partículas oriundas da fragmentação do plástico lançado no ambiente. Estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Ciências do Mar da Universidade Federal de São Paulo, campus da Baixada Santista, constatou a existência de partículas de microplásticos, com tamanho inferior a cinco milímetros, nas areias das praias e rios brasileiros. Com um sério agravante: em quantidades significativas. Peixes de água doce e organismos marinhos, ao ingerirem os microplásticos, são vitimados pelos efeitos tóxicos do material, especialmente os moluscos apreciados na alimentação humana, mexilhões por exemplo. Os resíduos maiores, como as sacolas e garrafas PET, são fáceis de serem vistos e retirados das praias, mas os microplásticos, são praticamente impossíveis de serem removidos face ao diminuto tamanho, o que os torna imperceptíveis a olho nu, observa o professor Luiz Felipe Mendes de Gusmão, coordenador das pesquisas realizadas. Informa, que o efeito nocivo do plástico nos ambientes marinhos, é potencializado, pois a maioria dos polímeros, como o polipropileno e o poliestireno, degradam lentamente e, por serem extremamente leves, flutuam ao sabor das correntes oceânicas por muito tempo. Metais pesados e pesticidas, presentes no ambiente aquático, aderem à superfície do plástico podendo atingir concentrações altíssimas. O plástico por sua vez, contém em sua composição diversos corantes, dispersantes e protetores contra raios ultravioletas que, com o passar do tempo, liberam contaminantes no ambiente. Quando ingeridos, são liberados no tubo digestivo dos animais, intoxicando-os. A poluição dos mares mobilizou a ONU, que está lançando mundialmente a campanha “Mares Limpos”. Durante cinco anos, desenvolverá ações com o propósito de conter a maré de plásticos que invade os oceanos atualmente. No Brasil, terá como objetivo, mobilizar governos, parlamentares, sociedade civil e setor privado, para fortalecer as ações que possam reduzir a contribuição do país ao problema global dos resíduos plásticos que invadem os oceanos. Pretende obter uma drástica redução do uso de plásticos descartáveis, o banimento das microesferas de plástico nos cosméticos e produtos de higiene, além de apoiar o “Plano Nacional de Combate ao Lixo do Mar”, desenvolvido e coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente. Segundo o professor, discute-se muito como diminuir os impactos causados pelos resíduos plásticos nos ambientes fluviais e marinhos, no entanto, a consequência mais danosa, a poluição por microplásticos, representa um problema muito mais sério. A solução será repensar a cadeia de produção do plástico, procurando formas de reduzir a possibilidade de o plástico chegar ao ambiente na condição de resíduo poluente. Itapoá (Primavera) outubro de 2017

Guaratuba receberá 132 casas populares

O governo federal liberou uma cota para construção de mais de 3.000 casas populares em 29 cidades do Paraná. Destas, segundo documento do Ministério das Cidades a que o Correio do Litoral teve acesso, 132 serão em Guaratuba. A Agência de Notícias do Governo do Paraná (ANPr), explica que as obras serão executadas por construtoras que apresentaram as propostas em conjunto com os municípios. Os empreendimentos serão financiados com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial e são destinados para o grupo da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida, que é composto por famílias com renda mensal de até R$ 1.800. Além dos subsídios do programa federal, a construção dos novos empreendimentos contará com os incentivos do programa Morar Bem Paraná, que incluem a assessoria técnica da Cohapar e parcerias da Copel e Sanepar para a instalação dos sistemas de energia elétrica, água e esgoto. Com os aportes, as famílias beneficiadas pagarão prestações que vão de R$ 80 até R$ 270 ao mês durante dez anos de financiamento, o equivalente a cerca de 10% do valor do imóvel. Segundo o presidente da Cohapar, Abelardo Lupion, "com as parcerias dos órgãos estaduais, os municípios não precisarão arcar com praticamente nada pelos empreendimentos". Cidades contempladas – Os municípios selecionados nesta etapa foram Califórnia, Campo Largo, Carambeí, Conselheiro Mairinck, Contenda, Curitiba, Engenheiro Beltrão, Figueira, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaratuba, Itambaracá, Itaúna do Sul, Ivaí, Jaguariaíva, Jundiaí do Sul, Leópolis, Lobato, Lupionópolis, Manoel Ribas, Palmas, Palmeira, Pérola, Porecatu, Rio Azul, Rio Branco do Ivaí, Rio Negro, Santa Mariana e São Tomé.

Programa lançado, hora de fazer uma Cidade Acolhedora

Boa parte das 24 crianças e adolescentes que moram na Casa de Abrigo mantida pela Prefeitura de Guaratuba já podem começar a sonhar um pouco em viver em uma casa de verdade, com uma família, nem que seja por um ano ou dois. Nesta terça-feira (7), foi lançado o programa Família Acolhedora que vai possibilitar que pessoas recebam estas crianças em suas casas por um período determinado até que elas voltem para suas famílias, sejam adotadas ou atinjam a maioridade. No período de acolhimento, a equipe de assistência social da Prefeitura vai trabalhar com suas famílias, aumentando a chance de retorno das crianças e adolescentes. O lançamento reuniu cerca de 150 pessoas no hotel Villa Real, desde vereadores, o prefeito, a juíza da Vara da Infância e Juventude, secretários municipais, conselheiros tutelares, cuidadores, funcionários do município, membros de conselhos sociais, médicos, advogados, pelo menos um policial militar e até, discretamente, pessoas interessadas em acolher pelo menos uma criança. Todo o apoio para dar certo A unanimidade do programa começou na Câmara de Vereadores, com todos votando a favor, elogiando a iniciativa e se dispondo a ajudar na sua implantação. Com apoio do Judiciário e o compromisso do Executivo, conselhos e do Legislativo – algumas das instituições parceiras também na implementação – a iniciativa tem tudo para deslanchar. Uma das grandes apoiadoras e quem vai dirigir o programa, a secretária do Bem Estar e Promoção Social, Lourdes Monteiro – ela dividiu os créditos com a equipe da secretaria – destacou o sucesso do programa onde foi implantado. Contou que em Cascavel, no Oeste do Paraná, 85% das crianças acolhidas pelo Município estão sob os cuidados de famílias. O cuidador social Glauco Souza Lobo estava superanimado com o novo programa. Ele trabalha na Casa Abrigo e vive as conquistas do projeto e as limitações de manter mais de 20 crianças e adolescentes dividindo – e disputando – o mesmo espaço. Escancarando nossos problemas Em um discurso longo e emocionado, o prefeito Roberto Justus, deixou claro seu respaldo ao programa, que exigirá recursos humanos e financeiros da Prefeitura. Mas lembrou que as 24 crianças abrigadas hoje não são todas que necessitam ser acolhidas em Guaratuba. E foi mais longe ao reconhecer que o novo programa, como toda nova ação na área assistencial, “vai escancarar aind mais nossos problemas sociais”. A grande incentivadora do programa, a juíza Marisa de Freitas – ela dá os méritos à chefe do Cartório da Justiça, Lorizete Aparecida Machado Leal – também estava emocionada, mas não deixou de apresentar um quadro realista. Responsável pela decisão judicial que encaminhou cada criança à Casa Abrigo, ela conhece cada caso em detalhes. Também será a responsável em decidir quem irá para cada família inscrita no programa. De acordo com Dra. Marisa, hoje estão albergadas crianças com idade de 1 ano e seis meses até 17 anos. Quase a metade são de duas famílias, uma de cinco, outra de seis irmãos. Para estes e para os demais, pesa, além da dificuldade de reinseri-las nas famílias de origem, um histórico de traumas e agressões, e ainda as exigências de adotantes, que preferem bebês. “Acima de cinco ou seis anos, é difícil conseguir que adotem; adolescente, então, quase impossível”. A família que irá os acolher temporariamente possivelmente será menos seletiva, mas terá grandes responsabilidades, além do que exige a lei e a coordenação do programa. “Elas (as crianças e adolescentes) precisam de afeto e carinho, mas não é só isso: precisam de educação, conhecer disciplina e ordem”. A juíza apontou dificuldades e também uma estatística que mostra que Guaratuba e os guaratubanos não podem fugir do problema. Dados de 2015 e 2017 da Vara de Infância e Juventude revela quase 100 casos de crimes graves cometidos por menores. “Não inclui posse de droga, furto e outros delitos considerados menores; são apenas casos de homicídio, homicídio qualificado (mais grave) e tráfico de drogas”. Um caso dramático: uma criança de 13 anos já responde por dois homicídios. A conclusão é que as medidas socioeducativas aplicadas aos menores infratores não têm resolvido –, nem resolverá a redução da idade penal para 16 anos conforme argumenta e mostra a juíza com os números de crianças bem mais jovens cometendo crimes graves. A solução, “é mexer lá no começo, cuidar das crianças pequenas”. Acreditando no caráter solidário do povo brasileiro, a juíza faz uma advertência. Se não fizermos nada (a violência que sofrem e que movem estas crianças e adolescentes), “de alguma forma e em algum momento todos nós seremos afetados”. Como participar do Programa Acesse a Lei nº 1.714 Podem se inscrever famílias ou pessoas que tenham mais de 25 anos, sem restrição de gênero e estado civil. É preciso ter uma diferença de 16 anos com a criança e o adolescente a ser acolhido e residir no município de Guaratuba há no mínimo 3 anos. As famílias serão selecionadas mediante estudo psicossocial e critérios da Lei Municipal. A Equipe Técnica do Programa acompanhará a família e o acolhido enquanto houver a guarda. A família recebe subsídio mensal e cesta básica, conforme estipulado pela Lei Municipal. O Programa Família Acolhedora não é um programa de adoção e só pode fazer a inscrição nele quem não esteja no cadastro de adoção. O prazo de acolhimento é de no máximo 12 meses, podendo haver análise de prorrogação pela Equipe Técnica e se autorizado pelo Poder Judiciário. Se você quer participar do Programa Família Acolhedora ou deseja mais informações, procure a Secretaria Municipal do Bem Estar e Promoção Social, na rua Manoel Henrique, nº 200, Centro. Pelo telefone: 3472 8603 ou pelo e-mail: [email protected].