Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Estudantes da UFPR pesquisarão turista náutico e de pesca

Estudantes da UFPR Litoral farão, neste final de semana, uma pesquisa para identificar o perfil do público do turismo de pesca e náutico de Guaratuba. O levantamento é uma iniciativa da Amapar (Associação Náutica do Paraná), Sebrae-PR e UFPR Litoral. Vai abranger todo o Litoral e visa identificar as vantagens competitivas locais neste segmento de turismo e dar subsídios para traçar estratégias de desenvolvimento das cidade e da região. Os alunos do curso de Gestão de Turismo vão aplicar um questionário durante o 11º Sul Brasileiro de Pesca, neste sábado (9), no Iate Clube de Guaratuba, e no Porto Marina Estaleiro. Em setembro, a pesquisa será realizada durante a etapa de Guaratuba do Campeonato Brasileiro de Vela. Os organizadores pretendem fazer a pesquisa também em marinas e nos eventos de esportes aquáticos como surf, bodyboard e wake.

Fotografias mostram “As Cores do Sol em Guaratuba”

Na semana em que acontece a Festa do Divino Espírito Santo, o restaurante Ratatuí, localizado à rua Coronel Carlos Mafra, 195 – será sede da exposição fotográfica “As Cores do Sol em Guaratuba”. As fotos do jornalista Leonardo Schenato Barroso foram feitas entre o início de 2013 e o final de 2015 nas praias do município. Antes de vir a Guaratuba, a mostra já esteve em exibição em Curitiba, nas dependências do Espaço Cultural da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná por solicitação do deputado estadual Nelson Justus. As fotografias são impressas em metal e emolduradas em quadros com fundo e contorno preto. Entre as obras, destaca-se a intitulada “O Amanhecer da Coruja no Litoral Paranaense”, vencedora de concurso fotográfico promovido pelo campus Litoral da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e escolhida para ser capa de uma das edições da Guaju - Revista Brasileira de Desenvolvimento Territorial Sustentável, ligada ao Programa de Pós-Graduação da universidade mencionada. A conquista acabou rendendo ao fotógrafo Leonardo a honraria de uma moção de aplausos na Câmara Municipal de Guaratuba e também na Câmara Municipal de Irati, cidade onde ele reside. Segundo o expositor, as imagens têm como objetivo exaltar a beleza dos momentos do por e do nascer do sol, com destaque às cores do crepúsculo em contraste com os elementos naturais e paisagísticos localizados nas praias da cidade. “É assim que eu sempre enxerguei Guaratuba: um cenário belíssimo, rico em tons sóbrios e silhuetas marcantes. Mas, acima disso, um lugar onde é possível viver momentos únicos e inesquecíveis, como os que eu vivi por lá”, descreve Leonardo, ainda acrescentando: “espero que quem aprecie estas fotos possa, ao menos por alguns instantes, vivenciar estes mesmos sentimentos e sensações”. Leonardo também se mostrou bastante contente por estar trazendo a exposição para a cidade onde as fotografias foram feitas. "É uma espécie de 'renascimento'. Foi nesta cidade que as imagens surgiram, e agora voltam como uma demonstração de respeito e de gratidão da minha parte", conclui o fotógrafo. A exposição fica em cartaz até o dia 16 de julho.

Marinha alerta para ondas de até cinco metros no Paraná

O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) emitiu hoje (6) alerta aos navegadores sobre a previsão de ondas de 3 a 5 metros nas áreas costeira e oceânica do Paraná. Somente na área costeira, a previsão é de vento com velocidade entre 50 e 75 km/h. O Aviso de Mau Tempo emitido pelo CHM será válido para as próximas 72 horas. A orientação da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR) é que embarcações menores, como as de pesca, evitem a navegação nestas áreas, em virtude das ondas e do vento. A Capitania lembra os navegadores sobre a importância de cumprirem as normas de segurança e possuírem todos os itens de salvatagem, como coletes salva-vidas, boias e sinalizadores, além de manterem equipamentos de comunicação em ordem e informarem sobre seus destinos e o percurso que farão antes de saírem com suas embarcações.

Festa comunitária pode potencializar turismo rural em Guaratuba

A localidade de Limeira, na área rural de Guaratuba, poderá ganhar mais um atrativo, além da exuberante paisagem de Mata Atlântica. Um grupo de moradores pretende organizar a Festa Anual da Banana. A data ainda não foi definida, mas é bastante provável que seja no mês de novembro, pouco antes da temporada de férias de verão. No sábado, dia 1º, um grupo da Prefeitura de Guaratuba e da Adetur Litoral foi conhecer o projeto e fazer um mapeamento dos pontos turísticos da região. O Correio do Litoral acompanhou a comitiva. O vice-prefeito Vandir Esmaniotto ( secretário de Turismo e Cultura), o secretário Paulo Pinna (Pesca e Agricultura), a diretora de Turismo e Cultura, Debura Aquino, e o diretor-executivo da Adetur, Plácido de Oliveira, foram recebidos pelo casal Tetê e Gilmar Miranda. Os dois são bananicultores na localidade de Cubatão e moram na Limeira, onde estão construindo um amplo espaço para visitação e recepção turística. Um campo de futebol ao lado da casa pode abrigar eventos. No terreno estão construindo um tanque para peixes. A ideia deles e de alguns amigos é fazer ali a festa. A residência fica em frente a uma escola que está atualmente desativada – há apenas 40 crianças em idade escolar na comunidade e elas estão sendo transportadas para outra escola –, ao Posto de Saúde e a uma igreja da Assembleia de Deus. Participação – A primeira sugestão que receberam da Adetur e da equipe da prefeitura é somar forças com a associação de moradores local e com toda a comunidade. Plácido de Oliveira, que é consultor de turismo e eventos do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), explicou que a maneira mais eficiente de realizar a festa é criar uma comissão organizadora, com CNPJ e uma conta-corrente em banco próprios. Seus membros poderiam ser indicados pela Associação e demais pessoas interessadas em participar. A comissão ficaria encarregada de organizar e promover o evento e todos os recursos arrecadados, inclusive de parceiros públicos e privados, iriam para a conta o que daria mais transparência. Natureza – A região de Limeira não é a principal produtora de banana, título que pertence a Cubatão. No entanto, tem a natureza mais preservada e exuberante. A localidade tem uma imensidade de rios e cacheiras que atraem alguns visitantes da Região Metropolitana. Acessos – Tem dois acessos. Por Garuva (SC), cruzando a Estrada Geral do Cubatão. O acesso é mais longo, com mais de 50 quilômetros de estrada de chão e aclives e declives mais suaves. O segundo é por Morretes, por 25 quilômetros da Estrada da Limeira, que começa na altura do Km 24 da BR-277. É mais próximo de Curitiba. As condições da estrada melhoraram muito nos últimos três anos, mas é um trecho de forte aclive. Os cinco quilômetros mais críticos têm uma elevação de aproximadamente 400 metros. A estrada é frequentada por trilheiros de automóveis 4 X 4, motos e até de bicicletas. Destino – O caminho até Limeira passa pelo rio Cubatãozinho e por diversos riachos de pedras, com diversas pontes de concreto. Nas proximidades do local indicado para sediar a festa tem o recanto no rio Canavieiras, transposto por uma ponte molhada de concreto. O local é frequentado por turistas praticamente o ano todo que o utilizam para pescar nos meses frios e para banho na época de calor. Próximo dali, a mata esconde o Ribeirão Grande despenca nas pedras e forma uma bela cachoeira que termina em uma piscina. Somada à natureza, a região pode ter mais um atrativo na própria comunidade. Uma das ideias discutidas é envolver os produtores e os trabalhadores rurais em passeios de barco, como guias de trilhas, passeios de trator etc. Na opinião da equipe da Prefeitura e do diretor da Adetur, com participação efetiva da comunidade, disposição de alguns agentes, realização de parcerias, Limeira tem condições de se tornar mais um destino turístico importante no Litoral. A Festa da Banana pode potencializar este polo para ecoturismo, turismo rural e turismo comunitário.

Pensar a cidade

“Com quantas árvores se faz a floresta? Com quantas casas se faz a cidade?” (José Ortega y Gasset). Quem olha as árvores não vê a floresta. Quem olha as casas não vê a cidade. As árvores estão na floresta, assim como as casas estão na cidade. Indivisíveis, floresta e cidade têm em comum natureza invisível. Caminhando na floresta, à medida que se avança, as árvores, uma a uma, vão sendo substituídas e a mata se decompõe em trechos visíveis a cada olhar. Caminhando por uma rua, as casas vão sendo substituídas e assim sucessivamente a cada nova rua. Floresta e cidade não são permanentes, mudam a cada novo olhar. Estão adiante de onde se está e de onde se veio. No caminho restaram apenas pegadas. Floresta e cidade têm uma aura de mistério. Somatórias de possibilidades que se realizam ou não; as imediatas são pretextos para que as demais permaneçam ocultas, distantes. As árvores, ensinava o filósofo, não deixam ver a floresta assim como as casas não deixam ver a cidade. O pensamento tem significado profundo: a missão das árvores e das casas presentes ao olhar é tornar latentes todas as outras e ao se perceber que a paisagem visível esconde paisagens invisíveis é que se encontra, verdadeiramente, a essência da floresta ou da cidade. Estar oculto não é negativo, ao contrário é positivo, pois ao derramar-se sobre alguma coisa a transforma, faz dela algo novo. Tem pessoas que não reconhecem a profundidade. Exigem que o profundo se manifeste como superfície, visível ao olhar. Não aceitam outras formas de clareza e atentam unicamente para a peculiar transparência da superfície. Não compreendem que é essencial ao profundo permanecer oculto para depois apresentar-se na superfície, como se antes estivesse palpitando sob ela. Cada coisa tem sua própria condição e não a que se quer exigir-lhe. Não é lícito apequenar o mundo com cegueiras individuais e diminuir a realidade suprimindo imaginariamente parte dela. Certas coisas mostram de si apenas o necessário para advertir que estão ocultas. O profundo requer esforço mental para ser compreendido. As coisas materiais, que podem ser vistas e tocadas, têm uma terceira dimensão que constitui sua profundidade ou interioridade. Terceira dimensão que não pode ser vista e nem tocada. Na superfície estão as alusões sobre o que poderiam conter interiormente, mas que não estão presentes ao olhar da mesma forma que a sua face visível. Exigem que as coisas sejam claras, tanto quanto uma laranja diante dos seus olhos. A laranja é um corpo esférico, com anverso e reverso, superfície e interior. Não é possível ver, ao mesmo tempo, o anverso e o reverso, nem a superfície e o interior. Com os olhos se vê parte da laranja, nunca a totalidade do fruto, cuja maior porção permanece oculta ao olhar. Claro não é apenas aquilo que se vê. A mesma clareza se oferece na terceira dimensão de um corpo e, se não houvesse outro modo de ver e pensar além da visão imediata, as coisas, ou certas qualidades delas inexistiriam. Essa clareza é necessária para olhar e pensar a cidade. É preciso abranger o anverso e o reverso, a superfície aparente e o interior oculto. Buscar na sua realidade profunda, tornar visível aquilo que poderá vir a ser. Itapoá (inverno), 2016

Guaratuba abre reuniões sobre Planos Municipais da Mata Atlântica

Técnicos da Prefeitura de Guaratuba discutiram, na manhã desta terça-feira (5), na Câmara de Vereadores, uma proposta para elaboração de um Plano Municipal da Mata Atlântica.Foi a primeira cidade visitada por representantes da organização SOS Mata Atlântica, da Associação Mar Brasil e da Cooperação Brasil-Alemanha Pelo Desenvolvimento Sustentável (GIZ). Até sexta-feira (8), o grupo fará reuniões nos sete municípios do Litoral. A iniciativa tem apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e do projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas, do Ministério do Meio Ambiente.O objetivo dos encontros é identificar a visão e as prioridades das comunidades dos municípios para o ambiente local e oferecer a possibilidade de que cada município tenha o seu plano em conformidade com a Lei da Mata Atlântica – Lei 11428/98. o município que tiver interesse terá orientação e capacitação técnica da SOS Mata Atlântica, que firmou convênio com o Governo do Paraná. No Litoral, o convênio é reforçado por uma parceria com a Agência de Cooperação Alemã GIZ e apoio da Mar Brasil.A apresentação foi feita por Mariana Gianiaki (SOS Mata Atlântica), Armin Detternbach e Patricia Betti (da Cooperação Alemã), pelo agrônomo Juliano Dobis (diretor-executivo da Mar Brasil) e a bióloga Fernanda Goss Braga (Sema).De Guaratuba participaram os secretários Elcio Veiga (Meio Ambiente), Natanael Fanini (Urbanismo) e Paulo Pinna (Pesca e Agricultura), além da arquiteta Carolina Huergo (diretora de Urbanismo), o engenheiro florestal Sérgio Zanetti (da Secretaria do Meio Ambiente) e Marcius Lozinski, da Defesa Civil Municipal. Também participaram o gerente da Copel, José Luiz Donizete e a agrimensora Marci Campestre.ConflitosJá na apresentação de cada um dos presentes iniciou-se um debate sobre as dificuldades de enfrentadas pelos órgãos públicos, empresas, comunidades e cidadãos por causa conflitos entre legislações ambientais e órgãos de fiscalização do Estado e da União. Pontualmente as maiores críticas foram ao IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e depois ao Colit (Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense).A questão de conciliar desenvolvimento com preservação ambiental e mesmo o conceito de desenvolvimento marcou toda o debate preliminar. De acordo com Mariana Gianiaki, estas e outras situações podem ser inseridas no Plano Municipal, seja como solução, seja como meta.Ao final do encontro, os presentes responderam a um questionário sobre percepção ambiental, que faz parte de uma consulta pública que será estendida para a população. Os órgãos públicos presentes, o Conselho Municipal do Meio Ambiente e o Correio do Litoral vão divulgar o questionário.Clique aqui e responda: https://docs.google.com/forms/d/1IVw6bbttMcLKF11Hj6PMBqFTFt6umGB3cYeSQQpccBw/viewformLitoral preserva maisO Atlas dos Municípios da Mata Atlântica produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em todo o Brasil mostra que, no Paraná, os cinco municípios com maior conservação ficam no Litoral. Todos os sete estão entre os dez primeiros.Reuniões com os Conselhos Municipais do Litoral Terça-feira (5) Manhã: Guaratuba Tarde: Matinhos Quarta-feira (6) Manhã: Pontal do Paraná Tarde: Paranaguá Quinta-feira (7) Manhã: Morretes Tarde: Antonina Sexta-feira (8) Guaraqueçaba Consequências do PMMA para o municípioEstruturação do planejamento integrado no município. Mapeamento de áreas para fins de regularização fundiária, licenciamento e conservação de mananciais. Segurança jurídica com o cumprimento da Lei da Mata Atlântica e colaboração ao cumprimento do Código Florestal com apoio aos munícipes na inscrição no Cadastro Ambiental Rural e nos programas de regularização. Implementação de um instrumento norteador e balizador para os Municípios que estão licenciando atividades e empreendimentos em seu território, em virtude da descentralização do licenciamento ambiental pelo órgão ambiental, assegurando igualmente maior segurança jurídica. Planejamento do município para o enfrentamento dos efeitos adversos da mudança do clima utilizando os próprios ecossistemas da Mata Atlântica para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças previstas. Mitigação de impactos à sociedade de eventos climáticos extremos como deslizamentos, enchentes, prevenção de ocupações e outros. Valorização do Conselho de Meio Ambiente Municipal e operacionalização dos Fundos Municipais de Meio Ambiente.

Primeira coleta no bananal rende 1 tonelada de plástico

Na sexta-feira (1º), o seu Juvêncio Emídio de Souza não saiu para trabalhar. Nem precisava. Por volta das 9h, esperava o caminhão e a equipe da reciclagem que prometeram que faria a coleta em seu lugar. Para não perder o costume, amassava umas latas de cerveja e refrigerante sentado num banquinho no pátio de casa. Ele nem quis acompanhar o pessoal no primeiro dia. Estava sozinho com os netos e não tinha com quem deixar. Por volta das 11h30, retornamos e apresentamos o relatório: cerca de uma tonelada de fitilho (fita de plástico que amarra os sacos plásticos que recobrem a banana e o cacho no pé) e uma pequena quantidade de sacos. A casa já estava cheia de gente: 15 entre adultos e crianças. Durante mais de duas horas, Cleide Rosa, Renan Buchinga, Kelvin Garcia – membros da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Pôr do Sol (Acamares) – e um trabalhador rural carregaram o caminhão da Secretaria Municipal de Obras com uma montanha de fitas que poluíam a lavoura de banana. Depois carregaram algumas dezenas de sacos de aniagem lotados de sacos plásticos na propriedade da família de Elaine Cristina Stoulf Correia. Fizeram parte da equipe de trabalho os técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente Jocilene Pretinha e Carlos Campos, e o motorista da Secretaria de Obras Célio Linhares. Destinação correta A coleta feita é uma ínfima parte do plástico jogado em meio aos mais 3.500 hectares do cultivo de banana naquela região da vasta área rural de Guaratuba. Sem contar o fitilho, a produção de material reciclável pode ultrapassar 7 toneladas por mês apenas entre as propriedades que fazem parte da Associação Produtores Rurais e Moradores do Cubatão. A R$ 0,40 o quilo, pode render R$ 2.800,00 mensais, que serão divididos entre a Associação e seu Juvêncio. Hoje, ele ganha em torno de R$ 700 por mês fazendo a coleta com seu carinho de propriedade em propriedade e ainda separando o plástico do papel e resíduos de banana. Conforme o acordo com a Acamares e a Secretaria do Meio Ambiente, a coleta e a separação será feita pelos associados, com caminhão da Secretaria de Obras, uma vez por semana. Seu Juvêncio, que tem 75 anos – não 78 como publicamos em reportagem anterior – só vai acompanhar o serviço e conferir quanto é coletado. Responsabilidade Sócio-Ambiental Para os bananicultores, a parceria terá um valor ainda não calculado. Por estarem dentro de uma Área de Proteção Ambiental, a APA de Guaratuba, a produção de banana de Guaratuba cumpre normas ambientais mais rigorosas que em outras cidades. Mesmo assim, não aproveita o marketing de produto ecológico. Com a destinação do resíduo por seu Juvêncio e a Acamares, a intenção é criar um selo de responsabilidade ambiental e social, o que agregará valor e poderá abrir novos mercados. De olho nesse ganho, Elaine Stoult, que é engenheira agrônoma e responsável técnica pela Associação Pró-Agricultura Sustentável de Guaratuba está organizando os demais produtores para que todos comecem a reunir os materiais recicláveis para facilitar a coleta. Da parte dos catadores, o trabalho já está rendendo. Na tarde desta segunda-feira (4), o fitilho ainda estava sendo separado e se confirmou que boa parte pode ser aproveitado para amarrar os fardos de recicláveis. O ganho é imenso, já que o material, que tem valor de R$ 0,10 o quilo se for vendido como reciclável, custa R$ 6,00 o quilo quando a cooperativa compra. Fotos da família Um pouco desanimado porque a família decidiu mudar-se para a área urbana, no bairro Mirim, seu Juvêncio ficou mais feliz quando soube da coleta do dia. Melhorou ainda mais o humor quando “Pretinha” e a equipe da Prefeitura disseram que o caminhão iria buscá-lo em casa e levá-lo ao Cubatão toda a vez que fizerem a coleta. Animado mesmo, ficou quando reuniu a família para as fotos. Sua esposa, dona Nirce Teodoro de Souza, ela sim com 78 anos, que “já não enxerga”, decidiu se pentear e por uma roupa bonita para posar para a câmera. – Vai colocar no Facebook? – perguntou uma das filhas. Está aqui e na página: https://www.facebook.com/correiodolitoral

Baía da Babitonga registra 15 toninhas mortas em 30 dias

A equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Univille encontrou, na semana passada, mais duas toninhas mortas na Baía da Babitonga. O aparecimento da espécie de golfinho Pontoporia blainvillei no interior de baías não é comum, e por isso o aparecimento dos espécimes mortos chama a atenção, já que a Babitonga é a única baía na região de ocorrência das toninhas – costa do Espírito Santo, no Brasil até o norte da Patagônia, na Argentina – que mantém uma população residente com 50 indivíduos. “A morte destes dois animais representa uma preocupação em relação à extinção da população, afinal cada animal é importante quando o grupo é tão pequeno”, reforça a Dra. Marta Cremer, bióloga e coordenadora do projeto da Universidade da Região de Joinville (Univille). Além das duas toninhas encontradas no interior da baía, outras 9 foram encontradas mortas nas praias dos municípios de Itapoá, Barra do Sul e São Francisco do Sul – área onde é realizado o monitoramento diário das praias pela Univille – nos últimos 8 dias. Já, dentro do mês são 15 indivíduos da mesma espécie encontrados mortos no litoral norte catarinense. “O aumento da ocorrência de toninhas foi significativo no último mês e em sua maioria a causa da morte está relacionada com o afogamento por emalhe acidental em redes”, explica o veterinário do PMP-BS, Guilherme Guerra Neto. Um dos animais, encontrado no bairro Paulas, foi trazido para a base da Univille onde foi feita a necropsia. A suspeita clínica é de que a causa da morte tenha sido afogamento. Contudo, amostras foram coletadas e encaminhadas à laboratórios especializados para confirmar este diagnóstico inicial ou identificar a ocorrência de alguma doença. A outra toninha foi vista na Vila da Glória mas quando a equipe chegou ao local para coletar a carcaça, a maré já a havia levado. A toninha é ameaçada de extinção no Brasil desde 2003 e em 2014 foi classificada na categoria “criticamente em perigo” considerada o maior nível de ameaça das espécies. A população pode ajudar no trabalho do PMP-BS entrando em contato ao encontrar animais marinhos mortos, ou vivos que estejam debilitados e precisando de atendimento. Os telefones para contato são o 0800-642-3341, (47) 3471-3816 ou (47) 9212-9218. Projeto de Monitoramento de Praias – Bacia de Santos O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade dentro do licenciamento ambiental federal do Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos pela Petrobras, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e mortos. Fonte: Univille

Caminhão pega fogo em acidente com mais de 10 carros na BR-277

Um caminhão-tanque pegou fogo após tombar no Km 33 da BR-277, em Morretes, no final da tarde deste domingo (3). O veículo estava carregado de etanol e descia a Serra do Mar em direção ao litoral quando, por volta das 18h, ficou descontrolado e invadiu a pista contrária. Outros 12 veículos se envolveram no acidente. A Polícia Rodoviárias Federal (PRF) havia confirmado três mortes na noite de domingo: Anderson Luiz Cunha, o filho Gabriel Cunha e Ana Carolina, que seria namorada de Anderson. O casal Luiz Carlos Silva, de 27 anos, e Caroline Grassmann, de 22 anos, foram os últimos a serem encontrados. Eles eram os pais do bebê encontrado com vida. Depois de muita especulação, descobriu-se que Luiz Carlos, com o corpo em chamas conseguiu entregar sua filha de apenas 17 dias para outra pessoa. Em seguida jogou-se no canal de drenagem ao lado da rodovia para talvez tentar apagar o fogo. Só que o canal não estava cheio de água, mas de etanol despejado pelo caminhão. Ele morreu totalmente carbonizado. O bebê, Maria Fernanda,  não sofreu ferimentos. A sexta vítima, Pedro Idalgo Filho, 55 anos, morreu na tarde desta terça-feira (5), no Hospital Evang´[elico onde estava internado desde domingo. Ele morava em Apucarana, no Norte do Estado. Segundo informações não oficiais, 15 pessoas feridas foram encaminhados para Paranaguá, São José dos Pinhais e Curitiba. O tráfego foi bloqueado nas duas vias. O motorista do caminhão, qque não teve o nome divulgado, sobreviveu sem ferimentos graves. Chegou a ser preso, pagou fiança e foi liberado. Deverá responder pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de cometer. Ele admitiu que percebeu problemas nos freios do veículo minutos antes do trágico acidente acontecer.