Correio do Litoral
Notícias do Litoral do Paraná

Litoral tem poucos casos de dengue mas números estão desatualizados

Apesar de ter um ambiente de grande risco, devido ao calor e à umidade, o Litoral ainda é uma das regiões do Paraná com menor ocorrência de dengue. Mas os casos vêm aumentando a cada semana e não são atualizados na mesma velocidade pelo Boletim da Dengue. De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no dia 25 de agosto, a região tem apenas 132 notificações e 45 casos confirmados, o que dá 12,8 casos para cada 100 mil habitantes. Mas os números estão desatualizados. Enquanto a Sesa divulga que o município de Paranaguá tem 120 notificações, a Prefeitura informou, na sexta-feira (28), que são 199 casos notificados. Segundo o boletim estadual, Paranaguá tinha 43 casos confirmados, sendo 36 autóctones (contraídos na cidade). A Prefeitura informa que são 60 casos confirmados, sendo 58 autóctones. Antonina e Pontal do Paraná, uma notificação e um caso confirmado cada. Guaratuba tinha 8 notificações e nenhum caso confirmado ainda. Morretes uma notificação e nenhuma confirmação. Matinhos e Guaraqueçaba não tiveram notificações. Confira abaixo o relatório publicado no Facebook pelo "Dengue Paranaguá" e os bairros onde moram as pessoas que têm casos confirmados: – 199 casos notificados – 60 residentes em Paranaguá (2 importados) – 58 casos autóctones (que pegaram a doença na cidade conforme relação de bairros) Samambaia: 1 Palmital: 3 Centro: 1 Estradinha: 2 Itiberê: 1 Jd. Ouro Fino: 1 Porto dos Padres: 11 Vila Itiberê: 1 Jd. Iguaçu: 2 Vila São Jorge: 1 Vila dos Comerciários: 1 Jd. Guaraituba: 1 Vila Horizonte: 2 Vila Ruth: 1 Campo Grande: 2 São Vicente: 1 Vila Guarani: 2 Jd. Alvorada: 1 Eldorado: 2 Vl. Paranaguá: 5 Pq. São João: 1 Jd. Araçá: 6 Serraria do Rocha: 1 Emboguaçu: 1 Bockmann: 1 Ponta do Caju: 4 Vila Cruzeiro: 1 Raia: 1

Dois homicídios nas últimas duas noites em Guaratuba

No primeiro caso, um homem foi morto a pauladas e facadas por dois irmãos. No segundo, ocorrido entre a noite de sábado e a madrugada de domingo (30), foi morto André Luiz Cordeiro dos Anjos, de 22 anos – a informação é de Marcello Fuja Loko, da Rádio Litorânea. Morto a pauladas e facadas por dois irmãos O primeiro homicídio do final de semana foi relatado pela Polícia Militar e publicado no estilo das resenhas policiais pelo site Cidadão em Ação, de Paranaguá, que o Correio editou. Leia: Por volta da meia-noite e meia de sábado (29), a Polícia Militar foi informada pelo telefone 190 de que, em Guaratuba, “pessoas estavam conversando sobre um homicídio”. Essas pessoas teriam dito que mataram um homem a facadas e pauladas. Uma equipe foi até o local, no bairro Vila Esperança, e conversou com moradores que informaram onde teriam ouvido a conversa e onde o corpo estaria. Quando os policiais entraram no terreno indicado, encontraram várias poças de sangue e sinais de que um corpo ferido teria sido arrastado para o fundo do espaço. A equipe encontrou o corpo de Carlos Alves, conhecido como “Bruxo”, de 41 anos, bastante machucado e “praticamente morto”. Uma ambulância dos bombeiros foi até o local e constatou a morte, sendo então acionada a Criminalística e o IML. Enquanto aguardavam a chegada dos peritos, os policiais receberam informações sobre o paradeiro e os nomes dos supostos assassinos. Uma equipe da RPA foi até um bar próximo e encontrou Evelin Ribeiro e seu irmão Gabriel Candido, que confessaram ter matado o homem a pauladas e facadas. Segundo os irmãos, o motivo do crime teria sido o fato da vítima ter passado as mãos nas partes íntimas da Evelin. Os dois foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Civil de Guaratuba. Morte no Centro André Luis Cordeiro dos Anjos de 25 anos, foi morto nas proximidades do Ponto Certo, loja de conveniências e bebidas que fica entre a avenida 29 de Abril e a rua Dr. Carlos Cavalcanti, no Centro de Guaratuba. Ele foi atingido por três tiros na cabeça e no peito. Segundo testemunhas, pouco antes do homicídio três pessoas passaram por Andre, que pediu desculpas. Em seguida, as pessoas ouviram os disparos. Segundo fontes, as testemunhas reconheceram os rapazes como o menor “F.G.D"; Ricardo, vulgo “Gangster” e outro não identificado. Após o crime, os três fugiram em um Fiat Pálio. “F” foi preso pela Polícia Militar em casa. Na Delegacia da Polícia Civil ele foi reconhecido por testemunhas. Até a manhã desta segunda-feira (31) a polícia não localizou os outros dois suspeitos. Com informações do site Cidadão em Ação / PMPR Fotos: Grupo Guaratuba Notícias (Whatsapp)/ Paulinho Max

Febeapó-3 – Liminar suspendeu os mantras

Se você está lendo pela primeira vez minha coluna, esta é uma série de escritos que chamei de “Febeapó” (Festival de Besteiras que Assola a Poligonal dos portos do Paraná), vou recapitular: Como expliquei na coluna anterior, me inspirei no cronista Sérgio Porto, pseudônimo Stanislaw Ponte Preta, que escreveu a série de livros “Febeapá”: Festival de Besteiras que Assola o País, lá nos anos 1950e 60. Então, resolvi pegar uma carona e lancei aqui o meu “Febeapó”. Você já deve saber que estão falando por aí de uma tal “Poligonal” portuária, que pode ou não impactar sua vida econômica, pro bem ou pro mal. Recomendo que acesse o site do jornal, que tem muitas matérias sobre o assunto, e que a comunidade já começa, enfim a entender, que a Poligonal é uma linha geográfica imaginária que envolve a baía de Paranaguá, que já começa a se popularizar em Paranaguá, Antonina e Pontal do Sul entre trabalhadores portuários, comércio e cidadãos comuns que, direta ou indiretamente, são afetados de forma negativa ou positivamente. Hoje falarei do verdadeiro mantra budista que incutiram nas mentes das pessoas “pró” amputação da atual poligonal, como da recente decisão da Justiça Federal de Paranaguá, que liminarmente suspendeu as audiências públicas sobre esta pretensão da Administração dos Portos do Paraná (Appa), que enviou para Secretaria dos Portos da Presidência da República (SEP) para alterá-la. O Grande Mantra: “A nova poligonal vai trazer bilhões de investimentos empresariais e milhares de empregos nos novos terminais.” Fico impressionado com a competência de marketing dos patrocinadores deste movimento “Pró Nova Poligonal”. Conseguiram incuti-la na cabeça de jovens sedentos de bons empregos, de preferência em cargos administrativos, não-operacionais, ‘limpos’, ‘clean’ e por aí vai. Este perfil é fácil de capturar, pela juventude, imediatismo financeiro e falta de visão sistêmica e absoluto individualismo, característico do capitalismo puro de mercado. São tolinhos metidos a experts. Este mantra é facilmente desmontado, invertendo-o como pela pergunta: “O que impede os investimentos empresariais de bilhões e milhares de empregos em novos terminais com a ATUAL poligonal?” O garotão que decorou o mantra que lhe incutiram pró-nova poligonal, vai gaguejar e não saberá responder. Pela simples razão: os bilhões de reais e milhares de empregos JÁ EXISTENTES, foram gerados com a velha e atual poligonal. Isto é prova que a tal ‘linha imaginária’, por si só não é impeditivo. Se isso fosse, os portos de Paranaguá, Antonina e Pontal não existiriam. Pós-Mantra: Por essa atual compreensão, a ACIAP – Associação Comercial e Industrial de Paranaguá e as dezenas de entidades, sindicatos empresariais que congrega, decidiu entrar com uma medida judicial junto à Justiça Federal de Paranaguá questionando o danoso redesenho aos interesses da região, pois trabalho, renda, competitividade danosa às empresas que operam no atual regime legal, por certo causará (se passar....) à atual economia local, sem falar da recessão que o país atravessa. Não trocarão o futuro paraíso fictício pela realidade atual. Me alegrou mais é que Sua Excelência o Juiz Federal, concedeu a liminar suspensiva e intimou a APPA a apresentar os ‘estudos técnicos’ em que se baseou para o imenso otimismo de movimentação de carga, arrecadação de tarifas públicas que devem basear um ente público em tal mudança tão radical. Tudo suspenso! Uma crítica mais apurada a estes ‘estudos’, cujos autores não sei quem são, mostrará a magia ilusionista que a comunidade já tem conhecimento: São ficção perante a atualidade global. A China e o mundo desaceleram. Neste mês de agosto, as bolsas internacionais desabaram. O Brasil está em recessão, e só em 2018 veremos a retomada do crescimento econômico. Então de onde vem o otimismo do Governo Estadual do Paraná que sequer consegue dar reajuste salarial a seu funcionalismo e não paga seus fornecedores por falta de dinheiro? Só acho uma explicação: Os ‘estudos’ estão superestimados, hiperotimistas e danosos ao erário federal, que são as tarifas portuárias arrecadadas pela APPA. Além disso, uma tese jurídica do advogado Thiago Costa de Souza, especialista em Direito Aduaneiro, compactuada por juristas renomados, considera que uma Poligonal Portuária é “bem público indisponível”, portanto não pode ser redesenhado para beneficiar interesses privados em detrimento ao interesse público: É INCONSTITUCIONAL qualquer decreto que a altere e reduza. Mas isso deixo para os nobres profissionais do Escritório de Advocacia Nardi & Souza, de Curitiba, o qual consultei para escrever esta coluna. Finalizando, há tempos venho criticando esse absurdo de amputar a atual Poligonal Portuária que delimita os portos públicos do Paraná, é um patrimônio de suas comunidades, que devem protegê-lo, como fez bem a ACIAP, a qual parabenizo. É a minha opinião!

Feira de Profissões da UFPR Litoral neste domingo, 30

A UFPR Litoral realiza neste domingo (30) sua Feira de Profissões. O evento será das 9h às 17h. Haverá estandes sobre os 13 cursos oferecido pelo Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. Também estão programadas atividades culturais. A UFPR Litoral oferece 545 vagas nas áreas de gestão, licenciaturas, serviço social, agroecologia e saúde coletiva. As inscrições para o Vestibular foram abertas no último dia 14 e vão até 11 de setembro. A inscrição deve ser feita pela internet e custa R$ 120,00. A UFPR é uma universidade pública e gratuita. Estudantes podem se inscrever para receber Bolsa Permanência concedida pelo governo federal. Cursos da UFPR Litoral Licenciaturas (4 anos de duração; 50 vagas-ano/cada): Artes Ciências Educação do Campo Educação Física Linguagem e Comunicação Bacharelados (4 anos de duração; 50 vagas-ano/cada): Gestão e Empreendedorismo Gestão Pública Informática e Cidadania Saúde Coletiva Serviço Social Gestão Ambiental – 45 vagas Tecnólogos (3 anos de duração; 50 vagas-ano/cada): Agroecologia Gestão de Turismo Gestão Imobiliária UFPR Litoral Rua Jaguariaíva, 512, Caiobá – Matinhos

Guaratuba acata sugestões da população na LDO 2016

A segunda audiência pública para debater a Lei de Diretrizes Orçamentárias de Guaratuba para 2016, na quarta-feira (26), atraiu 21 pessoas, incluindo os dois técnicos da Prefeitura e um repórter. Apesar de baixo, foi um dos números mais expressivos dos últimos anos. O município tem 34.767 habitantes (IBGE – 2014). A apresentação e as discussões foram conduzidas por Joelson Corrêa Travassos e Rui Sérgio Jacubovski, ambos do Departamento Financeiro da Prefeitura. Os poucos presentes puderam comemorar a inclusão das propostas apresentadas na primeira audiência pública, realizada no dia 18. Das três propostas feitas, duas foram acatadas na íntegra: construção de uma praça no bairro Nereidas, com aumento de R$ 50 mil para R$ 150 mil na ação prevista; construção de quadras de skate nos quatro ginásios, com R$ 50 mil. A terceira foi atendida parcialmente: em vez de comprar um aparelho de mamografia que havia sido sugerido, a Secretaria de Saúde vai propor a realização dos exames em um laboratório de Guaratuba, que hoje são realizados em Paranaguá. Durante a segunda audiência foram feitas novas e mais ousadas sugestões: aumento de R$ 1 milhão no orçamento do Turismo, a polêmica redução em 50% no Orçamento do Legislativo e o aumento para R$ 150 mil na ação de controle populacional de animais – são R$ 50 mil originalmente. Mudanças no projeto de LDO Na proposta apresentada no início da reunião também houve mudanças decididas pela administração em relação à primeira. Veja o que mudou: Do Programa 0 (Encargos Especiais) foram repassados R$ 100 mil da Ação Pasep para a Ação de Educação Infantil. Também do Programa 0 foram passados R$ 50 mil da Ação Requisições de Pequenos Valores para o Programa Esportes, Ação Construção e Ampliação de Unidades de Esportes e Lazer. Do Programa 50 (Ação Social), repassado o valor de R$ 300 mil das Ações em Proteção Social Especial Média Complexidade para a Ação de Educação Infantil (referente a subvenção da Creche Paulo IV). No Programa Saúde foram retirados R$ 400 mil da Ação Atenção Básica e R$ 300 mil da Ação Programa Saúde da Família, que foram repassados para o Hospital Municipal de Guaratuba. No Programa Gestão Administrativa foram repassados R$ 900 mil de duas ações para repassar a Ação do Hospital Municipal. Aumentado para R$ 150 mil na Ação de Obras de Melhorias em Praças Públicas. Houve também remanejamentos de dotações no Programa 54 (Educação). Debate prossegue na Câmara de Vereadores Todas as novas sugestões feitas na segunda audiência pública ainda tem de ser analisadas pela administração antes de enviar o projeto de LDO para a Câmara de Vereadores, o que deve acontecer nesta sexta-feira (28). O Projeto de Lei de Diretrizes orçamentárias será analisado pela Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), que terá 20 dias para apresentar parecer. Durante este prazo, a CFO receberá emendas dos vereadores. O parecer, com as emendas, será, então, discutido e aprovado em plenário. Após a sanção da LDO pela prefeita, a administração incia a elaboração e discussão da Lei Orçamentária Anual (LOA), que terá duas audiências públicas antes de seguir para a Câmara, onde seguirá o mesmo rito da LDO. Veja a proposta de LDO apresentada na 2ª audiência pública

Prefeituras do Litoral conhecem nova ferramenta para gestão

Técnicos e outros profissionais de sete prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba e do Litoral conheceram nesta semana uma nova ferramenta incluída no Sistema Sedu/Paranacidade Interativo. Reunidos na sede do Serviço Social Autônomo, em Curitiba, para mais uma rodada de conhecimento, eles souberam que podem acessar o sistema e verificar, por exemplo, a carência de pavimentação em determinadas ruas do município e já ter o levantamento dos custos das obras. A publicitária e assessora da Prefeitura de Guaratuba, Fátima Eloy, ficou motivada. “Estou encantada com esta ferramenta porque pode coletar e agregar as mais diferentes informações, mostrar a realidade de nossos municípios e ajudar na realização dos projetos mais prioritários à população”, destacou. “É uma ótima de ferramenta. Economiza tempo e reduz gastos supérfluos”, disse o engenheiro cartógrafo da Prefeitura de Almirante Tamandaré, Gerson Luiz Ferreira. A reunião foi dirigida pelo coordenador de Projetos, Jeronimo Meira, e pelo engenheiro cartógrafo, Cristiano José Zaclikevicz, ambos do Paranacidade. Jerônimo identificou cada município e mostrou como alimentar de dados o Sistema. Ele explicou ainda que esta ferramenta possibilita detectar as prioridades. “A população vai entender a importância do sistema, que vai facilitar intervenções e somar bons projetos para beneficiar a coletividade”, afirmou o coordenador de Projetos. Fonte e foto: Sedu

Jornal de Guaratuba: Prefeitura fará chamamento público para hospital

A prefeita Evani Justus decidiu que fará um chamamento público para instituições interessadas em construir um hospital na cidade. A informação é do Jornal de Guaratuba, que começa a circular nesta sexta-feira (28). A notícia foi antecipada pelo jornal no Facebook. De acordo com a reportagem, a decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira (27), após reunião no gabinete da prefeita com representantes da Fundação Pró-Hansen. Também participaram da reunião o presidente da Câmara de Vereadores, Mordecai de Oliveira, o líder do Executivo na Câmara, Laudi Tato, o secretário de Assuntos Jurídicos e Segurança, Jean Colbert Dias, e o procurador jurídico da Câmara, Lao Miotto. Pela Pró-Hansen estavam a presidente da Fundação, Ivone Tod Dechandt, Vanderlei Garcia Donini e Iaragi Morel Azevedo. “Guaratuba não desistiu de ter um hospital que atenda a demanda de sua população, mas decidiu abrir mais um prazo para que outras instituições se apresentem”, disse a prefeita ao jornal. Também reafirmamos que seguimos na determinação de tornar o terreno onde fica o campo de futebol e que era para ser um estádio em um Campus da Saúde”, afrirmou Evani. Fonte: Jornal de Guaratuba

Primeira viagem de moto no Brasil foi de Ponta Grossa até Antonina

Mais de 100 motociclistas se reuniram na última sexta-feira (25), em Ponta Grossa, para homenagear o primeiro passeio (conhecido e registrado) de moto no Brasil. O fato ocorreu em setembro de 1923 e foi protagonizado por dois motociclistas também de Ponta Grossa: Ricardo Wagner e Afonso Lange. A dupla saiu de sua cidade a bordo de uma moto Harley-Davidson,  modelo 16-F Twin 1916 e uma Indian 1919. Foram com destino a Antonina, no litoral. Uma viagem curta de pouco mais de 200 Km, mas que em 1923, era uma aventura e tanto. A partida foi registrada na época pelo Jornal Diário dos Campos. "Hoje, às 6 horas da manhã, partiram desta cidade em motocicleta, com destino a Antonina, os jovens Ricardo Wagner e Afonso Lange", diz o trecho do DC. O grupo de dezenas de motociclistas que se reuniu em Ponta Grossa, refizeram o trajeto dessa antiga viagem. Fontes: RockRiders.com.br / Jornal A Rede / Diário dos Campos / Gazeta do Povo Foto: Diário dos Campos / Familia / Gazeta do Povo

Dalmora responde “CQC”

Em áudio divulgado no Facebook, o prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, fala sobre a reportagem do programa "CQC", sobre as agressões de funcionários à equipe de TYV, atraso nas obras de creches, denúncias de irregularidades e a oposição. Recebeu elogios empolgados duras críticas. Ouça.

Pensando a cidade

“Com quantas árvores se faz uma floresta? Com quantas casas uma cidade?” (José Ortega y Gasset). Quem olha as árvores não vê a floresta. Quem olha as casas não vê a cidade. As árvores estão na floresta, assim como as casas estão na cidade. Floresta e cidade têm em comum, natureza invisível. Ao caminhar pela floresta, na medida em que se avança, as árvores são substituídas por outras, a mata se decompõe em trechos visíveis a cada olhar. Ao caminhar por uma rua na cidade, as casas são substituídas por outras que surgem sucessivamente a cada novo olhar. Floresta e cidade não são permanentes, mudam a cada olhar. Estão sempre adiante de onde se está e de onde se veio, ficam apenas as pegadas no caminho. É por isso que a floresta e a cidade têm uma aura de mistério. Uma somatória de possibilidades que se realizam ou não; as imediatas são pretextos para que as demais permaneçam ocultas, distantes. As árvores não deixam ver a floresta assim como as casas não deixam ver a cidade. A afirmação tem significado profundo: a missão das árvores e das casas presentes ao olhar é tornar latentes todas as outras e quando se percebe que a paisagem visível esconde paisagens invisíveis é que se está, verdadeiramente, imerso na floresta ou na cidade. O estar oculto não é qualidade negativa, ao contrário, é positiva, pois ao derramar-se sobre alguma coisa a transforma, faz dela algo novo. Há pessoas que não reconhecem a profundidade porque exigem que o profundo se manifeste como na superfície, visível ao olhar. Não aceitam outras formas de clareza e atentam unicamente para a peculiar transparência que existe na superfície. Não compreendem que é essencial o profundo ocultar-se para depois apresentar-se através dela, como se antes estivesse palpitando sob ela. Cada coisa tem sua própria condição e não a que se quer exigir-lhe. Não é lícito apequenar o mundo com cegueiras individuais, diminuir a realidade ou suprimir imaginariamente parte dela. Isso acontece quando se quer que o profundo apresente-se como superficial. Certas coisas mostram de si apenas o necessário para advertir que estão ocultas. O profundo requer esforço mental para ser compreendido. As coisas materiais, aquelas que podem ser vistas e tocadas, têm uma terceira dimensão que constitui a sua profundidade ou interioridade. Essa terceira dimensão não pode ser vista e nem tocada. Na superfície estão as alusões sobre o que poderiam conter no seu interior, mas que não podem tornar-se presentes da mesma forma que a face visível do objeto. Há pessoas que exigem que as coisas sejam tão claras quanto uma laranja diante dos seus olhos. A laranja é um corpo esférico, com anverso e reverso, superfície e interior. Não é possível ver, ao mesmo tempo, o anverso e o reverso, nem a superfície e nem o interior. Com os olhos se vê parte da laranja, nunca a totalidade do fruto, cuja maior porção permanece oculta ao olhar. Portanto, claro não é apenas aquilo que se vê. A mesma clareza se oferece na terceira dimensão de um corpo e, se não houvesse outro modo de ver e pensar além da visão imediata, as coisas, ou certas qualidades delas inexistiria para nós. Essa clareza é necessária para olhar e pensar a cidade. É preciso abranger o anverso e o reverso, a superfície aparente e o interior oculto. Trazer para a superfície a realidade profunda, tornar visível aquilo que poderá vir a ser. Itapoá (inverno), 2015